Quem vai pagar a conta da IA e ecommerce no ChatGPT - e322s01
Update: 2025-11-06
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Description
Neste episódio número 322 falamos sobre quem vai pagar a conta da IA e ecommerce no ChatGPT.
Episódio de 6/11/2025
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DIOGO
Então na semana anterior estive no podcast do Jorge Cunha, Analytics Fridays e estávamos a falar de um assunto que pensei que seria interessante trazer para aqui para ouvir a vossa opinião. E de aproveitar para falar sobre este assunto que era para trazer na semana passada.
Já agora, convido toda a gente a ouvir o podcast se quiser nas plataformas habituais de podcasts.
Então mas o assunto foi, ecommerce nos motores de IA generativa.
Então há umas 4 semanas a OpenAI lançou o Instant Checkout e um protocolo de comércio Agentic ou em português do Brasil como a OpenAI diz, Comércio Agêntico.
Que achei uma tradução interessante.
Mas o ponto é este que falei com Jorge, que é como é que vocês vêem a implementação deste tipo de comércio por IA Generativa. Ou seja, acham que isto de dizermos ao motor de AI generativa o que queremos e mediante a recomendação do produto, o sistema depois faz todo o processo de compra por nós. Ou mesmo desda decisão de qual o produto. O que pensam? Acham que isto vai pegar e quando?
De dizer que fui explorar um pouco sobre o assunto recolhi as seguintes informações para ajudar com a vossa resposta:
- Um estudo da OpenAI/NBER revelou que aproximadamente 2% de todas as conversas no ChatGPT estão relacionadas com compras, o que equivale a cerca de 50 milhões de pesquisas diárias com intenção de compra.
- Um relatório da Similarweb de setembro de 2025 estimou que a taxa de conversão para visitas encaminhadas do ChatGPT para sites de comércio eletrónico externos era de 11,4%, mais do dobro da taxa de 5,3% para resultados de pesquisa orgânica.
- O ChatGPT tem mais de 700 milhões de utilizadores ativos semanais, e uma parte significativa deles (quase 60% dos americanos, segundo um inquérito) já usa ferramentas de IA gerais para pesquisa de compras online.
- Em apenas cinco meses, a aceitação do consumidor de que a IA lide com o pagamento em seu nome quase duplicou, sinalizando uma mudança significativa no comportamento à medida que a funcionalidade Instant Checkout se torna mais comum.
Compras no ChatGPT: Instant Checkout e Protocolo de Comércio Agêntico | OpenAI
Press Release: OpenAI and PayPal Team Up to Power Instant Checkout and Agentic Commerce in ChatGPT - Oct 28, 2025
FRED
O cheque da IA vem aí — e alguém vai pagar a conta
E se a “revolução da IA” estiver a correr no vermelho - e a fatura chegar primeiro às PME do que aos lucros das Big Tech?
Esta manhã, recebi uma mensagem do meu amigo João Guimarães, a quem agradeço a dica, par falarmos sobre uma narrativa sedutora.
Nos último anos, a narrativa foi a seguinte: investir massivamente em centros de dados, chips e “copilots”, e a produtividade pagará a festa.
Entretanto, multiplicam-se anúncios de capacidade em gigawatts, compromissos plurianuais e números que soam a ficção.
Antes de entrar nas Big Tech, uma nota sobre Portugal: o Governo anunciou uma estratégia nacional de centros de dados para responder à procura em IA; o ministro Gonçalo Matias afirma que Portugal está a ser procurado para investimentos “muito relevantes” em gigafábricas de IA; e no Parlamento discute-se a criação de duas estratégias — uma para IA e outra para uma cloud soberana. Hoje contam-se cerca de 46 data centers no país, e existe uma associação do sector (portugaldc.pt).
A perspetiva…
Pensem na IA como um forno industrial acabado de chegar à padaria: brilha, promete fazer cinco vezes mais pão por hora… mas a conta da luz sobe, o espaço precisa de obras e a equipa tem de ser treinada. Se o bairro não comprar cinco vezes mais pão, o “upgrade” vira custo fixo.
Escalando a metáfora: falamos de necessidades de capital na ordem das centenas de milhares de milhões para dar corpo a promessas que, em muitos casos, ainda não saíram do palco das keynotes.
#FUNFACT, sabes que os meios de comunicação social, referem que são precisos 400 MIL MILHÕES DE DÓLARES NOS PRÓXIMOS 12 MESES.
400 mil milhões equivalem a:
• 11× o financiamento total de sempre da Uber
• 6× o investimento em infraestrutura da AWS da Amazon
• Mais do que todo o capital de risco global em 2024
Some-se a isto chips de topo com ciclos anuais, data centers com prazos de 2–3 anos, redes que exigem reforços e, cereja no topo, energia — muita. Em vários mercados, as tecnológicas já disputam potência com indústrias e cidades.
Se a infraestrutura pública tiver de ser reforçada, quem partilha a conta nas tarifas?
Exato: famílias e pequenos negócios.
E no marketing?
Eu acho que a conversa sobre IA tem de começar pelo problema de negócio, não pela ferramenta.
Participei num debate na conferência Social meida hackton em braga, onde referi exactamente isso…: qual a métrica de “caixa” que precisa de mexer: mais leads qualificadas|?, menor tempo de resposta ? maior ticket médio, redução de custos?
A partir daí, define-se um piloto de 30, 60 dias com metas claras e um “botão de desligar”.
Por exemplo, num chat de apoio ao cliente, o objetivo pode ser reduzir em 20% o tempo médio de resposta e aumentar em 10% a satisfação. Se, ao fim de três meses, não cumpre as metas e não baixa custos, desliga-se e segue-se em frente. Sem romantismos.
Ferramentas “AI-first” chegam com licenças por utilizador, créditos de processamento e promessas de automação.
Mas, quando se olha para o funil, vê-se demasiadas vezes ganho marginal: minutos poupados no copy, um rascunho de apresentação, um relatório mais composto.
Mesmo para a maioria que tem pouco conhecimento de como tirar maior partido, é Útil, sim .
Agora, se é transformacional, nem sempre.
Se o ROI não aparece, a moda converte-se em prejuízo no número de horas do colaborador e numa escala diferente, em dívida tecnológica.
Perguntas:
- ROI real vs. promessa: Que métrica de negócio (não de “engagement”) usarias para provar que a IA já paga o seu próprio custo numa PME - e em quanto tempo?
- Infraestrutura e tarifas: Como mitigar o risco de “tarifas IA” (repercussão de custos de energia/infraestrutura) sem travar a adoção pelas PME que mais poderiam beneficiar?
Sobre o Podcast Marketing por Idiotas
O podcast Marketing por Idiotas é um podcast sobre marketing em Portugal. Neste podcast semanal falamos sobre notícias, irritações e inquietações sobre marketing digital e analógico.
O podcast é apresentado pelos comentadores com lugar cativo o free
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