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Tenho cancro. E depois?
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Tenho cancro. E depois?

Author: Sara Tainha

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Histórias de quem sobreviveu a um diagnóstico de cancro, de quem olhou a doença de frente e não a viu como um fim. Conversas intimistas, que revelam outro lado que desconhecíamos, de luta e de sofrimento, mas também de persistência e superação.


Todas as semanas a jornalista Sara Tainha convida figuras públicas e especialistas para reforçarem a esperança e a confiança de todos os que vivem com a doença.


'Tenho Cancro. E Depois?' é um projeto editorial da SIC Notícias e do Expresso, com o apoio da Novartis e da Germano de Sousa, com sonoplastia de Gustavo Carvalho, fotografia de Matilde Fieschi e Nuno Fox, capa de Tiago Pereira Santos e apoio à produção de Joana Henriques e João Filipe Lopes.


A música deste podcast foi cedida pelos Dead Combo em memória de Pedro Gonçalves.


Se quiser saber mais sobre este tema vá ao site do Tenho Cancro. E depois? e veja reportagens e artigos

23 Episodes
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Descreve-se como um pequeno trator a andar pela vida: meio bruta, pouco lamechas, e nada dramática. Diz que se há um problema, foca-se logo na solução. Conta que foi assim que lidou com o cancro, tal como com todos os outros obstáculos que foi encontrando pelo caminho. Catia Goarmon, conhecida por todos de programas de cozinha como Tia Cátia, fez a biopsia que viria a confirmar o cancro da mama no último dia de 2021. Foi operada poucos meses depois, tirou, como costuma dizer, duzentos gramas de mama e fez radioterapia. Ao mesmo tempo que fazia os tratamentos, a mãe, com 81 anos, também foi diagnosticada com um cancro da mama e passaram juntas pela doença. Mas não eram os primeiros casos de cancro na família: o pai morreu quando tinha 50 anos, Cátia foi diagnosticada aos 49 anos e chegou a temer que a história se repetisse. Ainda assim, jura a pés juntos que o cancro não a mudou, nem a tornou uma pessoa melhor. No podcast Tenho Cancro. E Depois?, a Tia Cátia conta a sua história ao lado do médico Diogo Alpuim Costa, que a acompanhou durante o processo.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Há vidas que parecem não caber numa só vida. Andreia Catarino diz que vence lotarias, mas ao contrário. Sabe o que é estar doente desde a adolescência. Com 42 anos, já teve 4 cancros: um linfoma, um tumor no fígado, cancro da mama e cancro da tiroide. Foram muitos tratamentos, cirurgias e internamentos que a obrigaram a parar, a recomeçar e a acreditar outra vez. Andreia Catarino, jornalista, diz que a sua vida parece um filme onde se está sempre a repetir a mesma cena: o momento em que está sentada numa secretária em frente a um médico a ouvir que tem cancro. Com este histórico, sabia que seria difícil ser mãe, o seu maior sonho. Quando começa a tentar descobre que tem um mioma no útero com 20 centímetros. Ainda assim não desistiu e acabou por conseguir. Depois de uma gravidez de alto risco, teve o Xavier nos seus braços. Com um filho bebé, foi novamente diagnosticada com uma recidiva do cancro da mama. Se tudo isto já parece impossível, Andreia teve ainda de lidar com o desgosto de perder o companheiro, que a deixou depois do diagnóstico. No podcast 'Tenho Cancro. E Depois', relata as várias experiências com o cancro ao lado da oncologista Patrícia Pereira, que a tem acompanhado.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Aos 39 anos, com um estilo de vida saudável, Helena Costa deparou-se com um cancro no pulmão. Sentiu uma enorme revolta e foi consumida durante uns tempos por uma ansiedade desconcertante. Na altura, as filhas gémeas tinham apenas um ano e meio. A parte mais difícil foi olhar para elas e imaginar que podiam ficar sem a mãe. A atriz conta que o cancro ajudou-a a passar a vida a pente fino, a não perder tempo com aquilo que não a faz feliz. Admite que ainda é muito difícil falar sobre o cancro, porque ainda está a digerir a revolta que sentiu. No podcast 'Tenho Cancro. E Depois?', Helena Costa conta a sua história, ao lado de Fernando Martelo, o cirurgião que a acompanhou.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Viveu desde muito cedo com o fantasma do cancro na família. Os avós, uma tia e uma prima tiveram, mas o caso que mais a marcou foi o da mãe, que morreu com cancro da mama aos 49 anos. Com tantos casos, sentia que era uma questão de tempo até vir a ter um cancro, mas quando fez 50 anos, sentiu que tinha ultrapassado uma barreira e que já não iria morrer com a mesma idade da mãe, que se tinha livrado deste fantasma. Foi precisamente nesse ano que chegou o diagnóstico: tinha cancro da mama. Vera Pinto Pereira, CEO da EDP Comercial, conta que quando soube que estava doente foi-se abaixo e viveu momentos verdadeiramente assustadores. Com um trabalho tão intenso, com a equipa dependente da sua liderança, diz que preferiu não esconder de ninguém. Admitiu a sua vulnerabilidade e considera que o cancro a tornou mais humana e que a sua equipa passou a vê-la de outra forma. No meio do processo, garante que o apoio da família foi fundamental e o cancro fortaleceu as bases do seu casamento. No podcast 'Tenho Cancro. E Depois?', Vera Pinto Pereira conta a sua história com o cancro, ao lado do marido, Frederico Carneiro.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Jorge Bento Silva conviveu sempre com o pior da espécie humana. Dedicou toda a carreira à luta contra o terrorismo, esteve décadas na Comissão Europeia a trabalhar de perto nas relações externas com países como Iémen, Iraque, Turquia e Rússia. Fez parte das equipas de segurança que lidaram com os atentados de Madrid, do Charlie Hebdo, do Bataclan e de Nice. Combateu o tráfico de órgãos e de crianças. Diz que para entender o que se passa na cabeça de um terrorista, em qualquer parte do mundo, é preciso ter empatia, abrir as tripas ao sofrimento dos outros. E acredita que esse sofrimento dos outros, que foi acumulando nos últimos 35 anos, foi uma das principais causas do cancro da próstata, que lhe foi diagnosticado há 14 anos. No podcast 'Tenho Cancro. E Depois?', Jorge Bento Silva relata a sua experiência, ao lado do psiquiatra Pedro Macedo.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Há mais de 30 anos que lida de perto com quem enfrenta doença graves: tem a missão de fazer tudo o que está ao seu alcance para diminuir o sofrimento dos doentes, e apoiar as famílias. A médica Isabel Galriça Neto é uma referência incontornável nos cuidados paliativos em Portugal, foi deputada pelo CDS-PP e tem sido uma voz ativa contra a eutanásia. No ano passado, foi-lhe diagnosticado um cancro da mama triplo negativo, o mais grave. Rejeita a ideia de que o cancro é uma guerra, não gosta do conceito de vencedor ou vencido. Diz que houve dias que não conseguiu sair da cama e que pela primeira vez na vida não teve força para rezar. No podcast 'Tenho Cancro. E Depois?', conta a sua história ao lado da médica Mónica Nave, que a acompanhou durante os tratamentos.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Se ter um cancro é duro na vida adulta, como é ter na adolescência? Estar fechado num quarto de hospital, entre mil exames e tratamentos. Perder festas, noitadas e passeios entre amigos. Viver o primeiro amor à distância, com o peso do cancro. Aos 15 anos, Inês Marinho reparou que tinha um inchaço na clavícula. Diziam-lhe para não valorizar, para não ser dramática, mas sentia que era grave: chegou mesmo a dizer ao pai que sabia que era um cancro. Os exames confirmaram a sua intuição e foi diagnosticada com um linfoma. Agora com 27 anos, é conhecida pelo seu trabalho como ativista no combate à violência sexual. Criou a associação 'Não Partilhes', depois de ver a sua vida intimida partilhada na internet. No podcast 'Tenho Cancro. E Depois?', ao lado da enfermeira Ana Lúcia Silva, que a acompanhou durante os tratamentos, Inês Marinho aborda os dilemas, as dificuldades e as alegrias que viveu durante o cancro. Apesar da gravidade da situação, considera que foi a melhor fase da sua vida: antes da doença, era uma adolescente com pensamentos derrotistas e até suicidas. Após o diagnóstico, percebeu que afinal não queria morrer. E fez tudo para se agarrar à vida e sobreviver à doença.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Para um apresentador de televisão, com tantos anos de experiência, o cancro não é um tema tabu. Habituado a fazer entrevistas a doentes oncológicos, a ouvir histórias difíceis, diz que quando se deparou com o diagnóstico soube ter a tranquilidade necessária para enfrentar o problema. Conhecido de todos os portugueses pelas décadas em televisão, em programas como 'Quem Quer Ser Milionário?' e 'Praça da Alegria', Jorge Gabriel foi diagnosticado com um cancro da pele em 2011, quando tinha 42 anos. Soube que tinha um sinal estranho, perto das costelas, graças ao dermatologista Osvaldo Correia, que tinha estado a entrevistar. Foi visto ainda no estúdio de televisão, dias depois soube que tinha um melanoma.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Ao contrário da maioria dos doentes oncológicos, Joana Gonçalves diz que o cancro não a tornou uma pessoa melhor, que a doença não lhe deu nada, que só lhe tirou. Considera que a positividade não salva ninguém, que o que salva são mesmo os tratamentos e os médicos. A empresária descobriu um cancro da mama triplo negativo, no ano passado, tinha 36 anos. Encontrou na música e na dança a alegria para lidar com os dias verdadeiramente infernais de quimioterapia. Socorreu-se do amor dos mais próximos: o companheiro, Luís Pedro Nunes, comentador da SIC; o seu grande amigo, o humorista Herman José; e todos os outros com quem chorou e riu durante o último ano. Joana, loira de olhos claro, viveu sempre com o rótulo de mulher bonita: com cancro a autoestima que tinha desapareceu e ainda está a tentar recuperá-la. Recentemente lançou o livro 'O Cancro é uma M*rda', onde partilha sem filtros a sua experiência.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Aos 31 anos foi diagnosticado com um cancro no testículo. Concluiu os tratamentos e, quando já achava que estava livre da doença, veio de novo o choque. O cancro tinha voltado e ainda com mais força: já estava espalhado pelo corpo. Novo ciclo de tratamentos e foi dado novamente como curado. O problema é que seis meses depois, voltou a saber que o cancro tinha regressado pela terceira vez. Teve de fazer dois transplantes de medula, hemodiálise e depois um transplante renal. João da Silva, jornalista, agarrou-se à vida. Não deixou de fazer desporto, tornou-se vegetariano e um homem mais espiritual. Tem dado a cara pelo cancro e tem falado em inúmeras palestras, sem medo, sobre os momentos mais difíceis da sua vida. No podcast 'Tenho Cancro. E Depois?', conta a sua história ao lado do homem que considera seu santo, o professor José Luís Passos Coelho, oncologista que acompanhou todo o tratamento no IPO.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Viveu de perto com o cancro da mama na família: primeiro a mãe, depois uma tia e a seguir uma prima direita. Já sabia o que significava a cirurgia, a quimioterapia, a radioterapia. Conhecida pelos portugueses pela sua voz doce, a cantora e atriz Anabela estava bem consciente dos riscos pelo seu histórico familiar, e todos os anos fazia exames. Em março de 2023, num desses exames de rotina, descobriu um cancro da mama. Diz que no meio do susto, saiu-lhe a sorte grande, porque não teve de fazer quimioterapia, nem radioterapia. Depois do cancro, tornou-se menos perfeccionista, mais prática e aprendeu a ouvir os sinais do corpo. Considera-se leve e positiva, mas diz que vive com medo de que o cancro possa voltar. No podcast 'Tenho Cancro. E Depois?', recorda o processo de tratamento, ao lado da cirurgiã Cristina Sousa Costa.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Desde os 17 anos que o tratavam sempre por "doutor", foi preciso chegar aos 46 anos para ser tratado como "senhor Álvaro". Deixou de ser visto apenas como médico, para ser tratado como os outros doentes, quando teve um cancro no intestino em 2006. Álvaro Beleza, médico e conhecido militante do Partido Socialista, deparou-se com a ideia de que poderia morrer. Diz que a partir daí a vida mudou por completo: tornou-se melhor médico, porque entende verdadeiramente o sofrimento dos doentes; tornou-se melhor pai, porque o cancro levou-o a ficar mais tempo em casa, a tomar do filho que na altura tinha apenas 1 ano; tornou-se mais genuíno na política. Hoje fala-nos do cancro e também do poder da amizade, numa fase tão dura da vida.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Sofia Ribeiro tem sido uma inspiração para muitas mulheres que foram diagnosticadas com cancro da mama. A atriz diz que nunca sentiu raiva nem desespero. No entanto, passou por momentos de choque e medo do desconhecido. Durante quase um ano de tratamentos, teve dias de incerteza e fragilidade mas também dias que foram dos mais bonitos da sua vida. No último episódio da primeira temporada do "Tenho Cancro. E Depois?", Sofia Ribeiro, ao lado do médico oncologista João Paulo Fernandes, fala sobre a importância das emoções na saúde, a transformação do corpo e o regresso à vida normal depois do cancro.See omnystudio.com/listener for privacy information.
João Lamoza teve um cancro no testículo aos 34 anos. O ator começou por ser seguido no setor privado, mas, sem seguro, rapidamente percebeu que não tinha dinheiro para os tratamentos. Em forma de agradecimento, tatuou o símbolo do IPO no braço. Ao lado do seu médico, Rodrigo Ramos, oncologista, João Lamoza fala sobre os duros meses de tratamento e recuperação. Diz que preferiu olhar sempre para a doença com espírito positivo e até algum humor.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Aos 42 anos, Joana Cruz encontrou um alto na mama. Foi fazer exames e disseram-lhe que era apenas um quisto. No entanto, dentro dela, sentiu que era algo mais. Repetiu os exames e depois percebeu que o diagnóstico estava errado. Afinal, tinha um cancro da mama triplo negativo, o mais grave. Ao lado do cirurgião João Vargas Moniz, a animadora de rádio fala sobre as dúvidas que teve, as mudanças que fez na alimentação durante o tratamento, a importância da meditação e das medicinas alternativas. Joana Cruz diz que conseguiu ver sempre o lado positivo e que o cancro não foi a pior coisa que lhe aconteceu. Considera que a positividade nunca pode ser tóxica.See omnystudio.com/listener for privacy information.
São raros os casos de cancro no mundo do futebol. Nuno Pinto foi diagnosticado com um linfoma, em 2018, quando tinha 32 anos e jogava no Vitória de Setúbal. Soube que estava doente antes de um jogo importante frente ao Benfica, quando ouviu uma conversa entre os médicos do clube, nos corredores. Na altura, o defesa foi obrigado a interromper a carreira. Seguiram-se duros meses de tratamento com quimioterapia e um ano depois voltou aos relvados. Ao lado do Dr. Ricardo Lopes, médico do Vitória de Setúbal, Nuno Pinto conta que o apoio da família, dos amigos e dos adeptos foi fundamental para superar o cancro. Não esquece, no entanto, momentos difíceis: diz que se sentiu traído por alguns membros da direção do clube, que chegaram a planear rescindir o contrato por estar doente.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Nuno Morais Sarmento teve um cancro no pâncreas e ficou entre a vida e a morte. O ex-ministro do PSD esteve praticamente dois anos no hospital, 5 meses nos cuidados intensivos e fez 12 cirurgias. Ao lado do cirurgião Jorge Paulino, Diretor do Serviço de Cirurgia Geral do Hospital da Luz, Morais Sarmento descreve os momentos de superação mas também as dificuldades. Chegou a pesar 38 kg e despediu-se duas vezes dos filhos.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Bárbara Guimarães fala sem tabus da longa luta contra o cancro da mama. Soube do diagnóstico por telefone, quando estava de férias com os filhos, no Algarve. Foi operada, fez quimioterapia, radioterapia e tratamentos hormonais. A apresentadora de televisão confessa que não estava preparada para os duros efeitos dos tratamentos e para as mazelas permanentes que o cancro deixou. Sem tabus, fala sobre a perda de libido e a menopausa forçada. Ao lado Dr. Emanuel Gouveia, oncologista do IPO, Barbara Guimarães destaca a importância dos médicos e enfermeiros e do apoio dos amigos, que foi incondicionalSee omnystudio.com/listener for privacy information.
Rui Santos fala pela primeira vez sobre o cancro da língua. Apareceu-lhe uma ferida, durante semanas não ligou, até que foi ao dentista e aconselharam-no a procurar ajuda. Tinha um tumor, que teve de ser retirado numa cirurgia. O ator, que ficou conhecido pelo seu papel na série Inspetor Max, preferiu esconder a doença do público e até dos mais próximos. Só anunciou um ano depois. Ao lado do Dr. Ricardo Nogueira, cirurgião do IPO, Rui Santos partilha agora no podcast 'Tenho Cancro. E Depois?' o medo que teve da voz e da dicção serem afetadas, o nervosismo, as angústias e a importância do IPO de Lisboa.See omnystudio.com/listener for privacy information.
Graça Freitas fala pela primeira vez abertamente sobre o cancro. Nunca o tinha feito para proteger a mãe, de 94 anos, que nunca soube dos três cancros que teve: na mama, no colo do útero e na pele. Durante a pandemia, a ex-diretora-geral da saúde guiou o país e teve de tomar duras decisões. Ao mesmo tempo, ainda fazia tratamentos para o cancro da mama. No entanto, poucas pessoas sabiam disso. No podcast “Tenho cancro. E depois?”, acompanhada pela Drª Fátima Vaz, diretora do serviço de Oncologia Médica do IPO de Lisboa, fala dos altos e baixos do tratamento, das 33 difíceis sessões de radioterapia, da queda de cabelo, do medo da doença e da ajuda dos amigos.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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