desbocadaMente

Este episódio não é sobre cancro. É sobre Vida. " Normalizemos emoções, sentimentos como a tristeza, a zanga, a frustração, imperfeição. Emoções não nos puxam para baixo, puxam-nos para dentro. São estas emoções que nos levam à construção de novos caminhos. E sejamos mais empáticas enquanto pessoas, enquanto mulheres, enquanto profissionais, nunca sabemos quem nem que lutas temos à nossa frente, podemos sempre mudar a vida de alguém, temos essa responsabilidade. " - Joana Grilo

A Luciana alinhou à primeira quando lhe falei na rubrica de conversas e pôs-me à vontade para perguntar o que quisesse porque quer ajudar pessoas que possam estar a passar pelo que passou ou outras situações que, ainda que diferentes, sejam iguais na força e coragem que exigem, porque cada um sabe das lutas que trava e das feridas que procura sarar. Ela toca, inspira, motiva. Como ser humano, mulher e amiga e cá para mim, as coisas boas da vida devem ser partilhadas. Não fazem sentido de outra forma (a menos que falemos de filipinos de chocolate branco 🙄😋)

Desconstruir um bocado todo o processo de separação, falando abertamente sobre ele e graças à Lili, sem tabus nem merdas. "- Homens, se me estão a ouvir, não tenho nada contra vocês." - Não tem ela, mas tenho eu!" 😂😂😂 Divertimo-nos muito a fazer isto, espero que se riam tanto a ouvir como nós nos rimos a falar. E claro, o objectivo é aliviar, com humor, o peso das mochilas que carregamos tantas vezes.

Nem toda a gente que chega, vem para ficar, mas de uma coisa podem ter a certeza, nunca ninguém chega por acaso. Às vezes, chega para agitar as águas e nos despertar para algo que temos que trabalhar em nós; outras para nos ajudar a perceber coisas que no passado, não conseguimos perceber e que tal como agora, só vamos perceber mais à frente, mas é sempre para nos acrescentar algo. O outro dia, ouvi uma analogia interessante e sendo até algo básica, fiquei a pensar naquilo. Um filho queixava-se à mãe que a sua vida só andava para trás e a mãe disse-lhe: calma, filho, o mundo é redondo e dá muitas voltas. Às vezes, parece que está a andar para trás, mas depois, gira sempre para a frente, a vida segue sempre em frente. Nós nem sempre vemos o sol, porque a terra gira e como sabemos, quando é de dia num lado do mundo, é de noite noutro; mas é só isso mesmo: nós não o vemos, mas ele está sempre lá. O mundo é por aí.

A vida vai acontecendo independentemente dos planos que achamos que fazemos.

Sapatos e Pessoas: Se não te servem, não são o teu número.

Porque quando as crianças são maltratadas, não é de quem as maltrata que não vão gostar, mas de si mesmas.

Um lembrete de que o que não é partilhado também acontece.

Um lembrete de que para atravessar um deserto é preciso fazer o caminho. (Profundo, não é?)

Às vezes, batia-lhe tanto que ela deixava de estar ali, naquele corpo que não podia defender-se. A cabeça levava-a para outros lugares onde o amor era gentil e despretensioso, como aquele que ela lhe tivera a vida inteira.

O que está dentro é o que está fora.

Introdução da coisa

Imaginemos que estás a segurar uma chávena de café e alguém vem contra ti. O que acontece? A resposta mais imediata é: O café entorna-se. E se agora te perguntar porque é que o café se entornou? Mais uma vez, a resposta mais imediata será: porque foram contra ti, ora. Errado. O café entornou-se porque era café que estava dentro da chávena. Se fosse sumo, água, vinho, era isso que se tinha entornado. Parece óbvio não é? O que está dentro, é o que está fora. E calma, aquilo que é óbvio também precisa de ser dito por isso não comeces já a soprar e a pensar que sou uma tretas. Existem alturas na vida em que a coisa fica feia. Descobres que aquele que achavas ser o fundo do poço, afinal não é, porque a porra do fundo do poço fica sempre um bocadinho mais abaixo. Mas sabes que mais? Também tu tens mais força do que aquela que achavas que tinhas. Tens mesmo. Por isso se diz que o frio é sempre do tamanho do cobertor.

Quem é esta miúda agora e o que é que ela quer afinal?