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Mulheres Reais

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Author: Rádio Eldorado

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As jornalistas Luciana Garbin e Carolina Ercolin trazem foco para as questões femininas na sociedade atual.
118 Episodes
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Fechando a Semana Mundial do Brincar, que aconteceu de 25 de maio a 2 de junho, Luciana Garbin e Carolina Ercolin abordaram no Mulheres Reais a reconexão com a cultura da infância através das diversas formas e potenciais do faz de conta também entre pais e filhos. A jornalista Pat Camargo, especialista em desenvolvimento infantil e sócia do Tempo Junto, chama a atenção para o poder da relação de afeto alcançada através de brincadeiras, muitas vezes consideradas por adultos como algo menor, não essencial, a partir de uma visão utilitarista da imaginação. “Ao vermos a criança como um mini adulto -  ou seja, uma pessoa que não é ela em si mesma, mas o que ela vai ser quando crescer - o brincar foi perdendo espaço. Foi deixando de ser algo importante como expressão de como se vê o mundo e passou a ser aquela coisa que se faz quando dá tempo. Depois que a criança fez todas as tarefas, todas as atividades que elegemos como importantes para ela ser um adulto de sucesso, feliz, saudável, daí sim ela é liberada para brincar. Comeu todo o jantar, fez a lição? Agora pode brincar”, pondera Pat. Segundo ela, é preciso deixar de lado a funcionalidade do brincar ‘para’ alguma coisa. “Para desenvolver alguma habilidade, para ficar quieto, para aprender a ler”. A verdade é que o brincar é a expressão natural da criança, é onde ela se desenvolve e é potente nele mesmo”, conclui. O Mulheres Reais vai ao ar às segundas-feiras, a partir das 8h, no Jornal Eldorado. O podcast é apresentado por Carolina Ercolin e Luciana Garbin e está disponível em todas as plataformas de áudio.
A maioria dos pais e mães tem entre suas maiores preocupações a filha ou o filho “ser alguém na vida”. E as respostas para “o que é ser alguém na vida?” podem variar de conseguir um bom emprego a virar presidente da República - ou, nesses tempos de política em baixa, CEO de uma multinacional. Independentemente do que se almeje, há uma grande ansiedade dos pais também em atuar desde criança para que os filhos “cheguem lá”. E aí é que pode morar o perigo, segundo a psicóloga comportamental americana Alison Gopnik. Para ela, nesse afã de impulsionar resultados dos rebentos, o que pais e mães acabam muitas vezes fazendo é limitar - em vez de promover - o potencial deles.Para a psicóloga e filósofa, muitos pais e mães se preocupam com o futuro dos filhos, mas acabam impedindo-os de ‘florescer’ ao determinar suas escolhas. O Mulheres Reais vai ao ar às segundas-feiras, a partir das 8h, no Jornal Eldorado. O podcast é apresentado por Carolina Ercolin e Luciana Garbin e está disponível em todas as plataformas de áudio.
Nem nos devaneios mais ousados Monica Bousquet, de 62 anos, imaginou que viraria atleta de fisiculturismo na terceira idade e que sentiria falta de mulheres da mesma faixa etária em competições profissionais. A carioca começou a frequentar a academia depois dos 54 anos por ordem médica, após ser diagnosticada com condromalácia, um desgaste da cartilagem do osso da patela, localizado na frente do joelho. “Do momento em que comecei a treinar musculação, um novo mundo abriu para mim. Normalizamos as dores do envelhecimento. Eu estava cheia delas”, contou Mônica ao Mulheres Reais. A mudança de vida priorizou escolhas saudáveis, hábitos e até amigos. Mônica afirma que, ao longo da vida, fazemos várias escolhas: profissão, casamento… e como envelhecemos. “Eu faço poupança de músculos. Hoje sou milionária! Sou mais feliz e forte hoje do que aos 30 anos”, celebra a também influencer digital, com quase 1 milhão de seguidores. O Mulheres Reais vai ao ar às segundas-feiras, a partir das 8h, no Jornal Eldorado. O podcast é apresentado por Carolina Ercolin e Luciana Garbin e está disponível em todas as plataformas de áudio.
No passado, a avaliação física dos alunos era feita por meio de um teste de cooper e uma série de abdominais. Hoje a relação das crianças com atividades físicas nas escolas parece mais motivadora, o que pode realmente introduzir práticas saudáveis às rotinas dos pequenos. E não se trata só de malhação.  Especialistas destacam a importância de se investir em exercícios de mobilidade para permanecer em movimento e manter a autonomia ao longo de toda a vida. Juliet Starrett e Kelly Starrett no livro ‘Você foi feito para se mover (Editora Sextante)’ questionam o que nunca é mencionado quando se fala em atividade física na fase adulta: “Planos para desenvolver habilidades e capacidades físicas que permitam que as pessoas façam o que quiserem aos 75, 80, 90 anos e além. Onde está o plano de 25 anos com o objetivo de ‘Conseguir passar dois dias andando pela Disney com meus netos e não precisar depender de ninguém para colocar minha mala no bagageiro do avião? Continuar andando de bicicleta? Ter força para levantar do chão se cair? Tomar banho de pé quando tiver 99 anos?’”.  No meio de tantos conselhos que recebemos ao longo da vida - quem não ouviu o de economizar ou fazer uma previdência privada, por exemplo? - , por que não se ensina desde cedo que cuidados e atitudes devemos tomar para chegar à velhice sem dores e restrições de movimento? O Mulheres Reais vai ao ar às segundas-feiras, a partir das 8h, no Jornal Eldorado. O podcast é apresentado por Carolina Ercolin e Luciana Garbin e está disponível em todas as plataformas de áudio.
A jornalista Mariza Tavares defende que a sociedade pare de tratar como tabu e apenas ‘sussurre’ informações sobre as mudanças promovidas pelo estágio da vida experimentado por metade da população do mundo. A autora do livro ‘Menopausa, o momento de fazer as escolhas certas para o resto da sua vida’ explica que a mulher geralmente está no auge da atividade profissional quando o climatério está se instalando. As mudanças no corpo são inúmeras e vivenciadas de formas diferentes. Dentre elas, o ganho de peso, calores repentinos e insônia. “Muitas empresas entendem que aquela pessoa não está com uma performance tão boa e a dispensam, ou a própria mulher se sente deslocada e às vezes vai procurar um outro caminho profissional. Note que há perda para as empresas dessa mão de obra que já está treinada, que já é um capital intelectual importante para a organização e que sai. Isso é muito triste”, explica. Até 2025, haverá 1 bilhão de mulheres no planeta entre pré-menopausa e a pós menopausa. São consumidoras que deverão gastar algo perto de 600 bilhões de dólares em medicamentos, produtos e consultas médicas. Mariza Tavares defende que a troca de conhecimento deve começar em casa. “As mães falam com as suas filhas sobre a primeira menstruação, sexo e a primeira transa, mas o assunto menopausa fica interditado. É como se a mulher se tornasse invisível ao deixar de ter o atributo que culturalmente a permitiu conquistar seu lugar, que é a idade reprodutiva e a associação de um poder de sedução. A menopausa parece uma fase onde todo mundo quer esconder as próprias mulheres”, defende. O Mulheres Reais vai ao ar às segundas-feiras, a partir das 8h, no Jornal Eldorado. O podcast é apresentado por Carolina Ercolin e Luciana Garbin e está disponível em todas as plataformas de áudio.
Somos a maioria e mais longevas. A população brasileira tem uma proporção maior de mulheres e está mais velha, aponta o Censo Demográfico 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Agora, as mulheres são 51,5% dos brasileiros. No último Censo, de 2010, elas eram 51,03%. A expectativa de vida ao nascer no Brasil também subiu em 2022 para 75,5 anos. O indicador chega a 79 anos para mulheres e a 72 para os homens. E o que explica isso, de acordo com especialistas, é uma combinação de fatores biológicos, sociais e comportamentais. Alguns são estudados nas chamadas "blue zones", nome dado a cinco regiões do planeta onde pesquisadores observaram que as pessoas vivem mais do que a média e com saúde. Nesses locais, não é incomum encontrar centenários cuidando do jardim, cavalgando, cozinhando ou trabalhando. A jornalista especializada em envelhecimento, Lilian Liang visitou, ao longo de dois meses, Nicoya, na Costa Rica, Loma Linda, nos Estados Unidos, Okinawa, no Japão, Icária, na Grécia e Sardenha, na Itália. Liang ainda visitou Qual a receita das mulheres longevas ao redor do planeta para viverem mais e bem? Ao voltar para o Brasil, ainda visitou Veranópolis, município gaúcho que vem sendo estudado por sua alta expectativa de vida e condições favoráveis a um envelhecimento saudável e com qualidade de vida. Liang revela alguns ingredientes na série especial ‘Longevidade’ do Mulheres Reais, especial no mês de maio. O Mulheres Reais vai ao ar às segundas-feiras, a partir das 8h, no Jornal Eldorado. O podcast é apresentado por Carolina Ercolin e Luciana Garbin e está disponível em todas as plataformas de áudio.
Quem disse que churrasco é coisa só de homem? Apesar de ser considerado um ambiente tipicamente masculino, nos últimos anos, não foram poucas as mulheres que conseguiram se colocar em pé de igualdade aos homens quando se fala em comandar a grelha. Mas ainda que em menor escala, as chefs assadoras já são muitas e cada vez mais se impõem, mostrando técnica e maestria no manejo das carnes e das churrasqueiras. A convidada do episódio é a chef assadora Ligia Karazawa. O Mulheres Reais vai ao ar às segundas-feiras, a partir das 8h, no Jornal Eldorado. O podcast é apresentado por Carolina Ercolin e Luciana Garbin e está disponível em todas as plataformas de áudio.
Novo livro do neurocientista francês Michel Desmurget defende que livros são o melhor antídoto contra o empobrecimento da linguagem, dificuldade de concentração e outros problemas causados pela overdose de telas. O Mulheres Reais vai ao ar às segundas-feiras, a partir das 8h, no Jornal Eldorado. O podcast é apresentado por Carolina Ercolin e Luciana Garbin e está disponível em todas as plataformas de áudio.
Se você é daqueles que dorme mas acorda exausto no outro dia, vale a pena prestar atenção em alguns livros mais recentes sobre o assunto. Eles indicam que, num mundo sobrecarregado de trabalho e informações, não dá mais para apostar todas as fichas apenas numa boa noite de sono - até porque exaustão e sono muitas vezes não são conciliáveis. Também não adianta esperar pelas férias ou por um período sabático para desestressar. É necessário, isso sim, incorporar ao dia a dia pequenas estratégias para desacelerar. E entender que descanso é muito mais do que uma questão física. O Mulheres Reais vai ao ar às segundas-feiras, a partir das 8h, no Jornal Eldorado. O podcast é apresentado por Carolina Ercolin e Luciana Garbin e está disponível em todas as plataformas de áudio.
Com quedas na natalidade, país tem incentivado ‘cultura do casamento e da procriação’ e ampliado subsídios e benefícios fiscais a quem aumenta a família; desigualdades de gênero e espaço profissional conquistado nas últimas décadas, porém, desestimulam mulheres a ter mais bebês.O Mulheres Reais vai ao ar às segundas-feiras, a partir das 8h, no Jornal Eldorado. O podcast é apresentado por Carolina Ercolin e Luciana Garbin e está disponível em todas as plataformas de áudio.
A analista de Economia da CNN, Thais Herédia, lembra que demorou para se dar conta do que ela própria representa para uma nova geração de jornalistas mulheres que ingressam na cobertura econômica, área ainda muito associada ao público masculino. À Carolina Ercolin, Thaís diz hoje entender seu papel e passou a reclamar da ausência de mulheres até em eventos do mercado financeiro. “Reclamo! Em vez de lamentar e só fazer o meu trabalho, hoje eu falo: ‘Escuta, não é possível. Essa mesa aqui cheia de autoridades, não tem uma mulher?’ ".  Herédia nomeia de ‘desbravadoras’ colegas como Miriam Leitão, Lilian Witte Fibe e Tamara Leftel que a inspiraram na profissão. “Mas não é fácil ficar. Assumir esse papel é uma responsabilidade com pessoas que me deram esse lugar hoje. Minha geração não está mais nas redações por vários motivos. Quanto dessa representatividade em também carrego em mim? Estar com mais de 50 anos e ainda ter uma cadeira e uma vitrine que está cada vez menor”. No último episódio do ‘Mulheres Reais, Nossa Voz’ uma das mais respeitadas colunistas de economia do país ainda revelou sua paixão por sapateado e se divertiu lembrando da sua participação no primeiro videoclipe da banda Raimundos.  Ao longo do mês de março, a série ‘Nossa Voz’, da Rádio Eldorado, ouviu jornalistas inspiradoras que assumiram papel de protagonismo à frente de microfones das principais emissoras de TV e rádio do país, abrindo portas para uma maior representatividade na comunicação.
A jornalista Tânia Morales, âncora da CBN e vencedora do prêmio APCA 2023 na categoria programa de rádio, já fez sessões de fonoaudiologia para ampliar o alcance do grave de sua voz porque, na avaliação de antigos chefes, o timbre agudo não traria a credibilidade necessária para levar uma notícia ao ar.  ‘Sempre ouvi que minha voz era pequena, delicada, meiga e que eu não gerava credibilidade’.  A ‘delicadeza’ e a ‘meiguice’, portanto, eram consideradas características negativas à mulher que tentava ocupar uma posição de destaque no radiojornalismo há 30 anos. A apresentadora virou pesquisadora e, na tese de mestrado, descobriu que a pseudo associação positiva sobre uma voz empostada e forte no microfone associada aos homens - como eram as da época de ouro do rádio, por exemplo - tem origem atávica e não faz sentido hoje em dia. “Não precisa falar grosso”, explica. Tânia Morales ainda revelou bastidores de reportagens premiadas que produziu ao longo da carreira e a jornada dupla da maternidade.  O ‘Nossa Voz’, da Rádio Eldorado, ouve, todas as sextas-feiras de março, jornalistas inspiradoras que assumiram papel de protagonismo à frente de microfones das principais emissoras de TV e rádio do país abrindo portas para uma maior representatividade na comunicação.
A jornalista e escritora Mariana Becker, o rosto da cobertura do automobilismo da TV brasileira, não sabe verá tão brevemente uma mulher como piloto de Fórmula 1. A repórter da TV Band nota um aumento na diversidade das equipes ao longo das últimas décadas, mas o movimento ocorre principalmente fora das pistas. Na entrevista à Carolina Ercolin, a gaúcha avalia que faltam candidatas, espaço e patrocinadores para finalmente uma mulher guiar um carro entre as principais escuderias. “Tem pensamento machista na F1, mas as pessoas não têm mais coragem de dizer em voz alta”, explica. “Há estrategistas responsáveis por vitórias, como a Hannah Schmitz da Red Bull, tem engenheiras, começa a ter mecânicas. Mas a posição de comando ainda é um espaço que não está ocupado direito. Fiquei surpresa quando entrevistei a Claire Williams, filha de Frank e ex-chefe da equipe de Fórmula 1 e ela me disse que uma coisa boa da nova posição de comando é que agora podia falar nas reuniões, antes não a deixavam. Agora, não é porque é mulher que vai ser boa para um cargo, mas me estranha e me incomoda o automobilismo ser um esporte tão longevo,com tantas equipes e eu ainda não ver uma chefe de equipe mulher”. Mariana ainda contou da adolescência como surfista, da criação sem amarras de gênero em casa e da necessidade de escrever para registrar memórias. O ‘Nossa Voz’, da Rádio Eldorado, ouve, todas as sextas-feiras de março, jornalistas inspiradoras que assumiram papel de protagonismo à frente de microfones das principais emissoras de TV e rádio do país abrindo portas para uma maior representatividade na comunicação.
A jornalista e escritora Joyce Ribeiro não ignora a conquista do espaço feminino nas redações nos últimos anos, com mulheres exercendo todo tipo de função nas emissoras pelas quais passou. No entanto, a âncora da TV Cultura lembra que jamais foi liderada por uma profissional negra. “Apesar dos avanços, ainda não tive chefes negras. O espaço da liderança para a comunidade negra ainda é um desafio maior que começa com mais profissionais negros na redação", contou à Carolina Ercolin no ‘Mulheres Reais, Nossa Voz’. Joyce, que se diz inspirada por Glória Maria, repórter e apresentadora da Rede Globo, foi a primeira jornalista negra a comandar um telejornal na TV aberta em horário nobre.Também foi pioneira na mediação de um debate presidencial, em 2018. A conversa também abordou a maternidade e seu gosto pela música - herdado do pai, Niltão, produtor de Djavan, Dona Ivone Lara e Paralamas do Sucesso. O ‘Nossa Voz’, da Rádio Eldorado, ouve, todas as sextas-feiras de março, jornalistas inspiradoras que assumiram papel de protagonismo à frente de microfones das principais emissoras de TV e rádio do país, abrindo portas para uma maior representatividade na comunicação.
A filósofa Djamila Ribeiro abre a temporada 2024 da coluna elencando o principal desafio da pauta feminista em ano de eleição: “Precisamos entender como furar as bolhas e falar com quem acredita que ser feminista é ser malvada”. O Mulheres Reais vai ao ar às segundas-feiras, a partir das 8h, no Jornal Eldorado. O podcast é apresentado por Carolina Ercolin e Luciana Garbin e está disponível em todas as plataformas de áudio.
Os documentaristas Mara Carneiro e André Mafra têm viajado o mundo para registrar a dinâmica de antigas estruturas matriarcais que sobreviveram aos séculos. Após passagem pelo México, a dupla estudou a milenar tribo da minoria Mosuo, na China, considerada uma das últimas sociedades matriarcais do planeta. Ali, no povoado de 40 mil pessoas, elas comandam a família, são as donas da casa e do dinheiro, e ainda têm prerrogativas que não se veem em outras sociedades do século XXI. Neste ‘reinado’ feminino, por volta dos 13 anos, são elas que ganham quartos privados para receber visitas íntimas dos homens que escolhem para parceiros. O conceito de poder é diferente (um manda o outro obedece) do nosso. Numa sociedade matriarcal há um olhar sobre o cuidado e responsabilidade. O papel da líder é entender o que o coletivo precisa para viver bem e evitar conflitos. Para André Mafra, o papel do homem entre os Mosuos é também relevante, por exemplo, no contato com clãs externos. “Tenho a sensação de que o homem na sociedade matriarcal vive o melhor dos mundos. Não dá para você sentir pena de um homem que mora numa estrutura que vai privilegiar o clã em que ele também é cuidado”, explica. O Mulheres Reais vai ao ar às segundas-feiras, a partir das 8h, no Jornal Eldorado. O podcast é apresentado por Carolina Ercolin e Luciana Garbin e está disponível em todas as plataformas de áudio.
Com a explosão do uso de telas e da internet por crianças e adolescentes, uma discussão ganha força no mundo jurídico: podem os pais ser responsabilizados por crimes cometidos contra os filhos - e pelos filhos - no ambiente digital? Ou, numa linguagem mais atual, por terem praticado, mesmo sem querer, o abandono digital? A advogada especialista em cultura digital, Patrícia Peck Pinheiro, diz que não importa se o menor está dentro do quarto ou na calçada da maior rua do planeta que conecta 7 bilhões de pessoas: é dever do responsável legal vigiar e proteger a criança ou o adolescente. Se falharem, podem ser punidos judicialmente. Há alguns dias, alunos do tradicional Colégio Santo Agostinho, do Rio foram acusados de usar inteligência artificial para criar falsos nudes de colegas. Quando os pais das estudantes souberam do caso, procuraram a política e as investigações começaram.Casos envolvendo crimes virtuais, porém, não são novidade na Justiça. No Rio Grande do Sul, uma mãe foi condenada a pagar indenização de R$ 5 mil por danos morais por ter emprestado seu computador com internet ao filho e não monitorar o que ele aprontava na web. O adolescente praticava cyberbullying contra um colega de classe, postando mensagens ofensivas e montagens fotográficas com chifres e corpo de mulher. 
Se a internet é uma via que conecta mais de 7 bilhões de pessoas ao redor do planeta, ter a sensação de que os filhos estão seguros dentro de casa, ainda que diante das telas, deixou de fazer sentido. Crianças e adolescentes sem supervisão do que fazem conectados podem se tornar tanto vítimas quanto agressores em potencial. No mês passado, no Rio de Janeiro, um grupo de pais de alunas denunciaram estudantes por usarem ferramentas para criar nudes falsos das colegas. A situação tem se repetido com certa frequência em escolas brasileiras e também em outros países. Em questão de dias, casos semelhantes foram denunciados em colégios de Recife, em Pernambuco, e de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Na maioria dos casos, os alvos são mulheres. Quem tem sido punido pelos crimes? Os pais, por abandono digital.  O Mulheres Reais vai ao ar às segundas-feiras, a partir das 8h, no Jornal Eldorado. O podcast é apresentado por Carolina Ercolin e Luciana Garbin e está disponível em todas as plataformas de áudio.
A intuição feminina foge do plano consciente e pode ser confundida com algo mais místico do que científico. No entanto, para o neurocirurgião e neurocientista Fernando Gomes, o chamado ‘sexto sentido das mulheres’ acontece porque elas sabem usar os poderes do cérebro a seu favor e, socialmente, podem se sair melhor. “Como possuem essa percepção além das aparências, ou seja, o sexto sentido que lhes ajuda a fazerem escolhas com resultados mais previsíveis ainda as direciona, por meio da boa comunicação, a usarem os recursos, pessoas e situações disponíveis em seu benefício”, explica o professor livre-docente da Universidade de São Paulo. Com características emocionais distintas dos homens, mas com quociente de Inteligência (QI) semelhante ao deles, as mulheres têm pontuações mais altas quanto à inteligência interpessoal, a linguagem e a realização simultânea de múltiplas tarefas. O médico ainda destaca que a capacidade de realizar múltiplas tarefas com competência e intensidade é uma das principais vantagens femininas frente aos homens, tanto no âmbito pessoal, quanto no profissional.
A pesquisadora brasileira e professora emérita da Universidade de São Paulo (USP), Angelita Habr-Gama, foi incentivada por professores a não seguir carreira na área de cirurgia, ouviu pacientes se recusarem a serem operados por uma mulher jovem e, pela família, deveria mesmo era seguir a carreira do magistério. A paraense de origem libanesa deu de ombros e seguiu o que define como ‘vocação’. Considerada em 2022 pela Universidade Stanford como uma das cientistas mais influentes do mundo, a gastroenterologista recebeu outra condecoração: a prestigiosa medalha Bigelow, oferecida pela tradicional Sociedade de Cirurgia de Boston. “Já operei hoje de manhã. Comecei cedinho, antes das 7 horas, para estar pronta para essa entrevista”, revelou a médica que não tem planos de parar de atuar. Ela traçou uma trajetória de sucesso e é referência mundial na especialidade em que atua, a coloproctologia, que estuda as doenças do intestino grosso, do reto e ânus. Em 1952, aos 19 anos, entrou na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, onde alcançou o topo da carreira na docência, como professora titular de cirurgia, por uma carreira marcada pela formação altamente especializada e pela excelência no ensino, na pesquisa e na extensão. Pioneira, a doutora Angelita foi a primeira mulher residente de cirurgia do Hospital das Clínicas (HC), anos mais tarde criou a disciplina de Coloproctologia na unidade, e foi a primeira a chefiar os departamentos de Cirurgia e Gastroenterologia da FMUSP.
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