Tia Cátia: “Cozinhar para mim e para os outros continuou a ser um refúgio durante o tratamento do cancro da mama. O prazer manteve-se”

Andreia Catarino: “Ao quarto cancro fiquei revoltada. Falei mesmo com o universo: 'Isto já é ridículo.' Nem é um bom guião de filme”

Helena Costa: “O cancro do pulmão foi um choque grande, uma pessoa pensa que é dos piores. Não dormia sem os comprimidos para a ansiedade”

Vera Pinto Pereira: “A minha mãe geriu o cancro da mama com distância, sofri imenso com isso. Quando foi comigo fiz questão de fazer o oposto, não escondi nada dos meus filhos”

Jorge Bento Silva: “Pior que a falta de ereção e a masculinidade, o grande medo com o cancro da próstata é ‘a minha parceira vai deixar-me, não consigo satisfazê-la’”

Isabel Galriça Neto: “Nunca pensei ‘porquê a mim?’ O cancro acontece a muitas pessoas, de todas as idades. Não é um castigo, nem surgiu porque andei triste”

Inês Marinho: “Alguns amigos afastaram-se quando tive cancro, por medo de me ver mal. Outros pediram desculpa e voltaram a falar comigo depois”

Jorge Gabriel: “Muito pouca gente soube do meu cancro de pele, não tive um diagnóstico avassalador. Tinha de fazer uma intervenção e fiz”

Joana Gonçalves: “O cancro da mama foi uma merda, não aprendi nada, não me tornou melhor pessoa. Há mulheres com outra opinião, está tudo certo”

João da Silva: “Não vi uma lágrima dos meus pais e imagino o que devem ter chorado, não se mostravam abalados com o meu cancro para eu não ficar triste”

Anabela: “A minha mãe, a minha tia e a minha prima passaram por isto e estão cá. Porque é que não havia de ultrapassar o cancro da mama?”

Álvaro Beleza: “Sem amigos não me safava do cancro do intestino, foram fundamentais. É quando se vê a importância de ter amigos verdadeiros”

Sofia Ribeiro: “Na quimioterapia pedi desculpa ao doutor por estar a chorar e ele disse-me: 'Não tem mal nenhum chorar, não precisa de ser sempre forte'”

João Lamoza: “Não tinha amor nenhum por um testículo que me estava a matar, tive muito prazer em livrar-me dele. Se é incrível ter uma prótese? Não”

Joana Cruz: “Preferi ver o copo meio cheio durante o cancro. A positividade nunca vai ser tóxica, onde é que olhar para algo com positividade pode ser mau?”

Nuno Pinto, ex-futebolista: “Tinha cancro, entrava no balneário e faziam silêncio. Dizia 'ninguém morreu' e motivava quem estava mais para baixo”

Nuno Morais Sarmento: “Foi violento para os meus filhos despedirem-se de mim. Vi esperança e raiva na cara da minha filha”

Bárbara Guimarães: “Os enfermeiros são anjos da guarda. Quando estamos mal mais rapidamente lhes contamos o que sentimos do que à nossa mãe”

Rui Santos: “Pensamos que o cancro só aparece aos outros, mas esperava o quê? Fumava desde os 15 anos. Deixem de fumar, é uma estupidez”

Graça Freitas: “Preferi poupar a minha mãe quando descobri que tinha cancro. Para quê preocupá-la e estender-lhe este nevoeiro horrível?”