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Rádio UFRJ - Ouve Essa

Author: Rádio UFRJ

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Programa produzido pela Rádio Batuta com a missão de pescar pérolas pouco conhecidas do acervo musical do Instituto Moreira Salles (IMS), voltado principalmente para discos em 78 rotações. A seleção dos fonogramas é do jornalista Joaquim Ferreira dos Santos. O acervo está disponível no site discografiabrasileira.com.br.
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O alegre hino do Rio

O alegre hino do Rio

2024-03-0504:54

A marchinha Cidade Maravilhosa foi composta inicialmente para uma festa de primavera, mas acabou chegando ao carnaval e, consagração final, ao posto de hino oficial do Rio de Janeiro. A gravação é de setembro de 1933, com o próprio autor, André Filho, e Aurora Miranda, a bela irmã de Carmen e também precursora nos avanços femininos. Naquele momento, gravar música de carnaval também não era coisa de meninas.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
Além de renovador das marchinhas, João Roberto Kelly participou, no início dos anos 1960, do sambalanço, que levou a bossa nova para a pista de dança. Um dos seus sucessos no gênero foi “Boato”, gravado em outubro de 1960 por outra iniciante e que também, com estilo diferente na maneira de cantar, modernizaria o samba. Era Elza Soares.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
Em 1950, por motivos burocráticos ligados à arrecadação de direitos autorais, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga desfizeram a parceria responsável por obras como “Asa branca”. Gonzagão continuou com Zé Dantas a fazer outros clássicos. Teixeira, sozinho, compôs o sucesso “Kalu”, gravado em 1952 por Dalva de Oliveira à frente da orquestra do maestro escocês Roberto Inglez. A gravação foi feita em Londres. É baião, mas com a pitada sentimental tão ao estilo de Dalva. Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
A marcha “Saca rolha” foi sucesso do carnaval de 1954 e continua, 70 anos depois, sendo cantada nas ruas, um dos hinos da grande festa brasileira. A autoria é de José Gonçalves, Zilda Gonçalves e Waldir Machado. Zé e Zilda, casados na vida real, também são os intérpretes. Zé morreria no final daquele mesmo ano, dias depois de ter gravado com Zilda a continuação do “Saca rolha”, a marchinha “Ressaca”, sucesso no carnaval do ano seguinte. Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
Heleninha Costa era uma personalidade discreta no estrelar elenco da Rádio Nacional, mas o fato de ter feito a primeira gravação de “Barracão”, de Luiz Antônio e Oldemar Magalhães, é glória suficiente para eternizá-la. O samba, na tradição da letra triste para um ritmo bem animado, foi um grande sucesso do carnaval de 1953.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
Os selos dos discos de 78 rotações por minuto traziam, além das informações sobre intérpretes e autores, o gênero a que a música pertencia. No selo de “Bacará”, do guitarrista Bola Sete, interpretada por ele e seu conjunto, foi anotado pela primeira vez, em 1957, o gênero “Samba-rock”. Bola Sete, apelido do carioca Djalma de Andrade, logo em seguida iria para os Estados Unidos e seria reconhecido como um grande guitarrista do jazz. Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
“Boas festas”, de Assis Valente, é uma espécie de hino oficial do Natal brasileiro, uma marchinha de letra triste e arranjo alegre, quase carnavalesco, feito por Pixinguinha à frente do conjunto Diabos do Céu. A gravação original, de 1933, é de Carlos Galhardo. Conhecida também por “Anoiteceu”, em razão de seu primeiro verso, inaugurou no Brasil a tradição de se compor para as festas de fim de ano. Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
“Gauchinha bem querer” é uma canção regional, com direito a citação do Rio Guaíba, mas tem todos os ingredientes costumeiros de seu intérprete e compositor, o romântico paulista Tito Madi, um dos renovadores do samba-canção e precursor da bossa nova. Ela foi composta em 1955 em homenagem aos 20 anos da Radio Farroupilha. O acompanhamento é da orquestra do gaúcho Radamés Gnattali.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
Nas enquetes sobre a música mais bonita composta sobre o Rio de Janeiro – e são muitas – está sempre “Valsa de uma cidade”, da dupla Ismael Netto, um paraense, e Antônio Maria, um pernambucano. A gravação original é de Lúcio Alves, de 1954. Pela delicadeza da melodia, os versos solares e a interpretação moderna, “Valsa de uma cidade” é um dos anúncios mais evidentes de que a bossa nova (que também cantaria o Rio) estava chegando.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
O cantor franco-argentino Carlos Gardel foi homenageado com um tango, com seu nome no título, escrito por Herivelto Martins e David Nasser. A gravação foi em 11 de março de 1954, no timbre viril do gaúcho Nelson Gonçalves. No outro lado do disco, também assinado pela dupla, há um samba com o título “Francisco Alves”, o cantor falecido em 1952 e grande ídolo de Nelson. Os críticos são unânimes em reconhecer que “Carlos Gardel” ficou mais bonito. Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
Dorival Caymmi passava muito tempo burilando suas músicas, e por isso teve uma obra, embora genial, pequena. Não mais que 140 títulos, segundo sua biógrafa e neta, Stella Caymmi. A criação do samba “Maracangalha”, em 1956, foi rapidíssima. O compositor nunca esteve na cidade, na Bahia. Suas lendas lhe eram contadas por um amigo, Zezinho, que sempre se referia à Maracangalha como um paraíso. A Nália, citada na letra, também existia. Era amante de Zezinho.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
Para a verde e rosa

Para a verde e rosa

2023-11-1404:58

“Exaltação à Mangueira”, de Aluísio da Costa e Enéas Brites, é o mais conhecido samba em homenagem à escola verde e rosa do Rio de Janeiro, criada em 1928. Lançado para o carnaval de 1956, “Exaltação” tem como intérprete José Bispo Clementino dos Santos, o popular Jamelão. Desde o carnaval de 1952, ele era o cantor oficial da escola e puxava os sambas nos desfiles. Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
Geraldo Pereira e Marino Pinto, dois renovadores do samba, fizeram apenas duas parcerias, ambas no ano de 1941. “Falta de sorte”, gravada por Aracy de Almeida, é uma delas. Estão ali as marcas dos três grandes artistas: a letra bem articulada de Marino, o sincopado de Geraldo e a deliciosa voz anasalada de Aracy, ao mesmo tempo balançando e chorando o drama de uma mulher sem sorte no amor. Como se precisasse de mais atrações, o acompanhamento é do conjunto Diabos do Céu.
A primeira gravação de “Morena boca de ouro”, de 1941, tem como intérprete Sílvio Caldas e, no acompanhamento, o próprio autor, Ary Barroso, balançando o samba ao piano. É um dos clássicos da música brasileira e a partir de 1959, incluída no primeiro LP de João Gilberto, teria versões internacionais.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
A multiplicidade de talentos de Chico Anysio se manifestou também na música. “Fia de Chico Brito”, o baião gravado por Dolores Duran em 1956, é um dos bons momentos de uma obra que, em 2012, quando ele morreu, chegava a mais de 200 canções. Curiosidade: como compositor, Chico deixava de lado as intimidades de humorista. Assinava Francisco Anísio.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
Luiz Vieira era rotulado de “Príncipe do Baião”, mas fez sucesso principalmente com toadas estilizadas, músicas de letras simples e melodias bonitas. Em 1954, ele gravou “O menino de Braçanã”, de uma parceria com Arnaldo Passos. Não confundir com o “Menino passarinho” , nome pelo qual se popularizou outro de seus grandes sucessos, o “Prelúdio para ninar gente grande”, lançado em 1960. Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
“Coração de luto”, uma toada milonga, conta a história real do intérprete e compositor, Teixeirinha, que perdeu a mãe num incêndio. Foi dos primeiros discos a vender um milhão de cópias no Brasil. Lançado em 1961, virou filme e levou ao sucesso no exterior Teixeirinha com sua sanfona e tragédia particular. Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
O sergipano Pedrinho Rodrigues se mudou para o Rio em 1956 e se tornou um dos principais crooners de orquestras de bailes, com estilo bem particular. Na gravação de “Tem que balançar”, sambalanço de 1961 assinado por Carlos Imperial, ele está com o célebre conjunto do organista Ed Lincoln.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
Sempre que se faz uma lista dos dez melhores sambas de todos os tempos, “Agora é cinza”, que está completando 90 anos neste 2023, marca presença entre os dez – às vezes em primeiro lugar. Composto pela dupla Bide e Marçal, que estão entre os fundadores do samba moderno, “Agora é cinza” foi gravado inicialmente por Mario Reis em 1933. Foi o maior sucesso do carnaval do ano seguinte. Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
Todo mundo conhece o lado A da estreia em disco, em 1959, de Elza Soares, a gravação de “Se acaso você chegasse”, de Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins. O lado B do 78 rotações por minuto não era menos genial em mostrar a potência e a liberdade da voz daquela mulher pobre, do subúrbio da Vila Vintém, no Rio. Elza canta “O assalto”, uma versão de Alberto Ribeiro para “Mack the knife”, clássico da dupla Kurt Weill e Bertolt Brecht. Tem humor e também a questão social, que acompanharia toda a trajetória da cantora.Apresentação: Joaquim Ferreira dos SantosEdição: Filipe Di Castro
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