Discoverreciferock 20250509RESENHA: Maquinado – Homem Binário
RESENHA: Maquinado – Homem Binário

RESENHA: Maquinado – Homem Binário

Update: 2007-06-20
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Description

Maquinado - Maquinado (2007/Trama)

MaquinadoMaquinado (2007/Trama)


Lúcio Maia fez um álbum estranhamente belo. À frente do projeto Maquinado, cercou-se de amigos para gravar antigas idéias que soariam dissonantes em um álbum da Nação Zumbi. A pergunta aqui é: precisava? Não. Lúcio já é um dos principais nomes da guitarra no Brasil desde a década passada, chegando a ser responsável pelas guitarras do álbum de estréia do Soulfly, não à toa o melhor trabalho da banda de Max Cavalera. O que leva então um guitarrista consagrado de uma banda consagrada lançar um álbum solo? Explorar elementos que não cabem em sua banda, oras. E é engraçado, pois a guitarra é o instrumento que menos aparece no disco. Ela fica quase sempre ao fundo, cheia de efeitos e apenas servindo de coadjuvante para que outras facetas brilhem. Assim sendo, é bom saber que boa parte dos quase 40 minutos de Homem Binário segue a fórmula “eletrônica-cabeça-distorcida-com-elementos-brasileiros-e regionais”. Tinha tudo para soar tremendamente chato (e por vezes soa mesmo), mas as batidas são envolventes e a criatividade acaba dando as cartas na maior parte do tempo. O disco é dividido em duas partes. Se a segunda pende para o cabecismo eletrônico/exótico, a primeira é mais visceral e interessante. Alados é uma ciranda psicodélica com participação de Siba. Arrudeia, que abre o disco, é trilha sonora de videogame transformada em arte. Tá Tranqüilo lembra o Planet Hemp dos tempos de Os Cães Ladram Mas a Caravana Não Pára. Sem Concerto é a mais simples, franca e direta, e justamente por isso é a melhor do disco. Agora, curioso mesmo é O Som, em que 70% da Nação participa. Não fosse o vocal tão característico de Jorge du Peixe, e dava até para dizer que se trata de outra banda.

No fim das contas, Homem Binário servirá para dar mais respaldo artístico ao guitarrista. É capaz de entrar na trilha sonora de algum filme. Mas dificilmente terá o mesmo alcance de sua banda de origem. Se o som da Nação já é considerado hermético, o do Maquinado não fica atrás. Era pedir muito um álbum acessível de quem se acostumou a se equilibrar nas linhas tortas do pop, do conceitual e do popular.


Cotação: Bom (4/5)


Escute: Maquinado – Sem Conserto

[audio:http://media.trama.com.br/tramavirtual/mp3/m_40/200678.mp3]

Escute: Maquinado – Arrudeia

[audio:http://media.trama.com.br/tramavirtual/mp3/m_41/205139.mp3]


Maquinado (divulgação)

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15 Minutes

30 Minutes

45 Minutes

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120 Minutes

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Hugo Montarroyos