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Author: Lucas Abreu

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Sunday Drops é um podcast de histórias que moldam o empreendedorismo e a inovação na América Latina; toda semana, Lucas Abreu entrevista fundadores e investidores que ergueram empresas de alto impacto — sempre com um olhar analítico, independente e profundo.

abreu.substack.com
65 Episodes
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Amyr Klink é um dos maiores exploradores e navegadores do mundo que através dos livros exerceu uma grande influência na minha vida. No episódio de hoje compartilho as principais lições que tive ao reler o livro “Amyr Klink: Não há tempo a perder”. São princípios válidos para qualquer pessoa compartilhados através da sua forma de pensar o tempo, o risco e o aprendizado.Este conteúdo é oferecido por:* Onfly: A maior Travel Tech do Brasil com a solução de tecnologia ideal para poupar tempo do seu time de finanças e dos colaboradores em viagens.* Lobby: A melhor plataforma para brindes corporativos, usado pelo iFood e Boticário. Automatizada da produção até a entrega para o seu foco ser apenas o branding.1. Abrace o problema (não fuja dele)O maior risco da travessia a remo? O barco capotar e afundar.A solução óbvia seria fazer um barco “incapotável”. Mas Amyr pensou diferente:“A solução jamais estaria num barco incapotável, mas exatamente no seu oposto: precisávamos construir um barco capaz de capotar e descapotar continuamente.”Ele abraçou o problema ao invés de negá-lo.Na empresa é igual: você vai errar. A questão não é evitar, mas criar sistemas que permitam errar rápido e se recuperar.* Zona de conforto é o lugar mais perigoso do mundo.Qual o lugar mais perigoso que Amyr Klink já pisou?O Atlântico Sul, 100 dias a remo enfrentando tempestades?A Antartica? Não.Foi Paraty. Sua casa.Quando voltou de uma expedição, encontrou a mesma janela quebrada que havia pedido para consertar 2 anos antes.“A zona de conforto é o lugar mais perigoso do mundo porque você não evolui, não muda, não se transforma. Você sobrevive ao invés de viver.”3. Respeitar o tempo é respeitar a vida“Uma hora perdida é uma hora perdida. Esse é um bem não reciclável, indomável, que não podemos possuir.”Steve Jobs se olhava no espelho todo dia por 33 anos e perguntava: “Se eu soubesse que iria morrer hoje, eu faria o que tenho pra fazer?”Pergunte a um bilionário de 80 anos se ele prefere mais tempo ou mais dinheiro.A resposta é sempre a mesma.O nome da biografia “Não há tempo a perder” diz tudo. 4. Tão importante quanto saber o que fazer é saber o que NÃO quer fazerAmyr descobriu no banco o que ele não queria: “sem inspiração, paixão zero, de gravata... aqui que eu vou gastar todo o tempo só pra mudar desta mesa para aquela? Não por nada desse mundo.”Por eliminação, você chega onde quer estar.Descobrir o que você não quer é quase tão importante quanto descobrir o que você quer.ps: esse conselho profissional influenciou muito a minha vida. 5. Performance deriva de quantidade (disciplina)O professor de remo de Amyr, Arlindo, dizia: “Para um barco ficar competitivo, são necessárias mil horas de prática.”40 anos depois, Adam Grant escreveu em “Originais”: qualidade deriva de quantidade.6. O líder precisa fazer (não só delegar)“Um sujeito que comanda precisa conhecer o básico. Precisa pelo menos saber fazer, ou ter tentado e constatado que não é capaz.”No barco de Amyr, todos alternavam funções: comando, cozinha, limpeza, mecânica.No McDonald’s, todos os líderes precisam passar pela chapa.Roberto Marinho era jornalista. André Esteves fecha deals até hoje.Founder mode é sobre entender profundamente o que você comanda e se preciso, arregaçar as mangas.7. Ser diferente tem um preço (e vale a pena)“Não tem ideia do tempo precioso que se perde empurrando um projeto contra a burocracia, a falta de recursos, as dúvidas, o desânimo, as opiniões negativas.”“O universo quer que você seja típico. De mil maneiras, o mundo te puxa pra ser típico. Não deixe isso acontecer. Diferenciação tem um preço e vale a pena.” - Jeff Bezos. 8. O momento mais importante é quando o planejamento encontra a vida real“Não existem planos perfeitos. Mas há quem permaneça viajando no sonho e nunca parte para colocá-lo em prática.”Rockefeller ao filho: “Pare de sonhar durante o dia. Amanhã, próxima semana, futuro... têm o mesmo significado: nunca.”O momento mais assustador é antes de começar. Porque começar é enfrentar a realidade. This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
A Tractian é uma das startups mais impressionantes que já estudei. Fundada em 2019 por Igor Marinelli, Gabriel Lameirinhas e Leonardo Vieira, ela nasceu da dor vivida por suas famílias na manutenção industrial e criou sensores e softwares capazes de prever falhas em máquinas, economizando bilhões em perdas.Neste episódio, apresento o resultado de um trabalho de meses que desenvolvi em parceria com José Cacheado, sócio da Norte Ventures. Ao longo de semanas mergulhamos em entrevistas com fundadores, investidores e clientes para reconstituir pontos altos (e baixos) da Tractian em detalhes: desde da recusa de R$ 100 mil em consultoria quando só havia R$ 22 mil no caixa até a rodada de US$120MM com Sapphire Ventures.É um mergulho raro no universo de uma startup que saiu do zero para mais de R$ 4 bilhões em valuation em menos de seis anos e que hoje busca se tornar o “sistema nervoso da fábrica”, uma plataforma global de AI industrial.Este podcast é oferecido por:Onfly: A maior Travel Tech do Brasil com a solução de tecnologia ideal para poupar tempo do seu time de finanças e dos colaboradores em viagens.Lobby: A melhor plataforma para brindes corporativos, usado pelo iFood e Boticário. Automatizada da produção até a entrega para o seu foco ser apenas o branding.Salvy: A solução ideal para telefonia corporativa: Econômica, flexível e eficiente. Adequada para empresas de todos os tamanhos e com cobertura em todo o país. É a telefonia 2.0.Capítulos(00:00) Introdução.(02:40) Brio(03:44) Igor Marinelli (05:17) Gabriel Lameirinhas (07:23) O foco no “Quem”(10:00) Leonardo Vieira(14:33) A solução inicial(17:48) Criando o próprio hardware. (20:00) A decisão difícil(23:46) Seed Round(25:43) Community Based Selling(28:16) Série A(34:15) Internacionalização(38:19) Expansão de produtos(42:44) Rodada de US$120MM(44:23) Inteligência Artificial(48:25) LiçõesReferências:Igor Marinelli no TalksbyLeoLei de PerkinsDaniel Heise This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
Arvo captou uma série A de R$106 milhões em rodada liderada pela Kaszek e Base10 Partners, com participação da Canary e Endeavor.Fabricio, fundador e CEO, veio ao Sunday Drops Podcast para contar sobre a tese, a rodada e o futuro da infraestrutura de saúde no Brasil.Escute o episódio completo no Spotify. Este podcast é oferecido por:* Onfly: A maior Travel Tech do Brasil com a solução de tecnologia ideal para poupar tempo do seu time de finanças e dos colaboradores em viagens.* Salvy: A solução ideal para telefonia corporativa: Econômica, flexível e eficiente. Adequada para empresas de todos os tamanhos e com cobertura em todo o país.Sunday Drops One Pager ThesisSumário* O setor de saúde suplementar movimenta R$260 bilhões por ano no Brasil. Estima-se que 16% desse valor (~R$40 bi) sejam pagamentos indevidos (fraudes, abusos ou erros processuais)* A complexidade dos processos de faturamento, reembolso e autorização gera ineficiência, baixa transparência e incentivos desalinhados.* A Arvo está construindo a infraestrutura de validação de transações de saúde usando dados e inteligência artificial, trazendo consistência, transparência e eficiência.Por que investir?Founder Market Fit Excepcional* Fabricio, cofundador e CEO, é engenheiro de produção, ex-consultor da Bain & Company e head de estratégia da Aon, e com mais de 10 anos de experiência no mercado de saúde.* Resolveu empreender após constatar que as soluções existentes não atacavam a raiz do problema, que ele conhecia muito bem.* Ele se uniu ao Rafael Tinoco, cofundador com trajetória em produto e tecnologia em startups de alto crescimento (ex GymPass e Alice)Produto Complexo * A Arvo funciona como um “super auditor” das transações, aumentando a profundidade e a precisão da análise* “Agentes inteligentes” auditam transações médicas com machine learning, enquanto o modelo harmoniza dados médicos estruturados e não estruturados (contas, prescrições, exames)* Foram mais de 12 meses de validação e construção de produto antes de faturar o primeiro cliente, refletindo a complexidade da solução. E esta complexidade é positiva, pois afasta competidores e aumenta a barreira de entrada.* Hoje já entrega ROI claro para os clientes, com modelo plug-and-play de baixa fricção.Problema real sendo resolvido* Ineficiência estrutural que custa bilhões ao setor de saúde e que AI/tecnologia oferece um jeito razoável de resolver. * Incentivos desalinhados entre operadoras, prestadores e pacientes, que a Arvo corrige trazendo consistência, transparência e jurisprudência técnicaE* Redução de abusos, fraudes e pagamentos indevidos que drenam recursos que poderiam ser investidos em cuidado direto.Alta defensibilidade* Tecnologia evolui por si só, com network effects: quanto mais transações validadas, melhor fica o modelo.* Posiciona-se como system of intelligence em cima do system of transaction, capturando a camada de maior valor e consolidando posição central na cadeia.* Modelo de precificação ancorado no valor economizado pelo cliente, reforçando ROI claro e alinhamento de incentivos. E se gostou do artigo/podcast: This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
O episódio é sobre o Latin America Digital Report 2025 contou com 5 convidados: Julio Vasconcellos, Ana Martins, Lucas Lameiras, José André e Bernardo Miura.Para quem não conhece, esse relatório é o mais importante de tecnologia e startups da América Latina, com dados proprietários sobre startups, tecnologia e venture capital.Aprofundamos em 4 temas do report:* O fim da fricção.* O momento do Venture Capital.* América Latina e Inteligência Artificial.* Os arquétipos de fundadores da América Latina.Este podcast é oferecido por:* Onfly: A maior Travel Tech do Brasil com a solução de tecnologia ideal para poupar tempo do seu time de finanças e dos colaboradores em viagens.* Salvy: A solução ideal para telefonia corporativa: Econômica, flexível e eficiente. Adequada para empresas de todos os tamanhos e com cobertura em todo o país.* Lobby: A melhor plataforma para brindes corporativos, usado pelo iFood e Boticário. Automatizada da produção até a entrega para o seu foco ser apenas o branding.Recomendo a leitura do report completo neste link: https://www.atlantico.vc/latin-america-digital-transformation-report-2025Receba o sunday drops e saiba de todos os episódios: https://abreu.substack.com/Capítulos(00:00) Introdução.(02:08) Tema do ano(04:15) O momento do Venture Capital.(10:10) As máfias techs.(15:21) Inteligência Artificial(31:43) O case Start Carreiras com José(39:21) Os arquétipos de founders.(49:48) Lucas Lameiras sobre perfis de founders.(55:50) Lições e Encerramento. This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
Virgílio Gibbon, CEO da Afya, liderou uma das histórias mais impressionantes de consolidação do mercado brasileiro. Em menos de uma década, a empresa saiu de R$100 milhões em faturamento com apenas 3 campi para se tornar líder em educação médica e healthtech, com mais de R$4 bilhões em receita, listagem na Nasdaq e um ecossistema que atende centenas de milhares de médicos e estudantes.Neste episódio, exploramos como a Afya conseguiu esse salto — de uma tese desenhada pelo fundo Bozano Investimentos (liderado por Paulo Guedes) até se tornar referência global em educação e tecnologia para médicos.Este podcast é oferecido por:* Onfly: A maior Travel Tech do Brasil com a solução de tecnologia ideal para poupar tempo do seu time de finanças e dos colaboradores em viagens. Usada por mais de 2.000 empresas.* Salvy: A solução ideal para telefonia corporativa: Econômica, flexível e eficiente. Adequada para empresas de todos os tamanhos e com cobertura em todo o país. É a telefonia 2.0.* Lobby: A melhor plataforma para brindes corporativos, usado pelo iFood e Boticário. Automatizada da produção até a entrega para o seu foco ser apenas o branding.O que discutimos:* A visão inicial: por que educação médica era o espaço ideal para consolidar.* Os 3 P’s da virada (produto, processos e pessoas) que estruturaram a companhia nos primeiros 18 meses.* O playbook de M&A com mais de 30 aquisições em poucos anos.* A arbitragem de capital que viabilizou o IPO na Nasdaq.* Como a Afya evoluiu de uma empresa de educação para uma plataforma healthtech, oferecendo prontuário digital, prescrição eletrônica, marketplace de medicamentos e ferramentas de suporte clínico.* O papel do médico no futuro e como a empresa quer ser a “Microsoft do médico”.* As lições de liderança, disciplina e velocidade em momentos críticos como o IPO e a pandemia.Insights Relevantes:* Consolidação exige estrutura: currículo padronizado, ERP único e centro de serviços compartilhados foram decisivos para escalar.* Disciplina na expansão: foco extremo no que não fazer foi tão importante quanto decidir onde investir.* Arbitragem de custo de capital: listar fora do Brasil deu acesso a múltiplos maiores e financiou aquisições locais.* Persona única: toda a estratégia gira em torno do médico — do vestibular à prática clínica.* Educação como ponto de entrada, tecnologia como futuro: o valor de longo prazo está em servir o médico durante toda a carreira.Timestamps* (00:00) Abertura: impacto social e primeira crise da Afya* (02:15) Trajetória de Virgílio e convite do Bozano Investimentos* (05:00) Os 3 P’s: produto, processos e pessoas* (12:00) Crescimento 7x em 3 anos e preparo para o IPO* (17:00) Bastidores da abertura de capital na Nasdaq* (24:00) A pandemia como teste de resiliência e inovação* (30:00) A virada para healthtech: prontuário digital, prescrição e marketplaces* (38:00) Educação continuada e o futuro do médico* (47:00) Expansão de vagas de medicina e regulação no Brasil* (53:00) Reputação como diferencial estratégico* (57:00) Rotina pessoal: pesca submarina, maratona e saúde* (01:04:00) Competitividade, impacto social e legado This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
A história do Pactual é uma das mais impressionantes do mundo dos negócios.Neste episódio percorremos a trajetória do banco, que nasceu em 1984 e sobreviveu (e prosperou) nas diversas crises que o Brasil enfrentou. Ela percorre a história dos seus fundadores, Luiz Cezar Fernandes, Paulo Guedes e André Jakurski até a ascensão de André Esteves, que começou como estagiário de TI e se tornou protagonista do Brasil.Exploramos como o Pactual navegou pela crise asiática, russa, conflitos internos devastadores, a saída dos fundadores e a venda para o UBS por 3,1 bilhões de dólares.E culmina com a recompra histórica por Esteves em 2008 - uma operação que marca o "De volta ao jogo".Episódio baseado no best-seller "De Volta ao Jogo”de Ariane Abdalla, que pesquisou esta história por cinco anos e participa como coanfitriã.Você pode comprar o livro aqui: https://www.amazon.com.br/volta-jogo-história-sucesso-viradas/dp/6554240454Este podcast é oferecido por:* Onfly: A maior Travel Tech do Brasil com a solução de tecnologia ideal para poupar tempo do seu time de finanças e dos colaboradores em viagens. Usada por mais de 2.000 empresas.* Salvy: A solução ideal para telefonia corporativa: Econômica, flexível e eficiente. Adequada para empresas de todos os tamanhos e com cobertura em todo o país. É a telefonia 2.0.* Lobby: A melhor plataforma para brindes corporativos, usado pelo iFood e Boticário. Automatizada da produção até a entrega para o seu foco ser apenas o branding.Se você quiser evoluir, escute e leia sobre histórias de empreendedores no sunday drops, a newsletter de Lucas Abreu. Junte-se a mais de 11.000 empreendedores e investidores deixando o seu email clicando ao lado: newsletterCapítulos:(00:00) Introdução(01:50) A história do Luiz Cezar Fernandes.(07:08) A fundaçao do Pactual.(14:39) Inflexões da trajetória.(21:09) A chegada de André Esteves(26:48) A busca incessante por talento.(31:35) Desalinhamentos estruturais.(39:05) A crise asiática de 1997.(41:45) A queda de Cezar.(49:30) Sob nova gestão(53:07) O quase M&A do Goldman.(56:11) UBS Pactual(59:32) BTG This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
Oferecido para vocês por: * Onfly: A melhor solução para poupar tempo do seu time de finanças e dos colaboradores em viagens através de tecnologia. * Salvy: A solução ideal para telefonia corporativa. Econômica, flexível e eficiente. Adequada para empresas de todos os tamanhos. Iniciador acabou de captar R$32 milhões com Valor Capital, big bets, Norte, Actyus e Alter Global. Marcelo Martins veio ao Sunday Drops Podcast para contar sobre a tese, a rodada, o futuro da Open Finance e da Iniciador. Escute o episódio completo no Spotify, Youtube ou Apple Podcasts. Sunday Drops One Pager ThesisSumário* Brasil construiu o maior ecossistema de Open Finance do mundo (4bi chamadas API/semana vs 13bi/ano do Reino Unido)* Iniciação de pagamento permite que qualquer empresa ofereça pagamentos instantâneos sem infraestrutura bancária* Tornar pagamentos invisíveis reduz atrito, aumenta conversão, viabiliza novos modelos de negócios. * Iniciador está criando a infraestrutura que permite essas novas formas de pagamentos e transações, especialmente do PIX.Por que investir?* Founder Market Fit Excepcional:* ○ Marcelo ajudou a criar as regulamentações do PIX e Open Finance desde 2018 no Banco Central liderando grupos de trabalho.* Marcelo sempre trabalhou com B2B em Fintechs e já fundou um “Banking as a Service” no passado.* O co-founder e CTO Guilherme de Campo desenvolveu a primeira versão da API do PIX Inteligente para o Banco Central. * É visível a paixão do Marcelo pelo assunto. O olho “brilha”. * É razoável imaginar a liderança de categoria: * Hoje: 25% de market share de todas as 50 Instituições de Iniciação de Pagamento autorizadas (incluindo BB, Bradesco, Itaú) / 40% de market share das ITPs puras / 60% de market share no PIX automático / +50% de market share no PIX por biometria* Barreiras de Entrada Altas:* Integração peer-to-peer com +100 instituições financeiras (vs conexão simples com Banco Central)* ○ Iniciador se integra de forma profunda com o cliente, criando alta barreira de saída. * ○ Iniciador já possui todas as licenças necessárias (obtidas em 12 meses) e novos entrantes precisam de mais de 12 meses para obter licenças. Opcionalidades* Existe a possibilidade de incorporar Agentes de AI no processo e a Iniciador está bem posicionada para ser a infraestrutura. * É possível idealizar um rearranjo da cadeia de pagamentos com pix parcelado e isso tornará soluções como Iniciador ainda mais importante. Riscos* Mudanças regulatórias podem impactar estrutura de mercado.* Grandes bancos podem construir infraestrutura concorrente internamente.* Mudanças tecnológicas podem disrumpir paradigmas atuais de pagamento.Conheça mais sobre a Iniciador: * Site* Linkedin MarceloE se gostou do artigo/podcast: This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
Lucas Lima é empreendedor, investidor e tido por muitos como o melhor investidor anjo do Brasil. Já foram mais de 104 investimentos em empresas como Quinto Andar e Cayena. Neste episódio, percorremos a sua história enquanto empreendedor na Men’s Market e sua trajetória enquanto investidor na LASP Capital.Este episódio é oferecido por:* Salvy: A startup que está revolucionando a telefonia corporativa. (https://www.salvy.com.br/startups)* Onfly: A plataforma ideal para gerenciar e economizar nas viagens corporativas. (https://www.onfly.com.br)O que eu aprendi neste episódio:* A qualidade do modelo de negócios é uma das variáveis mais importantes para o sucesso ou fracasso de uma empresa.* Onde você começa não é onde você termina. A transição da Coupang de compras coletivas para e-commerce líder comprova o fato. A capacidade de fazer muitas vezes está na experiência do time e acesso a capital.* Energia é a variável oculta (e mística) que se deve buscar e m empreendedores.* O tamanho da ambição faz diferença e é um dos aprendizados do Lucas no investimento do Quinto Andar.* Founders precisam ser obsessivos.* Enquanto táticas mudam constantemente, as "leis da gravidade econômica" são imutáveis. Lucas investe pensando "no que não vai mudar nos próximos 7 anos" - porque em um mundo de mudanças exponenciais, o que permanece constante tem valor desproporcional.* Ficou mais fácil colocar algo no ar e ter receita, mas não ficou mais fácil ter um negócio com características sólidas.* É "surpreendentemente comum" fundadores questionarem se deveriam continuar - especialmente no meio da jornada quando já há investidores, funcionários e clientes dependendo deles.* Nada é mais perigoso que ter “bode” de alguém, especialmente em relacao de co-founders.* Somos movidos por histórias há milênios. Muitos empreendedores têm ideias e material, mas falta estrutura narrativa (começo, meio, fim). Lucas ajuda a criar essa clareza porque "somos fruto das histórias que contamos para nós mesmos". A diferença entre persistência e insistência é questão de narrativa.Sobre o Lucas* LASP Capital: https://www.laspcapital.com/* Linkedin: https://www.linkedin.com/in/lucas-amoroso-limaCapítulos(00:30) Introdução e visão sobre empresas que crescem(02:56) Por que estar com as pessoas certas é mais importante que ter certezas(05:30) Como a curiosidade virou uma habilidade essencial para investir(10:52) Ansiedade, impulso e as decisões impulsivas no começo da carreira(17:30) Tomar decisões rápidas x esperar pela informação perfeita(23:20) A ilusão do “problema real” e a diferença entre tese e realidade de mercado(31:00) O privilégio de escolher com quem você quer estar próximo(32:15) Quando a decisão de investir é rápida e quando precisa de tempo(39:10) A era do churn: empresas cada vez mais substituíveis(40:40) O que vai parecer bizarro daqui a 30 anos?(47:30) Como lidar com resultados medianos e o que é mediocridade de verdade(49:40) Cada pessoa está jogando um jogo diferente(55:00) O verdadeiro significado de convicção em diferentes estágios(01:06:20) O futuro da inteligência artificial e como ela vai impactar o mercado(01:13:15) As empresas que mais surpreenderam Lucas nos últimos anos(01:16:22) Encerramento e agradecimentos This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
Analisando o IPO da Figma com Rodrigo Fernandes.Este episódio propõe usar o S-1 (documento do IPO) como base para entender os principais indicadores financeiros e operacionais que definem a qualidade de um negócio de software.Em vez de seguir a ordem do documento original, organizamos os dados em torno das métricas mais relevantes para análise SaaS — da receita recorrente à margem bruta, da retenção de clientes à aposta em inteligência artificial. O objetivo é transformar esse caso real em um guia para interpretar empresas de software com receita recorrente. Mesmo que você nunca tenha lido um S-1 antes, o que verá aqui é um mapa conceitual para avaliar negócios SaaS com mais profundidade e, quem sabe, também com mais curiosidade. This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
Bruno PlayHard é fundador e CEO da LOUD, uma das maiores organizações de esports e creator economy do mundo. Começou como moderador no Orkut e se tornou referência global em atenção, conteúdo e inovação no entretenimento digital, com mais de 20 milhões de seguidores. Neste episódio, Bruno compartilha como conectou os pontos da sua trajetória — da curiosidade adolescente ao comando de uma holding multimídia com dezenas de creators, produtos e milhões de fãs. Sua história ilustra como construir uma marca nativa da internet, antecipar tendências e profissionalizar a produção de conteúdo.Na conversa, discutimos:* A criação da LOUD e seu modelo com 3 pilares: esports, agenciamento de talentos e produtos como o energético Astro.* Como identificar ondas de crescimento, como no caso do Free Fire.* O desafio de liderar talentos jovens e escalar uma operação criativa.* O papel da IA na produtividade e nos processos internos da empresa.* A fusão entre games, mídia e entretenimento como o novo mainstream.Principais Insights* Antecipar tendências: buscar referências em mercados mais maduros e adaptar para o Brasil.* Jogar o jogo: entender a demanda, observar sinais e se adaptar rapidamente.* Persistência com ajustes: quem resiste e aprende ao longo do tempo tende a vencer.* Concentração no top 1%: o valor se acumula nos líderes de categoria — é preciso reinventar modelos para chegar lá.* De creator a CEO: o futuro das empresas será híbrido — metade companhia, metade máquina de mídia.* Gaming como pilar do entretenimento: o jogo coloca o consumidor como protagonista — e isso muda tudo.* Conteúdo como diferencial competitivo: qualquer profissão pode se beneficiar da produção de conteúdo bem direcionada.* A última barreira é humana: em um mundo padronizado por IA, o que diferencia é criatividade, ética e autenticidade.PatrocinadorEste episódio é oferecimento da:* Salvy: A startup que está revolucionando a telefonia corporativa. (https://www.salvy.com.br/startups)* Onfly: A plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas. (https://www.onfly.com.br)Timestamps* (00:00) Introdução* (02:12) Início no Orkut e a curiosidade como motor* (10:40) A virada com o YouTube e o rosto no conteúdo* (18:47) “Tudo na vida me preparou para esse momento”* (21:23) O próximo passo: de creator a empreendedor* (24:00) A visão por trás da LOUD* (27:26) Produtos próprios e o lançamento do energético Astro* (30:30) A lógica do top 1% e o caso da CaséTV* (48:00) CEO e creator: o futuro das empresas híbridas* (53:00) Gaming como nova forma de entretenimento* (58:00) Consistência vem do que você ama fazer* (01:06:00) IA e produtividade dentro da LOUD* (01:12:00) Legado, inspiração e impacto social This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
Arthur Negrão é cofundador e CEO da Salvy, operadora móvel corporativa que passou pelo Y Combinator (W24) e já ajuda mais de 1 800 empresas a gerenciar 20 000+ linhas, reduzindo custos em até 50%. Antes de empreender, Arthur atuou em produto no EBANX, experiência que moldou sua visão sobre cultura de celebração e foco obsessivo no cliente.Neste episódio, Lucas Abreu conversa com Arthur na “Casa Salvy”, em Curitiba, sobre como disruptar um setor tradicional com software, a importância de releases ao estilo “summer launches” e os dilemas de velocidade vs. qualidade quando se escala uma telco B2B.Este programa é apoiado por:* Onfly (https://www.onfly.com.br/) – A plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas.* Salvy (https://www.salvy.com.br/startups) – A startup que está revolucionando a telefonia corporativa.Principais Insights* Confiança intrínseca > opinião de VC – Os dados certos já estavam lá; ouvir demais o “mercado” pode sufocar a convicção que vem dos clientes.* Fuja da mediocridade – Um resultado “meio termo” paralisa: sem fracasso claro nem tração explosiva, você não sabe se persevera ou pivota. Busque sinais binários.* Co-crie roadmap com clientes – O Compass Club reúne usuários-chave para votar em recursos e testar betas, gerando produto validado e clientes engajados.* Ritmo consistente > sprints frenéticos – Três a quatro prioridades por trimestre, monitoradas semanalmente, mantêm evolução constante sem burnout.* Software como moat contra o oligopólio – Em telecom, a infraestrutura é commodity; vantagem real está na camada de serviço e automação que incumbentes ignoram.* Releases sazonais são grandes oportunidades – Agrupar várias features em um grande “Summer Release” concentra atenção, reativa clientes antigos e acelera vendas.Timestamps* 00:00 – Abertura direto da Casa Salvy* 01:30 – Infância generalista e gosto por múltiplos esportes* 02:30 – Lições da cultura de celebração no EBANX* 08:40 – A promessa de “ser sócio um dia” vira realidade* 14:45 – “Pessoas odeiam suas operadoras”: descobrindo a dor* 20:00 – Colapso do modelo de benefícios e estoque de 5 000 chips* 22:45 – Primeiros 40 clientes em três semanas* 28:00 – 4ª tentativa, finalmente aceitos no Y Combinator* 34:47 – Deck conciso: abrir porta para perguntas, não convencer* 42:33 – Mercado de features: votando roadmap com clientes* 49:59 – Primeiro summer release e o “boom” de comunicação* 57:22 – Casa Salvy como hub cultural e estúdio de conteúdo* 1:04:21 – Ritmo > velocidade: cadência trimestral de prioridades* 1:18:14 – Paternidade, foco expandido e celebrar cada fase This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
O que eu aprendi com a história da Figma:* Qualidade em vez de quantidade. Logo no início do produto, um board member deixou claro que preferia um único cliente usando em tempo integral a vários clientes usando esporadicamente.* Tenha um co-founder à altura do desafio. O grande diferencial da Figma é técnico: rodar gráficos vetoriais no browser com alta performance. Isso só foi possível graças a Evan Wallace, conhecido como “Computer Jesus”.* Busque uma causa maior. Dylan e Evan foram profundamente inspirados pelo conceito "Inventando em princípio" de Bret Victor, que defende dedicar-se a uma causa além da mera paixão ou habilidade. A causa da Figma — democratizar o design — norteia e une toda a equipe.* O poder dos hackathons internos. As “maker weeks” — duas semanas anuais para projetos próprios — originaram muitas das features principais. Inovação precisa de espaço para respirar.* Paciência é indispensável. A Figma levou três anos para lançar o primeiro produto e quatro para monetizar. Projetos revolucionários exigem tempo.* Fazer diferente (e estar certo) é o segredo do mundo dos negócios.* A filosofia do Figma de só lançar um produto quando ele estiver “minimamente incrível viável” explica o sucesso de lançamento dos novos produtos. * Idade não determina capacidade. Dylan começou a Figma aos 20 anos. Vai fazer IPO aos 33. Talento e determinação não tem idade. * Sua melhor propaganda é a comunidade.Assista no: Spotify, Youtube ou Apple Podcasts. (Não esqueça de assinar!) Este episódio é oferecimento da:* Onfly: A plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas. (https://www.onfly.com.br)* Salvy: A startup que está revolucionando a telefonia corporativa. (https://www.salvy.com.br/startups) This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
E se eu te dissesse que uma das empresas mais lucrativas por funcionário do planeta opera sem chefes, sem cronogramas e sem investidores externos — e mesmo assim controla o coração da indústria global de games para PC?E se essa empresa tivesse começado com dois ex-funcionários da Microsoft e um disquete emprestado… E, a partir disso, revolucionasse não só o que jogamos, mas como jogamos e quem lucra com isso?E se eu te contasse que os maiores sucessos da empresa nem sequer foram criados por ela — mas por adolescentes em fóruns da internet que faziam modificações por paixão, e que esses mods viraram jogos com bilhões em receita?Bem-vindo à história da Valve, criadora de clássicos como Half-Life, Counter-Strike, Portal e Dota 2 — e também da Steam, a plataforma que se tornou o verdadeiro sistema operacional dos games para computador, movimentando mais de US$ 10 bilhões por ano.Mas a Valve é mais do que um estúdio ou uma distribuidora. Ela é um experimento vivo de autonomia radical, com uma cultura organizacional que parece saída de um livro de ficção científica: não há chefes, os funcionários escolhem seus projetos e cada nova ideia pode virar um novo império digital.Essa é a história de como duas pessoas, US$ 15 milhões em ações da Microsoft e uma aposta na liberdade criativa mudaram para sempre a indústria dos jogos — criando uma das empresas mais fascinantes e enigmáticas do Vale do Silício… que, curiosamente, não fica no Vale do Silício.Apoiadores: * Onfly – A plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas.* Salvy – A startup que está revolucionando a telefonia corporativa.Links:* Receba os updates dos próximos estudos se inscrevendo aqui. Materiais de referência* Valve, a video game maker with few rules - NY Times.* Manual de onboarding da Valve* Gamecraft Pod - Valve* The Rise & Fall of Valve* Gabe Newell: Valve - The Games* Documentário 25 anos da Valve* The early days of Valve from a Woman Inside* Steam’s monopoly moment has arrived - SuperJoost* Processo AntiTruste* Teoria da Agregação* The state of Video Gaming in 2025Capítulos: (00:00) Novo projeto do Sunday Drops(01:55) Por quê é uma história incrível? (05:12) A história pré-Valve(12:14) A fundação da Valve(19:20) Produzindo Half-life(26:45) Lançamento de Half-Life & revolução nos FPS(33:45) O lucro da Sierra e o gatilho para Valve criar uma plataforma (38:40) Steam 1.0: distribuição digital & antipirataria(46:57) Half-Life 2, “Valve Time” e migração forçada (53:20) Mods viram franquias: CS, Team Fortress, Portal(58:49) A economia da Steam(01:17:04) Os desafios da Valve(01:20:52) A cultura interna da Valve. (01:32:32) Lições do episódio This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
Felipe Affonso é sócio-fundador da Cloud9 Capital, um dos principais fundos de growth do Brasil. Com uma trajetória que passa por GP Investimentos, GIC (fundo soberano de Cingapura) e SoftBank, Felipe construiu uma visão rara — ele vivenciou tanto o mundo do private equity tradicional quanto o auge da bolha de venture capital na América Latina.Este programa é apoiado por:* Onfly (https://www.onfly.com.br/) – A plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas. * Salvy (https://www.salvy.com.br/startups) – A startup que está revolucionando a telefonia corporativa. No episódio, destrinchamos:* A diferença entre ser sócio de um founder e ser apenas investidor.* O que faz uma empresa de software ser high quality — e o que a torna frágil.* A tese da Cloud9: investir em empresas de software subestimadas, mas líderes de categoria.* Cases como SmartFit, Onfly, Zig e Cilia — e os bastidores por trás dessas teses.* Como pensar sobre valuation, escassez, abundância e ciclos de mercado.* A mentalidade dos melhores founders e as diferenças entre empreendedores de tech e negócios tradicionais.Principais Insights:* Líder de categoria tem prêmio desproporcional. É muito mais fácil vender (ou ter liquidez) sendo o número 1 do mercado.* O que é uma empresa de software de alta qualidade: churn baixo, gross margin acima de 70%, forte retenção, eficiência operacional e produto essencial na operação do cliente.* Fundraising não é proxy de qualidade. O mercado superestima quem sabe levantar capital, mas isso não necessariamente reflete qualidade de produto ou operação.* Founder-centric. O papel do investidor é ser sócio do empreendedor, não substituí-lo — e sim ajudá-lo a destravar crescimento, melhorar captable e fortalecer o business.* De software para serviço: as empresas que capturam mais valor são aquelas que verticalizam e passam a oferecer não só tecnologia, mas também serviços diretamente no processo do cliente.* Pensar simples é um superpoder: os melhores investidores focam nos fundamentos — bom founder, bom mercado, bom business model — e ignoram o ruído do hype.Capítulos(00:00) Abertura e patrocinadores(02:00) Trajetória: De GP, GIC e SoftBank até a fundação da Cloud9(04:00) O case SmartFit: founder obsessivo, modelo de negócio e impacto(08:00) Por que criar a Cloud9 no auge da bolha de 2021(13:00) A tese da Cloud9 explicada com cases como Onfly, Zig e Cilia(22:00) Diferença entre software high quality e low quality(27:00) A nova fronteira: software capturando mercado de serviços(35:00) Como avaliar se um founder tem perfil para ser líder de categoria(43:00) Produto vs. Vendas: o equilíbrio necessário para escalar(50:00) Branding, processo e a visão de futuro da Cloud9 como empresa, não só gestora(54:00) Como filtrar ruído e focar no que importa — fundamentos e princípios(1:00:00) Formação de analistas e desenvolvimento de times de investimento(1:08:00) Encerramento: gentilezas que moldaram sua carreira This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
Ricardo Dias é fundador da Adventures, venture builder que cria marcas com criadores, e é ex-VP de Marketing da Ambev/AB InBev, onde liderou marcas multinacionais e operações globais por mais de duas décadas. Também é figura central no mercado publicitário e empreendedor, tendo composto conselhos como a Petz e o Cruzeiro. Sua trajetória combina gestão de marcas multibilionárias, data-driven creativity e agora a construção de negócios na creator-economy, tornando-o referência para discutir atenção, branding e novas fronteiras do marketing. Este programa é apoiado porOnfly (https://www.onfly.com.br/) – plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas. Salvy (https://www.salvy.com.br/startups) – startup que está revolucionando a telefonia corporativa.Resumo do episódio* A guerra pela atenção. O conteúdo venceu o formato: não é vídeo curto vs. longo, e sim qualidade capaz de prender 8 horas diárias de mídia.* Fragmentação de canais. De um “canal único” (TV) em 2001 a milhares de touchpoints; saturação exige hiper-segmentação.* Entretenimento + comércio. Social commerce e live-shopping unem inspiração e transação em um clique.* Branding que dura. Tempo, paciência e consistência ainda são as variáveis-chave para criar marcas memoráveis.* Economia da atenção. Influência vale mais que alcance; criadores que convertem se tornarão donos de marcas (e margens).* IA como nivelador. Ferramenta democrática que reduz barreiras de execução para ideias ambiciosas.* Liderança e mentoria. Quantidade gera criatividade; cultivar talentos devolve múltiplos à carreira e ao ecossistema.Principais insights práticos* Atenção é moeda finita. Meça profundidade de engajamento, não apenas reach.* Criatividade = volume × aprendizado. Publique em escala para descobrir o que ressoa.* Métrica rápida de influência. Compare views médios de vídeos com a base de seguidores—o gap revela poder real de conversão.* Conte histórias, não interrompa. Marcas que produzem conteúdo próprio (ex.: Fórmula 1 Drive to Survive) ganham share-of-culture sem mídia paga.* Creator equity. No Brasil, a próxima onda é o criador trocar fee de publipost por participação em negócios.* IA para makers. Use grandes modelos para prototipar campanhas, roteiros e testes A/B a custo marginal zero.* Marca pessoal = carreira antifrágil. Investir em reputação online amplia oportunidades, seja você executivo ou founder.Capítulos(0:00) Abertura(1:43) A transformação do marketing: da TV à era dos mil canais(3:00) O que nunca muda: criatividade e emoção como essência do conteúdo(5:25) Entretenimento, educação e informação: os 3 pilares do conteúdo eficaz(7:00) Social commerce e o futuro das compras em redes sociais(9:20) Como gerar desejo e emoção através do branding(12:00) A origem emocional das marcas desde o rádio(15:18) Branding forte exige paciência, consistência e visão de longo prazo(18:05) Quando conteúdo é mais eficaz que propaganda direta(21:15) Economia da atenção: todos disputam o mesmo recurso finito(23:40) Criadores de conteúdo como marcas e novos protagonistas do mercado(26:10) Influência × Alcance: o que realmente importa para conversão(29:01) O papel dos executivos nas redes: de outdoor a interação real(32:50) A nova geração de criadores: ainda estamos no começo no Brasil(35:20) O caso de sucesso da marca Áurea com Jade Picon(37:40) O poder de marcas nascidas de criadores (MrBeast, Logan Paul, etc.)(40:26) Operar com escassez vs. abundância: aprendizados da transição(43:15) A revolução da IA: democrática, meritocrática e transformadora(46:10) IA além do marketing: impacto na educação e na criação de ideias(49:06) Carreira em marketing: conselhos para quem está começando(51:26) A importância da liderança, mentoria e construção de reputação(53:36) O gesto mais gentil que recebeu: tempo e feedback sincero This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
Bruno Nardon é cofundador da Kanui (vendida à Dafiti) e primeiro CEO da Rappi Brasil; hoje lidera o G4 Educação, que ultrapassou R$ 317 milhões de receita em 2024, tornando-se uma das empresas de educação que mais crescem no país. Figura central no ecossistema de startups, Nardon combina disciplina de atleta Ironman com influência digital para escalar negócios — tema que exploramos em profundidade neste episódio.Este programa é apoiado porOnfly – a plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas.Salvy – a startup que está revolucionando a telefonia corporativa.Resumo do episódio* Infância em Assis, formação em Engenharia Mecânica na Unicamp e os primeiros passos na Airbus.* A Kanui: do quarto de serviço ao exit para a Dafiti e as lições de e-commerce frugal.* Liderar a chegada da Rappi ao Brasil e a cultura de blitzscaling.* G4 Educação: 0 → R$ 317 mi — conteúdo, comunidade e software como tripé de crescimento.* Influência como CAC negativo: por que criar conteúdo virou vantagem competitiva.* Disciplina de Ironman aplicada à gestão: metas audaciosas, ciclos de carga/recuperação e alimentação “sem fricção”.* Tendências que animam Nardon: IA no back-office, low-code para PMEs e educação peer-to-peer.Se você curtiu, siga no Spotify ou Apple Podcasts e deixe sua avaliação.Principais insights práticos* Conteúdo reduz CAC – publicar consistentemente atrai clientes, talentos e parceiros.* Meta difícil, mas atingível – objetivos grandes aceleram aprendizado sem quebrar a empresa.* Teste antes de escalar – cada novo curso do G4 nasceu de demanda detectada em calls pós-aula.* Capte quando não precisa – caixa é hidratação no triathlon: garante fôlego antes da crise.* Foque nos pontos fortes – dominar um nicho gera assimetrias difíceis de copiar.* Alinhamento societário – rituais semanais de transparência reduzem ruído e aceleram decisões.Capítulos00:00 Influência no venture capital — “falta de pensamento fora da caixa”00:42 Trajetória: Kanui → Rappi → G4 Educação25:05 Números de crescimento do G4 (R$ 11 mi → R$ 317 mi)42:31 Framework “ouvir o cliente, testar pequeno, escalar”54:16 Virar criador de conteúdo: da aversão à rotina intencional68:45 Metas ousadas, consistência e ciclos de treino/trabalho71:20 Alimentação, sono e desempenho cognitivo80:37 Alinhamento entre sócios, dividendos e ritmo de trabalho85:06 Competição: matriz de benchmark nacional/internacional91:16 Gentileza, família e legado This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
Hernan Kazah é cofundador do Mercado Livre, a empresa mais valiosa da América Latina, e da Kaszek, principal fundo de Venture Capital da região. Ele é figura central do ecossistema de tecnologia e neste episódio percorremos a carreira e os aprendizados ao participar dos casos de maior geração de valor da LatAm. Este programa é apoiado pela:* Onfly: A plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas.* Salvy A startup que está revolucionando a telefonia corporativa.Resumo do episódio* Infância em Buenos Aires, formação em Economia e o MBA em Stanford que o expôs ao boom da internet.* A fundação do Mercado Livre, a estratégia multi-país e a guerra com o concorrente Arremate.* Sobreviver ao estouro da bolha: a rodada de US$ 40 mi em 2000 e a disciplina que levou ao IPO com caixa sobrando.* A transição de operador a investidor e o nascimento da Kaszek, incluindo bastidores de apostas em unicórnios como Nubank e Kavak.* Tendências que animam Kazah hoje: infraestrutura fintech, climate tech e soluções AI-first na América Latina.Se você gostou do episódio, segue no Spotify ou Apple Podcast e avalie. Principais insights práticos* Paixão move montanhas – os melhores founders unem coração e razão; propósito sustenta maratonas.* Competição saudável molda cultura – rivais fortes criam organizações mais focadas e resilientes.* Jogos finitos × jogo infinito – empreender é vencer sprints diários sem perder a visão do game infinito.* Ideia sem execução é alucinação – velocidade e qualidade na entrega definem quem fica vivo.* Pensar em décadas – visão de longo prazo é fator-chave para construir vantagens difíceis de copiar.* Respeite as leis da natureza – o power law rege o venture capital; poucos grandes acertos pagam o fundo.* Founder first – empreendedores enxergam o futuro antes do mercado; o papel do VC é potencializar essa visão.* Categoria winner-takes-most – o líder captura parcela desproporcional do valor gerado.* Janelas de oportunidade – grandes momentos surgem quando “professor e aluno sabem o mesmo”, como em 1997 e agora.Capítulos(0:00) Introdução (3:21) Origens (5:00) O estalo em Stanford: “Era o momento exato. A internet estava explodindo.”(6:56) Na internet, ninguém tinha experiência. (9:42) O nascimento do Mercado Livre e o product-market fit acontecendo naturalmente (11:39) Expansão Internacional (14:01) “A gente acordava e dormia pensando no Arremate. Eles moldaram nossa cultura.” (17:08) “Você não ganha uma vez só. Você tem que ganhar todas as Copas do Mundo.” (19:16) As 3 bases do sucesso do Mercado Livre: time, produto e longo prazo (20:51) Foco no produto(22:40) A bolha das .com, o quase colapso e a rodada salva por pouco (24:12) IPO em 2007: o timing perfeito que quase virou tragédia (26:51) A secretária que ficou milionária sem saber por conta do stock option (29:00) A virada de fundador para investidor: “Não existia ninguém com essa experiência no mercado.” (31:10) “O maior erro do investidor iniciante é tentar salvar todas as startups.” (33:38) O caso Nubank (36:20) A obsessão por fundadores excepcionais (38:15) “Buscamos gente com paixão irracional. Isso é o que atravessa as crises.”(41:00) Convicção + escuta ativa: o equilíbrio raro dos grandes founders(43:05) “A gente não bajula. A gente ajuda de verdade.” (45:37) “Nosso papel é aumentar em 1% a chance de sucesso de algo quase impossível.” (48:20) Tese atual da Kaszek: fintechs, clima, infraestrutura, SaaS e healthtech(58:12) “Estamos vivendo os primeiros 5% da revolução da IA.” (1:05:30) Reflexão final: “O futuro será construído por quem não tem medo de largar o passado.” This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
Alexandre Lazarow é autor do best-seller Out-Innovate: How Global Entrepreneurs – from Delhi to Detroit – Are Rewriting the Rules of Silicon Valley (HBR Press). Ele também é Founder & Managing Partner da Fluent Ventures, ele investe em startups em mercados globais com a tese de geographic alpha. Ex-partner da Cathay Innovation e da Omidyar Network, Alex já apostou em nomes como Banco Neon, Clara e Xepelin para LatAm. Sua visão combina finanças, impacto social e inovação além do Vale do Silício, tornando-o referência para empreendedores que operam em ambientes de capital restrito.ApoioO Sunday Drops só é possível graças a duas das melhores soluções de software do Brasil: Salvy e Onfly.* Salvy A startup que está revolucionando a telefonia corporativa.* Onfly: A plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas.Resumo do episódio* O playbook “camelo”: por que começar enxuto, com unit economics positivos, é mais poderoso que perseguir unicórnios.* Seed-strapping e IA: como a inteligência artificial barateia o caminho de produto a receita.* A tese geographic alpha da Fluent Ventures e os setores-alvo (fintech, saúde digital e commerce enablement).* A velocidade das “cópias criativas” — de San Francisco para Jacarta, São Paulo e de volta.* O futuro do SaaS na era dos agentes de IA e a primazia de distribuição + dados.* Educação personalizada, cultura global e as lições que Alex ensina aos filhos sobre humildade e curiosidade.Principais insights para empreendedores & investidores* Camelo > Unicórnio: Resiliência financeira, gestão de burn e visão de longo prazo garantem opcionalidade de capital.* AI como equalizador: construir MVPs em horas reduz o número de rodadas necessárias e muda a economia do venture capital.* Geographic alpha: modelos vencedores serão locais — regulatório, operações e efeito-rede exigem execução “on-the-ground”.* Seed-strapping: uma única rodada pode levar a break-even; o VC precisará adaptar teses e cheques.* Distribuição é mote defensável: em IA, feature parity chega rápido; vantagem competitiva vem de canais e bases de dados proprietárias.* Educação e talento: personalização via IA pode reinventar a sala de aula, mas o papel do “professor-mentor” continua central.Call-to-actionCurtiu a conversa? Ouça agora no Spotify, siga o Sunday Drops e avalie o episódio para que mais pessoas descubram esses insights.Timestamps* (00:00) Boas-vindas & contexto do Sunday Drops* (01:41) TL;DR da trajetória global de Alex* (04:49) De unicórnios a camelos: o novo playbook* (08:42) Setores-chave e tese geographic alpha* (11:34) “Copycats” em modo turbo e inovação iterativa* (14:03) IA dentro do portfólio: 100 % das investidas já usam* (15:07) Seed-strapping: redefinindo a jornada de funding* (18:45) Distribuição, dados e a vantagem competitiva na IA* (21:50) Educação customizada & o futuro da aprendizagem* (25:07) A gentileza que moldou a carreira de Alex e encerramento This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
Fazia tempo que eu queria entrevistar o Lucas Vaz. Pouca gente o conhece, mas só o fato de ter um brasileiro com um fundo no Vale do Silício investindo em "softwares críticos" como energia e defesa já era curioso por si só. O Lucas é um mineiro que fez a vida nos Estados Unidos, país que escolheu para viver desde quando era adolescente, muito motivado pelas indignações com o Brasil.Seis dias após se formar na Universidade de Minnesota, ele se mudou para o Vale do Silício. Não tinha dinheiro nem contatos, mas sobrava ambição. E aqui entra a magia do Vale, ressaltada não só por ele, mas por vários brasileiros e imigrantes: o Vale é meritocrático. Se você gerar valor, ele voltará para você. A cultura local oferece oportunidades e acesso. Minha suspeita é que tivemos tanta gente que criou tantas coisas incríveis sem "ser" nada que lá as pessoas sempre imaginam que podem estar diante do próximo grande empreendedor ou investidor e também como forma de giveback a quem acreditou neles. Infelizmente não é assim no Brasil.Lucas foi investidor na Village Global, um dos principais fundos de VC early stage do mundo e em 2023, fundou a Ravelin Capital, que é um fundo de VC focado em investir em soluções de tecnologia críticas. Ele gosta de investir em setores como energia, defesa, satélites e tudo aquilo que tenha um impacto significativo para a sociedade. Na minha interpretação, ele carrega um sentimento de que VC investiu demais em aspectos "incrementais" e não transformacionais.Tive o prazer de gravar na casa do Lucas no novo setup móvel do Sunday Drops. A conversa foi uma aula e queria frisar alguns insights que sinto que todo mundo que é empreendedor ou investidor no Brasil deveria pensar. Antes de avançarmos, quero agradecer aos meus parceiros. O Sunday Drops só é possível graças a duas das melhores soluções de software do Brasil: A Onfly e a Salvy. * Onfly: A plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas. * Salvy A startup que está revolucionando a telefonia corporativa. Ok, agora vamos para os insights.O primeiro é o pensamento de "first principles". É assustador que, quanto mais inteligente a pessoa é, mais ela pensa em primeiros princípios. O conceito de primeiros princípios é autoexplicativo e refere-se a pensar nos fundamentos ao invés de suposições ou derivadas. Por exemplo, no nosso papo, comecei questionando se os investimentos que ele faz em empresas de hardware de alguma forma eram diferentes de software. Ele já responde que não, afinal qualquer empresa, seja hardware, software, padaria, deveria ser avaliada da mesma forma: pelos fluxos de caixa gerados. Esta forma de pensar vem em diversos momentos da conversa como nas perguntas simples que ele faz que mais demonstram se o empreendedor tem a visão de longo prazo: O que te trouxe a esse problema? Qual o segredo?O segundo insight é sobre complexidade e como ele afasta concorrência A interpretação é minha, ok? Tem uma palestra famosa do Peter Thiel que diz que "concorrência é para perdedores". É meio ofensivo, principalmente para alguém que escreve uma newsletter e tem 100.000 competidores rs, mas a ideia é que em mercados muito concorridos o retorno tende a ser medíocre. Lucas foge de mercados concorridos. Seus investimentos são em mercados "negligenciados" e com problemas muito difíceis de resolver. A complexidade é o diferencial. O terceiro insight é que todo investimento é, no fim do dia, uma equação. Você precisa identificar quais são as 2 ou 3 variáveis críticas que explicam o sucesso ou fracasso. O Lucas menciona que mais de 80% do tempo dele na análise é gasto pensando nisso. Investir é um quebra-cabeça. Isto me recorda os aspectos mencionados pelo Julio Vasconcellos no nosso episódio sobre o documento "What we have to believe”, que eles usam para enumerar as poucas variáveis que precisam acontecer para o investimento dar certo. O quarto insight é que, na média, software gera muito mais valor do que consegue capturar. Boa parte das empresas de software não geram tanto lucro e fluxo de caixa, e parte relevante disso é devido ao modelo de negócios. Oferecer uma solução e cobrar por assento gera um limite alto em termos de crescimento e captura de valor. Empresas têm atuado ao buscar serem integralmente verticais, o que significa pegar uma parte relevante do trabalho duro para executar. Um exemplo do portfólio da Ravelin é a Shinkei, que atua no mercado de processamento de peixe e, ao invés de somente ofertar o equipamento/software para terceiros, passou a ser a processadora.Se algum desses insights chamou sua atenção, você vai apreciar a conversa. Assista este episódio no Spotify, Youtube ou Apple Podcasts. Capítulos(0:00) Introdução (2:12) Quem é Lucas Vaz e como começou no mundo dos investimentos (4:50) A escolha por setores negligenciados: infraestrutura, defesa e robótica (8:35) O que é e por que importa (12:10) A diferença entre seguir o hype e construir uma tese sólida (15:45) Como ele pesquisa, valida e executa suas teses (19:30) O papel da convicção e o risco de pensar diferente (23:20) A visão sobre robótica integrada a software e automação física (27:05) Por que o Brasil ignora setores estratégicos e o que isso revela (30:40) Lições do Vale do Silício e críticas ao excesso de capital fácil (34:15) Histórias reais de investimentos fora do radar (38:10) O desafio de captar recursos pensando “fora da curva” (42:00) Geopolítica, defesa e o novo mapa de oportunidades (45:30) A importância de não romantizar o empreendedorismo (49:00) O futuro da tecnologia física e onde ele está apostando agora (52:20) Dicas para jovens que querem investir com propósito (55:00) Encerramento e reflexões finais sobre pensamento independente This is a public episode. 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A Transformação da IA: Inflexões e Novos Paradigmas"Posso dizer que criei um unicórnio? Mais especificamente, um modelo de IA unicórnio. Acabei de perceber que os downloads totais de um dos meus modelos no Hugging Face ultrapassaram 1 bilhão." Esta declaração de Jonatas Grosman revela o impacto global de um projeto criado por um pesquisador brasileiro que, apesar de ter desenvolvido um modelo usado em escala global, permanece relativamente desconhecido fora dos círculos especializados.Jonatas Grosman é cientista de computação e pesquisador brasileiro especializado em processamento de linguagem natural (NLP), Venture Partner da Lanx e formado na Baixada Fluminense, com passagens pelo Laboratório Nacional de Computação Científica e pelo Observatório Nacional antes de ingressar na PUC-Rio. Neste episódio do Sunday Drops, exploramos sua trajetória e visão sobre a inteligência artificial.Escute no Spotify, Apple Podcasts ou Youtube.Este episódio só é possível graças aos nossos parceiros:* Onfly: A plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas. (https://www.onfly.com.br/)* Salvy: A operadora que está revolucionando a telefonia para empresas. (https://www.salvy.com.br/startups)O Modelo Brasileiro com 1 Bilhão de DownloadsGrosman relata como criou um modelo de reconhecimento de fala durante seu doutorado, participando de uma competição da Hugging Face para transcrição de áudio. O que começou como uma disputa onde o prêmio era modesto – "uma caneca e uma camiseta" – resultou em um modelo que não apenas venceu na categoria do português, mas em vários outros idiomas."Considerando o tamanho desse modelo, este volume de downloads resultou em aproximadamente 1,4 exabytes de tráfego de dados (sim, você leu corretamente, exabytes, não terabytes ou petabytes)", comentou Grosman ao refletir sobre o alcance de sua criação. Este modelo hoje acumula mais de um bilhão de downloads e dezenas de milhões mensalmente, tornando-se um caso raro de tecnologia brasileira com impacto global em IA.O sucesso deste projeto demonstra como talentos de países em desenvolvimento podem criar tecnologias de ponta mesmo com recursos limitados, sugerindo a necessidade de políticas públicas que identifiquem e financiem projetos-sementes com potencial de escala internacional.O Fosso entre Academia e Indústria no BrasilUm tema recorrente na conversa é a desconexão entre a produção científica brasileira e sua aplicação comercial. Grosman observa que enquanto nos EUA existe um fluxo natural de talentos e ideias entre universidades e empresas de tecnologia, no Brasil há barreiras tanto culturais quanto estruturais. Ele menciona como professores de universidades públicas brasileiras frequentemente enfrentam restrições legais para empreender, diferentemente do modelo americano onde o trânsito entre academia e mercado é fluido.Esta rigidez regulatória que impede professores universitários de dedicação exclusiva de participarem em empreendimentos comerciais representa um gargalo significativo para a inovação brasileira, sugerindo a necessidade de reformas nos marcos regulatórios das instituições públicas de ensino.A Desmistificação do GPT e o Ciclo de HypeGrosman oferece uma análise histórica sobre a evolução dos modelos de linguagem, desconstruindo narrativas alarmistas. Ele relembra como a OpenAI causou apreensão ao não disponibilizar o GPT-2 publicamente por "riscos à humanidade", quando na realidade o modelo não era revolucionário. Já o GPT-3 representou um salto qualitativo real, capaz de enganar humanos em testes cegos. Este ciclo entre hype infundado e avanços genuínos continua a moldar a percepção pública sobre IA.Para investidores e formuladores de políticas, a capacidade de distinguir entre hype de marketing e avanços tecnológicos substantivos é crucial para alocação eficiente de recursos e regulamentação apropriada.Limites Atuais da IA: O Exemplo de CopérnicoUm dos momentos mais instigantes da entrevista surge quando Grosman responde a uma questão similar à famosa pergunta de Dwarkesh Patel: se treinássemos um LLM apenas com conhecimentos disponíveis até 1500, ele seria capaz de deduzir o modelo heliocêntrico de Copérnico? A resposta é provavelmente não, porque os modelos atuais são projetados para reproduzir padrões existentes, não para fazer saltos cognitivos revolucionários."A descoberta científica não é responder perguntas, é fazer perguntas que ninguém fez", observa Grosman. Esta limitação fundamental sugere que o futuro próximo da IA será como ferramenta potencializadora para cientistas humanos, não como substituta – uma perspectiva relevante para laboratórios de P&D que buscam equilibrar investimentos entre IA e pesquisa tradicional.Do Treinamento à Inferência: A Mudança de Paradigma EconômicoUm insight particularmente valioso é a análise de Grosman sobre como o paradigma econômico da IA está mudando. Conforme destacado no artigo "Inflexões e Paradigmas", estamos assistindo a uma estabilização na lei da escala. À medida que todos os dados do mundo foram processados dentro de supercomputadores, os resultados dos modelos não avançaram na velocidade anterior, chegando a um plateau.Ilya Sutskever, cofundador da OpenAI, comentou que a era de simplesmente escalar modelos está chegando ao fim. Sam Altman já antecipava em abril de 2023 que o progresso não viria em tornar os modelos ainda maiores, mas sim em fazê-los de forma inteligente. Estamos vendo uma mudança de foco do pré-treinamento para a inferência, onde o "test-time computing" permite que modelos gastem mais tempo "pensando" antes de responder, gerando resultados de qualidade superior com menos recursos computacionais.Esta mudança sugere oportunidades de investimento em tecnologias de otimização de inferência e infraestrutura especializada, mais do que em desenvolvimento de modelos fundacionais de escala ainda maior.A Transição do Mercado de TrabalhoGrosman adota uma visão historicamente informada sobre o impacto da IA no mercado de trabalho. Assim como a mecanização da agricultura ou a revolução industrial, a automação via IA provavelmente causará disrupção significativa seguida por reequilíbrio. Ele prevê crescimento na demanda por profissionais de tecnologia, especialmente em ciências da computação – observação também feita por Victor Lazarte – enquanto outras áreas encolherão sem desaparecer completamente.Grosman enfatiza a necessidade de políticas públicas para gerenciar esta transição, especialmente para trabalhadores mais experientes que enfrentam desafios maiores de requalificação. Organizações e governos precisam desenvolver programas de transição de carreira que considerem não apenas o desenvolvimento de habilidades técnicas, mas também as barreiras psicológicas e financeiras enfrentadas por profissionais deslocados pela automação.ConclusãoA conversa com Jonatas Grosman oferece não é nem utópica nem apocalíptica, mas pragmaticamente otimista. Como cientista que navegou com sucesso entre a academia brasileira e aplicações globais, sua perspectiva ressoa com especial autenticidade.Enquanto testemunhamos uma inflexão no desenvolvimento da IA, com a mudança de foco do pré-treinamento para a inferência e a democratização do acesso através de modelos open source, surgem novas oportunidades para inovação distribuída e soluções verticais especializadas. O tabuleiro está sendo redefinido, permitindo que times menores e mais focados criem soluções de nicho extremamente poderosas.Este episódio do Sunday Drops representa uma oportunidade rara de ouvir de uma voz brasileira autorizada sobre tecnologias que moldarão nosso futuro coletivo. Disponível no Spotify, Apple Podcasts e YouTube, a conversa completa oferece nuances adicionais para pesquisadores, investidores e formuladores de políticas interessados em construir pontes entre ciência de ponta e aplicações transformadoras. This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
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