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Author: Oxigênio Podcast
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Description
Podcast e programa de rádio sobre ciência, tecnologia e cultura produzido pelo Labjor-Unicamp em parceria com a Rádio Unicamp. Nosso conteúdo é jornalístico e de divulgação científica, com episódios quinzenais que alternam entre dois formatos: programa temático e giro de notícias.
251 Episodes
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Neste episódio, você acompanha Mayra Trinca e Lidia Torres em uma conversa sobre uma pesquisa de percepção de mudanças climáticas com cafeicultores. A pesquisa faz parte do projeto Coffee Change, parte de um grande projeto interdisciplinar sediado na Unicamp. Ao longo do episódio, as professoras Simone Pallone e Claudia Pfeiffer explicam mais sobre suas pesquisas e falam sobre as vantagens do método utilizado: os grupos focais. Participa também do episódio Guilherme Torres, doutor em Geografia, que participa do projeto e acompanhou o grupo nas pesquisas.
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ROTEIRO
MAYRA: Foi. Então agora que eu aprendi a usar esse gravador, onde é que a
gente tá indo?
SIMONE: A gente tá indo pra Espírito Santo do Pinhal.
MAYRA: E o que que a gente tá indo fazer lá?
SIMONE: Vamos fazer um grupo focal com produtoras de café. Dessa vez a gente vai fazer um grupo só de mulheres produtoras, cafeicultoras. 0:25 [encerra áudio]
MAYRA: Na verdade, eu ainda não tinha aprendido a usar o gravador.
MAYRA: e aí eu gravei um monte de coisa legal e descobri que eu não tava gravando
LIDIA: Mas, calma, fica aqui, a gente ainda tinha um tempo de viagem pela frente e regravamos tudo que foi falado de interessante.
MAYRA: E é isso que vamos te contar aqui agora. Eu sou a Mayra Trinca.
LIDIA: E eu sou a Lidia Torres. Nesse episódio do Oxigênio vamos te falar como são feitas algumas das pesquisas que investigam a relação de produtores de café com as mudanças climáticas. Elas fazem parte do programa Coffee Change, que é um braço do grande projeto interdisciplinar, BIOS.
[VINHETA: Você está ouvindo Oxigênio, um programa de ciência, cultura e tecnologia]
LIDIA: Naquele dia, a gente tava a caminho da cidade Espírito Santo do Pinhal…
MAYRA: pra acompanhar a parte de uma pesquisa que a professora Simone Pallone faz parte, que é a coordenadora aqui do Oxigênio. Então, você vai ter a possibilidade ilustre de ouvir a voz da Simone, que sempre foge dos microfones.
MAYRA: Pinhal, pros íntimos, é uma cidadezinha no interior de São Paulo, quase chegando na divisa do Sul de Minas Gerais. “A gente” era eu, a Lidia, a Simone e o Guilherme, que vocês vão conhecer daqui a pouco.
LIDIA: O objetivo da visita era fazer o terceiro grupo focal de um estudo que está em andamento, coordenado pela professora Claudia Pfeiffer – que ainda vai aparecer nesse episódio – e que a Simone também participa.
MAYRA: Então, Simone, explica pra gente o que é um grupo focal.
SIMONE: Bom, grupo focal é uma técnica de pesquisa usada bastante nas áreas de comunicação, de ciências sociais, na área de saúde também, que você reúne um grupo de pessoas, que aí você define que perfil vão ter esses participantes, pra tratarem, pra conversarem sobre um assunto determinado. Então, no nosso caso, a gente vai conversar sobre mudanças climáticas.
SIMONE: Então, eu vou procurar pistas em relação ao que esses produtores conhecem sobre ciência e tecnologia, como os conhecimentos deles sobre ciência interferem na interpretação deles sobre as mudanças climáticas, e também sobre como eles se informam sobre isso, como eles se informam a respeito de ciência e tecnologia, em quem eles confiam para se informar sobre essas questões, e quais são as atitudes, como eles se preparam para enfrentamento dessas questões, ou o que eles estão dispostos a fazer em prol de atender, de mitigar os efeitos, ou se adaptar aos efeitos que eles identificam sobre mudanças climáticas.
MAYRA: Você deve ter percebido uma diferença grande na qualidade desse áudio da Simone agora. É que depois do Grupo Focal, a gente sentou de novo no estúdio aqui do Labjor pra conversar mais e entender alguns pontos importantes que surgiram depois da nossa ida pra Pinhal.
LIDIA: A gente pediu pra Simone explicar melhor como é possível investigar essas questões, que são hipóteses de pesquisa, através de uma roda de conversa entre produtores.
Neste episódio você vai conhecer um pouco do lado documentarista do cineasta Ugo Giorgetti, por meio de uma análise dos documentários "Pizza" e "Em busca da Pátria Perdida".
Neste novo episódio da série Termos Ambíguos, o verbete abordado é o "Politicamente Correto". O termo começou a ser usado no século XVIII, nos Estados Unidos, para denotar visões e ações políticas e sociais consideradas “corretas e justas” . Como outros termos, aos poucos passou a ser acionado para defender ou justificar declarações que ofendem e agridem verbalmente pessoas negras, mulheres, pessoas LGBTQIA+, PCD’s e outras minorias. Humoristas têm sido grandes opositores do termo, alegando que o politicamente fere a liberdade de expressão. Ouvimos as especialistas Nana Soares, Joana Plaza e Anna Bentes sobre o uso e a desqualificação do termo.
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ROTEIRO
Gravação Léo Lins (Humorista): “Tudo fica divertido. Se alguém fala ‘Po, o que aconteceu ali? Um estupro’. Pesado. ‘Que que aconteceu ali? Um estuprito’ Divertido. Estuprito? Posso participar um pouquito? Só a cabecita”.
Tatiane: Essa fala foi dita pelo humorista Leo Lins pra ser engraçada, mas brincar com estupro, vamos combinar, não tem nenhuma graça.
Daniel: Em junho de 2025, Leo Lins foi condenado a 8 anos e meio de prisão por incitação à discriminação contra pessoas com deficiência. A decisão reconheceu que o conteúdo de suas piadas ultrapassa os limites do humor e configura discurso de ódio.
Gravação Léo Lins: “Assim como no meu show, também tem avisos: Show de HUMOR, apresentação de stand up Comedy, obra teatral, ficção, você está entrando em um teatro, está no canal do humorista Léo Lins; mas parece que as pessoas perderam a capacidade de interpretar o óbvio”.
Tatiane: A frase, que parece apenas uma defesa pessoal, ecoa um discurso mais amplo, uma tentativa de deslegitimar qualquer responsabilização por falas públicas sob a acusação de que vivemos numa “ditadura do politicamente correto”.
Daniel: Tenho certeza de que você já ouviu falar neste termo. Nas últimas décadas, o termo “politicamente correto” tem aparecido constantemente no debate político, e no imaginário coletivo atual. Mas afinal, o que ele realmente significa?
[INSERT TRILHA]
Tatiane: Pra você que ainda não nos conhece, eu sou a Tatiane...
Daniel: E eu sou o Daniel. E esse é o Termos Ambíguos, o podcast que mergulha nas palavras e expressões que se tornaram comuns no debate público atual.
Tatiane: Este projeto é uma parceria entre o podcast Oxigênio, do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp, e o Observatório de Sexualidade e Política, o SPW.
Daniel: A cada episódio, analisamos termos usados principalmente por vozes de ultra direita que recorrem a essas expressões para “tensionar, inverter e distorcer as disputas políticas”. Hoje, o termo é: politicamente correto.
Tatiane: Desde a primeira onda de propagação nos anos 2000, o termo politicamente correto se cristalizou como acusação pronta. No Brasil e em muitos outros países essa expressão é acionada para desqualificar as ditas “patrulhas que se opõem à Liberdade de expressão”, sendo invocado constantemente para defender ou justificar declarações que ofendem e agridem verbalmente pessoas negras, mulheres, pessoas LGBTQIA+, PCD’s e outras minorias.
Daniel: Por conta disso, nos últimos anos, o termo tem causado muitos embates, especialmente sobre os limites do humor, como no caso recente de Léo Lins.
Tatiane: Entretanto, é bom saber que o termo Politicamente Correto não é exatamente uma novidade. Já no século XVIII, nos Estados Unidos, o termo era usado para denotar visões e ações políticas e sociais consideradas “corretas e justas” .
Daniel: Mais tarde, no século XX, na União Soviética eram “Politicamente Corretas” as visões e ações que não se desviavam da “linha correta” do Partido Comunista.
Joana Plaza: “[...] como politicamente correto mudou de sentido ao longo do tempo.
Tatiane: Essa é Joana Plaza, professora do Departamento de Estudos Linguísticos e Literários, da Universidade Federal de Goiás.
Joana Plaza: [...
Para celebrar os 10 anos do Podcast Oxigênio, tivemos a ideia de fazer episódios em parceria com outros podcasts. Este projeto começou com a parceria que fizemos com o podcast Café Com Ciência e neste episódio será com o podcast Vozes Diamantinas, uma produção do curso de Jornalismo do Campus XXIII da UNEB em Seabra, do estado da Bahia, que visa divulgar os saberes e as práticas culturais da Chapada Diamantina. Ao longo de 2025, teremos muitas parcerias boas, as próximas serão com os podcasts Vida de Jornalista, Fronteiras da Ciência e Ecoa Maloca.
Neste episódio especial vamos explorar como os hábitos alimentares brasileiros refletem nossa cultura, história, identidade e resistência. A alimentação será apresentada não apenas como fonte de nutrição, mas como prática cultural viva, carregada de significados, afetos e histórias.
Você vai ouvir relatos afetivos com a comida, como da Elizete Pereira, moradora da comunidade quilombola do Tejuco, em Brumadinho, Minas Gerais e da Larah Camargo, que nasceu em São Paulo, mas carrega a cultura alimentar das suas raízes familiares da Bahia, região da Chapada Diamantina. E vai escutar, também, entrevistas com especialistas, professores universitários, secretário de agricultura da cidade de Novo Horizonte e coordenadora-geral e coautora dos processos pedagógicos do Instituto Comida e Cultura. Eles irão abordar a formação da culinária brasileira, a partir das influências indígenas, africanas e portuguesas; a gastronomia territorial como uma forma de resistência e cuidado com a terra, com destaque para o papel das mulheres nas comunidades tradicionais da região da Chapada Diamantina; e a importância da educação alimentar desde a infância, como uma forma de reconexão com a terra e valorização cultural.
Neste episódio procuramos evocar a cozinha como espaço de encontro e resistência, reforçando a importância da recuperação de narrativas alimentares como forma de preservar a memória coletiva e a diversidade cultural brasileira.
Roteiro
[BG]
Lidia: “A farinha é feita de uma planta
Da família das euforbiáceas
De nome manihot utilíssima
Que um tio meu apelidou de macaxeira
E foi aí que todo mundo achou melhor” (Farinha, Djavan)
Lívia: Você já parou pra pensar que a mandioca é um dos alimentos mais representativos da culinária brasileira, é um dos mais versáteis também.
Lucas: A diversidade já aparece desde o seu nome.
Lívia: Aqui no sudeste nós chamamos de mandioca.
Lucas: Já aqui no nordeste e em algumas regiões do norte de “macaxeira” ou “aipim”.
Lívia: Mandioca, macaxeira, aipim, castelinha, uaipi, mandioca-doce, mandioca-mansa, maniva, maniveira, pão-de-pobre, diferentes nomes e diferentes preparos, pra um ingrediente coringa da alimentação na mesa de todas as regiões do país.
Lucas: Nativa do Brasil, com a mandioca dá para fazer farinha, polvilho doce e azedo, fécula, goma, tucupi, tapioca e muito mais.
Lívia: E, pra degustar esse alimento típico do nosso país, e que é cultivado pelos indígenas desde antes da colonização portuguesa, você não precisa lembrar que a mandioca faz parte da família botânica das euforbiáceas e que seu nome científico é “Manihot utilíssima”, como o Djavan cantou na música “Farinha”, que a gente ouviu os primeiros versos lá no começo.
Lívia: Mas, caso tenha ficado a curiosidade, ela é “prima” da mamona, da seringueira, coroa-de-cristo - todas liberam aquela seiva leitosa de seus caules. Inclusive, a mandioca era classificada como ‘Manihot utilíssima’, mas hoje, o nome científico adotado é ‘Manihot esculenta’.
Lucas: Devidamente apresentada, nós destacamos sua importância como uma das grandes representantes do tanto de diversidade de plantas e alimentos que nós temos aqui no Brasil. Diferentes nomes, diferentes preparos e uma gama de possibilidades para uma alimentação saudável, popular e afetiva.
[Vinheta]
Lívia: Eu sou a Lívia Mendes, sou linguista e especialista em Jornalismo Científico pelo Labjor,
A demanda por escolas bilíngues cresceu e se diversificou no Brasil nos últimos anos. Há diferentes modelos, com diferentes faixas de preço e a publicidade dessas escolas reforça a aprendizagem contextualizada de um novo idioma como um diferencial.
Neste episódio, exploramos o conceito de decrescimento econômico, proposta que desafia a ideia de que mais sempre é melhor, e nos apresenta alternativas para repensar o consumo, a natureza e a sociedade.
Um dos graves problemas da área da saúde é encontrar alternativas para tratar doenças causadas por bactérias. Neste episódio vamos entender como a fagoterapia, terapia à base de fagos, que são vírus, pode ser uma solução.
O terceiro episódio da série mostra como luzes artificiais, cada vez mais intensas, rompem o equilíbrio natural das noites, afetando a saúde humana, alterando o crescimento das plantas e desorientando espécies animais.
Neste segundo episódio da série Poluição Luminosa, Marco Centurion trata dos impactos que o excesso de luzes artificiais geram para a pesquisa em astronomia, interferindo nos equipamentos e dificultando o trabalho de pesquisa de astrônomos
A poluição luminosa é um tipo de interferência silenciosa nos padrões naturais e paradoxalmente, é uma poluição invisível. Invisível e invisibilizante! Neste primeiro episódio da série, exploramos do que se trata a poluição por luz artificial, como o seu excesso afeta nossa visão do céu noturno e o impacto na vida animal.
Este é o segundo episódio sobre acervos bibliográficos abrigados em museus-casas. Neste episódio você vai conhecer a história e as particularidades de três bibliotecas que estão abrigadas em museus-casas e que preservam a memória de três importantes intelectuais do nosso país: o Guilherme de Almeida, o Mario de Andrade e o Haroldo de Campos.
O episódio trata da expressão Marxismo Cultural, explorando o termo, desde sua origem, e como tem servido à ultradireita no Brasil e outros países.
Em um episódio duplamente comemorativo, do Dia da Mulher e os 10 anos do O2, trazemos uma entrevista com Clarisse Palma da Silva, da Unicamp, sobre as conquistas e desafios das mulheres na ciência e sobre suas pesquisas relacionadas às mudanças climáticas.
Você já parou pra pensar que todos nós acumulamos um acervo pessoal durante a vida? Neste episódio vamos apresentar como funciona o arquivamento e a musealização de acervos pessoais de escritores e pessoas influentes na história literária e cultural do Brasil. Você vai descobrir as características e particularidades do trabalho de arquivamento e tratamento de acervos pessoais, em particular de pequenas-grandes bibliotecas, com livros que foram adquiridos e utilizados por importantes escritores brasileiros. Nós conversamos com gestores, arquivistas e pesquisadores que atuam diretamente em arquivos e acervos abrigados em museus.
Você vai escutar entrevistas com a Roberta Botelho, coordenadora técnica do Centro de Documentação Cultural “Alexandre Eulalio” (Cedae/Unicamp); o Marcelo Tápia, poeta, ensaísta e tradutor, que dirigiu por quinze anos a rede de museus-casa da cidade de São Paulo; a Aline Leal, pesquisadora em práticas arquivísticas, processos e procedimentos de escrita, com foco nas marginálias da biblioteca da escritora Hilda Hilst; o Max Hidalgo, professor associado na Universidade de Barcelona e estudioso do acervo bibliográfico do poeta Haroldo de Campos e o Pedro Zimerman, coordenador do museu do livro esquecido, formado em Psicologia pela USP.
Este episódio é parte da pesquisa do Trabalho de Conclusão de Curso na Especialização em Jornalismo Científico do Labjor/Unicamp da aluna Lívia Mendes Pereira e teve orientação do professor doutor Rodrigo Bastos Cunha. As reportagens deste trabalho também foram publicadas no dossiê “Museus” da Revista ComCiência, que você pode ler na página comciencia.br.
Mayra: Você já parou pra pensar que todo mundo constrói um acervo pessoal durante a vida? Essas coisas que guardamos em casa: nas gavetas, em armários, em estantes... são objetos diversos e especiais que contam um pouco da nossa própria história de vida e de quem somos.
Lidia: “E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos”
Lívia: Nessa música, “Futuros Amantes”, do cantor e compositor Chico Buarque, que você provavelmente já ouviu tocar por aí e que você ouviu a declamação de alguns versos, é apresentada uma imagem da cidade do Rio de Janeiro submersa pela água do mar. Milênios depois dessa suposta inundação, é imaginada uma cena em que os escafandristas, mergulhadores que investigam o fundo do mar, encontrariam alguns vestígios espalhados pela casa de um casal apaixonado. Esses vestígios seriam cartas, poemas e fotografias, tudo aquilo que a gente costuma guardar como lembranças. Na música, esse acervo pessoal que sobreviveu ao alagamento funciona como a chave para decifrar os vestígios de “uma estranha civilização”.
Mayra: E é exatamente isso que os acervos pessoais fazem na vida real. Quando sobrevivem ao tempo e às intempéries, eles revelam nossos traços de personalidade, nossa trajetória pessoal, acadêmica, profissional. Eles contam histórias dos lugares que foram percorridos, daquilo que gostamos e das mudanças no percurso histórico que vivemos. O acervo pessoal também pode refletir nossas escolhas, aquilo que escolhemos guardar ou descartar.
Lívia: Já que eles carregam tanta informação, esses acervos devem estar disponíveis para serem acessados. É esse o trabalho que os profissionais em arquivos, fundos e museus fazem com acervos pessoais importantes. Eles permitem acessar um material que contém memórias da história política, social e artística de nosso país.
Lidia: “Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização”
Lívia: E sou a Lívia Mendes. Eu sou linguista e esse episódio foi resultado do meu Trabalho de Conclusão de Curso na Especialização em Divulgação Científica no Labjor da Unicamp.
Mayra: E sou a Mayra Trinca, que conheci a Lívia nesse mesmo curso de especiali...
O terceiro e último episódio da série Impactos Socioeconômicos das Big Techs trata de temas como capitalismo digital, coleta de dados, educação midiática, soberania digital e redes sociais contra hegemônicas.
Cada dia mais usuários adentram as redes sociais das Big Techs, como Facebook, Instagram, Threads, e assim por diante. Em 2024, mais de 5 bilhões de pessoas estavam usando as redes sociais, e esses usuários precisam de espaço de armazenamento para guardar seus arquivos, novos data centers precisarão ser construídos para atender às crescentes demandas. Mas qual é o impacto ambiental causado por essas estruturas de armazenamento de dados?
Esta inquietação levou a Juliana Vicentini e o Rogério Bordini, a produzirem esta série de podcasts, em três episódios, para tratar do tema Impactos socioambientais das Big Techs, como parte do trabalho de Conclusão de Curso da Pós-Graduação em Jornalismo Científico, um programa do Labjor em parceria com o Departamento de Política Científica e Tecnológica, do Instituto de Geociências, da Unicamp.
Os três episódios que compõem a série são: 1) Uma luz que nunca se apaga, (2) Por dentro da nuvem e (3) Pistache, cookies e muita soberania.
Neste segundo episódio, os jornalistas científicos ouviram a Daniela Zanetti, professora de Comunicação Social na Universidade Federal do Espírito Santo e também o Plinio Ruschi, engenheiro ambiental formado pela UNESP que atua como gerente de projetos climáticos na BRCarbon e o Alexandre Ferreira, especialista em computação verde e pesquisador do Recod.ai, Laboratório de Inteligência Artificial da Unicamp, que já conhecemos no primeiro episódio.
Acompanhe a série completa!
Roteiro:
Rogério: Gente, olha só esse sorvete maravilhoso, Juliana! Vou pegar um pra postar no meu Insta!
Juliana: Tá bonito mesmo. Também vou querer. (pausa) Moço, me vê dois de pistache?
(pequena pausa)
Rogério: Junta aqui pra tirar uma selfie!
(entra efeito sonoro de click de câmera seguido de som de notificação de erro)
Rogério: Ixi, meu celular tá falando que tô sem espaço de armazenamento pra subir essa foto.
Juliana: Afff esses serviços de nuvem limitados. Os caras têm milhares de data centers no mundo e mesmo assim nos cobram um rim pra subir uma mísera fotinho.
Rogério: Pois é, né. Até ouvi falar que tem um site chamado Data Center Map que monitora a distribuição desses centros de dados pelo mundo. Numa escala global, já são quase 8000. Já pensou?
Juliana: No Brasil temos 150 deles, sendo que 55 estão aqui pertinho da gente em São Paulo, e a tendência é que apareçam ainda mais. Segundo um relatório do Santander que eu li, essa vinda de data centers das Big Techs no território nacional está relacionada ao baixo custo para instalação aqui, boa infraestrutura, menor preço da energia quando comparado ao que é cobrado em outros países, e matrizes energéticas de hidrelétrica, eólica e solar, que, modéstia a parte, temos bastante por aqui.
Rogério: Isso quer dizer então que em breve a gente ter espaço de sobra pra arquivar nossas fotos, certo?
Juliana: Não é bem assim. Duvido muito que as empresas que estão instalando esses data centers no Brasil estão pensando no benefício dos usuários. É claro que a vinda dessas estruturas poderá gerar empregos à população local, mas certamente as empresas continuarão a expandir seus modelos de negócio enquanto usam nossos recursos naturais. E isso me preocupa um pouco.
Rogério: Mas como o uso de recursos naturais acontece? Será que esses centros de dados só causam danos mesmo?
Juliana: Não sei, Roger. Melhor pedir ajuda aos nossos universitários.
Juliana: Meu nome é Juliana Vicentini e no episódio de hoje, eu e o Rogério Bordini vamos tentar desvendar o que está por detrás dos centros de dados que estão pipocando cada vez mais no Brasil e no mundo, e quais são os impactos socioambientais que eles geram. Este é o segundo episódio de uma série sobre data centers e o impacto socioambiental que eles causam. Se quiser saber mais, ouça o primeiro episódio e acompanhe os próximos.
Rogério: Bora lá então, mas eu antes posso terminar meu sorvete?
Juliana: Pode, vai.
Cada dia mais usuários adentram as redes sociais das Big Techs, como Facebook, Instagram, Threads, e assim por diante. Em 2024, mais de 5 bilhões de pessoas estavam usando as redes sociais, e esses usuários precisam de espaço de armazenamento para guardar seus arquivos, novos data centers precisarão ser construídos para atender às crescentes demandas. Mas qual é o impacto ambiental causado por essas estruturas de armazenamento de dados?
O Oxigênio trata, neste episódio 186, do status de cumprimento do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 6, criado para garantir a disponibilidade e a gestão sustentável da água e do saneamento para todos.
Este episódio trata da capacidade de implementação de um produto de terapia gênica para doença falciforme no sistema público de saúde. Trata, também, da origem do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS, que atua regulando a imunidade fiscal de hospitais filantrópicos
Este episódio trata de fatos pouco lembrados sobre a história da ditadura militar no Brasil que foi a prisão, tortura, sequestro e assassinatos da população do campo, trabalhadores rurais e indígenas brasileiros, durante o regime militar.
olá!! Eu sempre fui magrela e comprida o que sempre gerou a ideia de fragilidade e fraqueza para as pessoas. Mas, qdo levanto algum peso ou arrasto algum móvel pela casa as pessoas se surpreendem. Minha avó ficou um bom tempo dependente das pessoas, tínhamos que carrega- la para o banheiro, para a mesa do jantar... ela sempre me falava "vc é uma magrela fortona" pq eu era a única da casa que conseguia continuar equilibrada e firme mesmo qdo estava segurando ela pelo caminho enquanto que os grandalhões se atrapalhavam e até pediam para parar e reajustar no percurso. Força x Jeito x Biotipo físico...
Muito bom. Continuem com este trabalho importantíssimo para nós brasileiros.
o episódio passa por várias questões importantes do debate sobre gênero e ciência. excelente pauta! parabéns!
Parabéns pelo episódio. A falta de conhecimento em aplicações genéticas é muito alta. Parabéns.
ótimo tema! parabéns pela apuração, informações e fontes muito interessantes
Parabéns pelo tema desse podcast. Temos grandes problemas nas escolas relacionados com álcool e adolescente. Porém, quando um aluno usa álcool dentro de sua escola, ele deve ser punido sim.
Parabéns pelo áudio. Da gosto de ouvir.
Parabéns pelo episódio desse podcast. São informações importantes para quem tenta entender o Sistema Educacional no Brasil.
ficou muito bom esse formato! parabéns pela mudança e pela pauta :)
Parabéns pelo canal. Os assuntos estão sendo tratados de forma bem didática.
sou muito fã!