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Credo Provocare

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Author: Abujamra

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Description

Dori me
Interimo, adapare
Dori me
Ameno Ameno
Latire
Latiremo
Dori me
Ameno
Omenare imperavi ameno
Dimere, dimere matiro
Matiremo
Ameno
Omenare imperavi emulari, ameno
Omenare imperavi emulari, ameno
Ameno dore
Ameno dori me
Ameno dori me
Ameno dom
Dori me reo
Ameno dori me
Ameno dori me
Dori me am
Ameno
Omenare imperavi ameno
Dimere dimere matiro
Matiremo
Ameno
Omenare imperavi emulari, ameno
Omenare imperavi emulari, ameno
Ameno dore
Ameno dori me
Ameno dori me
Ameno dom
Dori me reo
Ameno dori me
Ameno dori me…
97 Episodes
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097 - Ivo Meirelles

097 - Ivo Meirelles

2020-12-2223:40

Nosso convidado é cantor, compositor, guitarrista, ritmista e já foi presidente de Escola de Samba. Taxado como excêntrico, megalômano, autoritário, egocêntrico e com fama de “estourado”, podemos dizer que nosso entrevistado é também contraditório. Vejamos! “Não quero mudar daqui jamais. Minha identidade está no morro da Mangueira!” Aos 52 anos de idade, o carioca Ivo Meirelles vive atualmente em São Paulo e explica o porque contradisse a sua afirmação, que tem relação com uma de suas expulsões da diretoria da escola de samba Estação Primeira de Mangueira pelos traficantes : “Na última [expulsão] agora em 2013, eu cheguei a dar uma declaração para várias TV’s, porque eu fui para a Mangueira, havia sido expulso no dia anterior e fui para casa, pensei bem e falei chega. Voltei lá, contratei seguranças, abri a quadra da Mangueira, troquei todas as fechaduras e disse que quem manda na escola de samba é o presidente da escola, não é traficante nenhum. E passei um ano de cão, foi meu pior ano de toda a vida, ir para a Mangueira, comandar a Mangueira cercado de seguranças, porque os traficantes queriam me matar”. Ivo Meirelles conta que foi um conselho de sua filha de 19 anos que fez com que saísse do Rio de Janeiro. O sambista ainda fala porque escolheu São Paulo para morar: “Eu tenho uma mãe que me abandonou aos 3 anos de idade e veio para São Paulo. Eu nunca tive relações afetivas com a minha mãe. Eu sei que ela é a minha mãe, do amor que ela tem por mim, mas pela falta de convivência eu não tenho a lembrança do carinho materno. Então escolhi São Paulo para me reaproximar da minha mãe”. Na década de 1980, quando entrou na escola de samba, Ivo Meirelles foi autor do samba-enredo campeão do ano de 1986, ainda que a contragosto da diretoria da época: “quando eu ganhei um samba da Mangueira em 1985, para o desfile de 1986, era outubro de 85, três vozes da velha guarda da Mangueira diziam que aquele samba daquele moleque, era um samba de bloco, e que a escola iria cair para o segundo grupo, e a escola ganhou o carnaval, aquele samba é um dos mais conhecidos hoje na história da Mangueira”. Sobre a vida no morro da Mangueira e a rotina na escola de samba homônima, o sambista conta: “eu morei na Mangueira até meus 48 anos de idade e fui obrigado a sair, fui expulso do morro da Mangueira, e antes de ser expulso do morro da Mangueira, eu sempre brigava muito pelo poder da escola de samba. Eu achava, e acho, que é tipo casa grande e senzala... A casa grande a quadra da escola de samba, onde as pessoas chegam lá e dominam toda situação; e a senzala o morro com 30/40 mil habitantes fazendo o serviço braçal. Eu, enquanto estive lá, briguei o tempo inteiro para isso não acontecer”. Tráfico, morro, jogo do bicho e Carnaval! Provocador, Ivo Meirelles fala também sobre a música no país: “no Brasil, se alguém se sentir realizado musicalmente, é um egoísta”. Antônio Abujamra lê Fernando Aguiar
096 - Wagner Moura

096 - Wagner Moura

2020-12-2223:53

“Já se diz que hoje, que a economia mundial depende da criminalidade organizada.” Essa afirmação é do jurista Walter Fanganiello Maierovitch que fala sobre a corrupção, lavagem de dinheiro e outros assuntos judiciários com os quais somos provocados diariamente. Walter já foi o secretário antidrogas do governo FHC e hoje, mesmo aposentado, decidiu continuar exercendo sua profissão numa organização fundada por si próprio, o Instituto Giovanni Falcone, que lida com a máfia, tráfico de órgãos, drogas e outros assuntos ilícitos. Durante a entrevista, Walter levanta dados alarmantes sobre a tabela de preços dos órgãos humanos, citando que meio fígado chega a custar até 2 milhões de dólares. E ainda completa: “essas tabelas mudam e agora estão subindo muito por causa da crise econômica europeia”. Diz ainda como as máfias operam em hospitais, para a realização da extração e transplante: “temos organizações criminosas que contratam alas de hospitais, e também trazem os médicos especialistas, com orientação de que não devem perguntar de onde vem o órgão a ser transplantado.” Sobre a máfia, que é sua especialidade, Walter afirma: “quando a gente pensa em terrorismo e organizações terroristas, que são crime organizado, existe uma ideologia, que é o que as move, a alma. A máfia, se falarmos em ideologia, não tem. A máfia se move pelo lucro”. Antônio Abujamra lê Ortega y Gasset
“Já se diz que hoje, que a economia mundial depende da criminalidade organizada.” Essa afirmação é do jurista Walter Fanganiello Maierovitch que fala sobre a corrupção, lavagem de dinheiro e outros assuntos judiciários com os quais somos provocados diariamente. Walter já foi o secretário antidrogas do governo FHC e hoje, mesmo aposentado, decidiu continuar exercendo sua profissão numa organização fundada por si próprio, o Instituto Giovanni Falcone, que lida com a máfia, tráfico de órgãos, drogas e outros assuntos ilícitos. Durante a entrevista, Walter levanta dados alarmantes sobre a tabela de preços dos órgãos humanos, citando que meio fígado chega a custar até 2 milhões de dólares. E ainda completa: “essas tabelas mudam e agora estão subindo muito por causa da crise econômica europeia”. Diz ainda como as máfias operam em hospitais, para a realização da extração e transplante: “temos organizações criminosas que contratam alas de hospitais, e também trazem os médicos especialistas, com orientação de que não devem perguntar de onde vem o órgão a ser transplantado.” Sobre a máfia, que é sua especialidade, Walter afirma: “quando a gente pensa em terrorismo e organizações terroristas, que são crime organizado, existe uma ideologia, que é o que as move, a alma. A máfia, se falarmos em ideologia, não tem. A máfia se move pelo lucro”. Antônio Abujamra lê Ortega y Gasset
094 - Maria Bonomi

094 - Maria Bonomi

2020-08-1424:20

Ela é uma crítica feroz ao culto da superficialidade! Uma artista plástica italiana de nascimento. Mas Brasileira de alma. E hoje um dos maiores nomes de artes no Brasil! Conheçam Maria Bonomi! Maria Bonomi se considera razoavelmente conhecida em um país que não valoriza a arte natural. E conta por que começou a usar o painel em sua arte: "Ele é muito social, é arte pública". Nossa convidada italiana e Abujamra conversam sobre a crítica artística, a relação entre gravura e outras artes, museu público e muito mais. "A arte e a vida são uma coisa só", afirma Bonomi. Agora sobre a Bienal, Maria Bonomi provoca: "Eu sou contra". Entenda o por quê desta e outras opiniões no próximo Provocações! Imperdível! ABUJAMRA LÊ PABLO NERUDA.
093 - Hilton Lacerda

093 - Hilton Lacerda

2020-08-1423:07

“Como roteirista, de certa forma a gente acha que é diretor, quando a gente acaba um roteiro a gente acha que escreveu um filme, não é verdade, um filme tem uma vida a parte”. Hilton Lacerda, cineasta pernambucano é roteirista de diversos filmes premiados como Baixio das Bestas, Amarelo Manga, Árido Movie, Baile Perfumado, entre outros e estreou na direção da ficção no ano de 2013 com o longa-metragem Tatuagem. Ao contrário da produção cinematográfica do eixo Rio-São Paulo, Hilton comenta sobre a forma de se realizar um filme em Recife: “Existe uma forma de produzir cinema que foi imposta, que de certa forma, quando começamos a produzir cinema em Pernambuco, precisamos inventar uma maneira de fazer. A gente tinha pouco dinheiro e muita ambição. E talvez daí tenha surgido essa forma de fazer filme”. O cineasta fala sobre a sua formação e influência: “Acho que quando eu assisti Anjos do Arrabalde eu quase tive uma iluminação naquele momento, de como ele [Carlos Reichembach] tratava profundidade de campo e diálogo, foi uma experiência incrível”. Sobre o seu último filme Tatuagem, considerado por alguns como uma obra-prima gay, o diretor diz: “eu acho que ele tem um ‘q’ de anarquismo muito proposital, uma provocação no sentido de usar o corpo como instrumento, como mudança”. Quando questionado sobre ser um grande cineasta, responde: “eu tenho uma vontade muito grande de errar, eu gosto muito da dúvida, então a certeza de que eu poderia ser um dos melhores já me deixa inseguro”. Antônio Abujamra lê Carlos Drummond de Andrade
092 - Michel Laub

092 - Michel Laub

2020-08-1423:18

“Sei escrever melhor do que falar. Escrevo melhor do que me relaciono com as pessoas, acho que escrever é a coisa que melhor sei fazer na vida”, diz Michel Laub, escritor gaúcho com 6 livros publicados, sendo que um deles, “Diário da Queda”, foi traduzido internacionalmente e vai virar um filme. Michel, que muitas vezes é comparado ao já falecido escritor Moacyr Scliar, comenta: ”É um elogio, mas é uma mentira também, porque eu não sou. Eu não tenho o talento do Scliar e também não faço o tipo de literatura que ele fazia, o meu tipo de literatura é mais pessoal e íntima, Scliar era um fabulador e tinha uma imaginação muito maior do que a minha”. Ao ser questionado sobre a literatura brasileira no exterior, Laub responde: “O português não é uma língua importante no mundo, não por ser melhor ou pior, e sim, porque o Brasil e os países de língua portuguesa não tem uma importância econômica no mundo de hoje”. Quando questionado sobre o por que de seu último romance fazer sucesso no exterior, Michel Laub afirma: “Teve uma questão muito específica desse livro que fez sucesso, que é o “Diário da Queda”. É um livro que fala de Segunda Guerra. Esse tema é quase um subgênero da literatura lá fora. Assim como tem os romances policiais e os de mistérios, há também os romances de Segunda Guerra”. Sobre sua transgressão, escrever, o escritor diz: “Quando se escreve, você vai sempre contra alguns pontos de resistência, não só em relação ao assunto que você está tratando, mas em relação à você mesmo. É quase como fazer análise em público. Muitas vezes é frustrante olhar para si mesmo e saber até que ponto você pode ir como escritor e você não poder ir além disso. Ou você saber que para conseguir escrever um livro minimamente interessante, você tem que ir além de coisas que naturalmente não iria gostar de ir além.” Antônio Abujamra lê Caio Fernando Abreu
091 - Flávio Gikovate

091 - Flávio Gikovate

2020-08-1423:19

Amor e Sexo! Esse é o assunto deste Provocações. E o convidado é um dos maiores especialistas no assunto: Flávio Gikovate. Logo de cara o médico psiquiatra bate de frente com um dos ditados populares mais conhecidos do Brasil, que diz que os opostos se atraem. “Eu venho desde o ano de 1976 defendendo a ideia de que as relações amorosas de qualidade devem se dar entre pessoas parecidas” e que “o maior problema do casamento é a escolha do parceiro”. Para ele, um dos poucos homens que admitiu publicamente já ter brochado, amor e sexo não caminham necessariamente juntos: “o sexo é tão pessoal que dá até para fazer sozinho, o amor não.” Com mais de 50 livros publicados, um programa semanal na rádio CBN e seu consultório médico, o doutor midiático, como é chamado por colegas, recebe os mais diversos tipos de casos. Dentre eles há inclusive pacientes que mentem a respeito de seus problemas, caso comum nos dependentes de drogas: “[os pacientes] tendem a diminuir e minimizar a quantidade da droga usada, do álcool principalmente, e tendem a dizer que são menos viciados do que realmente são.” Filho de judeu comunista, para ele a felicidade é um objetivo que deve ser alcançado numa jornada árdua: “o sistema [capitalista] não tem nenhum interesse na felicidade, porque a felicidade não é consumista. [...] Gente feliz quer sossego, quer paz, a casinha de sapê... não está precisando de arte, aviões e nem nada disso. A felicidade é menos exigente com coisas materiais” e completa dizendo que “o trabalho é um problema, porque a grande maioria das pessoas não escolhe, não gosta do que faz e é obrigado por questões de sobrevivência material a tolerar chefias grosseiras. Eu acho que felicidade no trabalho [...] corresponde a um número irrisório, cerca de 2 ou 3% da população.” Em 1982, Gikovate atuou como psicólogo do Corinthians, convite que aceitou porque a situação dos jogadores, que haviam sido derrotados por um time italiano, se encaixava no tema que o psiquiatra estudava na época: o por quê das pessoas tremerem diante da iminência do sucesso. No fim, comenta sobre quem fez maior mal a humanidade: “eu acho que o maior problema da nossa espécie é a vaidade.” Antônio Abujamra lê Sainte-Beuve
090 - Marcello Meneses

090 - Marcello Meneses

2020-08-1423:18

Quirólogo das Celebridades! Marcello Meneses conta sobre sua história de vida e como iniciou seu caminho através das linhas das mãos: “Comecei tudo como autodidata, pesquisando, pois leram minhas mãos por duas vezes. Numa dessas vezes, com o quirólogo Sebastião Rosa, pedi que ele me desse aula e ele me disse que na quirologia e quiromancia você tem que ler livros e ler mãos. No dia seguinte fui atrás dos livros”. Ao ser questionado sobre seu método próprio de leitura, Marcello rebate: “Está comprovado que a quiromancia se desenvolveu em várias civilizações uma independente da outra, como na China, Caldeia, no Egito, na Grécia e na Índia. Peguei todos esses valores e os uni”. Muita gente acredita que a leitura de mãos pode revelar o futuro, mas Marcello Meneses explica: “Sim, desde que entenda que o objetivo não é adivinhação, e sim, autoconhecimento”. Marcello Meneses passa boa parte dos seus meses indo a Salvador para atender clientes, e explica o porque dessa ponte entre São Paulo e Bahia: “O baiano vive o sincretismo o tempo todo, a flor da pele, todos os dias, então pra ele aceitar esse entendimento e posição é mais flexível. Atendo mais homens na Bahia do que em São Paulo.” “O estudo de quiromancia na França, Espanha, Alemanha, é matéria em cursos de psicologia e psiquiatria. No Brasil o valor está aparecendo agora”, fala Marcello Meneses sobre o estudo das mãos em nosso país. Quando perguntado sobre o retorno financeiro de ler mãos, Marcello diz: “Traz mais autoconhecimento, a busca não é o dinheiro. Nunca deixei de ler uma mão por conta do pagamento da consulta. Isso nunca fiz e nunca vou fazer. Já li mais de 16 mil mãos e não recebi todas. Não é essa a função!”. Antônio Abujamra lê Morris Bishop.
089 - Anna Muylaerte

089 - Anna Muylaerte

2020-08-1423:41

Provocações recebe uma cineasta. Seu último filme, "É Proibido Fumar", protagonizado por Glória Pires e Paulo Miklos, ganhou oito prêmios. Considerada por algumas pessoas como revolucionária do cinema brasileiro, ela vem ao programa falar sobre seus trabalhos em TV e cinema, suas inspirações e sobre sua vida. Ela é... Anna Muylaert. Antônio Abujamra recebe a diretora de cinema e televisão, Anna Muylaert. Logo no início da entrevista Anna diz que não se considera uma revolucionária, no máximo uma rebelde. Há anos, ela ganhou prêmios de roteiro no exterior, mas quase ninguém soube disso. Em relação a isso Anna declara: “Nem todos os prêmios são anunciados aqui”. E mais, “O cinema vive muito de prêmio, todo cineasta ganha muitos prêmios”. Anna Muylaert, que se considera razoavelmente conhecida, afirma que não conhece nenhum cineasta rico. “Eu acho que eu quis fazer cinema por causa do Fellini, sem dúvida”, declara a diretora que estudou cinema na Escola de Comunicação e Artes da USP. Anna também diz no programa que fez seu primeiro longa-metragem, “Durval Discos”, aos 37 anos de idade e diz também que seu filme favorito é “Laranja Mecânica”, de Stanley Kubrick. Anna, que já escreveu roteiros para os programas “O Mundo da Lua” e “Castelo Rá-tim-bum”, acredita que televisão é cotidiano. A certeza ou o risco? Anna Muylaert responde: “O risco, por que no risco tem vida e na certeza é meio morto.” Terminando a entrevista, a cineasta diz como gostaria de morrer: “Eu gostaria de não morrer, né? (...) Eu acho que eu gostaria de morrer relaxada”. ABUJAMRA LÊ POEMA DE MURILO MENDES
Com mais de 20 longas-metragens no currículo, assinando como diretora de arte e cenógrafa; além de peças publicitárias, teatro e exposições, Vera Hamburguer fala sobre o trabalho de direção de arte, que ainda não tem uma bibliografia didática completa no Brasil. Vera, que está lançando um livro a respeito de sua profissão, define o que faz: “O diretor de arte é o responsável pela criação do universo visual e espacial de um filme ou de uma peça de teatro, exposição. É a pessoa que pensa o espaço e a figura ao mesmo tempo”. A diretora de arte explica como a sua graduação em arquitetura ajuda no exercício de seu trabalho: “a formação que eu tive na FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – USP), e que a maioria dos meus colegas teve com a faculdade de arquitetura, dão uma base muito boa para um diretor de arte, porque desenvolve na gente o pensamento de projeto, a percepção do espaço e ao mesmo tempo a gente tem história da arte, da arquitetura e do design. É uma base muito boa para começar o trabalho de direção de arte, mas não é completa, porque você não tem o estudo da dramaturgia e da cena, propriamente dita”. Dar forma ao filme, por vezes, conta com alguns empecilhos e necessita de um consenso entre o diretor e o diretor de arte. Além disso, Vera comenta outro fator que, por vezes, dificulta o trabalho: “é muito difícil quando vem no roteiro indicações pré-estabelecidas, sendo que o roteirista não está participando da produção propriamente dita, porque quando o filme vai para a rua mesmo é que ele vai encontrar sua cara [...] então é muito difícil atender às especificações que o roteirista fez, só porque está no roteiro”. Quanto ao papel do diretor de arte no teatro, Vera Hamburger comenta: “são poucas vezes que é utilizada a direção de arte, algumas produções usam essa função, que reúne a concepção de tudo que é visual numa só pessoa. Eu espero que o teatro passe a adotar, eu acho que vale a pena, o trabalho fica mais coeso”. Vera também é curadora de eventos e exposições e fala sobre as responsabilidades do ofício: “[o curador] é uma pessoa que concebe não só faz o recorte do conteúdo, mas também concebe o roteiro e o percurso da exposição. Ainda nesse programa, o amigo de Provocações José Fernando Martins comenta sobre o Dia D, e o desembarque das tropas aliadas na Normandia. Antônio Abujamra lê Jomard Muniz de Britto
087 - Silvio Luiz

087 - Silvio Luiz

2020-08-1225:47

Neste programa, Antônio Abujamra entrevista o locutor esportivo Silvio Luiz. Ele ficou famoso por alguns de seus bordões, que faz com que ele fale “a língua da geral.” “Olho no lance”, “ No pau”, “Pelas barbas do profeta”, entre outros. Silvio Luiz critica alguns dirigentes de clubes e discute as diferenças básicas de como era transmitir futebol em 1954 e como se transmite futebol hoje, em 2004. Segundo ele, a televisão brasileira é uma das melhores do mundo para transmitir esse esporte, que leva multidões não só aos estádios, mas também pra frente das telas. Divaga sobre como serão as transmissões daqui a cinqüenta anos. Silvio Luiz conta também as situações mais penosas que já passou em campo, na época que era juiz de futebol, e porque muitos locutores esportivos “douram a pílula” em todas as partidas. Para agradar a quem? O programa conta ainda com as participações de Sócrates, Flávio Prado, Jorge Kajuru, Alberto Helena Júnior e do poeta Mário Chamie.
086 - Içami Tiba

086 - Içami Tiba

2020-08-1224:031

Você saberia dizer qual seria a maneira ideal de domar a rebeldia e o desejo individual de um adolescente? Cada família tem sua fórmula secreta, mas há um homem neste país que desvendou os mistérios por trás da mente adolescente, seu nome é Içami Tiba, psiquiatra e autor de livros sobre educação familiar com milhões de livros vendidos. Ao ser questionado sobre o método da família educar seus filhos, Içami diz: “Basicamente a grande diferença é que os pais já não são mais fontes únicas de referência, nem os professores. Agora o conhecimento está no ar, na capacidade que a pessoa tem em conectar-se com quem sabe. Um adolescente hoje aprende muito mais com os colegas, com indicações, programas e farras”. Há alguns anos o Jornal Estadão se referia a Içami como o “domador de adolescentes”. Ao ser relembrado desta menção, o psiquiatra afirma: “Eu devia ser chamado de ‘defensor dos adolescentes’! Porque eu dei a existência científica pra adolescência... Os primeiros livros sobre adolescência quem escreveu fui eu e, depois, a psicologia foi estudar a adolescência através dos meus livros”. “O grande problema é que a escola tá no tempo de carroça, os brasileiros estão de automóvel e os impostos são cobrados pela internet. Por mais que a escola capriche ela não vai formar alunos, pois o método esta errado”, comenta Içami sobre a educação no país. Sobre a psiquiatria em sua vida, diz: “O meu sonho era ser médico, desde criança, e o sonho do meu pai era que eu fosse cardiologista, porque ele achava que o coração era a alma da pessoa. E eu, estudando psiquiatria, percebi que a mente manda mais que o coração, então me decidi pelo ramo psiquiátrico”. Abujamra pergunta se educou seus filhos bem e o defensor dos adolescentes fala: “Hoje eu educaria diferente, porque o mundo está diferente, mas na época eu caprichei. Achei que estava fazendo o melhor e daí tirei uma conclusão muito interessante: Ninguém sente falta do que não conhece! Hoje eu vejo que poderia ter feito mais, mas no ontem fiz o melhor que pude”. Antônio Abujamra lê Paulo Mendes Campos
SINOPSE Ele é psicanalista e anarquista. Apanhou nos porões da ditadura. E agora, na segunda parte de sua entrevista (INÉDITA), Roberto Freire analisa e critica os grandes nomes da psicologia moderna: Freud, Jung, Reich, Lacan e Skinner. Ela é médica de formação, jornalista na atuação e cineasta por sonho. Ilma Fontes é uma mulher que luta e questiona. Saiu de Aracaju pois a cidade não oferecia oportunidades,nem homens, a sua altura. Mas ela voltou, voltou porque não se conforma que um Estado como SErgipe nunca tenha produzido um longa-metragem sequer, e ela pretende ser a primeira cineasta a fazê-lo. Ele diz que vive pelo amor, só acredita na vida se for pela paixão. E ele se apaixona por tudo que faz. Mas Roberto Freire não acredita na existência da felicidade, e explica porquê. Ilma Fontes edita um jornal de resistência em Recife, Roberto Freire é contra qualquer forma de poder. E ambos têm mentes brilhantes e turbulentas, que não os permitiram passar pela vida sem criar , atuar e provocar. POESIAS: ABERTURA: ALEX POLARI ENCERRAMENTO: SILAS CORRÊA LEITE
“A economia global tem de se reinventar já, para que o futuro do planeta não seja espartano!” Ricardo Abramovay, sociólogo, é professor titular do Departamento de Economia da FEA e do Instituto de Relações Internacionais da USP, pesquisador do CNPq, coordenador do Projeto Temático FAPESP sobre Impactos Socioeconômicos das Mudanças Climáticas no Brasil e autor do livro “Muito além da economia verde”. Abramovay, sempre preocupado com temas ambientais como lixo e poluição, dá sua opinião sobre o uso do transporte privado: “o automóvel hoje, é um fator de degradação aos tecidos urbanos”. E ao ser questionado sobre a desigualdade, Ricardo diz: “é impossível vencer a desigualdade se não houver uma aproximação verde desse tema. Vai ser necessário mudar os padrões de produção e fazer um uso menos desigual dos recursos ecossistêmicos”. O professor comenta ainda sobre o crescimento do PIB do país: “O PIB no Brasil não está crescendo e nós estamos numa situação de quase pleno emprego” e explica como os fatores influenciam em seu crescimento: “quando há um desastre aéreo, automobilístico, quando as pessoas ficam presas em engarrafamento, quando vão para os hospitais... isso aumenta o PIB, porque faz com que mais coisas sejam compradas. O que esse parâmetro PIB não leva em consideração é a qualidade daquilo que está sendo comprado e o produto disso sobre a vida das pessoas”. O sociólogo e professor de Economia ainda aponta os problemas para nosso futuro: “o desafio maior que nós temos pela frente é o de incorporar a ética à economia”. Antônio Abujamra lê Friedrich Durrenmatt.
083 - Paulo Vanzolini

083 - Paulo Vanzolini

2020-08-1225:36

O compositor das canções "Ronda" e "Volta por Cima" é também, e principalmente, um grande cientista. Paulo Vanzolini, que trabalha no Museu de Zoologia da USP desde a década de 40, diz que no Brasil não faltam verbas para as pesquisas científicas, o que elas são é muito mal utilizadas. Ele afirma que, apesar de gostar de escrever canções, sua grande paixão é mesmo a zoologia, e que teve muita sorte de conseguir trabalhar durante toda a vida com algo que adora. Com mais de 40 composições gravadas, diz não se importar que apenas duas tenham feito sucesso, e que a famosa composição "Ronda" é justamente a que ele próprio não gosta. Durante os anos de Ditadura no Brasil, peitou a censura, e teve de lidar com revistas diárias em suas correspondências, sua casa e, inclusive, sua lata de lixo.
082 - Itha Rocha

082 - Itha Rocha

2020-08-1221:49

Provocações com um tema muito incerto, "a morte". Ela lida com esta etapa da vida e dela tira seu sustento. Pela terceira vez é provocada. Conheçam... Itha Rocha! ---- Carpideira é a pessoa que chora nos velórios pelos mortos. Itha Rocha segue esta tradição milenar característica de povos rurais. Os povos antigos acreditavam ser a morte uma passagem. O choro seria necessário para que a alma do morto fizesse uma passagem mais tranquila. Nossa convidada é contratada para acompanhar velórios, chorar pelos mortos e fazer rituais para a transição das almas. Na Europa antiga esta profissão era de tal importância que existia até um sindicato das Carpideiras. Já foi em enterros famosos como o de Ayrton Senna, Tancredo Neves, Mário Covas ... Além desta profissão, Itha conta que corre ao lado dos maratonistas para estimulá-los e desfila em 71 Escolas de Samba como "Madrinha dos Garis". Não Percam no próximo Provocações. Imperdível! ABUJAMRA LÊ TEXTOS E POESIAS DE SCHOPENHAUER, PAULO HECKER FILHO, MARIO QUINTANA E MATHIAS AYRES.
081 - Silvio de Abreu

081 - Silvio de Abreu

2020-08-0427:12

Na edição do PROVOCAÇÕES, Antônio Abujamra, capaz de obter respostas das mais inusitadas de seus convidados, recebe o autor de novelas e diretor de cinema Silvio de Abreu. Silvio revela suas imprudências e descobertas ao longo da vida, como o fato de desistir da carreira de ator, conselho dado pelo próprio Abujamra, logo no início de sua carreira. Diz também ter seguido a sugestão da amiga Hebe Camargo, de "celebrar a vida e ser feliz". Confessa, ainda, ter de fazer concessões ao seu público para agradar a todos. Criticado por gostar do estilo das chanchadas, o autor tem a característica de investir no bom humor em suas novelas. Trajetória Paulistano, nascido no bairro da Liberdade, Silvio de Abreu começou a carreira como ator de teatro e televisão. Atuou ainda como diretor de cinema na década de 70. Em 1977, foi contratado pela extinta TV Tupi para fazer uma adaptação do clássico Éramos Seis. Consagrou-se, no entanto, com o gênero comédia em novelas como Guerra dos Sexos, Cambalacho e Rainha da Sucata. O Programa PROVOCAÇÕES é uma montagem de momentos ricos de entrevistas sobre sociedade, educação, cultura, artes, comportamento, vida brasileira, entre muitos outros assuntos. As entrevistas são entremeadas por poesias e textos de grandes autores. A criação (ao lado de Gregório Bacic), apresentação e direção levam a assinatura de um dos mais consagrados diretores de teatro do país: Antônio Abujamra. Opiniões e sugestões do público são muito bem vindas pelo e-mail provoca@tvcultura.com.br. Poema Inicial: Glauco Matoso. Poema Final: Pedro Nova Povo Fala: Homem negro doz que a tendência é que a situação melhore para os negros.
080 - Gilberto Mendes

080 - Gilberto Mendes

2020-07-2522:16

Trouxemos desta vez um músico e compositor! Um dos mais raros em nosso vasto Brasil. Apesar de vanguardista radical que foi - ou ainda é - se sente cada vez mais parecido com Villa-Lobos. Descubram um gênio: Gilberto Mendes! ---- "Me sinto como Villa-Lobos por ser abundante como ele". Assim começam as "provocações" do compositor vanguardista Gilberto Mendes. Segundo ele, sua música não tem nada a ver com o Villa-Lobos, mas sua modernidade sim! Antônio Abujamra vai mais fundo e tenta entender o vasto mundo que existe na cabeça desse gênio. Amigo da "Poesia Concreta" e da chamada "Música Nova", Gilberto fala sobre música contemporânea e sobre a influência do negro na música mundial. "O negro criou a música popular urbana", completa. Gilberto ainda comenta sobre suas composições e a dificuldade que muitas vezes as pessoas tinham em entendê-las. Revela como a asma mudou alguns caminhos de sua vida. Um grande gênio da música brasileira. Gilberto Mendes! ABUJAMRA LÊ TEXTO DE ALEX POLARI.
079 - Luiz Schwarcz

079 - Luiz Schwarcz

2020-07-2521:51

Luis Schwarcz, o homem mais influente do mercado editorial brasileiro, é um homem tímido, mas apesar disso, em “Provocações”, mostrou-se um grande provocador! No programa Luis falou sobre sua grande paixão, a literatura, e as particularidades do mercado editorial. O editor afirma que há espaço para a cultura na mídia, o que acontece é que no mundo inteiro se publicam mais livros do que a demanda e essa situação se agrava no Brasil, graças as nossas deficiências na Educação. Também se firmou em um ponto: faltam, hoje em dia, críticos de literatura que realmente contribuam para a arte e não sejam jornalísticos. Schwarcz, ainda, revelou um fato interessante, ao analisar as listas de livros mais vendidos, percebe-se que apesar de pequeno, o público de leitores brasileiros costuma ser mais culto que outros maiores.
078 - Eva Marisa Alves

078 - Eva Marisa Alves

2020-07-2520:53

Abujamra recebe Eva Marisa Alves , ou simplesmente Tia Eva, como é conhecida pelos garotos que ela ajuda. Ela vem ao nosso programa para contar sobre a sua vida na rua, como foi sair do interior para tentar ganhar a vida na cidade grande ainda menina. Segundo ela mesma, é uma sonhadora realizada: "Eu conquistei tudo o que eu queria... É bom ajudar as pessoas que sonham." Com a inocência de uma menina, Tia Eva entrou para a prostituição, coisa que a fez se envolver com o "lado negro da coisa". Conta como reagiu à vida de garota de programa e como é a relação dela com os pais de seus dois filhos, gerados por consequência de um programa. Depois de entrar para a igreja evangélica, Eva decidiu ajudar crianças carentes, que segundo ela saíam da escola e ficavam soltos na rua. A primeira idéia era ajudá-los através da religião, mas o que eles realmente queriam era jogar futebol. Daí começa uma luta para alimentar o sonho de muitos meninos e meninas que querem ser atletas. "Eu queria ser o Pelé só por um ano." Saiba o porquê desta afirmação e outras curiosidades sobre esta grande lutadora assistindo Provocações. Abujamra lê texto de Alex Polari.
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