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Um homem não chora
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Um homem não chora

Author: PÚBLICO

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Um podcast de entrevistas de Maria Ana Barroso. Conversas sobre o que é ser homem hoje, sobre os filhos que foram, os pais que são, masculinidade e estereótipos.
9 Episodes
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A economista Susana Peralta defende que a causa feminista tem de envolver os homens sob pena de não produzir os efeitos desejados numa mudança verdadeiramente estrutural e duradoura na sociedade. Por outro lado, Susana Peralta considera que ainda há “estereótipos de género fortíssimos” em relação aos homens. Estas ideias pré-concebidas impedem que, também eles, e não apenas as mulheres, consigam ser o que quiserem, não só em termos das vias profissionais que seguem mas também dos comportamentos.Já quanto a um maior equilíbrio entre géneros na gestão familiar e do casal, Susana Peralta admite que, nomeadamente nas relações heterossexuais, este é ainda um grande desafio também para os homens, que, na sua maioria, não foram educados para o cuidado e gestão das emoções. Seja como for, diz que não se pode perder de vista a absoluta urgência das causas feministas. Um Homem Não Chora está disponível às segundas-feiras em todas as aplicações para escuta de podcasts — como a Apple Podcasts ou o Spotify —​ e na área de podcasts do site do PÚBLICO.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Ângelo Fernandes fundou em 2017 a Quebrar o Silêncio, que tem por missão apoiar homens e rapazes sobreviventes de violência e abuso sexual. Estima-se que um em cada seis homens seja vítima de alguma forma de violência sexual até aos 18 anos. O responsável desta associação sem fins lucrativos fala da vergonha que muitos ainda sentem de contar, fruto dos estereótipos associados à masculinidade e dos estigmas que ainda vêem os sobreviventes como potenciais abusadores e agressores e pessoas cujo destino só pode ser a adição ou a delinquência. Ângelo Fernandes garante que partilhar e pedir ajuda é “um acto de coragem” que pode mudar a vida de um sobrevivente para muito melhor.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O humorista Ricardo Araújo Pereira reconhece que ainda há estereótipos associados a uma certa ideia do que é ser homem mas assegura que, no seu caso, nunca acreditou que tinha de adoptar determinados comportamentos ou escolher interesses tidos como tipicamente do género masculino. O entrevistado desta semana do podcast Um homem não chora fala do papel que o humor tem assumido na sua vida para lidar com os momentos menos bons e diz que as filhas olham para o pai “como uma bizarria quase” pelo facto de ser bastante contido na expressão das emoções. E partilha que, quando fez psicoterapia num ano em que o Benfica perdeu todas as competições, se questionou muitas vezes sobre o sentido de, sendo alguém com a sua sorte na vida, ter pedido ajuda por aquela razão.See omnystudio.com/listener for privacy information.
No quinto episódio de "Um homem não chora", o escritor e guionista Hugo Gonçalves regressa à sua infância, nomeadamente à experiência de perda da sua mãe aos oito anos, falando do luto que não foi feito e da forma como isso moldou a relação entre os homens da casa e condicionou o homem adulto em que se tornou. O romancista não tem dúvidas de que ter parado de fugir à expressão e compreensão das suas emoções constituiu um acto de pura “libertação”. E refere a importância que a psicoterapia teve nesse processo. Para o escritor, o exercício da paternidade é um dos veículos de promoção de novos modelos de masculinidade. Um homem não chora está disponível às segundas-feiras em todas as aplicações para escuta de podcasts — como a Apple Podcasts ou o Spotify —​ e na área de podcasts do site do PÚBLICO.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O sociólogo, professor universitário e ex-político Paulo Pedroso, pai de três filhos, defende que, apesar do caminho que se tem feito para a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres, falta conseguir a igualdade de género que “estamos muito longe de realizar”. Diz serem necessárias políticas que dêem um maior apoio às famílias na prestação de cuidados, quer a crianças, quer a idosos, para libertar progressivamente as mulheres da pressão que têm da sociedade que ainda considera que o cuidado é uma atribuição natural das mesmas. O sociólogo fala ainda sobre o caso Casa Pia, que o levou a cinco meses de prisão preventiva, por suspeita de abuso sexual de menores, de que seria ilibado, sem que o processo tivesse passado sequer da fase instrutória. O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem acabaria por condenar o Estado português a indemnizá-lo. Neste episódio do podcast "Um Homem não Chora", Paulo Pedroso partilha como foi tentar gerir aqueles anos de pesadelo e garante que, se não tivesse pedido ajuda, nomeadamente de um psiquiatra, provavelmente hoje não estava aqui. Um homem não chora está disponível às segundas-feiras em todas as aplicações para escuta de podcasts — como a Apple Podcasts ou o Spotify —​ e na área de podcasts do site do PÚBLICO.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O psiquiatra, psicoterapeuta e sexólogo Júlio Machado Vaz fala do que tem mudado nos homens desde que iniciou a sua prática profissional. Diz que tem havido uma evolução “gratificante” na expressão dos afectos na relação com os filhos e faz questão de dizer que, no que à gestão das emoções diz respeito, as diferenças entre géneros não resultam de causas neurológicas mas sim culturais. Falando da sua própria vida afectiva, Júlio Machado Vaz admite que “houve situações que correram mal porque tinha ainda estereótipos muito enraizados”. Aos 74 anos, fala ainda das relações de várias gerações dos Machado Vaz.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Martim Sousa Tavares é maestro, director da Orquestra sem Fronteiras e director artístico do Festival de Sintra. O entrevistado do segundo episódio do podcast Um homem não chora confessa que, na sua adolescência, chegou a sentir “vergonha” de dizer que tocava piano e de mostrar um lado que podia ser visto como demasiado sensível para o estereótipo então vigente de masculinidade. Martim Sousa Tavares fala ainda da falta de conhecimento que ele e os amigos tinham, enquanto jovens adultos, da doença mental. "Ninguém falava de saúde mental, era uma doença invisível, não sabíamos lidar com isto", conta. O maestro fala também da relação com os pais e da importância de reconhecer e evitar os padrões que levam à desigualdade de género.See omnystudio.com/listener for privacy information.
O actor, encenador e director artístico do Teatro da Trindade é o primeiro convidado do podcast Um Homem não Chora. Diogo Infante fala sobre a sua experiência de bullying na juventude, fruto de comportamentos que os seus pares consideravam demasiado femininos. Aponta o dedo à pressão sobre os homens para serem fortes e não expressarem emoções e defende que é necessário desconstruir estereótipos e encontrar uma masculinidade mais saudável. E conta como educou o seu filho nesse sentido. A edição do episódio ficou a cargo de Inês Rocha e a música é de Ana Marques Maia. See omnystudio.com/listener for privacy information.
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2024-01-2001:10

Um podcast de entrevistas de Maria Ana Barroso sobre o que é ser homem hoje e as diferentes experiências, visões e estereótipos de masculinidade.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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