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Das provocações à razão

Das provocações à razão
Author: Mórisson Couto
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© Mórisson Couto
Description
A todo instante, as circunstâncias nos provocam a reagir. Reagimos por impulso, muitas vezes sem perceber ou pensar suficiente. Quando a razão se impõe e exige resposta à altura da provocação, busca se distanciar dos palavrórios inconsistentes que ecoam em quase todos os cantos e, sem alegar possuir a verdade, a busca sem medo. A verdadeira razão, exigente de justa medida, reage sem desconsiderar sentimentos, emoções, corpo e o outro. Assim, responder às provocações é seu dever irrecusável, uma vez que só ela é responsável por encontrar sentido em meio ao que parece tão caótico.
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Unamuno aborda de maneira contundente este tema sensível: vida e morte. Sua filosofia é penetrante e provoca reflexão até naquele que passa como que desatento. Na análise de hoje, uma história real extremamente forte aciona um questionamento que o filósofo espanhol nos ajuda a responder, ou, noutra linguagem, provoca uma fome que só pode ser saciada de uma forma.
Abdelwahab Meddeb e o Dr Lima Vaz nos ajudam a compreender a razão da crítica de Churchill esboçada no título deste podcast. Infelizmente, fazemos parte do contexto, mas, felizmente, podemos sair vitoriosos.
Salomão e Heidegger, ao analisarem questões sobre o tempo, enriquecem o olhar sobre certo comentário de Voltaire a respeito dos amigos de Jó. Numa breve consideração, veremos que o que dizem nos serve, e muito, em todo tempo, inclusive neste.
Tempo de reflexão como nenhum outro no ano, fustigada por sentimentos de gratidão e de débito, a razão provocada, numa combinação de análises de Chaïm Perelman e situações do cotidiano, tenta resgatar um aspecto que não poderia passar despercebido, afinal este também é seu caso.
Estamos dentro desta realidade e ela nos importa em muito; possivelmente, importe mais que a importância que temos dado. É preciso atentar para isso o quanto antes.
Hegel desenvolve o conceito de Astúcia da Razão como uma espécie de último recurso para nos fazer ajustar à realidade. Será que ele precisará ser usado? A resposta depende de muitos fatores
Eros e Psiquê viveram uma das mais emocionantes histórias de amor da mitologia greco-romana. Dela, extraímos uma lição que ninguém deveria desprezar, sob o risco de, em desprezando, ser vítima fatal.
Dois anos, cento e dez episódios, mas os números não fazem sentido sem você e cada um dos outros cento e sessenta inscritos. Agradeço sua companhia. Espero, mais uma vez, ser ouvido e refletido, pois a razão provocada não quer falar pra paredes.
Entre a dúvida real e aquela encenada para ludibriar há um abismo. O problema parece não estar em identificá-las, mas em assumi-las.
Estamos tão habituados que pouco refletimos se nos habituamos ou se somos habituados. Certo é que esse fenômeno está presente ora como "mocinho" ora como "vilão", mas sempre presente.
Às vésperas das eleições no Brasil, trago um tema leve e imparcial, o que não significa irrelevante, até porque a filosofia deve ser atemporal conquanto aplicável a cada momento.
Partindo de uma crítica feita por diversos filósofos ao cristianismo, seguiremos com o filósofo dinamarquês, Kierkegaard, em sua defesa.
O preço da liberdade não pode ser calculado, e por várias razões. E se muitos, com verdade, podem falar da liberdade como um dom gratuito, ninguém poderia, com justiça, falar que mantê-la é simples.
Como reconhecer um amigo? Entre as pessoas que já passaram por sua vida quantas mereceram esse título? Talvez a pena de Plutarco, o filósofo das questões práticas, e a de Monteiro Lobato possam ajudar a enriquecer a reflexão a tal respeito.
Será preciso ter cautela ao falar desse assunto, uma vez que há poder excessivo em mãos erradas.
Nem sempre queremos refletir. Às vezes, queremos passar adiante, deixar certos assuntos para trás. Puro engano pensar que podemos.
De uma simples expressão num dialeto distante, pronunciada de modo quase banal por um homem decadente, surge uma reflexão tão necessária que beira o épico. Os envolvidos? Nós, todos nós.
Entre os temas mais sensíveis está o religioso. E o modo como opera a filosofia tem, no decorrer do tempo, assustado muitos religiosos, não a religião. Esta parece seguir firme a despeito dos que a ela se opõem. O caso é que seus maiores opositores são seus maiores defensores. O que a filosofia busca, no entanto, é a verdade, e isso não deveria assustar aqueles que creem possuí-la. Deveriam, em vez disso, abrir as portas e apresentar o que têm com grande satisfação. Não oferecemos ameaças, apenas perguntas, e não sabemos se haveria ainda hoje motivos para temer questionar.
Centésimo episódio. Há muito que dizer, mas não são necessárias sequer palavras para isto. Poucas parecem suficientemente convenientes. Dizer o suficiente é um tanto ousado, exceto se for o suficiente para provocar outros dizeres.
Algo elementar da linguagem, e de clareza singular como a relação sujeito predicado, pode guardar dificuldades nada confortáveis.
Todo julgamento procura descobrir a intencionalidade do autor a fim de delimitar sua culpa. Ante isso, cabe inquirir sobre o que de fato queremos ao querer.