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Territórios da Transgressão
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Territórios da Transgressão

Author: Lucinda Correia

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A cidade estende o seu território por espaços onde se instauram vários tipos de ordem. De um modo geral, aquilo a que chamamos os lugares, na sua acepção iminentemente topológica, corresponde às zonas de influência em que em diferentes escalas, as instituições controlam a vida comunitária. A complexidade de relações que existe entre as várias partes constituintes de um lugar, do quarteirão ao bairro, prova que aquilo a que chamamos urbanidade é um quadro riquíssimo de costumes, de formas e de modos de apropriação. É no jogo das figuras onde várias “redes” finas ou grossas se entrecruzam que uma espécie de desenho urbano vai tomando forma. Aquela ordem que se desenvolve no tempo e no espaço não deixa nunca de ser reforçada pelo próprio tempo, enquanto factor de mudança. Por outro lado, a lei, como invenção humana pretende garantir a manutenção de todas as ordens implicadas no processo de convivência entre habitantes. A cidade, como é óbvio, não escapa a esta lógica. Contudo, nenhuma cidade se apresenta como um desenho perfeito. É como se no desencaixe das suas estruturas sobrevivessem “terras-de-ninguém”, onde o controlo e a transgressão disputam o seu território. É dos vários tipos de tensão que se geram no habitante entre a ordem e o caos, que iremos tratar em “Territórios da Transgressão”. Lucinda Correia é arquitecta, licenciada pela FA-ULisboa. Em 2017, é-lhe concedida uma bolsa pela FCT para desenvolver a sua tese de doutoramento: “A (In)certeza da Norma. Arquitectura, Direito e Políticas Públicas em diálogo” que explora e aprofunda as implicações recíprocas entre a lei e a prática da arquitectura. Em 2011, co-fundou o atelier Artéria – Humanizing Architecture que co-dirigiu, coordenando projectos e os serviços educativos até Abril de 2018. Co-curou: Lisbon Skyline Operation – representação portuguesa na 14ª Bienal de Arquitectura de Veneza (2014); The Power Of Experiment – Formulate, Formalize, Perform. Em 2019, fundou o efabula – para uma cultura do habitat, uma cooperativa cultural e atelier de arquitectura e investigação em artes e humanidades. www.lucindacorreia.pt
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A cidade estende o seu território por espaços onde se instauram vários tipos de ordem. De um modo geral, aquilo a que chamamos os lugares, na sua acepção iminentemente topológica, corresponde às zonas de influência em que em diferentes escalas, as instituições controlam a vida comunitária. A complexidade de relações que existe entre as várias partes constituintes de um lugar, do quarteirão ao bairro, prova que aquilo a que chamamos urbanidade é um quadro riquíssimo de costumes, de formas e de modos de apropriação. É no jogo das figuras onde várias “redes” finas ou grossas se entrecruzam que uma espécie de desenho urbano vai tomando forma. Aquela ordem que se desenvolve no tempo e no espaço não deixa nunca de ser reforçada pelo próprio tempo, enquanto factor de mudança. Por outro lado, a lei, como invenção humana pretende garantir a manutenção de todas as ordens implicadas no processo de convivência entre habitantes. A cidade, como é óbvio, não escapa a esta lógica. Contudo, nenhuma cidade se apresenta como um desenho perfeito. É como se no desencaixe das suas estruturas sobrevivessem “terras-de-ninguém”, onde o controlo e a transgressão disputam o seu território. É dos vários tipos de tensão que se geram no habitante entre a ordem e o caos, que iremos tratar em “Territórios da Transgressão”. Lucinda Correia é arquitecta, licenciada pela FA-ULisboa. Em 2017, é-lhe concedida uma bolsa pela FCT para desenvolver a sua tese de doutoramento: “A (In)certeza da Norma. Arquitectura, Direito e Políticas Públicas em diálogo” que explora e aprofunda as implicações recíprocas entre a lei e a prática da arquitectura. Em 2011, co-fundou o atelier Artéria – Humanizing Architecture que co-dirigiu, coordenando projectos e os serviços educativos até Abril de 2018. Co-curou: Lisbon Skyline Operation – representação portuguesa na 14ª Bienal de Arquitectura de Veneza (2014); The Power Of Experiment – Formulate, Formalize, Perform. Em 2019, fundou o efabula – para uma cultura do habitat, uma cooperativa cultural e atelier de arquitectura e investigação em artes e humanidades.  www.lucindacorreia.ptEste Podcast tem som e edição de Francisco Petrucci.
“Territórios da Transgressão”A cidade estende o seu território por espaços onde se instauram vários tipos de ordem. De um modo geral, aquilo a que chamamos os lugares, na sua acepção iminentemente topológica, corresponde às zonas de influência em que em diferentes escalas, as instituições controlam a vida comunitária. A complexidade de relações que existe entre as várias partes constituintes de um lugar, do quarteirão ao bairro, prova que aquilo a que chamamos urbanidade é um quadro riquíssimo de costumes, de formas e de modos de apropriação. É no jogo das figuras onde várias “redes” finas ou grossas se entrecruzam que uma espécie de desenho urbano vai tomando forma. Aquela ordem que se desenvolve no tempo e no espaço não deixa nunca de ser reforçada pelo próprio tempo, enquanto factor de mudança. Por outro lado, a lei, como invenção humana pretende garantir a manutenção de todas as ordens implicadas no processo de convivência entre habitantes. A cidade, como é óbvio, não escapa a esta lógica. Contudo, nenhuma cidade se apresenta como um desenho perfeito. É como se no desencaixe das suas estruturas sobrevivessem “terras-de-ninguém”, onde o controlo e a transgressão disputam o seu território. É dos vários tipos de tensão que se geram no habitante entre a ordem e o caos, que iremos tratar em “Territórios da Transgressão”.Lucinda Correia é arquitecta, licenciada pela FA-ULisboa. Em 2017, é-lhe concedida uma bolsa pela FCT para desenvolver a sua tese de doutoramento: “A (In)certeza da Norma. Arquitectura, Direito e Políticas Públicas em diálogo” que explora e aprofunda as implicações recíprocas entre a lei e a prática da arquitectura.  Em 2011, co-fundou o atelier Artéria – Humanizing Architecture que co-dirigiu, coordenando projectos e os serviços educativos até Abril de 2018. Co-curou: Lisbon Skyline Operation – representação portuguesa na 14ª Bienal de Arquitectura de Veneza (2014); The Power Of Experiment – Formulate, Formalize, Perform. Em 2019, fundou o efabula – para uma cultura do habitat, uma cooperativa cultural e atelier de arquitectura e investigação em artes e humanidades.  www.lucindacorreia.pt
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