Bendita Sois Vós

A ideia por trás do Bendita Sois Vós é discutir política e sociedade de uma forma provocadora, como todo o conteúdo do Vós. Haverá entrevistas, debates entre a equipe do portal, reportagens e muita experimentação com novos formatos e linguagens.

Bendita Sois Vós #103 A volta dos bilionários que não foram

Nesta semana, o retorno dos que não foram. Vamos de desinformação, big techs e bilionários malvados ficando amiguinhos de políticos bilionários malvados. Afinal de contas, alinhando-se ao que pensa o em breve presidente dos Estados Unidos, a Meta anunciou que vai acabar com o sistema de checagem de fake news por empresas parceiras e profissionais. Donald Trump e Mark Zuckerberg juntinhos. E tá liberada não só a mentira, mas a ofensa, agressão, aquele combo todo. Mas o governo brasileiro, que não é bobo nem nada, pediu explicações e a meta recuou. Por isso, como o terreno foi ficando pantanoso, convidamos o professor Marcelo Trasel (UFRGS) pra nos ajudar a entender o que está acontecendo. Com Geórgia Santos e Igor Natusch. Imagem: Reprodução

01-16
58:22

Bendita Sois Vós #102 Ano novo de novo

Ficamos meses longe do nosso estúdio, longe do nosso microfone. Mas muita coisa aconteceu na política brasileira. Chegamos ao mês de janeiro de 2025 com a dúvida de se é um ano novo de fato, ou um ano novo … de novo. No segundo aniversário do famigerado Oito de Janeiro, com letra maiúscula, mesmo, assistimos a uma democracia que resiste e a instituições que não parecem dispostas a anistiar. Pelo contrário, prendem generais de quatro estrelas como nunca se viu. E ao ex-presidente golpista, só resta a espera. No segundo aniversário do terceiro governo Lula, assistimos a um presidente que decidiu, por fim, mudar a cara do governo. Ou, pelo menos, a percepção que o povo tem dele. Depois da queda de um ministro importante e a queda literal do próprio presidente, entre especulações e a economia de fato, Lula decidiu mexer na comunicação do governo. E a nós cabe brincar de Mãe Diná neste retorno. Apresentação: Geórgia Santos Participação: Igor Nausch e Marcelo Nepomuceno Foto de capa: Ricardo Stuckert / PR

01-09
48:09

Bendita Sois Vós #101 A sorte desapareceu

No último episódio do Vós, nós usamos a palavra tragédia e discutimos, já naquele momento, as decisões políticas que poderiam ter parte nos desastres climáticos que tema assolado o Rio Grande do Sul. Mas naquela quinta-feira, naquele dois de maio, a gente não sabia o que estava por vir. A tragédia que nos aguardava na primeira curva do rio. As chuvas de maio afetaram 478 dos 497 municípios gaúchos. Mais de 2,3 milhões de pessoas foram afetadas de alguma forma. Segundo a última atualização da Defesa Civil do Estado, há 423 mil desalojados e mais de 18mil em abrigos. Mais de 40 dias após o início da maior tragédia climática da nossa história, o número de vítimas ainda aumenta. Hoje, o número de mortes está em 175 e ainda 38 pessoas consideradas desaparecidas. Portanto, é claro que o episódio de hoje não será o debate costumeiro. Esse episódio é um reencontro. É um reencontro pungente depois da tragédia que assolou o nosso Estado há um mês. É um reencontro da gente com a gente, da gente com vocês, de nós todos com Porto Alegre, de todos os gaúchos com o Rio Grande do Sul. Foto: Ricardo Stuckert / PR

06-13
46:52

Bendita Sois Vós #100 Uma tragédia e outra tragédia

O Rio Grande do Sul está submerso e, menos de uma semana depois do incêndio que vitimou dez pessoas em Porto Alegre, vive nova tragédia. Já são dezenas de mortos e desaparecidos, centenas de estradas bloqueadas e milhares de pessoas desabrigadas. E não para de chover. Ao longo deste mês a gente vai buscar compreender porque esses eventos são tão devastadores e quais os elementos que fogem à natureza. Neste episódio, conversamos com Aragon Dasso Júnior, Professor de Administração Pública da UFRGS, para entender o que as duas tragédias tem em comum.

05-02
58:49

Bendita Sois Vós #99 A revolução mais bonita

Estamos em 25 de abril de 2024. Um abril em que lembramos dos 60 anos do Golpe que institui uma ditadura militar no Brasil, um regime autoritário que sobreviveu com o apoio massivo da sociedade civil e dos grandes veículos de comunicação. Mas também é um abril em que lembramos da revolução mais bonita e de como se reconstrói uma democracia. Porque há 50 anos, em 25 de abril de 1974, eclodia a Revolução dos Cravos, em Portugal, que botava fim à longeva ditadura salazarista. Como disse o Chico, foi bonita a festa que atravessou tanto mar e deu início a uma onda de democratização que afetaria, também, o Brasil. Dez anos depois, em 25 de abril de 84, a Câmara dos Deputados apreciaria a famosa emenda Dante de Oliveira, que propunha eleições diretas por estas bandas. Texto foi rejeitado, frustrando o movimento das Diretas Já. Nós só veríamos eleições diretas em 1989. Mesmo assim, a Ditadura Militar estava encerrada. Se neste novo formato do Bendita dedicamos o mês de abril a pensar a democracia brasileira a partir da memória do golpe do 64, fechamos esse ciclo sugerindo pensar o atual momento político sob a luz da revolução feita de flores que, certamente, deixou uma semente nalgum canto de jardim. Apresentação de Geórgia Santos e participação de Marco Antônio Villalobos. Foto: Marco Antônio Villalobos / Acervo Pessoal

04-25
29:17

Bendita Sois Vós #98 Cabo de guerra de três pontas

Neste mês de abril a gente fala sobre os desafios da democracia brasileira à luz da memória da ditadura militar, afinal de contas chegamos aos 60 anos do golpe e é preciso relembrar para não repetir o que se sucedeu depois de 1964. O curioso é que agora, em 2024, a instabilidade se apresenta como um enosado cabo de guerra de três pontas que nos desafia a pensar no judiciário como ponto fundamental da crise. E a gente vai tentar puxar algum fio desse emaranhado neste episódio para entender como isso nos impacta e como isso também é fruto da anistia geral. 
Discutimos o Judiciário como alvo dos Republicanos nos EUA e de Artur Lira (PP-AL) no Congresso Nacional, que ameaça o STF e o Executivo com a instalação de cinco CPIs. E ainda tem alguns novos desdobramentos da Lava Jato. A apresentação é de Geórgia Santos. Participam os jornalistas Marcelo Nepomuceno e Igor Natusch.

04-21
01:02:33

Bendita Sois Vós #97 Um novo tipo de pressão

Bendita Sois Vós #97 Um novo tipo de pressão by Vós

04-12
01:04:06

Bendita Sois Vós #96 Nunca mais

Esse é um episódio dedicado à memória de todas as vítimas da ditadura militar no Brasil e a todos os que lutam diariamente pelo fortalecimento da democracia no nosso país. No premiado quadro “Sobre Nós”, um grupo de atores traz depoimentos de quem sofreu tortura durante a Ditadura Militar. O texto foi extraído dos relatórios da Comissão da Verdade e reconstrói relatos de homens e mulheres que foram espancados, estuprados e quase mortos pelo estado brasileiro. Sobre Nós Direção: Raquel Grabauska  Roteiro e Produção Geórgia Santos e Raquel Grabauska  Elenco: Angelo Primon, Raquel Grabauska, Vika Schabbach e Vinícius Petry Trilha sonora: Angelo Primon   Bendita Sois Vós Apresentação e edição: Geórgia Santos Trilha sonora: Gustavo Finkler

04-04
10:45

Bendita Sois Vós #95 Bendito 2023

O ano tá chegando ao fim e, considerando que começou com uma tentativa de golpe de estado, até que não está terminando mal. Com Geórgia Santos, Igor Natusch e Marcelo Nepomuceno. Ouça também no Spotify ou em outros tocadores. Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

12-20
01:01:40

Reunião de Pauta #7 A filosofia da sopa de ervilha e a divindade de Suárez

Nesta semana, a filosofia da sopa de ervilha e a divindade de Suárez. A Geórgia santo tinha guardado uma sopa de ervilha na geladeira do trabalho, mas o potinho sumiu. Igor Natusch era testemunha. Horas depois, lá estava a sopa. Não havia mais ninguém no prédio. O que aconteceu?

12-07
42:34

Bendita Sois Vós #94 Milei é o Brasil no passado ou no futuro?

O discurso de Milei promete uma Argentina que não só nunca existiu como sequer foi sugerida antes. É uma aposta de uma sociedade que está empobrecendo e quer viver melhor. Porque falar em ameaça à democracia é coisa de intelectual, jornalista e cientista. Escolher um candidato como Milei, pra quem está do lado oposto do espectro ideológico, parece loucura. Mas grande parte das pessoas, se não a maioria, só quer viver melhor. A quem perde, cabe avaliar o porquê. E aos democratas - e às instituições - cabe segurar o rojão. A Argentina, foi de Brasil. Mas a eleição de Milei é o Brasil no passado ou no futuro? Foto: Divulgação

11-22
43:20

Reunião de Pauta #6 Sobre crises, lutos e podcasts

Nesta semana, falamos sobre o término do Foro de Teresina, o podcast de política mais ouvido - e possivelmente o mais querido - do país. No percurso, discutimos crises, formas de consumo no jornalismo, luto e, é claro, podcasts. Imagem: O sepultamento de Cristo - Caravaggio

11-08
46:29

Bendita Sois Vós #93 Jair Bolsonaro, não eleito

Nesta semana, um ano do momento em que todos vimos aquela foto em que se lê: Jair Bolsonaro, não eleito. Em 30 de outubro de 2022, o Brasil escolheu um o candidato Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, como o novo presidente da República. Em 30 de outubro de 2022, o Brasil derrotou Jair Bolsonaro. Um presidente inepto, negligente, cruel e, entre tantos outros adjetivos, mentiroso. “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”, dizia, usando o versículo bíblico como escudo. Justo ele, que em 1.459 dias como presidente deu 6.685 declarações falsas ou distorcidas. Esse levantamento foi feito pela equipe do Aos Fatos a partir de uma base de dados que agrega todas as declarações de Bolsonaro a partir do dia da posse. Bem, talvez a verdade tenha, de fato, nos libertado. E a urna também.

11-02
54:57

Bendita Sois Vós #92 Da avaliação de Lula à eleição na Argentina

Nesta semana, da avaliação do governo Lula à surpresa da eleição na Argentina. Nova pesquisa divulgada nesta quarta-feira, dia 25 de outubro, indica que a aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caiu consideravelmente. Segundo os dados da Genial/Quaest, 38% dos entrevistados avaliaram a administração positivamente. No último levantamento esse índice era de 42%. A aprovação do trabalho que o presidente desempenha individualmente também caiu. Era de 60% em agosto e agora está em 54%. De acordo com a pesquisa, a percepção da economia é um fato importante para a queda na popularidade do governo. E eu quero focar na palavra percepção porque a gente tem uma tese para destrinchar com vocês. Especialmente porque, se olharmos para o outro polo, a média de Jair Bolsonaro (PL) não está lá essas coisas. Um levantamento da Atlas Intel mostrou que ele tirou votos do candidato ultradireitista na Argentina. O peronista Sergio Massa, o candidato do Unión por La Pátria e atual ministro da Economia no país vizinho terminou o primeiro turno da eleição na liderança. Ele não era o favorito e, por isso, foi um resultado surpreendente. Mas o instituto Atlas intel já indicava que ele terminaria cinco pontos a frente de Javier Milei, candidato extremista que se define como libertário. A diferença foi de seis pontos. Milei, que havia vencido as primárias, é o candidato do partido La Libertad Avanza. Ele tem 52 anos, é economista e está no primeiro mandato como deputado. E é um fenômeno político. Resumindo muito, é um tipo despenteado que posa de descolado e é dono de uma inflamada retórica antiesquerda e anticomunista, demoniza o sistema político do que ele chama de “castas” e adora chocar. Alem dos palavrões, incita à luta contra o “zurderio”, um termo pejorativo usado para designar a esquerda. Vem de zurdo, canhoto. Qualquer associação com esquerdalha não é mera coincidência. E diretor-executivo da AtlasIntel, Andrei Roman, disse ao jornal O Globo no início da semana que o apoio de Bolsonaro a Milei “tira votos”. Um dos prováveis motivos é que a pauta armamentista é rejeitada no país. E o 03 teve um gostinho disso. Uma entrevista do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) a um canal de TV na Argentina foi interrompida enquanto ele defendia a flexibilização do acesso às armas. Foto: Ricardo Stuckert / PR

10-25
54:21

Bendita Sois Vós #91 As repercussões do conflito na Faixa de Gaza

Nesta semana, uma tentativa de entender as repercussões do conflito entre Israel e Hamas. No dia 07 de outubro, o grupo terrorista Hamas atacou civis israelenses. Como resposta, Israel promove ataques à Faixa de Gaza, vitimando civis palestinos. Milhares de homens, mulheres e crianças já perderam a vida desde aquele dia. O histórico de conflito entre israelenses e palestinos é antigo, como sabemos. Com o Estado de Israel promovendo uma intensa ocupação ilegal de territórios que pertencem ao Estado da Palestina, que é o que se chama estado de jure e que hoje está fragmentado, divido entre micro-territórios na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. A ocupação de Israel, para algumas pessoas, justificaria o ataque do Hamas, chamado de revide por determinados grupos. Mas agora, é uma situação diferente. O que ocorreu em 07 de outubro foi o ataque de um grupo terrorista a um Estado. E agora temos um Estado respondendo a um grupo terrorista por meio do ataque a outro Estado e aos civis deste outro Estado. E de maneira brutal. Por isso é preciso de debruçar sobre as camadas do que ocorre no Oriente Médio neste momento. Não se trata, apenas, de ser pró-Israel ou pró-Palestina. E as repercussões dessa guerra alcançam inclusive ao Brasil. Primeiro, porque há brasileiros entre os mortos; segundo, porque havia brasileiros em Israel e há na Faixa de Gaza; terceiro, porque o Brasil está na presidência do Conselho de Segurança da ON; e quarto, porque as correntes políticas brasileiras tomaram partido a priori. Temos a extrema-direita ao lado de Benjamin Netanyahu e a esquerda ao lado dos Palestinos. Mas como nada nesse conflito é simples, há fronteiras borradas nessas definições e grupos acabam sendo vilanizados. Quem defende a Palestina é tratado como apoiador de terrorismo e quem sofre pelos mortos de Israel é visto como imperialista colonizador. Durante um debate na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro no último dia 10, o professor Michel Gherman, sofreu ofensas e ameaças de alunos que o acusavam de ser simpático ao Hamas, mesmo diante da negativa dele, e de ser antissemita. A gente resolveu convidar o professor Michel Gherman para tentar entender justamente as repercussões desse conflito no Brasil e no mundo. Ele que é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), coordenador do Núcleo de Estudos Judaicos e do núcleo “Extremos”, de violência, politica e religião. Ele também autor do livro “O não judeu judeu”, em que trata da tentativa de colonização do judaísmo pelo bolsonarismo. Foto: UNICEF/Hassan Islyeh

10-18
01:18:36

Reunião de Pauta #5 Um desabafo sobre picaretagens e bobagens

No amado Reunião de Pauta desta semana, um desabafo sobre picaretagens e bobagens

10-05
48:46

BSV #90 O curioso hábito de cobrar ações dos governos

Nesta semana, o curioso hábito de cobrar ações dos governos. A gente começa com Porto Alegre embaixo d’água e chega no governo federal, que está lidando com a polemica da assessora do Ministério da Igualdade Racial. Uma assessora do Ministério da Igualdade Racial publicou no Instagram uma mensagem polemica sobre os torcedores do São Paulo Futebol Clube durante a final da Copa do Brasil contra o Flamengo, no último final de semana. Marcele Decothé, flamenguista, publicou o seguinte: "Torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade. Pior tudo de pauliste". Marcelle estava no jogo na condição de assessora especial de Assuntos Estratégicos. Ela acompanhava a ministra Anielle Franco e integrava uma comitiva que participou de solenidade de assinatura de um protocolo de intenções para o combate ao racismo e promoção da igualdade racial no futebol. O protocolo foi assinado pelos ministérios da Igualdade Racial e do Esporte e pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). As equipes dos dois ministérios voaram até Sao Paulo em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). O post, obviamente, foi muito criticado e Marcelle foi exonerada. Será que ela merecia uma punição desse tamanho ou a exoneração foi fruto de racismo e misoginia? Porque agora, há essa segunda questão, a de que mulheres negras, como ela, não tem direito à segunda chance. Na estrutura da sociedade brasileira isso é, de fato, verdade. Mas será que esse governo, como um todo, pode errar? Será que o governo federal não pode ser cobrado? A história se conecta, inclusive, às polemicas que envolvem indicação de Lula à vaga de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF). Enquanto grupos se articulam para cobrar do presidente a indicação de uma mulher negra ao STF, defensores do governo atacam esses grupos pela cobrança. Pode? Ou não pode? E enquanto tudo isso acontece, o uma parte do Brasil arde com temperaturas de 40 graus, Porto Alegre está debaixo d’água. Será que não devemos cobrar mais? Foto: Ricardo Stuckert / PR

09-27
58:42

Bendita Sois Vós #89 Quanto tempo dura uma semana

Sete dias depois da enchente que assolou o vale do Taquari, a jornalista Geórgia Santos foi a Muçum, uma das cidades mais atingidas pela cheia. E a partir de quatro relatos, nós vamos descobrir juntos quanto tempo dura uma semana.

09-15
41:40

Bendita Sois Vós #88 Um estado submerso

Nesta semana, um estado submerso. Durante a passagem de mais um ciclone extratropical, o Rio Grande do Sul enfrenta a pior “tragédia natural” da história enquanto regride na preservação do meio ambiente. Especificamente em Porto Alegre, é como se estivéssemos diante de um pintura de água sobre concreto. Até o momento em que gravamos este episódio, o número de mortes em função da passagem de mais um ciclone extratropical pelo estado do Rio Grande do Sul chega a 27. Esse número que não é só um número já é superior à tragédia de junho, quando 16 pessoas morreram. Em entrevista na noite de terça-feira, dia 05, o governador Eduardo Leite confirmou que se trata da pior “tragédia natural” do estado. Mas é uma tragédia natural entre muitas aspas porque não é isolada. Nós temos sido testemunhas, além da nossa tragédia particular, da onda de calor mortal no hemisfério norte e de outros eventos que há muito os cientistas alertam que não tem nada de natural. São consequência das mudanças climáticas induzidas pelo homem. A temperatura do planeta aumentou e continua a aumentar graças à progressiva queima de combustíveis fósseis e as águas são cada vez mais destruidoras também em função da progressiva redução de mata nativa e da consequente erosão do solo. Sem contar na falta de políticas públicas para o meio ambiente. Mesmo em Porto Alegre, que não foi uma das cidades atingidas pelo ciclone, podemos ver como isso funciona. As árvores do Parque da Harmonia foram substituídas por concreto e o resultado foi um alagamento. Conversamos com o urbanista Roberto Andrés, da UFMG, que diz que cidades que investem nessa abordagem estão cometendo “suicídio ambiental”. Foto: Guilherme Hamm/Secom

09-07
57:13

Reunião de Pauta #4 A incredulidade diante da obviedade

No Reunião de Pauta desta semana, a incredulidade diante da obviedade. Tem CPI do MST, transplante de coração do Faustão, além de UFOs - ou OVNIS - e suco de Bolsonarismo. Tudo para desafiar a lógica dos teóricos da conspiração, também conhecidos como os alecrins dourados que enxergam as verdades do mundo onde ninguém mais vê. Imagem: Reprodução de Golconde, Renê Magritte (1898-1967)

08-30
48:22

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