Déficit do setor público se acumula, com juros mais altos, estatais deficitárias e falta de controle
Update: 2025-09-30
Description
O setor público consolidado fechou agosto com um déficit primário de R$ 17,3 bilhões, uma melhora em comparação com o resultado do mesmo mês de 2024, quando o rombo chegou a R$ 21,4 bilhões. O Governo Central concentrou a maior parte do desequilíbrio, com R$ 15,9 bilhões, seguido pelos governos regionais (R$ 1,3 bilhão) e pelas empresas estatais (R$ 6 milhões). No acumulado em doze meses, o déficit primário recuou para R$ 23,1 bilhões, o equivalente a 0,19% do PIB, contra R$ 27,3 bilhões (0,22% do PIB) no período até julho.
O maior peso vem dos juros nominais devido ao descontrole das contas públicas, que exige pagamento de juros cada vez mais altos. Em agosto, o setor público desembolsou R$ 74,3 bilhões em pagamentos de juros, um aumento em relação aos R$ 69 bilhões registrados um ano antes. Em doze meses, esse valor alcançou R$ 946,5 bilhões, ou 7,63% do PIB, contra 7,46% no período anterior. O resultado nominal, que inclui o resultado primário e os juros nominais, foi deficitário em R$ 91,5 bilhões em agosto e chegou a R$ 969,6 bilhões (7,81% do PIB) em doze meses, estável em relação a julho.
A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), indicador mais observado por agências de risco, permaneceu em 77,5% do PIB (R$ 9,6 trilhões), mas registra aumento de 1 p.p. no ano e 5,82 p.p. desde o início do Governo Lula, quando estava em 71,7%. A trajetória do endividamento tem mostrado uma pressão crescimento constante com previsões de chegar a 80% até o final desse mandato.
A política fiscal expansionista do governo traz um custo muito elevado para a trajetória da dívida. O descontrole fiscal leva a maiores percepções de risco do país, que fazem com que o governo precise pagar mais caro para rolar a dívida, crescendo o seu estoque para níveis cada vez mais comprometedores. Apenas uma revisão séria dos gastos poderá reverter esse quadro, que será ainda mais complicado em 2026, com eleições e bastante desafiador em 2027, independentemente de quem assuma o governo.
O maior peso vem dos juros nominais devido ao descontrole das contas públicas, que exige pagamento de juros cada vez mais altos. Em agosto, o setor público desembolsou R$ 74,3 bilhões em pagamentos de juros, um aumento em relação aos R$ 69 bilhões registrados um ano antes. Em doze meses, esse valor alcançou R$ 946,5 bilhões, ou 7,63% do PIB, contra 7,46% no período anterior. O resultado nominal, que inclui o resultado primário e os juros nominais, foi deficitário em R$ 91,5 bilhões em agosto e chegou a R$ 969,6 bilhões (7,81% do PIB) em doze meses, estável em relação a julho.
A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), indicador mais observado por agências de risco, permaneceu em 77,5% do PIB (R$ 9,6 trilhões), mas registra aumento de 1 p.p. no ano e 5,82 p.p. desde o início do Governo Lula, quando estava em 71,7%. A trajetória do endividamento tem mostrado uma pressão crescimento constante com previsões de chegar a 80% até o final desse mandato.
A política fiscal expansionista do governo traz um custo muito elevado para a trajetória da dívida. O descontrole fiscal leva a maiores percepções de risco do país, que fazem com que o governo precise pagar mais caro para rolar a dívida, crescendo o seu estoque para níveis cada vez mais comprometedores. Apenas uma revisão séria dos gastos poderá reverter esse quadro, que será ainda mais complicado em 2026, com eleições e bastante desafiador em 2027, independentemente de quem assuma o governo.
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