Luísa Freire: "Escrever poesia é um recolhimento para fora."
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Luísa Freire nasceu em Castelo Branco, em 1933. É licenciada em Filologia Germânica e mestre em Literaturas Comparadas pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Lisboa, a mesma onde integrou o Instituto de Estudos sobre o Modernismo, e onde investigou a obra pessoana,
sobretudo a poesia inglesa de Fernando Pessoa, que publicou e traduziu.
Publicou este ano Atravessar o Frio, o primeiro de 2 volumes de poesia inédita, pela Assírio & Alvim.
Considera que escrever poesia é uma forma de se conhecer melhor, de pensar as coisas, e sente-se "absolutamente filha de Álvaro de Campos", heterónimo de Fernando Pessoa.
Além de continuar a escrever poesia, continua a pintar. Para Luísa Freira "a poesia é uma forma de poema" e quando pinta sente que está a escrever.
Poemas:
Álvaro de Campos/ Fernando Pessoa: Não estou pensando em nada
Bashô: Nada a sugerir
Buson: De pé, em silêncio –
Issa Kobayashi: Floresce a ameixeira:
Shiki: Aqui e ali
Sophia de Mello Breyner Andresen: Movimento
António Ramos Rosa: As palavras dizem os arcos do mar
Eugénio de Andrade: No teu ombro respiro
Albano Martins: Crepúsculo de Agosto
Carlos de Oliveira: Espaço/ para caírem/ gotas de água
Fernando Guimarães: Vens de longe. Mais perto de ti encontras
Pedro Tamen: Suspendo a mão entre o A e o B,
Gastão Cruz: Variação