Bendita Sois Vós #91 As repercussões do conflito na Faixa de Gaza
Update: 2023-10-18
Description
Nesta semana, uma tentativa de entender as repercussões do conflito entre Israel e Hamas.
No dia 07 de outubro, o grupo terrorista Hamas atacou civis israelenses. Como resposta, Israel promove ataques à Faixa de Gaza, vitimando civis palestinos. Milhares de homens, mulheres e crianças já perderam a vida desde aquele dia.
O histórico de conflito entre israelenses e palestinos é antigo, como sabemos. Com o Estado de Israel promovendo uma intensa ocupação ilegal de territórios que pertencem ao Estado da Palestina, que é o que se chama estado de jure e que hoje está fragmentado, divido entre micro-territórios na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. A ocupação de Israel, para algumas pessoas, justificaria o ataque do Hamas, chamado de revide por determinados grupos.
Mas agora, é uma situação diferente. O que ocorreu em 07 de outubro foi o ataque de um grupo terrorista a um Estado. E agora temos um Estado respondendo a um grupo terrorista por meio do ataque a outro Estado e aos civis deste outro Estado. E de maneira brutal. Por isso é preciso de debruçar sobre as camadas do que ocorre no Oriente Médio neste momento. Não se trata, apenas, de ser pró-Israel ou pró-Palestina.
E as repercussões dessa guerra alcançam inclusive ao Brasil. Primeiro, porque há brasileiros entre os mortos; segundo, porque havia brasileiros em Israel e há na Faixa de Gaza; terceiro, porque o Brasil está na presidência do Conselho de Segurança da ON; e quarto, porque as correntes políticas brasileiras tomaram partido a priori.
Temos a extrema-direita ao lado de Benjamin Netanyahu e a esquerda ao lado dos Palestinos. Mas como nada nesse conflito é simples, há fronteiras borradas nessas definições e grupos acabam sendo vilanizados. Quem defende a Palestina é tratado como apoiador de terrorismo e quem sofre pelos mortos de Israel é visto como imperialista colonizador.
Durante um debate na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro no último dia 10, o professor Michel Gherman, sofreu ofensas e ameaças de alunos que o acusavam de ser simpático ao Hamas, mesmo diante da negativa dele, e de ser antissemita.
A gente resolveu convidar o professor Michel Gherman para tentar entender justamente as repercussões desse conflito no Brasil e no mundo. Ele que é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), coordenador do Núcleo de Estudos Judaicos e do núcleo “Extremos”, de violência, politica e religião. Ele também autor do livro “O não judeu judeu”, em que trata da tentativa de colonização do judaísmo pelo bolsonarismo.
Foto: UNICEF/Hassan Islyeh
No dia 07 de outubro, o grupo terrorista Hamas atacou civis israelenses. Como resposta, Israel promove ataques à Faixa de Gaza, vitimando civis palestinos. Milhares de homens, mulheres e crianças já perderam a vida desde aquele dia.
O histórico de conflito entre israelenses e palestinos é antigo, como sabemos. Com o Estado de Israel promovendo uma intensa ocupação ilegal de territórios que pertencem ao Estado da Palestina, que é o que se chama estado de jure e que hoje está fragmentado, divido entre micro-territórios na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. A ocupação de Israel, para algumas pessoas, justificaria o ataque do Hamas, chamado de revide por determinados grupos.
Mas agora, é uma situação diferente. O que ocorreu em 07 de outubro foi o ataque de um grupo terrorista a um Estado. E agora temos um Estado respondendo a um grupo terrorista por meio do ataque a outro Estado e aos civis deste outro Estado. E de maneira brutal. Por isso é preciso de debruçar sobre as camadas do que ocorre no Oriente Médio neste momento. Não se trata, apenas, de ser pró-Israel ou pró-Palestina.
E as repercussões dessa guerra alcançam inclusive ao Brasil. Primeiro, porque há brasileiros entre os mortos; segundo, porque havia brasileiros em Israel e há na Faixa de Gaza; terceiro, porque o Brasil está na presidência do Conselho de Segurança da ON; e quarto, porque as correntes políticas brasileiras tomaram partido a priori.
Temos a extrema-direita ao lado de Benjamin Netanyahu e a esquerda ao lado dos Palestinos. Mas como nada nesse conflito é simples, há fronteiras borradas nessas definições e grupos acabam sendo vilanizados. Quem defende a Palestina é tratado como apoiador de terrorismo e quem sofre pelos mortos de Israel é visto como imperialista colonizador.
Durante um debate na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro no último dia 10, o professor Michel Gherman, sofreu ofensas e ameaças de alunos que o acusavam de ser simpático ao Hamas, mesmo diante da negativa dele, e de ser antissemita.
A gente resolveu convidar o professor Michel Gherman para tentar entender justamente as repercussões desse conflito no Brasil e no mundo. Ele que é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), coordenador do Núcleo de Estudos Judaicos e do núcleo “Extremos”, de violência, politica e religião. Ele também autor do livro “O não judeu judeu”, em que trata da tentativa de colonização do judaísmo pelo bolsonarismo.
Foto: UNICEF/Hassan Islyeh
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