Em 1966, Roberto Carlos experimentou algo parecido com a beatlemania. Quero que vá tudo pro inferno, lançada em seu disco Jovem guarda (lançado no fim de 1965), já havia feito muito sucesso, e o programa Jovem guarda, apresentado por ele, Erasmo Carlos e Wanderléa, já levava hordas de fãs para o auditório da TV Record. Só que, numa certa tarde de domingo em abril de 1966, Roberto comemorou seu aniversário no programa e mostrou para todo mundo que comandava multidões, atrapalhava o tráfego, precisava do uso de força policial (para conter os fãs) e até do serviço de militares.

Nessa tarde de abril de 1966, Roberto também iniciava seu relacionamento com o mundo do cinema – um casinho que só viraria namoro de verdade a partir de 1967, quando ele começou a trabalhar em Roberto Carlos em ritmo de aventura, seu primeiro filme de verdade, dirigido por Roberto Farias. E hoje, no Pop Fantasma Documento, nosso trabalho é recordar os causos, os discos e as histórias de bastidores daquele que, a partir daí, não teria como não ser visto como o maior astro pop do Brasil. E como um artista cujo reinado não era só uma moda passageira.

Nomes novos que recomendamos e que complementam o podcast: Rodrigo Alarcon e Wild Honey.

Edição, roteiro, narração, pesquisa: Ricardo Schott. Identidade visual: Aline Haluch. Trilha sonora: Leandro Souto Maior. Estamos aqui toda sexta!