A resistência de Cláudia Simões
Description
Cláudia Simões é um nome que tem marcado manchetes com diversas narrativas na mídia portuguesa nos últimos quatro anos e que uniu coletivos antirracistas, cidadãos e ativistas, mas é também o nome de uma mulher negra e mãe angolana que, no dia 19 de janeiro de 2020, numa paragem de autocarro do concelho da Amadora, foi vítima de uma das piores e mais desumanas formas de discriminação e agressão física injustificável. Mais recentemente, no dia 1 de julho de 2024, foi novamente vítima de violência estrutural, sendo condenada a uma pena suspensa de oito meses de prisão por “ofensa à integridade física qualificada”. Lea Komba esteve à conversa com Cláudia Simões, para podermos ouvir na primeira pessoa o impacto destes acontecimentos.
Ficamos a saber mais sobre a repercussão do caso e como a tem afetado, a si e à sua família. A mesma explica que os ataques racistas com certeza não pararam há quatro anos e seguem até a atualidade, principalmente por parte das instituições de justiça portuguesa. Cláudia explica que os ataques verbais foram constantes, sejam estes explícitos ou implícitos. Tanto no tribunal em julho de 2024 como ainda ao ser levada pela viatura dos agentes da PSP.
Cláudia conta-nos que mesmo durante o julgamento no tribunal de Sintra sentiu-se “humilhada”, pois observava que a sua narrativa estava a ser constantemente manipulada e ouviu diversos argumentos que tinham como intuito descredibilizar a experiência traumática que ela e a filha viveram.
Para ouvires a conversa completa, acede à tua plataforma de streaming de áudio preferida.
Participantes do dia:
Lea Komba [ @every_thingpolitical ]
Cláudia Simões [ @claudiasimoes1676_]
SOBRE NÓS:
BANTUMEN é uma plataforma de comunicação digital, com foco na cultura negra da lusofonia.