DiscoverMúsica negra do Brasil8 – Sertanejo e o enigma racial brasileiro
8 – Sertanejo e o enigma racial brasileiro

8 – Sertanejo e o enigma racial brasileiro

Update: 2022-11-30
Share

Description

O que a música sertaneja tem a ver com raça e racismo? Esta é a pergunta que o professor Marcos Queiroz responde em seu áudio-ensaio. Ele repassa a história do gênero e ressalta a importância de artistas negros ou negríndios, casos do pioneiro João Pacífico e da dupla Cascatinha e Inhana. Mas mostra que é uma história de embranquecimento. Hoje, quase todos os que fazem sucesso são brancos. Queiroz detalha os fatores socioeconômicos e culturais que levam ao apagamento dos negríndios. Para ele, o gênero sertanejo é antropofágico, mas só os brancos têm poder para digerir as referências. Os outros são deixados no passado.


 


Texto, seleção de fonogramas, locução, gravação: Marcos Queiroz


Programação da série Música Negra do Brasil: Bernardo Oliveira


Trilha da vinheta: Mbé


Programação visual: Mariana Mansur


 


Marcos Queiroz é professor no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa. Doutor em Direito pela Universidade de Brasília, com sanduíche na Universidad Nacional de Colombia e na Duke University.


 


Fonogramas (por ordem de aparição)


Marília Mendonça – Eu Sei de Cor (2017)


Marília Mendonça – Ciumeira (2019)


Milionário e José Rico – Estrada da Vida (1977)


João Pacífico – Chico Mulato (1980)


Cartola – Preciso Me Encontrar (1976)


José Asunción Flores – India


Cascatinha e Inhana – Índia (1952)


Chitãozinho e Xororó – Fio de Cabelo (1982)


Cascatinha e Inhana – Meu Primeiro Amor (1952)


Cascatinha e Inhana – Colcha de Retalhos (1955)


Ary Barroso – No Rancho Fundo (1955)


Luizinho, Limeira e Zezinho – O Menino da Porteira (1955)


Sérgio Reis – O Menino da Porteira (1973)


Jair Rodrigues, Chitãozinho e Xororó – A Majestade, O Sabiá (1985)


Roberta Miranda – A Majestade, O Sabiá (2017)


Tião Carreiro e Pardinho – A Mão do Tempo (1999)


Tião Carreiro e Pardinho – Pagode em Brasília (1961)


Zé Mulato e Cassiano – Diário do Caipira (2003)


Pena Branca & Xavantinho – Chalana  (1996)


Douglas Maio – Pense em Mim (2015)


Rick e Renner – Ela é Demais (1998)


Belmonte e Amaraí – Saudade da Minha Terra (1996)


Pena Branca e Xavantinho – Tristeza do Jeca (1996)


Zé Mulato e Cassiano – Ciência Matuta (2013)


Pena Branca e Xavantinho – Triste Berrante (1993)


Pena Branca e Xavantinho – O Cio da Terra (1996)


Tião Carreiro e Pardinho – Mundo Velho (1982)


Tião Carreiro e Pardinho – Preto Velho (1982)


Tião Carreiro e Parafuso – Neguinho Parafuso (1994)


Simone e Simaria – Loka ft. Anitta (2017)


Zé do Rancho e Zé do Pinho – No Colo da Noite (1997)


João da Baiana – Lamento de Xangô (1952)


João da Baiana – Lamento de Inhasã (1952)


Arlindo Santana e Cornélio Pires – Moda da Revolução (1930)


Arlindo Santana – Paixão do Caboclo (1936)


Adauto Santos – Bahia, Bahia/Marinheiro Só (1998)


 


Referências


Alonso, Gustavo. Do sertanejo universitário ao feminejo: a música sertaneja e a antropofagia das massas. Zumbido, v.2, p. 12, 2018.


Alonso, Gustavo. O rodeio e a roça: o mistério da música sertaneja. Lacerda, Marcos. Música. Rio de Janeiro, Funarte, 2016


Amaral, Sidney. História do sanitarismo no Brasil (o trono do rei), 2014.


Dias, Alessandro Henrique Cavicchia. “Do iê-iê-iê ao êê-boi”: Sérgio Reis e a modernização da música sertaneja (1967–1982). Dissertação de Mestrado em História pela UNESP, 2014.


Moura, Clóvis. Sociologia do Negro Brasileiro. São Paulo: Editora Ática, 1988.


Nepomuceno, Rosa. Música Caipira: da Roça ao Rodeio. São Paulo: Editora 34, 1999.


Oliveira, Acauam. Sertanejo hipster. O rock não morreu: se converteu ao sertanejo universitário e ao forró eletrônico para seguir no mainstream. Revista Bravo!, 22/10/2020.


Paes, José Paulo. Arcádia revisitada. Paes, José Paulo. Gregos & baianos: ensaios. São Paulo: Brasiliense, 1985


Queiroz, Marcos. Sertanejo, hegemonia e modernidade. Revista Continente, v. 1, p. 54–59, 2021.


Rodrigues, Ana Maria. Samba negro, espoliação branca. São Paulo: Editora HUCITEC, 1984.


Santo, Spirito, post no Facebook:


https://www.facebook.com/spiritosolto/posts/10220210761711644


Silva, Denise Ferreira da. À brasileira: racialidade e a escrita de um desejo destrutivo. Estudos Feministas, v. 13, n. 1, 2006, p. 82.


 


Agradecimentos


Acauam Oliveira


Bernardo Oliveira

Comments 
00:00
00:00
x

0.5x

0.8x

1.0x

1.25x

1.5x

2.0x

3.0x

Sleep Timer

Off

End of Episode

5 Minutes

10 Minutes

15 Minutes

30 Minutes

45 Minutes

60 Minutes

120 Minutes

8 – Sertanejo e o enigma racial brasileiro

8 – Sertanejo e o enigma racial brasileiro

Rádio Batuta