DiscoverGama Revista
Gama Revista

Gama Revista

Author: Gama Revista

Subscribed: 193Played: 10,031
Share

Description

"Podcast da Semana" e episódios especiais em áudio da Gama Revista.
209 Episodes
Reverse
Quando Jerá Guarani tinha onze anos ela não falava o português. Mas sua mãe a mandou para uma escola para que ela pudesse aprender se comunicar com as pessoas de fora da aldeia, com os não indígenas. Foi aí que começou uma trajetória que envolve uma relação também com os juruá -- os brancos, em Guarani -- além de seu povo. Por saber falar mais o português, ela se torna uma mediadora entre essas duas realidades. "Nasce também a necessidade de falar, de divulgar a cultura Guarani, as culturas indígenas e o modo de vida, [dizer] que é absolutamente possível, normal, saudável e necessário viver junto dentro da natureza", diz ao Podcast da Semana, da Gama. Após ter se formado pedagoga pela Universidade de São Paulo (Usp), e trabalhado como professora e diretora da Escola Estadual Indígena Gwyra Pepó, Jerá voltou seus esforços especialmente para a sua aldeia. Aos 42 anos, ela se tornou uma liderança que tem uma presença importante na defesa dos direitos e da cultura de seu povo. Mas é especialmente uma voz ativa na sua aldeia, que fica na Terra Indígena Tenondé Porã, no extremo sul de São Paulo. Esse trabalho inclui, por exemplo, a recuperação do trato com a terra e da alimentação tradicional. Jerá e membros de sua aldeira viajaram para diferentes partes da Argentina, Brasil e por outras aldeias Guarani para buscar sementes tradicionais e retomar essa relação com o que vem da terra. "O alimento tem que alimentar seu corpo e fortalecer o seu espírito, consequentemente vai trazer várias outras coisas boas para você. Como ser inteligente, ser generoso, ter capacidade para saber lidar em situações adversas. Comida com veneno, comida ruim, não vai fazer isso com com as pessoas", diz. Ela também participou da implementação de uma liderança mais coletiva e feminina, o que, como afirma, melhorou significativamente a vida de mulheres e crianças e trouxe mais harmonia à aldeia. Em breve, Jerá deve lançar um livro pela editora Jorge Zahar. Na conversa com Gama, a liderança fala de sua trajetória e dos valores e da cultura do seu povo. Roteiro e apresentação: Luara Calvi Anic
Estar satisfeito com a vida, com o trabalho, com os relacionamentos é privilégio de poucos. Até porque, hoje é possível passar o dia se comparando com outras pessoas, rolar o feed do Instagram e do Tik Tok e achar que a vida, o corpo, a família do outro é mais interessante do que a nossa realidade. Quando nos comparamos fica difícil encontrar a satisfação. Mas será que existe essa possibilidade? O psicanalista André Alves, entrevistado do novo episódio do Podcast da Semana acha que não. Pra ele, ninguém está 100% bem. "A satisfação e a insatisfação fazem parte de um jogo que é travado dentro de nós todos os dias", diz a Gama. Alves é psicanalista, pesquisador e cofundador do Floatvibes — um instituto que faz pesquisa comportamental e cultural. É também coapresentador do "Vibes em Análise", podcast que faz uso da psicanálise para trazer reflexões sobre o estado atual do mundo, sobre os temas do nosso tempo. E também é coautor do livro "Vibes em Análise: psicanálise para escutar as vibrações da cultura contemporânea" (Editora Nacional, 2023). Na conversa com Gama, o psicanalista trata do sentimento de satisfação em diferentes frentes da vida e discute até que ponto é saudável tê-lo como objetivo. "É a insatisfação que nos move. Atender questões que são colocadas dentro de nós ou que brotam dentro de nós é um dos desafios que a gente tem na vida", diz. Roteiro e apresentação: Luara Calvi Anic
Entre 1969 e 1973, uma construção centenária conhecida como “a torre das donzelas” abrigou pelo menos 132 presas políticas da ditadura militar brasileira. A construção ficava no centro de São Paulo e, para lá, eram encaminhadas mulheres consideradas subversivas que em sua maioria tinham sobrevivido a terríveis torturas. Com idade entre 18 e 55 anos e vindas das mais diversas origens, de operárias a esposas de industriais, essas mulheres construíram uma comunidade com regras próprias que foram se desenhando ao longo dos meses. Após uma extensa pesquisa documental e entrevistas a mais de cem fontes, a jornalista e escritora Luiza Villaméa contou a história do dia a dia desse cárcere, apresentando as personagens que ali passaram em seu livro “A Torre — O cotidiano de mulheres encarceradas pela ditadura” (Companhia das Letras, 2023). "A Torre foi o espaço prisional que mais abrigou presas políticas do Brasil", diz Villaméa em entrevista ao Podcast da Semana, da edição sobre 60 anos do Golpe Militar. Entre as encarceradas da Torre, estava a ex-presidente Dilma Rousseff, então estudante de economia. De acordo com o livro, Rousseff foi responsável por muitos apelidos das detentas, algumas usam os apelidos até hoje, inclusive em seus emails. Além de estudantes, havia professoras e muitas intelectuais no cárcere, algo que, segundo Villaméa, espelhava um pouco o que era a militância da época. “Não podia pensar muito que você era preso. Se pensasse e ajudasse alguém, você estaria lascado”, conta. Nesta edição do Podcast da Semana, a autora conta algumas das histórias das presas e fala sobre como foi entrevistar (e reentrevistar) mais de cem pessoas que ajudaram a montar o quebra-cabeças que forma "A Torre". “Em algumas dessas entrevistas, houve momentos que foram de silêncio profundo”, afirma no Podcast da Semana. Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima
Como reduzir o sofrimento de um fim de uma história de amor? Com toda a mágoa que envolve esse momento de um relacionamento, seja um casamento ou um namoro, não importa só o conteúdo do que se fala, mas a forma também. “O problema não é só a separação, mas o que as pessoas dizem nesses momentos de crise. Às vezes, elas se magoam profundamente, tiram assunto do baú, um conteúdo e de uma forma não cuidada. Isso pode magoar demais o outro, você mexe na ferida outro, que fica ali com uma ferida aberta”, afirma a psicanalista, doutora em psicologia clínica e coordenadora do projeto Ponte, de atendimento psicanalítico para imigrantes, Liliana Emparan. Convidada do Podcast da Semana da edição sobre término e com 20 anos de experiência clínica com atendimento a casais, ela fala que a boa comunicação não pode ser subestimada em um relacionamento. Ao mesmo tempo, de acordo com ela, a principal queixa dos casais é justamente a comunicação, porque não se sentem ouvidos e reclamam cada vez mais da solidão. "É um paradoxo: você está com alguém que você escolheu. Mas você se sente só. As pessoas têm falado muito sobre isso, cada um fica no computador, no laptop, no celular, reuniões intermináveis, trabalhos exaustivos, muita demanda das redes sociais e, às vezes, pouco contato. Isso provoca um estranhamento absurdo", afirma a Gama. No episódio, Emparan fala sobre como a solidão tem levado mais e mais gente à terapia de casal, como se a solidão fosse até maior quando se está junto. A psicanalista comenta sobre o estigma em torno da terapia de casal, mas comenta também como a mediação pode ser fundamental para viver o luto em alguns casos e fala ainda sobre as diferentes fases do processo de uma separação. Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima
Nascida em Natal, no Rio Grande do Norte, a escritora e tradutora Bruna Dantas Lobato, radicada nos EUA desde que terminou o ensino médio duas décadas atrás, sempre quis publicar livros nordestinos nos Estados Unidos. “Queria mostrar para os leitores da língua inglesa a variedade de vozes e de formas de viver das pessoas no Brasil, que não existe um só jeito de ser brasileiro”, afirma. Foi daí que veio o desejo e o entusiasmo em traduzir “A Palavra que Resta” (Companhia das Letras, 2021), do cearense Stênio Gardel. O livro conta a história de Raimundo, que, nascido e criado na roça, decide aprender a ler e a escrever aos 71 anos para ler a carta de amor de Cícero, que guardou a vida inteira. Pelo livro, Lobato, a tradutora, e Gardel, o autor, ganharam o National Book Award de 2023 na categoria de Literatura Traduzida. “O que eu queria era captar um jeito de falar do nordestino, um senso de humor, uma criatividade, uma forma de usar as palavras que enfatizam o sentido metafórico, é uma forma bem específica. E, em certo sentido, foi um desafio, porque me deu muito trabalho, mas foi um prazer imenso”, conta a Gama. Tradutora de alguns dos mais relevantes autores brasileiros contemporâneos, Lobato fala ao Podcast da Semana sobre como a tradução é um processo que envolve autoria. “É sempre autoral, e isso de criar novos caminhos é a parte mais legal do que eu faço porque cada língua vai ter as suas próprias possibilidades”, diz na entrevista. É dela a tradução para o inglês de “O Avesso da Pele” (Companhia das Letras, 2020), de Jeferson Tenório, que tem sido alvo de censura no Paraná e em Goiás. “Usar o conteúdo sexual como justificativa para censura é só uma desculpa para não prestar atenção no que o livro diz sobre a violência policial, sobre o racismo institucional, sobre racismo no sul do Brasil”, afirma. Prestes a lançar seu primeiro romance nos EUA, “Blue Light Hours”, livro que ela mesma está traduzindo para lançar no Brasil pela Companhia das Letras, Lobato conta sua história e comenta o atual interesse pela literatura brasileira fora do Brasil, entre outros temas que envolvem o amor pelos livros. Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima
Jornalista experiente com longa carreira na televisão, Renata Ceribelli resolveu mergulhar no prazer feminino. Depois de enfrentar resistência nas suas primeiras tentativas de levar o tema para a TV aberta, ela enfim conseguiu o feito com o podcast “Prazer, Renata", que comemora cem episódios e que virou quadro no “Fantástico”, na TV Globo. Agora, prestes a completar 60 anos, ela se prepara para uma nova temporada, que vai abordar o prazer 60+. No tempo em que reuniu mulheres de diferentes gerações, históricos e profissões para realizar debates sobre a importância do prazer feminino, ela fez descobertas incríveis. Uma delas envolve o fato de a satisfação feminina ser uma espécie de proibidão histórico. "O prazer sempre foi proibido para a mulher. O clitóris, o órgão feminino que só existe para dar prazer para a mulher, sumiu dos livros de medicina. E, com esse órgão, o prazer que ela tem nos 30, ela vai poder ter lá nos 90", conta na entrevista ao Podcast da Semana da edição sobre tesão. Na entrevista a Gama, Ceribelli falou sobre a verdadeira revolução que a masturbação durante a pandemia trouxe para a vida sexual das mulheres. Comentou sobre a importância do autoconhecimento, dos tabus que as mulheres enfrentam e sobre a sua própria relação com o tesão. “Pra você ter prazer na vida, tudo começa com tesão”, diz. Contou que em uma fase difícil da vida chegou a receber recomendação média para fazer o que dava prazer, para encontrar o prazer na vida. Ao ser questionada sobre o que corta o tesão, ela citou a falta de afeto e a decepção. “A competição do homem com o poder feminino [corta o tesão], o tempo inteiro as relações estão muito competitivas. Se a mulher ganha um pouco mais, se ela aparece um pouco mais e o homem se sente menos, ele vai no ponto fraco da mulher, que é a autoestima dela”, afirma. Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima
Antes de se tornar proprietária de dois restaurantes em Paris e ser convidada para comandar um dos restaurantes do Museu do Louvre, a chef brasileira teve enfrentou diversos obstáculos. Aos 22 anos, foi para Paris e deixoupra trás um passado de muita pobreza, um relacionamento abusivo e um filho de 3 ano. Muito jovem, conseguiu se manter fortalecida por um objetivo: construir um novo futuro pra ela e para os seus. Hoje, aos 46, ela segue vivendo na capital francesa, agora na companhia dos dois filhos. É apadrinhada pelo grande chef francês Alain Ducasse, que foi justamente quem a convidou para esse projeto do Museu Louvre. A trajetória gastronômica de Alessandra começa na pequena cidade de Poté, em Minas Gerais, em que ela vivia com os avós e onde aprendeu a cozinhar. Apesar de ter nascido na comunidade carioca do Vidigal, foi em Minas que ela cresceu. Na França, Alessandra começa a cozinhar para os amigos o que aprendeu na roça. Se matricula em uma escola de gastronomia francesa, a Médéric (Mêdêrríc), e tenta voar solo. Abre um pequeno restaurante, o Tempero, que logo no primeiro dia rendeu filas na porta e seguiu cheio. Seu segundo restaurante, Nosso, traz em suas receitas o que oferecem os produtores mais próximos, com ingredientes sazonais. Ela se interessa também por plantas e ervas medicinais,que fazem parte de sua memória de infância, e soma a isso novas combinações. Escuta esse nosso papo em que ela compartilha sua trajetória e ensinamentos.
Como é a sua relação com a bebida? Você pensa antes de beber, é uma escolha consciente ou um hábito que leva assim meio sem pensar? Para a psicanalista Luciana Saddi, entrevistada deste episódio, para evitar diferentes problemas relacionados ao consumo de álcool é importante que investigar os motivos que nos levam a beber mais ou beber menos. Se a bebida entra mesmo num lugar recreativo, ou serve como uma maneira de lidar com outras questões internas. Luciana Saddi é Psicanalista e escritora. Membro efetivo e docente da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo. Autora de "Educação para a Morte" (Patuá) e coautora dos livros "Alcoolismo" (Blucher)e "Maconha: os diversos aspectos, da história ao uso" (Blucher). Na conversa com Gama ela lista algumas transformações no hábito como consumimos álcool desde a pandemia, comenta a substituição das bebidas por outras drogas recreativas e trás pontos a serem observados na maneira como bebemos. Roteiro e apresentação: Luara Calvi Anic
Ainda que seja difícil definir o que é o ciúme — medo de perder quem se ama? Competição pelo tempo dele ou dela? Exigência de reciprocidade ou de exclusividade? — todo mundo já sentiu essa angústia ao menos uma vez na vida. É quase como se fosse impossível fugir dele. “Todos os relacionamentos têm um tanto de ciúme”, diz o psicanalista Lucas Bulamah, doutor em psicologia clínica pela USP, em entrevista ao Podcast da Semana, na edição sobre os ciúmes no relacionamento amoroso. Na entrevista a Gama, Bulamah afirma que o ciúme é “um afeto inquietante, angustiante, aflitivo, que acomete uma pessoa em relação a uma figura digna de um relacionamento amoroso” e que funciona como um termo guarda-chuva para muitas situações, mas que sozinho “diz muito pouco”. “As pessoas dizem que são ciumentas em relação a alguém”, explica o autor de livros como que é autor de "Psicanálise e vida covidiana: Desamparo coletivo, experiência individual" (Blucher, 2021) e "O Self Anônimo: O sujeito winnicottiano e sua política" (Zagodoni, 2020), entre outros volumes. O psicanalista vê que o ciúme pode ser destrutivo se a pessoa envolvida no relacionamento tem uma verve perversa ou dominadora, “mas também pode ter uma veia criativa no sentido sexual e estético, ou mesmo pensando numa amizade que possa ser ampliada criativamente”. Na entrevista, Lucas Bulamah, que tem um canal no Youtube onde discute psicanálise e as diferentes formas de se relacionar, reflete sobre a popularização do modelo de relacionamento aberto e como esses formatos também não escapam do ciúmes e do medo da infidelidade. Ele cita casos históricos de trisais, como o formado pelos filósofos Nietzsche, Lou Salomé e Paul Rée. “As instituições que tendem a organizar o desejo sempre estão em crise porque o desejo é uma fonte permanente de crise”, afirma e lembra que às vezes há até um maior número de regras a serem seguidas nos formatos abertos.
Teresa Cristina comemora seus 25 anos de carreira como uma das vozes mais relevantes do samba hoje. Ela diz que se prepara para um Carnaval atípico, o primeiro em que não estará no Rio de Janeiro, mas em Recife e em Salvador, para onde leva o seu show “Pagode, Preta”, cujo repertório é de clássicos do gênero dos anos 1980 e 1990 e a banda que a acompanha é formada totalmente por mulheres. A cantora é a convidada do Podcast da Semana da edição sobre Carnaval. No Rio, Teresa Cristina costuma sair pela Portela, sua escola de coração, mas também nos blocos de rua. “O Carnaval é um espetáculo que me dá força e renova as minhas energias para o ano inteiro”, afirma em entrevista a Gama. Neste ano, ela conta, buscará essa energia nessas outras cidades. Ao Podcast da Semana, Teresa Cristina fala sobre a presença ainda reduzida de mulheres no samba. "O mundo do samba é verdadeiro, não se mascara. Sua única máscara é no carnaval e é uma fantasia. Então o machismo no samba não é colocado debaixo do tapete. Ele tá ali”, afirma. “As mulheres do samba precisam é de horas de voo, é de experiência.” Ela conta ainda um pouco sobre a própria história. Na juventude, era fã de disco music e de heavy metal, apesar do pai ser ouvinte fiel de samba. Foi só na vida adulta que se aproximou desse gênero. “O samba é um amor verdadeiro. É nele que eu jogo as minhas frustrações, a minha alegria, toda a minha contestação de realidade, de política, os meus desamores, os meus encontros, as minhas realizações”, afirma na entrevista. Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima
Um dos prinicipais autores da telenovela brasileira foi Gilberto Braga (1945-2021). De Odete Roitman, de "Vale-Tudo"(1988), a Julia, de "Dancing Days" (1978), ele criou personagens que estão na memória do brasileiro. Seja por terem assistido as novelas quando foram lançadas ou, mais recentemente, por meio dos canais de streaming. "Gilberto Braga se insere no momento mais glorioso da teledramaturgia brasileira, dos anos 1970 a 90. É quando a novela mais impacta a opinião pública", diz a Gama o jornalista Mauricio Stycer. Stycer é colunista do jornal Folha de S. Paulo, onde escreve sobre televisão há mais de uma década. Ele acaba de lançar a biografia “Gilberto Braga, o Balzac da Globo” (Intrínseca, 2024) em coautoria com Artur Xexeo (1951-2021), que morreu antes de finalizar o livro. Após sua morte, o próprio Gilberto Braga pediu a Stycer que seguisse com a pesquisa. E assim foi. Três meses depois, no entanto, Braga veio a falecer. O jornalista se valeu do material deixado por Xexéo, além de novas entrevistas com diferentes fontes, documentos históricos e material pessoal de Braga para finalizar o trabalho. "Concluir o livro seria também uma forma de homenagear um jornalista que é uma referência para mim", escreve na introdução. Neste episódio do Podcast da Semana, Stycer fala de Gilberto Braga, trazendo momentos gloriosos da telenovela brasileira, mas fala também sobre as transformações no mercado de entretenimento e na maneira com que o brasileiro consome as novelas hoje. Roteiro e apresentação: Luara Calvi Anic
O bullying é uma situação de violência traumática e sistemática que gera estados de alerta nas crianças que são vítimas. Para evitar que se torne um problema grande, é importante estar atento ao comportamento da criança, se há sinais de mudança no seu jeito de se relacionar com os amigos e nos ambiente que frequenta, e manter diálogo com a escola. “Uma comunidade escolar harmoniosa protege de situações de bullying e o diagnóstico precoce é sempre muito importante”, afirma o psiquiatra Gustavo Estanislau, especialista em Psiquiatria da Infância e da Adolescência pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre e doutorando em Psiquiatria pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). É ele o convidado do Podcast da Semana da edição de volta às aulas. "O bullying pode fazer com que a criança acredite que merece sofrer", afirma na entrevista. A Gama, Estanislau, que é também pesquisador e membro associado do Instituto Ame sua Mente, de promoção de saúde mental, além de ter coescrito o livro “Dilemas na Educação — Novas gerações” (Autêntica, 2023), fala que aprender a pedir ajuda é também uma forma de se defender. No livro, o Brasil aparece como um dos países onde mais se pratica o bullying. Há menos de um mês, tanto o bullying quanto o cyberbullying passaram a integrar o código penal, de acordo com lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O psiquiatra aponta a exaustão dos professores e o sucateamento do sistema de educação como alguns dos elementos que deixam o ambiente propício para esse tipo de violência no Brasil. Ele cita ainda a polarização do país. Nesta edição do Podcast da Semana, o psiquiatra comenta como identificar o bullying e como intervir; qual é o papel da escola; que tipo de problemas essa experiência pode deixar para o futuro das criança que são vítimas; e ainda o que fazer se é o seu filho que pratica o bullying, entre outras questões. Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima
Adotar hábitos saudáveis definitivamente não é tarefa fácil. Tanto que de, tempos em tempos, a gente volta a esse assunto, tenta de novo, e de novo. Mas talvez seja assim mesmo, um ajuste ali, outro aqui, até que de fato essas mudanças sejam incorporadas na nossa rotina. Para falar deste tema, o convidado deste episódio é Márcio Atalla, professor de educação física com especialização em treinamento de alto rendimento e pós-graduação em Nutrição, pela Universidade de São Paulo (Usp). Como colunista da rádio CBN e do jornal O Globo, ele fala de atividade física, de sono, de como reprogramar hábitos É também ativo nas redes sociais, com mais 740 mil seguidores no Instagram. Na conversa com Gama, Atalla, que se considera um especialista em qualidade de vida, dá dicas práticas para manter o corpo saudável, de como incorporar a atividade física à rotina. Roteiro e apresentação: Luara Calvi Anic
O mar está quente como nunca. Esse aquecimento traz consequências desastrosas não apenas para a vida marinha, como para o planeta como um todo. Além de eventos como tempestades, ciclones e furacões, há ainda temperaturas mais altas, como as que estamos sentindo no país, uma seca mais severa em regiões como o nordeste brasileiro e, para o banhista, uma maior proliferação de doenças por meio da água do mar. "Cerca de 90% do calor em excesso da terra, consequência da emissão de carbono, é absorvido pelos oceanos", diz a oceanógrafa e professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Regina, R. Rodrigues, entrevistada do Podcast da Semana, da Gama. A pesquisadora tem como principal área de atuação entender a variabilidade climática e eventos extremos, principalmente na América do Sul e Atlântico Sul. Em particular, sua pesquisa foca nos mecanismos físicos geradores de eventos extremos como secas, ondas de calor terrestres e marinhas. Ela tem dois pós-doutorados, pela Universidade de Washington e pela Universidade de São Paulo, na área de variabilidade climática e extremos e, atualmente, é editora da revista científica Nature Communications Earth & Environment. Na conversa com Gama, Rodrigues diz que veremos as consequências desse aumento de temperatura por séculos ainda; e que os eventos climáticos extremos tendem a ficar piores. "Os extremos já estão acontecendo muito antes do que os cientistas esperavam", diz. As previsões são desastrosas, mas na conversa com Gama ela propõe caminhos de mudança. Roteiro e apresentação: Luara Calvi Anic
Daiquiri, gin tônica, caipirinha: esses são os drinques clássicos que podem arrasar no seu verão. Mas tem muito mais que pode ser um aliado de quem quer se aproximar da coquetelaria: vermute, vinhos fortificados e frutas cítricas com gelo e água com gás. A dica é do bartender Alê D’Agostino, consultor de bares como o Guilhotina, em Pinheiros, e o Terraço Itália, no centro de São Paulo, além de ser o responsável pelas fórmulas dos coquetéis prontos APTK. É ele o convidado da edição sobre verão do Podcast da Semana. “O drink de verão perfeito começa no ambiente, na piscina, na praia, ou mesmo na sua casa em algum ambiente em que você esteja à vontade e a fim de relaxar e se refrescar. Tem que ser uma bebida mais refrescante, mais leve, com pouco açúcar. A leveza está aí também, não só do álcool, mas da quantidade de açúcar”, afirma. É por isso que D’Agostino, que apresenta o reality show "Shaking the Bar", do canal pago Sony, recomenda a diluição de destilados e outros em água com gás no lugar da água tônica, que virou uma preferência nacional, mas tem um teor maior de açúcar. Ele fala também sobre vermutes, vinhos fortificados e destilados a que não estamos tão habituados no Brasil como o rum, como uma opção para sair do comum. Ele pode ser servido apenas com uma fatia de limão e água com gás, sem ingredientes adocicados. Assim, fica mais leve. O bartender chama atenção também para o uso de ultraprocessados na coquetelaria e para o fato de energéticos serem misturados ao álcool, algo que não é recomendado. E lembra do conselho mais importante para quem quer se dar bem com a coquetelaria no verão: beber muita água.
Quando Marcela Ceribelli começou a gravar seu podcast, o "Bom Dia, Obvious", em 2019, ela logo percebeu um padrão entre as mulheres que entrevista: todas se sentem exaustas. Considerando as diferentes realidades, ela constatou que as mulheres pareciam infelizes – e muitas delas estavam – mas grande parte tá precisando mesmo é de um bom descanso. "Não é que as mulheres estão infelizes, elas estão exaustas!", disse ao Podcast da Semana, da Gama. Marcela Ceribelli é CEO e diretora criativa das plataformas Obvious e Chapadinhas de Endorfina. Ambas somam mais de 1,800 milhão de seguidores. A Obvios traz conteúdos que discutem a felicidade feminina, o que inclui o podcast "Bom dia, Obvious", que é sucesso de audiência. Já a Chapadinhas de Enforfina reúne temas relacionados ao corpo, a saúde, a tudo que a atividade física pode nos proporcionar. Aos 34 anos, Ceribelli é também autora do livro "Aurora - O despertar da mulher exausta", lançado em 2022 pela editora Harper Collins. O livro se mantém entre os mais vendidos da Amazon na categoria Cultura Popular Política e Ciências Sociais e foi finalista do prêmio jabuti também na categoria ciências sociais. No episódio, a gente fala de descanso, de cansaço, de ansiedade e do uso excessivo das redes. "Muitos dos conteúdos que a gente consome são responsáveis pela nossa infelicidade", diz a Gama. Marcella compartilha ainda o que tira de lição ao entrevistas especialistas mulheres para o "Bom dia, Obvious". Roteiro e apresentação: Luara Calvi Anic
Daniela Cachich ocupa um cargo de alta executiva. Ela já passou por grandes empresas como a IBM, a Unilever, onde permaneceu por dez anos, e a Heineken, na qual também ocupou o cargo de vice-presidente de marketing.Aos 50 anos, hoje ela é presidente de uma das divisões de negócios da Ambev focada no futuro do mercado de bebidas alcoólicas para além da cerveja.Por sua trajetória profissional, a paulistana se tornou uma inspiração para profissionais que almejam alcançar altos cargos, especialmente as mulheres — já que esse tipo de posição ainda é mais ocupado por gestores homens.Cachich participou do lançamento de campanhas como a da Dove pela “Real Beleza” no Brasil, que trabalhou com questões como autoestima das mulheres em relação à aparência, e a Doritos Rainbow, que lançou ações em apoio ao público LGBTQI+ e, neste episódio, fala sobre como marcas podem trazer esse tipo de debate.E traz também caminhos para fazer escolhas conscientes na carreira, para conciliar a maternidade com crescimento profissional e dá dicas para quem busca um pouco mais de propósito no trabalho.
A calvície, como é popularmente conhecida a alopécia androgenética, é o principal destino dos investimentos para pesquisa em cabelos. No entanto, os tratamentos mais eficazes são os antigos, utilizados desde as décadas de 1980 e 1990, os bloqueadores de hormônio masculinos e alguns engrossadores de fios. Quem fala sobre isso tudo ao Podcast da Semana da edição sobre cabelos é a médica dermatologista Aline Donati, coordenadora do curso de Tricologia no Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo. A calvície é uma condição hormonal e genética que atinge homens no mundo inteiro há séculos, com registros desde o Império Romano. E se as pesquisas de tratamento não descobriram tantas novidades ultimamente, vivemos uma revolução no que diz respeito ao transplante capilar. "Estamos no melhor país do mundo para fazer transplante capilar", afirma Donati ao podcast. Neste episódio, você fica sabendo mais sobre as causas e o tratamento para a calvície, o que é eficaz de fato e o que o mercado vende como salvação mas que não surte efeito algum para essa condição. Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima
"Chegadas e Partidas", programa que já conta com dez temporadas exibidas no canal de TV paga GNT, acaba de estrear na TV aberta, como quadro do Fantástico, na Globo. Pela primeira vez, também vai trazer histórias da rodoviária, além daquelas colhidas em aeroportos. Sob o comando da jornalista e apresentadora Astrid Fontenelle, entrevistada deste episódio, essa nova temporada acompanha personagens das salas de embarque e desembarque do país. Conhecer as histórias que Astrid Fontenelle e sua equipe são capazes de encontrar na correria do embarque e do desembarque, é algo que emociona não apenas a quem assiste, mas à própria Astrid. Na conversa com Gama, ela revela que é capaz de chorar na gravação, na primeira vez que o programa é exibido e também nas reprises. Ela conta ainda como o programa é feito e fala das suas experiências pessoais de chegadas e partidas. A produção, captação, edição e direção dessa nova temporada são da equipe do Fantástico. Os cinco episódios vão ao ar no programa aos domingos, a partir de 26 de novembro. E no GNT, às quintas-feiras, a partir do dia 30, às 23h, em uma versão mais extensa. Roteiro e apresentação: Luara Calvi Anic
É notável o número de mulheres poetas brasileiras que participam da Festa Literária Internacional de Paraty neste ano. Entre elas, está a fluminense Bruna Beber, que afirma que este é um dos melhores momentos para as poetas no país. "Vejo muitas mulhres publicando e traduzindo poesia, muitos eventos voltados para a poesia, saraus, leituras, nunca vivemos um momento tão profícuo de circulação da palavra poética, escrita e falanda por mulheres", afirma a convidada desta edição do Podcast da Semana sobre literatura. Beber, que é também tradutora e letrista, lançou neste ano "Veludo Rouco", pela Companhia da Letras, e "Sal de Fruta", que reúne 15 crônicas sobre frutas, pelo Círculo de Poemas, fala da proximidade da crônica com a poesia e da poesia com a vida cotidiana. "Estamos versando cada vez mais sobre o que está muito próximo, de dentro da vida. Ainda falamos de amor e morte porque a vida é a principal matéria, mas existe o banal, que está tão dentro da vida quanto o amor e a morte. Tudo se mescla e dá essa falsa impressão de simplicidade, de algo mais pueril, mais coloquial", afirma sobre o tom aparentemente trivial da poesia contemporânea. Ao Podcast da Semana, a poeta conta sobre seu processo de escrita e reescrita, de como grava e ouve a própria voz para encontrar o ritmo certo. Vem do ouvido bem treinado pela proximidade com o samba a vontade de ouvir o que escreve. Já para compor letras, ela criou um jeito próprio de "desenhar" a música e assim encontrar a métrica certa. É dela a letra de "Que Estrago", do álbum "Letrux em Noite de Climão" (2017). Radicada em São Paulo desde 2007, lançou seu primeiro livro, "A Fila Sem Fim dos Demônios Descontentes" (Ed. 7Letras) um ano antes. Como tradutora, é responsável pela edição de "Hamelet", de Shakespeare, para a editora Ubu, bem como a série de clássicos infantis "Dr. Seuss", pela Companhia das Letrinhas. Na entrevista a Gama, Beber também fala sobre sua experiência em tradução e como encontra o momento certo para "aparecer" e para "sumir" nesses textos. Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima
loading
Comments (1)

Bia Nunes de Sousa

Parabéns, Luara, adorei! 😊

Apr 20th
Reply
Download from Google Play
Download from App Store