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Rasgaí

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Author: Programa de Pós-Graduação em Demografia | UFRN

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Description

O Rasgaí é um podcast que fala sobre ciência. O foco é nos estudos que tratam sobre demografia e população. Episódios curtos trazem discussões diretas e objetivas sobre essa área de conhecimento. O Rasgaí é vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Demografia (@ppgdem) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Produtor/Editor: Ricardo Ojima (@ricardoojima).

Rasgaí: expressão regional; gíria; verbo usado para pedir que o outro fale algo numa conversa. - Tenho uma coisa para te contar. - Rasgaí!
75 Episodes
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A pandemia de Covid-19 mudou drasticamente a educação no Brasil e a pesquisa buscou entender os efeitos dessa crise sobre os alunos dos cursos técnicos integrados ao ensino médio no Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN). O principal objetivo foi descobrir se a pandemia aumentou os índices de reprovação e de abandono escolar e se esse impacto foi diferente entre os alunos que ingressaram por cotas e os de ampla concorrência. Essa investigação é fundamental, pois as dificuldades enfrentadas por esses jovens estudantes podem afetar não apenas seu futuro individual, mas também a qualificação dos profissionais que chegarão ao mercado de trabalho nos próximos anos.Esse foi o tema da pesquisa de doutorado de Alberto Alexandre Lima de Almeida junto ao Programa de Pós-Graduação em Demografia da UFRN e é o nosso convidado deste episódio 8 da quarta temporada do Rasgaí. Ele analisou os registros escolares de 3.284 estudantes de 20 campi do IFRN, acompanhando suas trajetórias desde 2019, antes da pandemia, até o fim de 2022. Além de analisar os números, ele fez uma análise qualitativa com alunos e pedagogas para entender as experiências e os desafios vividos durante o período de ensino remoto. Essa combinação de análise de dados e entrevistas permitiu uma visão mais completa do cenário.Os resultados mostraram que o índice de reprovação dos alunos cotistas foi maior do que o dos não cotistas durante todo o período analisado. Curiosamente, a taxa de abandono (evasão) foi parecida para os dois grupos. As conversas revelaram que a maior dificuldade para todos foi a adaptação ao ensino a distância, especialmente a falta de concentração nas aulas. No entanto, para os alunos cotistas, as condições familiares, muitas vezes mais desafiadoras, tornaram esse obstáculo ainda maior. A conclusão do estudo reforça a importância de políticas públicas, como o sistema de cotas, para garantir a igualdade de oportunidades na educação. Os achados servem como um alerta e um argumento para que essas políticas não só continuem, mas sejam fortalecidas, criando uma rede de apoio que ajude os estudantes a superar as adversidades e a concluir seus estudos com sucesso.Acesse a pesquisa completa para saber mais no link: http://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/60493
Você acha que a escolha do seu parceiro, marido ou esposa é uma decisão totalmente individual e que ela é baseada apenas numa questão de simpatia ou amor? Em geral, a gente acaba naturalizando essa questão como se houvesse uma única forma de se relacionar em uma união. Mas a história e os dados sobre o estudo dos casamentos e divórcios é uma das frentes de pesquisa dentro da demografia, pois os arranjos familiares são condicionados e condicionam diversos aspectos demográficos. No episódio de hoje a convidada é a Denise Pimentel, doutora em demografia pela UFRN. Ela defendeu a tese “Seletividade marital por idade entre casais heterossexuais no Brasil” que analisou os padrões e tendências de casamentos considerando as distinções de idade dos casais. Um estudo clássico da pesquisadora, Dra Elza Berquó, é a que apresenta a ideia de "pirâmide da solidão". O texto foi apresentado no encontro da Associação Brasileira de Estudos Populacionais em 1986 e analisou as diferenças de idade entre os casais e já anunciava o que o trabalho da Denise confirmou acontecer até os dias de hoje. Ou seja, como a mortalidade dos homens é muito maior do que a das mulheres a partir das primeiras idades adultas, há um conflito e uma divergência entre a norma social de casamentos de homens mais velhos com mulheres mais jovens e, a partir de certas idades, uma dificuldade maior de mulheres encontrarem um parceiro para se unir. Vem conferir o episódio 7 da 4a temporada do Rasgaí!
A pós-graduação stricto senso no Brasil é onde se desenvolve a maioria da pesquisa científica e é um ambiente muito rico de discussões, debates e novas perspectivas. Em particular, no caso da área de demografia, é um ambiente rico pela interdisciplinaridade. É justamente essa interdisciplinaridade que torna a demografia uma área tão fascinante e aqueles que se aproximam dela acabam se envolvendo de uma forma que não consegue mais enxergar o mundo a partir de uma única disciplina. Alguns autores chamam a demografia de uma "interdisciplina", como se a sua própria existência fosse justamente a necessidade de preencher as lacunas que existem entre as disciplinas.Para dar um exemplo dessa interdisciplinaridade e como elas se complementam e enriquecem, o episódio 6 dessa quarta temporada conta com a presença da geógrafa, Mariana Andreotti Dias e do sociólogo Vittorio Talone. Os dois estão desenvolvendo pesquisa de pós-doutoramento aqui no Programa de Pós-Graduação em Demografia da UFRN e conversaram sobre como percebem a interface da demografia nas suas trajetórias profissionais e como se deu sua inserção desde as suas formações disciplinares com a demografia.
O episódio 4 desta quarta temporada conta com a participação do egresso Paulo Victor Maciel da Costa. Ele defendeu a sua tese de doutorado aqui no PPGDem no ano de 2024 com a temática da imobilidade das pessoas no contexto do semiárido setentrional. Ele buscou entender o motivo pelo qual as pessoas migram e não migram no contexto da população rural do Semiárido Setentrional nordestino. O foco da pesquisa foi entender como agem as políticas sociais, com especial destaque ao Programa 1 Milhão de Cisternas, nas estratégias de convivência com a seca. A partir de um conjunto de três ensaios, a pesquisa do Paulo buscou analisar em diversas escalas de análise o impacto das políticas sociais sobre a dinâmica da mobilidade da população nesse contexto de desigualdades sociais.Saiba mais sobre as pesquisas do PPGDem nas redes sociais (@ppgdem), no nosso canal do youtube (/demografiaufrn) e no nosso blog (demografiaufrn.net).Créditos | Trilha sonora:"Pleasant Porridge" Kevin MacLeod (incompetech.com)Licensed under Creative Commons: By Attribution 4.0 License
O episódio traz uma conversa com o egresso do Programa de Pós-Graduação em Demografia da UFRN, João Gomes da Silva. Ele defendeu sua tese de doutorado com uma pesquisa sobre o desempenho escolar de estudantes do ensino médio a partir da construção de indicadores quantitativos para, entre outras coisas, comparar e identificar aspectos ligados à infraestrutura da escola e a adequação dos docentes na sua formação básica e as disciplinas ministradas.Para saber mais sobre a tese de doutorado, confira nosso site e nossas redes sociais.Créditos"I Got a Stick Arr Bryan Teoh" Kevin MacLeod(incompetech.com) - Licensed under Creative Commons: By Attribution 4.0 License "Pleasant Porridge" Kevin MacLeod(incompetech.com) - Licensed under Creative Commons: By Attribution 4.0 License
O episódio 1 da 4a temporada teve como convidado o demógrafo Enrique Peláez, da Universidade Nacional de Córdoba (Argentina), para falar sobre o contexto da dinâmica demográfica na América Latina e seus desafios. A sua visita à UFRN marcou o início das atividades científicas da cooperação entre as duas universidades na área de demografia e inclui pesquisas, intercâmbios e publicações conjuntas.A 4a temporada do Rasgaí inicia com o formato em vídeo intercalado com os tradicionais episódios no Spotify e principais agregadores de podcast. Fique atento que tem mais vindo por aí.
Uma das oportunidades que se abre quando a gente está desenvolvendo uma pesquisa de doutorado é a possibilidade de passar uma temporada fora do país. A Capes, que é a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, um órgão vinculado ao Ministério da Educação, tem um programa de bolsas específico para essa atividade. Esse programa é chamado PDSE “Programa Doutorado Sanduiche no Exterior” e abre anualmente seleção para que pesquisadores que estejam realizando doutorado no Brasil possam passar uma temporada de no mínimo 6 e no máximo 10 meses fora do país. É uma possibilidade importante para o que se costuma chamar de internacionalização da pesquisa científica brasileira. Contribui para estreitar laços de colaboração científica já existentes entre instituições brasileiras e do exterior ou mesmo criar novas conexões entre os grupos de pesquisa. Mas para além disso, trata-se de uma oportunidade excelente para o processo formativo do doutorando, pois permite experimentar rotinas de pesquisa, estruturas institucionais e, principalmente, novas culturas. O episódio traz uma conversa com o Leandro Basílio Jr., que é doutorando do PPGDem e, no ano passado, concorreu ao edital do PDSE e foi selecionado para passar uma temporada em Lisboa, Portugal. Ele está desenvolvendo sua pesquisa de doutorado no Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa (IGOT) e nos contou como foi o processo de seleção e como está sendo sua experiência.
A pandemia da Covid-19 trouxe muitos transtornos e perdas irreparáveis, mas também pudemos tirar muitos aprendizados. É preciso refletir sobre esses momentos de crise para poder aprender como se deram suas dinâmicas e, por fim, entender o que podemos fazer para minimizar e melhor responder à futuras crises que virão. Por isso, o Programa de Pós-Graduação em Demografia da UFRN está desenvolvendo um projeto que conta com financiamento de agências de fomento. Um na parceria da FAPERN (Fundação de Amparo e Promoção da Ciência, Tecnologia e Inovação do RN) com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES); e outro em um edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os dois projetos envolvem docentes e discentes do PPGDem para estudar as dinâmicas demográficas e o impacto da pandemia na região do semiárido setentrional, a porção mais ao norte da região mais seca do Nordeste. O objetivo é avançar na compreensão dos impactos da COVID-19 no acúmulo de condições desfavoráveis na população dessa região que tem taxas de crescimento populacional baixas e com relativa perda de participação na população na região Nordeste. O Semiárido Setentrional apresenta baixos indicadores sociais, econômicos, de saúde, educacionais, entre outros. Fatores como mercado de trabalho, saúde, infraestrutura, migração e mobilidade já se constituíam como desafios para o desenvolvimento regional antes da pandemia e poucos estudos focam no contexto demográfico da região. Assim, o episódio de hoje traz uma pesquisa de mestrado que foi desenvolvida dentro deste recorte de pesquisa. A Rislene Katia de Sousa defendeu sua dissertação de mestrado em 2022 e analisou o contexto do mercado de trabalho antes e depois da pandemia da Covid-19 na região do semiárido setentrional. Confere os resultados completos da dissertação aqui: "O mercado de trabalho no Semiárido Setentrional na pandemia da COVID-19"
A demografia, enquanto campo de estudos que se debruça sobre a natalidade e fecundidade, tem um olhar crítico, analítico e ao mesmo tempo técnico sobre a maternidade. Faz parte das análises entender as condições e características sociais, econômicas e contextuais da maternidade. Mas o que dizer da relação entre maternidade e carreira acadêmica? Ser pesquisadora e ser mãe são esferas da vida independentes e contraditórias? Somente a poucos anos, a plataforma Lattes, principal sistema de informações e dados de pesquisadores brasileiras, adicionou um campo para o registro de licenças-maternidade. E só este ano, em 2023, a Plataforma Sucupira, usada para inserir os dados da pós-graduação brasileira, passou a incluir afastamentos relacionados a licenças parentais. São conquistas importantes, claro, mas que demonstram como o caminho para o maior equilíbrio de gênero no ambiente acadêmico ainda é longo. Para contribuir com esse movimento e na esteira desses debates, o Programa de Pós-Graduação em Demografia da UFRN organizou uma roda de conversa com pesquisadoras mães. São docentes, discentes e egressas que experimentam o desafio de ser mães e pesquisadoras ao mesmo tempo. Um momento de trocas de conversas sobre os desafios e perspectivas para a busca de maior equilíbrio nas relações de gênero no ambiente acadêmico, em especial, quando o assunto é a maternidade. A atividade ocorreu nessa sexta-feira, dia 12 de maio de 2023. Portanto, o episódio de hoje do Rasgaí é especial sobre o dia das mães e traz um resumo de como foi esse momento de reflexão a partir dos depoimentos de algumas das participantes. Para saber mais: DECRETO Nº 21.366, DE 5 DE MAIO DE 1932, Declarando que o segundo domingo de maio é consagrado às mães. Mulheres não são melhores em multitarefas. Só trabalham mais Parentalidade e carreira científica: o impacto não é o mesmo para todos
Este episódio apresenta os resultados da tese de doutorado do Herick Cidarta Gomes de Oliveira. Ele observou os efeitos do Programa Bolsa Família sobre a defasagem escolar de mães adolescentes utilizando um banco de dados compartilhado pela cooperação do Programa de Pós-Graduação em Demografia da UFRN com o Cidacs/FioCruz-BA. A "Coorte dos 100 milhões de brasileiros" é uma base de dados longitudinal onde as informações não se referem apenas a um momento no tempo, mas acompanha as pessoas através do tempo. No caso da pesquisa do Herick, o evento específico foi a natalidade entre meninas adolescentes e o foco foi analisar como o fato dela já ser beneficiária do Programa Bolsa Família (PBF) poderia afetar o seu desempenho escolar diante da gravidez e a maternidade. Os resultados mostraram que, para as mães adolescentes que já eram de famílias beneficiárias do PBF, há uma menor incidência de defasagem escolar em comparação com meninas que eram de famílias não beneficiárias e com as mesmas características sociodemográficas. Um efeito protetor do PBF que foi mais relevante para meninas residentes no Semiárido do que aquelas da região Nordeste ou da média do país. Há outras análises e resultados interessantes que o Herick comenta no episódio. Os resultados completos podem ser acessados na tese de doutorado do Herick que está disponível no repositório da UFRN.
A mortalidade por acidentes de trânsito no Brasil é um fenômeno importante a ser estudado, pois é a segunda causa de morte entre pessoas jovens, perdendo apenas para as mortes por violência. Esse é um tema relevante de pesquisa para diversos campos de conhecimento, entre eles a demografia, uma vez que envolve de forma direta ou indireta os componentes da dinâmica demográfica de modo claro. O primeiro e óbvio fator é a mortalidade. Mas envolve entender também como a população se desloca no espaço e, de forma mais indireta, tem a ver com a mudança na estrutura etária da população decorrente da transição demográfica. Diante disso, este episódio apresenta os resultados da dissertação de mestrado da Emilly Lindolfo de Souza. Ela desenvolveu a pesquisa sobre os acidentes de trânsito e consumo de álcool nas rodovias federais do Rio Grande do Norte, analisando o período de 2007 a 2019, com dados da Polícia Rodoviária Federal. Com isso, ela obteve um perfil demográfico relacionado à esse tipo de ocorrência e contribui para que ações de políticas públicas possam ser mais focalizadas e efetivas.
As migrações ocorrem em diferentes contextos socioeconômicos e em cada um deles as características dos migrantes são afetadas. As migrações associadas ao avanço das fronteiras agrícolas ou da mineração e garimpo costuma atrair mão de obra masculinizada e com idades mais maduras. Em outros contextos, as mudanças de endereço envolvem o grupo familiar todo e há impactos importantes na rede familiar, principalmente quando a migração é compulsória em razão do emprego de um dos membros da família. Um exemplo é a mobilidade compulsória que existe dentro de algumas carreiras como, por exemplo, os militares da União. Nesse episódio vamos conversar com a Cinthyonara Targino Pereira. Ela defendeu uma dissertação de mestrado em demografia na UFRN e, baseado nessa pesquisa, publicou o artigo "Migração e atividade econômica das esposas de militares da União e de trabalhadores dos setores público e privado no Brasil em 2010" na Revista Brasileira de Estudos de População onde discute a migração e a atividade econômica das esposas de militares da União e compara a situação com trabalhadoras civis dos setores público e privado. A dissertação da Cinthyonara Pereira pode ser acessada no repositório de teses e dissertações da UFRN clicando AQUI.
Neste episódio conversamos com o autor da primeira tese de doutorado defendida no Programa de Pós-Graduação em Demografia da UFRN. A defesa de tese do Victor Hugo Diógenes ocorreu em novembro de 2022 e tratou sobre um tema bem atual: a relação entre população, meio ambiente e consumo. É muito comum ouvir nas conversas do dia-a-dia, no senso comum, uma percepção simplificada e até ingênua sobre a relação população e meio ambiente. É comum que a discussão sobre o crescimento populacional afetando o meio ambiente, produção de alimentos ou desenvolvimento econômico esbarre numa visão fatalista que recupera o postulado de Thomas Malthus de que é preciso controlar o crescimento populacional para garantir a sobrevivência da humanidade. Os dados preliminares do Censo Demográfico 2022 já confirmam que o ritmo de crescimento da população brasileira está bem baixo. Outros países do mundo já apresentam taxas de crescimento populacional negativo e o Brasil segue a mesma tendência. É esperado que a população comece a decrescer antes do meio deste século. Mas será que as condições ambientais vão melhorar depois que a população brasileira começar a decrescer? A pesquisa desenvolvida pelo Victor joga um pouco de luz nessa discussão a partir da inclusão da variável consumo na discussão sobre a relação população e meio ambiente. Particularmente, ele analisou se há efeitos diferentes no padrão de consumo de energia elétrica de acordo com a idade das pessoas, da período em que analisamos esse consumo e a coorte de nascimentos das pessoas. Ou seja, nesse último aspecto, analisa-se se o ano que a pessoa nasceu exerce alguma influência no padrão de consumo de energia elétrica. Para acessar a pesquisa do Victor Hugo Diógenes, clique aqui.
É sempre muito dificil escolher os caminhos de investimento em formação. Há uma certa insegurança na escolha de uma pós-graduação stricto sensu, pois é um investimento de tempo e energia de médio e longo prazo. Nem sempre há bolsas de pesquisa suficientes e, mesmo quando existem, os valores nem sempre são suficientes para garantir integralmente a subsistência sem um adicional de alguma economia guardada ou apoio familiar. Em geral a pós-graduação stricto sensu exige dedicação integral e exclusiva e isso o torna quase que inviável para muitas pessoas. Para ajudar nessas escolhas, criamos essa série especial “Egressos” dentro do nosso podcast. O que buscamos nessa série especial é mostrar as trajetórias profissionais dos egressos. Queremos saber o que estão fazendo e o que a formação em demografia contribuiu com a atividade profissional onde atuam hoje. Enfim, uma forma de mostrar caminhos possíveis para tornar a escolha menos solitária. A conversa deste episódio foi com a Anna Karoline Rocha Cruz. Ela fez o mestrado em demografia na UFRN e depois seguiu para um doutorado na mesma área na Unicamp. Hoje ela é professora universitária no Amazonas e incorpora nas suas aulas o conhecimento que acumulou ao longo da trajetória. Mais que isso, ela transitou entre o campo da economia, sua formação de base, e passou para a demografia estudando os povos indígenas. Um grupo populacional importante e que demanda estudos com essa perspectiva demográfica cada vez mais.
A região nordeste sempre foi uma região de perdas migratórias, ou seja, considerando quem migrou pra outras regiões e quem chegou de outras regiões, o saldo sempre foi mais negativo para o Nordeste. De modo geral, os migrantes estão em busca de melhores oportunidades econômicas e melhores condições de vida. Com isso, a mobilidade espacial resumidas nas migrações sempre esteve relacionada de alguma forma à mobilidade social e o sucesso de quem migra é medido, em grande parte, pelo sucesso na ascensão social dos migrantes. Mas será que essa relação entre migração e mobilidade social ascendente é igual para todas e todos? O episódio discute os resultados da pesquisa de mestrado do Demétrius Monteiro que teve como tema os efeitos da interseccionalidade de gênero e raça na mobilidade social dos emigrantes com origem no Nordeste brasileiro. Os resultados completos podem ser acessados no link abaixo. RODRIGUES, Francisco Demetrius Monteiro. O efeito da interseccionalidade de gênero e raça na mobilidade social dos emigrantes com origem no Nordeste brasileiro. 2021. 93f. Dissertação (Mestrado em Demografia) - Centro de Ciências Exatas e da Terra, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2021.
O episódio 4 da terceira temporada apresenta um resumo dos primeiros resultados de um projeto desenvolvido pelo Programa de Pós-Graduação em Demografia da UFRN em parceria com diversas instituições de pesquisa, a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e a Prefeitura Municipal de Mossoró (RN). O projeto tem como objetivo subsidiar ações de qualificação, planejamento e informação para a gestão pública municipal a partir de uma perspectiva interdisciplinar em Mossoró na direção de entender os impactos diretos e indiretos da pandemia da Covid-19 no município. Vai além, buscando realizar uma análise prospectiva e de futuro para o planejamento de ações voltadas à melhoria das condições de saúde e qualidade de vida no município. A pesquisa que teve início no segundo semestre de 2022, encontra-se em fase de análise dos resultados preliminares, mas ainda está em desenvolvimento a partir da coleta de informações essenciais sobre o sistema de saúde e dos trabalhadores e suas condições. Neste episódio conversamos com Marcos Gonzaga e Flávio Freire, ambos docentes do PPGDem e coordenadores de dimensões estruturantes do projeto. Além disso, também conversamos com o Diretor Executivo de Planejamento da Secretaria Municipal de Saúde de Mossoró, Richardson Grangeiro, que tem sido o contato de articulação das ações do projeto pela Prefeitura Municipal de Mossoró. Para saber mais sobre as divulgações anteriores e futuras do projeto, consulte o nosso site (demografiaufrn.net).
O episódio traz uma conversa com Denise Pimentel. Ela defendeu a dissertação de mestrado em demografia na UFRN e a pesquisa fez uma caracterização do comportamento reprodutivo na Região Nordeste em um contexto de baixa fecundidade. A pesquisa da Denise teve como objetivo analisar como se deu essa queda dos nascimentos considerando as diversas características das mulheres nordestinas com base nos dados dos censos demográficos de 2000 e 2010. A dissertação completa está disponível para download no repositório institucional da UFRN e pode ser acessada pelo link abaixo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/26167
Neste episódio 2 da terceira temporada do Rasgaí, conversamos com a Angela Thais Araujo de Almeida. Ela defendeu a dissertação de mestrado em demografia no Programa de Pós-Graduação em Demografia da UFRN em 2021 e o tema da pesquisa foi a mobilidade espacial e o acesso à educação básica entre jovens com deficiência na região Nordeste. O trabalho se insere no debate sobre avanços e retrocessos que cercam o tema nos anos recentes. O direito fundamental ao acesso à educação para pessoas com deficiência perpassa diversos aspectos e, entre eles está a questão da mobilidade espacial. Poucos trabalhos científicos abordam a mobilidade dessa parcela da população. Quais são os desafios e condições impostos para essas pessoas em termos de deslocamentos e acesso à educação. O objetivo da pesquisa foi comparar estudantes com e sem deficiência para conhecer o perfil do estudante com deficiência e verificar quais diferenças se apresentam em termos de mobilidade em direção às escolas da região Nordeste. A dissertação na íntegra pode ser acessada aqui: "Mobilidade espacial e acesso à educação básica: estudantes com deficiência na região Nordeste".
Em 2023 daremos continuidade aos episódios tradicionais sobre resultados de pesquisa e também à série de conversas com nossos ex-alunos. Colegas pesquisadores que passaram pela nossa pós-graduação e hoje já estão em outras atividades profissionais. E, neste primeiro episódio da terceira temporada, conversamos com o Tiago Nascimento. Tiago concluiu o mestrado em demografia na UFRN em 2015 e vamos saber o que ele anda fazendo, por onde esteve desde que saiu daqui e quais as lembranças que guarda da sua experiência aqui no PPGDem. Coloca seu fone e ouça nosso podcast. Você pode saber mais sobre o Programa de Pós-Graduação em Demografia na nossa página (www.demografiaufrn.net) ou acompanhar tudo que tem de novidade na área através das nossas redes sociais. Estamos no Facebook, Twitter e Instagram no @ppgdem e também no Youtube no canal /demografiaufrn. Confere lá.
A formação em nível de pós-graduação muitas vezes confunde, pois há algumas modalidades diferentes com algumas características particulares. É muito comum ouvir as pessoas falando: “fiz uma pós” ou “vou fazer uma pós”, mas nem sempre se trata da mesma coisa. A pós-graduação é um nível de formação que, claro, exige que vc tenha feito uma graduação anteriormente. Isso é o que há de comum, mas depois podemos ter a pós-graduação lato senso e a pós-graduação stricto senso. O primeiro é o que costumamos chamar de especialização e tem um caráter prático-profissional e busca promover a especialização técnica ou treinamento nas partes de que se compõe um ramo profissional ou científico. Tem duração mínima de 360 horas, ao final do curso o aluno obterá certificado e não diploma. A pós-graduação stricto sensu compreende programas de mestrado e doutorado e ao final do curso o aluno obterá grau acadêmico e diploma. Diferentemente das especializações, os cursos de mestrado e doutorado tem um caráter regular dentro das instituições de ensino, ou seja, precisam ter turmas com ingresso regular. Na rotina da formação na pós-graduação stricto sensu o discente passa por disciplinas formativas e depois desenvolve outras habilidades, como docência e pesquisa. Ao final do processo de formação, para obter o título, o aluno precisa defender uma dissertação, no caso do mestrado, e uma tese no caso do doutorado. E os prazos regulares são de 2 e 4 anos, respectivamente. Muitas vezes pode ser um processo de formação árduo e extenuante devido aos elevados níveis de exigência e prazos, mas nem sempre é assim. Depende do contexto e do ambiente que se constrói. No episódio 9 da segunda temporada do Rasgaí, conversamos com o William Mendonça de Lima que concluiu seu mestrado em 2015 aqui na Pós-Graduação em Demografia da UFRN e depois seguiu e já concluiu o doutorado também em demografia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ele contou pra gente como foi a sua experiência e nos deu um exemplo de como podemos ajustar qualidade e rigor na produção científica e acadêmica sem necessariamente sermos reféns dessa cobrança. Para ele, o mestrado foi um período agradável da vida. Créditos: Produção, edição e apresentação: Ricardo Ojima (PPGDem/UFRN) Trilha sonora: Robo-Western by Kevin MacLeod Link: https://incompetech.filmmusic.io/song/4298-robo-western License: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/ Perspectives by Kevin MacLeod Link: https://incompetech.filmmusic.io/song/4207-perspectives License: https://filmmusic.io/standard-license
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