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Author: Lucas Abreu

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Sunday Drops é um podcast de histórias que moldam o empreendedorismo e a inovação na América Latina; toda semana, Lucas Abreu entrevista fundadores e investidores que ergueram empresas de alto impacto — sempre com um olhar analítico, independente e profundo.

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Virgílio Gibbon, CEO da Afya, liderou uma das histórias mais impressionantes de consolidação do mercado brasileiro. Em menos de uma década, a empresa saiu de R$100 milhões em faturamento com apenas 3 campi para se tornar líder em educação médica e healthtech, com mais de R$4 bilhões em receita, listagem na Nasdaq e um ecossistema que atende centenas de milhares de médicos e estudantes.Neste episódio, exploramos como a Afya conseguiu esse salto — de uma tese desenhada pelo fundo Bozano Investimentos (liderado por Paulo Guedes) até se tornar referência global em educação e tecnologia para médicos.Este podcast é oferecido por:* Onfly: A maior Travel Tech do Brasil com a solução de tecnologia ideal para poupar tempo do seu time de finanças e dos colaboradores em viagens. Usada por mais de 2.000 empresas.* Salvy: A solução ideal para telefonia corporativa: Econômica, flexível e eficiente. Adequada para empresas de todos os tamanhos e com cobertura em todo o país. É a telefonia 2.0.* Lobby: A melhor plataforma para brindes corporativos, usado pelo iFood e Boticário. Automatizada da produção até a entrega para o seu foco ser apenas o branding.O que discutimos:* A visão inicial: por que educação médica era o espaço ideal para consolidar.* Os 3 P’s da virada (produto, processos e pessoas) que estruturaram a companhia nos primeiros 18 meses.* O playbook de M&A com mais de 30 aquisições em poucos anos.* A arbitragem de capital que viabilizou o IPO na Nasdaq.* Como a Afya evoluiu de uma empresa de educação para uma plataforma healthtech, oferecendo prontuário digital, prescrição eletrônica, marketplace de medicamentos e ferramentas de suporte clínico.* O papel do médico no futuro e como a empresa quer ser a “Microsoft do médico”.* As lições de liderança, disciplina e velocidade em momentos críticos como o IPO e a pandemia.Insights Relevantes:* Consolidação exige estrutura: currículo padronizado, ERP único e centro de serviços compartilhados foram decisivos para escalar.* Disciplina na expansão: foco extremo no que não fazer foi tão importante quanto decidir onde investir.* Arbitragem de custo de capital: listar fora do Brasil deu acesso a múltiplos maiores e financiou aquisições locais.* Persona única: toda a estratégia gira em torno do médico — do vestibular à prática clínica.* Educação como ponto de entrada, tecnologia como futuro: o valor de longo prazo está em servir o médico durante toda a carreira.Timestamps* (00:00) Abertura: impacto social e primeira crise da Afya* (02:15) Trajetória de Virgílio e convite do Bozano Investimentos* (05:00) Os 3 P’s: produto, processos e pessoas* (12:00) Crescimento 7x em 3 anos e preparo para o IPO* (17:00) Bastidores da abertura de capital na Nasdaq* (24:00) A pandemia como teste de resiliência e inovação* (30:00) A virada para healthtech: prontuário digital, prescrição e marketplaces* (38:00) Educação continuada e o futuro do médico* (47:00) Expansão de vagas de medicina e regulação no Brasil* (53:00) Reputação como diferencial estratégico* (57:00) Rotina pessoal: pesca submarina, maratona e saúde* (01:04:00) Competitividade, impacto social e legado This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
A história do Pactual é uma das mais impressionantes do mundo dos negócios.Neste episódio percorremos a trajetória do banco, que nasceu em 1984 e sobreviveu (e prosperou) nas diversas crises que o Brasil enfrentou. Ela percorre a história dos seus fundadores, Luiz Cezar Fernandes, Paulo Guedes e André Jakurski até a ascensão de André Esteves, que começou como estagiário de TI e se tornou protagonista do Brasil.Exploramos como o Pactual navegou pela crise asiática, russa, conflitos internos devastadores, a saída dos fundadores e a venda para o UBS por 3,1 bilhões de dólares.E culmina com a recompra histórica por Esteves em 2008 - uma operação que marca o "De volta ao jogo".Episódio baseado no best-seller "De Volta ao Jogo”de Ariane Abdalla, que pesquisou esta história por cinco anos e participa como coanfitriã.Você pode comprar o livro aqui: https://www.amazon.com.br/volta-jogo-história-sucesso-viradas/dp/6554240454Este podcast é oferecido por:* Onfly: A maior Travel Tech do Brasil com a solução de tecnologia ideal para poupar tempo do seu time de finanças e dos colaboradores em viagens. Usada por mais de 2.000 empresas.* Salvy: A solução ideal para telefonia corporativa: Econômica, flexível e eficiente. Adequada para empresas de todos os tamanhos e com cobertura em todo o país. É a telefonia 2.0.* Lobby: A melhor plataforma para brindes corporativos, usado pelo iFood e Boticário. Automatizada da produção até a entrega para o seu foco ser apenas o branding.Se você quiser evoluir, escute e leia sobre histórias de empreendedores no sunday drops, a newsletter de Lucas Abreu. Junte-se a mais de 11.000 empreendedores e investidores deixando o seu email clicando ao lado: newsletterCapítulos:(00:00) Introdução(01:50) A história do Luiz Cezar Fernandes.(07:08) A fundaçao do Pactual.(14:39) Inflexões da trajetória.(21:09) A chegada de André Esteves(26:48) A busca incessante por talento.(31:35) Desalinhamentos estruturais.(39:05) A crise asiática de 1997.(41:45) A queda de Cezar.(49:30) Sob nova gestão(53:07) O quase M&A do Goldman.(56:11) UBS Pactual(59:32) BTG This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
Oferecido para vocês por: * Onfly: A melhor solução para poupar tempo do seu time de finanças e dos colaboradores em viagens através de tecnologia. * Salvy: A solução ideal para telefonia corporativa. Econômica, flexível e eficiente. Adequada para empresas de todos os tamanhos. Iniciador acabou de captar R$32 milhões com Valor Capital, big bets, Norte, Actyus e Alter Global. Marcelo Martins veio ao Sunday Drops Podcast para contar sobre a tese, a rodada, o futuro da Open Finance e da Iniciador. Escute o episódio completo no Spotify, Youtube ou Apple Podcasts. Sunday Drops One Pager ThesisSumário* Brasil construiu o maior ecossistema de Open Finance do mundo (4bi chamadas API/semana vs 13bi/ano do Reino Unido)* Iniciação de pagamento permite que qualquer empresa ofereça pagamentos instantâneos sem infraestrutura bancária* Tornar pagamentos invisíveis reduz atrito, aumenta conversão, viabiliza novos modelos de negócios. * Iniciador está criando a infraestrutura que permite essas novas formas de pagamentos e transações, especialmente do PIX.Por que investir?* Founder Market Fit Excepcional:* ○ Marcelo ajudou a criar as regulamentações do PIX e Open Finance desde 2018 no Banco Central liderando grupos de trabalho.* Marcelo sempre trabalhou com B2B em Fintechs e já fundou um “Banking as a Service” no passado.* O co-founder e CTO Guilherme de Campo desenvolveu a primeira versão da API do PIX Inteligente para o Banco Central. * É visível a paixão do Marcelo pelo assunto. O olho “brilha”. * É razoável imaginar a liderança de categoria: * Hoje: 25% de market share de todas as 50 Instituições de Iniciação de Pagamento autorizadas (incluindo BB, Bradesco, Itaú) / 40% de market share das ITPs puras / 60% de market share no PIX automático / +50% de market share no PIX por biometria* Barreiras de Entrada Altas:* Integração peer-to-peer com +100 instituições financeiras (vs conexão simples com Banco Central)* ○ Iniciador se integra de forma profunda com o cliente, criando alta barreira de saída. * ○ Iniciador já possui todas as licenças necessárias (obtidas em 12 meses) e novos entrantes precisam de mais de 12 meses para obter licenças. Opcionalidades* Existe a possibilidade de incorporar Agentes de AI no processo e a Iniciador está bem posicionada para ser a infraestrutura. * É possível idealizar um rearranjo da cadeia de pagamentos com pix parcelado e isso tornará soluções como Iniciador ainda mais importante. Riscos* Mudanças regulatórias podem impactar estrutura de mercado.* Grandes bancos podem construir infraestrutura concorrente internamente.* Mudanças tecnológicas podem disrumpir paradigmas atuais de pagamento.Conheça mais sobre a Iniciador: * Site* Linkedin MarceloE se gostou do artigo/podcast: This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
Lucas Lima é empreendedor, investidor e tido por muitos como o melhor investidor anjo do Brasil. Já foram mais de 104 investimentos em empresas como Quinto Andar e Cayena. Neste episódio, percorremos a sua história enquanto empreendedor na Men’s Market e sua trajetória enquanto investidor na LASP Capital.Este episódio é oferecido por:* Salvy: A startup que está revolucionando a telefonia corporativa. (https://www.salvy.com.br/startups)* Onfly: A plataforma ideal para gerenciar e economizar nas viagens corporativas. (https://www.onfly.com.br)O que eu aprendi neste episódio:* A qualidade do modelo de negócios é uma das variáveis mais importantes para o sucesso ou fracasso de uma empresa.* Onde você começa não é onde você termina. A transição da Coupang de compras coletivas para e-commerce líder comprova o fato. A capacidade de fazer muitas vezes está na experiência do time e acesso a capital.* Energia é a variável oculta (e mística) que se deve buscar e m empreendedores.* O tamanho da ambição faz diferença e é um dos aprendizados do Lucas no investimento do Quinto Andar.* Founders precisam ser obsessivos.* Enquanto táticas mudam constantemente, as "leis da gravidade econômica" são imutáveis. Lucas investe pensando "no que não vai mudar nos próximos 7 anos" - porque em um mundo de mudanças exponenciais, o que permanece constante tem valor desproporcional.* Ficou mais fácil colocar algo no ar e ter receita, mas não ficou mais fácil ter um negócio com características sólidas.* É "surpreendentemente comum" fundadores questionarem se deveriam continuar - especialmente no meio da jornada quando já há investidores, funcionários e clientes dependendo deles.* Nada é mais perigoso que ter “bode” de alguém, especialmente em relacao de co-founders.* Somos movidos por histórias há milênios. Muitos empreendedores têm ideias e material, mas falta estrutura narrativa (começo, meio, fim). Lucas ajuda a criar essa clareza porque "somos fruto das histórias que contamos para nós mesmos". A diferença entre persistência e insistência é questão de narrativa.Sobre o Lucas* LASP Capital: https://www.laspcapital.com/* Linkedin: https://www.linkedin.com/in/lucas-amoroso-limaCapítulos(00:30) Introdução e visão sobre empresas que crescem(02:56) Por que estar com as pessoas certas é mais importante que ter certezas(05:30) Como a curiosidade virou uma habilidade essencial para investir(10:52) Ansiedade, impulso e as decisões impulsivas no começo da carreira(17:30) Tomar decisões rápidas x esperar pela informação perfeita(23:20) A ilusão do “problema real” e a diferença entre tese e realidade de mercado(31:00) O privilégio de escolher com quem você quer estar próximo(32:15) Quando a decisão de investir é rápida e quando precisa de tempo(39:10) A era do churn: empresas cada vez mais substituíveis(40:40) O que vai parecer bizarro daqui a 30 anos?(47:30) Como lidar com resultados medianos e o que é mediocridade de verdade(49:40) Cada pessoa está jogando um jogo diferente(55:00) O verdadeiro significado de convicção em diferentes estágios(01:06:20) O futuro da inteligência artificial e como ela vai impactar o mercado(01:13:15) As empresas que mais surpreenderam Lucas nos últimos anos(01:16:22) Encerramento e agradecimentos This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
Analisando o IPO da Figma com Rodrigo Fernandes.Este episódio propõe usar o S-1 (documento do IPO) como base para entender os principais indicadores financeiros e operacionais que definem a qualidade de um negócio de software.Em vez de seguir a ordem do documento original, organizamos os dados em torno das métricas mais relevantes para análise SaaS — da receita recorrente à margem bruta, da retenção de clientes à aposta em inteligência artificial. O objetivo é transformar esse caso real em um guia para interpretar empresas de software com receita recorrente. Mesmo que você nunca tenha lido um S-1 antes, o que verá aqui é um mapa conceitual para avaliar negócios SaaS com mais profundidade e, quem sabe, também com mais curiosidade. This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
Bruno PlayHard é fundador e CEO da LOUD, uma das maiores organizações de esports e creator economy do mundo. Começou como moderador no Orkut e se tornou referência global em atenção, conteúdo e inovação no entretenimento digital, com mais de 20 milhões de seguidores. Neste episódio, Bruno compartilha como conectou os pontos da sua trajetória — da curiosidade adolescente ao comando de uma holding multimídia com dezenas de creators, produtos e milhões de fãs. Sua história ilustra como construir uma marca nativa da internet, antecipar tendências e profissionalizar a produção de conteúdo.Na conversa, discutimos:* A criação da LOUD e seu modelo com 3 pilares: esports, agenciamento de talentos e produtos como o energético Astro.* Como identificar ondas de crescimento, como no caso do Free Fire.* O desafio de liderar talentos jovens e escalar uma operação criativa.* O papel da IA na produtividade e nos processos internos da empresa.* A fusão entre games, mídia e entretenimento como o novo mainstream.Principais Insights* Antecipar tendências: buscar referências em mercados mais maduros e adaptar para o Brasil.* Jogar o jogo: entender a demanda, observar sinais e se adaptar rapidamente.* Persistência com ajustes: quem resiste e aprende ao longo do tempo tende a vencer.* Concentração no top 1%: o valor se acumula nos líderes de categoria — é preciso reinventar modelos para chegar lá.* De creator a CEO: o futuro das empresas será híbrido — metade companhia, metade máquina de mídia.* Gaming como pilar do entretenimento: o jogo coloca o consumidor como protagonista — e isso muda tudo.* Conteúdo como diferencial competitivo: qualquer profissão pode se beneficiar da produção de conteúdo bem direcionada.* A última barreira é humana: em um mundo padronizado por IA, o que diferencia é criatividade, ética e autenticidade.PatrocinadorEste episódio é oferecimento da:* Salvy: A startup que está revolucionando a telefonia corporativa. (https://www.salvy.com.br/startups)* Onfly: A plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas. (https://www.onfly.com.br)Timestamps* (00:00) Introdução* (02:12) Início no Orkut e a curiosidade como motor* (10:40) A virada com o YouTube e o rosto no conteúdo* (18:47) “Tudo na vida me preparou para esse momento”* (21:23) O próximo passo: de creator a empreendedor* (24:00) A visão por trás da LOUD* (27:26) Produtos próprios e o lançamento do energético Astro* (30:30) A lógica do top 1% e o caso da CaséTV* (48:00) CEO e creator: o futuro das empresas híbridas* (53:00) Gaming como nova forma de entretenimento* (58:00) Consistência vem do que você ama fazer* (01:06:00) IA e produtividade dentro da LOUD* (01:12:00) Legado, inspiração e impacto social This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
Arthur Negrão é cofundador e CEO da Salvy, operadora móvel corporativa que passou pelo Y Combinator (W24) e já ajuda mais de 1 800 empresas a gerenciar 20 000+ linhas, reduzindo custos em até 50%. Antes de empreender, Arthur atuou em produto no EBANX, experiência que moldou sua visão sobre cultura de celebração e foco obsessivo no cliente.Neste episódio, Lucas Abreu conversa com Arthur na “Casa Salvy”, em Curitiba, sobre como disruptar um setor tradicional com software, a importância de releases ao estilo “summer launches” e os dilemas de velocidade vs. qualidade quando se escala uma telco B2B.Este programa é apoiado por:* Onfly (https://www.onfly.com.br/) – A plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas.* Salvy (https://www.salvy.com.br/startups) – A startup que está revolucionando a telefonia corporativa.Principais Insights* Confiança intrínseca > opinião de VC – Os dados certos já estavam lá; ouvir demais o “mercado” pode sufocar a convicção que vem dos clientes.* Fuja da mediocridade – Um resultado “meio termo” paralisa: sem fracasso claro nem tração explosiva, você não sabe se persevera ou pivota. Busque sinais binários.* Co-crie roadmap com clientes – O Compass Club reúne usuários-chave para votar em recursos e testar betas, gerando produto validado e clientes engajados.* Ritmo consistente > sprints frenéticos – Três a quatro prioridades por trimestre, monitoradas semanalmente, mantêm evolução constante sem burnout.* Software como moat contra o oligopólio – Em telecom, a infraestrutura é commodity; vantagem real está na camada de serviço e automação que incumbentes ignoram.* Releases sazonais são grandes oportunidades – Agrupar várias features em um grande “Summer Release” concentra atenção, reativa clientes antigos e acelera vendas.Timestamps* 00:00 – Abertura direto da Casa Salvy* 01:30 – Infância generalista e gosto por múltiplos esportes* 02:30 – Lições da cultura de celebração no EBANX* 08:40 – A promessa de “ser sócio um dia” vira realidade* 14:45 – “Pessoas odeiam suas operadoras”: descobrindo a dor* 20:00 – Colapso do modelo de benefícios e estoque de 5 000 chips* 22:45 – Primeiros 40 clientes em três semanas* 28:00 – 4ª tentativa, finalmente aceitos no Y Combinator* 34:47 – Deck conciso: abrir porta para perguntas, não convencer* 42:33 – Mercado de features: votando roadmap com clientes* 49:59 – Primeiro summer release e o “boom” de comunicação* 57:22 – Casa Salvy como hub cultural e estúdio de conteúdo* 1:04:21 – Ritmo > velocidade: cadência trimestral de prioridades* 1:18:14 – Paternidade, foco expandido e celebrar cada fase This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
O que eu aprendi com a história da Figma:* Qualidade em vez de quantidade. Logo no início do produto, um board member deixou claro que preferia um único cliente usando em tempo integral a vários clientes usando esporadicamente.* Tenha um co-founder à altura do desafio. O grande diferencial da Figma é técnico: rodar gráficos vetoriais no browser com alta performance. Isso só foi possível graças a Evan Wallace, conhecido como “Computer Jesus”.* Busque uma causa maior. Dylan e Evan foram profundamente inspirados pelo conceito "Inventando em princípio" de Bret Victor, que defende dedicar-se a uma causa além da mera paixão ou habilidade. A causa da Figma — democratizar o design — norteia e une toda a equipe.* O poder dos hackathons internos. As “maker weeks” — duas semanas anuais para projetos próprios — originaram muitas das features principais. Inovação precisa de espaço para respirar.* Paciência é indispensável. A Figma levou três anos para lançar o primeiro produto e quatro para monetizar. Projetos revolucionários exigem tempo.* Fazer diferente (e estar certo) é o segredo do mundo dos negócios.* A filosofia do Figma de só lançar um produto quando ele estiver “minimamente incrível viável” explica o sucesso de lançamento dos novos produtos. * Idade não determina capacidade. Dylan começou a Figma aos 20 anos. Vai fazer IPO aos 33. Talento e determinação não tem idade. * Sua melhor propaganda é a comunidade.Assista no: Spotify, Youtube ou Apple Podcasts. (Não esqueça de assinar!) Este episódio é oferecimento da:* Onfly: A plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas. (https://www.onfly.com.br)* Salvy: A startup que está revolucionando a telefonia corporativa. (https://www.salvy.com.br/startups) This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
E se eu te dissesse que uma das empresas mais lucrativas por funcionário do planeta opera sem chefes, sem cronogramas e sem investidores externos — e mesmo assim controla o coração da indústria global de games para PC?E se essa empresa tivesse começado com dois ex-funcionários da Microsoft e um disquete emprestado… E, a partir disso, revolucionasse não só o que jogamos, mas como jogamos e quem lucra com isso?E se eu te contasse que os maiores sucessos da empresa nem sequer foram criados por ela — mas por adolescentes em fóruns da internet que faziam modificações por paixão, e que esses mods viraram jogos com bilhões em receita?Bem-vindo à história da Valve, criadora de clássicos como Half-Life, Counter-Strike, Portal e Dota 2 — e também da Steam, a plataforma que se tornou o verdadeiro sistema operacional dos games para computador, movimentando mais de US$ 10 bilhões por ano.Mas a Valve é mais do que um estúdio ou uma distribuidora. Ela é um experimento vivo de autonomia radical, com uma cultura organizacional que parece saída de um livro de ficção científica: não há chefes, os funcionários escolhem seus projetos e cada nova ideia pode virar um novo império digital.Essa é a história de como duas pessoas, US$ 15 milhões em ações da Microsoft e uma aposta na liberdade criativa mudaram para sempre a indústria dos jogos — criando uma das empresas mais fascinantes e enigmáticas do Vale do Silício… que, curiosamente, não fica no Vale do Silício.Apoiadores: * Onfly – A plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas.* Salvy – A startup que está revolucionando a telefonia corporativa.Links:* Receba os updates dos próximos estudos se inscrevendo aqui. Materiais de referência* Valve, a video game maker with few rules - NY Times.* Manual de onboarding da Valve* Gamecraft Pod - Valve* The Rise & Fall of Valve* Gabe Newell: Valve - The Games* Documentário 25 anos da Valve* The early days of Valve from a Woman Inside* Steam’s monopoly moment has arrived - SuperJoost* Processo AntiTruste* Teoria da Agregação* The state of Video Gaming in 2025Capítulos: (00:00) Novo projeto do Sunday Drops(01:55) Por quê é uma história incrível? (05:12) A história pré-Valve(12:14) A fundação da Valve(19:20) Produzindo Half-life(26:45) Lançamento de Half-Life & revolução nos FPS(33:45) O lucro da Sierra e o gatilho para Valve criar uma plataforma (38:40) Steam 1.0: distribuição digital & antipirataria(46:57) Half-Life 2, “Valve Time” e migração forçada (53:20) Mods viram franquias: CS, Team Fortress, Portal(58:49) A economia da Steam(01:17:04) Os desafios da Valve(01:20:52) A cultura interna da Valve. (01:32:32) Lições do episódio This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
Felipe Affonso é sócio-fundador da Cloud9 Capital, um dos principais fundos de growth do Brasil. Com uma trajetória que passa por GP Investimentos, GIC (fundo soberano de Cingapura) e SoftBank, Felipe construiu uma visão rara — ele vivenciou tanto o mundo do private equity tradicional quanto o auge da bolha de venture capital na América Latina.Este programa é apoiado por:* Onfly (https://www.onfly.com.br/) – A plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas. * Salvy (https://www.salvy.com.br/startups) – A startup que está revolucionando a telefonia corporativa. No episódio, destrinchamos:* A diferença entre ser sócio de um founder e ser apenas investidor.* O que faz uma empresa de software ser high quality — e o que a torna frágil.* A tese da Cloud9: investir em empresas de software subestimadas, mas líderes de categoria.* Cases como SmartFit, Onfly, Zig e Cilia — e os bastidores por trás dessas teses.* Como pensar sobre valuation, escassez, abundância e ciclos de mercado.* A mentalidade dos melhores founders e as diferenças entre empreendedores de tech e negócios tradicionais.Principais Insights:* Líder de categoria tem prêmio desproporcional. É muito mais fácil vender (ou ter liquidez) sendo o número 1 do mercado.* O que é uma empresa de software de alta qualidade: churn baixo, gross margin acima de 70%, forte retenção, eficiência operacional e produto essencial na operação do cliente.* Fundraising não é proxy de qualidade. O mercado superestima quem sabe levantar capital, mas isso não necessariamente reflete qualidade de produto ou operação.* Founder-centric. O papel do investidor é ser sócio do empreendedor, não substituí-lo — e sim ajudá-lo a destravar crescimento, melhorar captable e fortalecer o business.* De software para serviço: as empresas que capturam mais valor são aquelas que verticalizam e passam a oferecer não só tecnologia, mas também serviços diretamente no processo do cliente.* Pensar simples é um superpoder: os melhores investidores focam nos fundamentos — bom founder, bom mercado, bom business model — e ignoram o ruído do hype.Capítulos(00:00) Abertura e patrocinadores(02:00) Trajetória: De GP, GIC e SoftBank até a fundação da Cloud9(04:00) O case SmartFit: founder obsessivo, modelo de negócio e impacto(08:00) Por que criar a Cloud9 no auge da bolha de 2021(13:00) A tese da Cloud9 explicada com cases como Onfly, Zig e Cilia(22:00) Diferença entre software high quality e low quality(27:00) A nova fronteira: software capturando mercado de serviços(35:00) Como avaliar se um founder tem perfil para ser líder de categoria(43:00) Produto vs. Vendas: o equilíbrio necessário para escalar(50:00) Branding, processo e a visão de futuro da Cloud9 como empresa, não só gestora(54:00) Como filtrar ruído e focar no que importa — fundamentos e princípios(1:00:00) Formação de analistas e desenvolvimento de times de investimento(1:08:00) Encerramento: gentilezas que moldaram sua carreira This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
Ricardo Dias é fundador da Adventures, venture builder que cria marcas com criadores, e é ex-VP de Marketing da Ambev/AB InBev, onde liderou marcas multinacionais e operações globais por mais de duas décadas. Também é figura central no mercado publicitário e empreendedor, tendo composto conselhos como a Petz e o Cruzeiro. Sua trajetória combina gestão de marcas multibilionárias, data-driven creativity e agora a construção de negócios na creator-economy, tornando-o referência para discutir atenção, branding e novas fronteiras do marketing. Este programa é apoiado porOnfly (https://www.onfly.com.br/) – plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas. Salvy (https://www.salvy.com.br/startups) – startup que está revolucionando a telefonia corporativa.Resumo do episódio* A guerra pela atenção. O conteúdo venceu o formato: não é vídeo curto vs. longo, e sim qualidade capaz de prender 8 horas diárias de mídia.* Fragmentação de canais. De um “canal único” (TV) em 2001 a milhares de touchpoints; saturação exige hiper-segmentação.* Entretenimento + comércio. Social commerce e live-shopping unem inspiração e transação em um clique.* Branding que dura. Tempo, paciência e consistência ainda são as variáveis-chave para criar marcas memoráveis.* Economia da atenção. Influência vale mais que alcance; criadores que convertem se tornarão donos de marcas (e margens).* IA como nivelador. Ferramenta democrática que reduz barreiras de execução para ideias ambiciosas.* Liderança e mentoria. Quantidade gera criatividade; cultivar talentos devolve múltiplos à carreira e ao ecossistema.Principais insights práticos* Atenção é moeda finita. Meça profundidade de engajamento, não apenas reach.* Criatividade = volume × aprendizado. Publique em escala para descobrir o que ressoa.* Métrica rápida de influência. Compare views médios de vídeos com a base de seguidores—o gap revela poder real de conversão.* Conte histórias, não interrompa. Marcas que produzem conteúdo próprio (ex.: Fórmula 1 Drive to Survive) ganham share-of-culture sem mídia paga.* Creator equity. No Brasil, a próxima onda é o criador trocar fee de publipost por participação em negócios.* IA para makers. Use grandes modelos para prototipar campanhas, roteiros e testes A/B a custo marginal zero.* Marca pessoal = carreira antifrágil. Investir em reputação online amplia oportunidades, seja você executivo ou founder.Capítulos(0:00) Abertura(1:43) A transformação do marketing: da TV à era dos mil canais(3:00) O que nunca muda: criatividade e emoção como essência do conteúdo(5:25) Entretenimento, educação e informação: os 3 pilares do conteúdo eficaz(7:00) Social commerce e o futuro das compras em redes sociais(9:20) Como gerar desejo e emoção através do branding(12:00) A origem emocional das marcas desde o rádio(15:18) Branding forte exige paciência, consistência e visão de longo prazo(18:05) Quando conteúdo é mais eficaz que propaganda direta(21:15) Economia da atenção: todos disputam o mesmo recurso finito(23:40) Criadores de conteúdo como marcas e novos protagonistas do mercado(26:10) Influência × Alcance: o que realmente importa para conversão(29:01) O papel dos executivos nas redes: de outdoor a interação real(32:50) A nova geração de criadores: ainda estamos no começo no Brasil(35:20) O caso de sucesso da marca Áurea com Jade Picon(37:40) O poder de marcas nascidas de criadores (MrBeast, Logan Paul, etc.)(40:26) Operar com escassez vs. abundância: aprendizados da transição(43:15) A revolução da IA: democrática, meritocrática e transformadora(46:10) IA além do marketing: impacto na educação e na criação de ideias(49:06) Carreira em marketing: conselhos para quem está começando(51:26) A importância da liderança, mentoria e construção de reputação(53:36) O gesto mais gentil que recebeu: tempo e feedback sincero This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
Bruno Nardon é cofundador da Kanui (vendida à Dafiti) e primeiro CEO da Rappi Brasil; hoje lidera o G4 Educação, que ultrapassou R$ 317 milhões de receita em 2024, tornando-se uma das empresas de educação que mais crescem no país. Figura central no ecossistema de startups, Nardon combina disciplina de atleta Ironman com influência digital para escalar negócios — tema que exploramos em profundidade neste episódio.Este programa é apoiado porOnfly – a plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas.Salvy – a startup que está revolucionando a telefonia corporativa.Resumo do episódio* Infância em Assis, formação em Engenharia Mecânica na Unicamp e os primeiros passos na Airbus.* A Kanui: do quarto de serviço ao exit para a Dafiti e as lições de e-commerce frugal.* Liderar a chegada da Rappi ao Brasil e a cultura de blitzscaling.* G4 Educação: 0 → R$ 317 mi — conteúdo, comunidade e software como tripé de crescimento.* Influência como CAC negativo: por que criar conteúdo virou vantagem competitiva.* Disciplina de Ironman aplicada à gestão: metas audaciosas, ciclos de carga/recuperação e alimentação “sem fricção”.* Tendências que animam Nardon: IA no back-office, low-code para PMEs e educação peer-to-peer.Se você curtiu, siga no Spotify ou Apple Podcasts e deixe sua avaliação.Principais insights práticos* Conteúdo reduz CAC – publicar consistentemente atrai clientes, talentos e parceiros.* Meta difícil, mas atingível – objetivos grandes aceleram aprendizado sem quebrar a empresa.* Teste antes de escalar – cada novo curso do G4 nasceu de demanda detectada em calls pós-aula.* Capte quando não precisa – caixa é hidratação no triathlon: garante fôlego antes da crise.* Foque nos pontos fortes – dominar um nicho gera assimetrias difíceis de copiar.* Alinhamento societário – rituais semanais de transparência reduzem ruído e aceleram decisões.Capítulos00:00 Influência no venture capital — “falta de pensamento fora da caixa”00:42 Trajetória: Kanui → Rappi → G4 Educação25:05 Números de crescimento do G4 (R$ 11 mi → R$ 317 mi)42:31 Framework “ouvir o cliente, testar pequeno, escalar”54:16 Virar criador de conteúdo: da aversão à rotina intencional68:45 Metas ousadas, consistência e ciclos de treino/trabalho71:20 Alimentação, sono e desempenho cognitivo80:37 Alinhamento entre sócios, dividendos e ritmo de trabalho85:06 Competição: matriz de benchmark nacional/internacional91:16 Gentileza, família e legado This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
Hernan Kazah é cofundador do Mercado Livre, a empresa mais valiosa da América Latina, e da Kaszek, principal fundo de Venture Capital da região. Ele é figura central do ecossistema de tecnologia e neste episódio percorremos a carreira e os aprendizados ao participar dos casos de maior geração de valor da LatAm. Este programa é apoiado pela:* Onfly: A plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas.* Salvy A startup que está revolucionando a telefonia corporativa.Resumo do episódio* Infância em Buenos Aires, formação em Economia e o MBA em Stanford que o expôs ao boom da internet.* A fundação do Mercado Livre, a estratégia multi-país e a guerra com o concorrente Arremate.* Sobreviver ao estouro da bolha: a rodada de US$ 40 mi em 2000 e a disciplina que levou ao IPO com caixa sobrando.* A transição de operador a investidor e o nascimento da Kaszek, incluindo bastidores de apostas em unicórnios como Nubank e Kavak.* Tendências que animam Kazah hoje: infraestrutura fintech, climate tech e soluções AI-first na América Latina.Se você gostou do episódio, segue no Spotify ou Apple Podcast e avalie. Principais insights práticos* Paixão move montanhas – os melhores founders unem coração e razão; propósito sustenta maratonas.* Competição saudável molda cultura – rivais fortes criam organizações mais focadas e resilientes.* Jogos finitos × jogo infinito – empreender é vencer sprints diários sem perder a visão do game infinito.* Ideia sem execução é alucinação – velocidade e qualidade na entrega definem quem fica vivo.* Pensar em décadas – visão de longo prazo é fator-chave para construir vantagens difíceis de copiar.* Respeite as leis da natureza – o power law rege o venture capital; poucos grandes acertos pagam o fundo.* Founder first – empreendedores enxergam o futuro antes do mercado; o papel do VC é potencializar essa visão.* Categoria winner-takes-most – o líder captura parcela desproporcional do valor gerado.* Janelas de oportunidade – grandes momentos surgem quando “professor e aluno sabem o mesmo”, como em 1997 e agora.Capítulos(0:00) Introdução (3:21) Origens (5:00) O estalo em Stanford: “Era o momento exato. A internet estava explodindo.”(6:56) Na internet, ninguém tinha experiência. (9:42) O nascimento do Mercado Livre e o product-market fit acontecendo naturalmente (11:39) Expansão Internacional (14:01) “A gente acordava e dormia pensando no Arremate. Eles moldaram nossa cultura.” (17:08) “Você não ganha uma vez só. Você tem que ganhar todas as Copas do Mundo.” (19:16) As 3 bases do sucesso do Mercado Livre: time, produto e longo prazo (20:51) Foco no produto(22:40) A bolha das .com, o quase colapso e a rodada salva por pouco (24:12) IPO em 2007: o timing perfeito que quase virou tragédia (26:51) A secretária que ficou milionária sem saber por conta do stock option (29:00) A virada de fundador para investidor: “Não existia ninguém com essa experiência no mercado.” (31:10) “O maior erro do investidor iniciante é tentar salvar todas as startups.” (33:38) O caso Nubank (36:20) A obsessão por fundadores excepcionais (38:15) “Buscamos gente com paixão irracional. Isso é o que atravessa as crises.”(41:00) Convicção + escuta ativa: o equilíbrio raro dos grandes founders(43:05) “A gente não bajula. A gente ajuda de verdade.” (45:37) “Nosso papel é aumentar em 1% a chance de sucesso de algo quase impossível.” (48:20) Tese atual da Kaszek: fintechs, clima, infraestrutura, SaaS e healthtech(58:12) “Estamos vivendo os primeiros 5% da revolução da IA.” (1:05:30) Reflexão final: “O futuro será construído por quem não tem medo de largar o passado.” This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
Alexandre Lazarow é autor do best-seller Out-Innovate: How Global Entrepreneurs – from Delhi to Detroit – Are Rewriting the Rules of Silicon Valley (HBR Press). Ele também é Founder & Managing Partner da Fluent Ventures, ele investe em startups em mercados globais com a tese de geographic alpha. Ex-partner da Cathay Innovation e da Omidyar Network, Alex já apostou em nomes como Banco Neon, Clara e Xepelin para LatAm. Sua visão combina finanças, impacto social e inovação além do Vale do Silício, tornando-o referência para empreendedores que operam em ambientes de capital restrito.ApoioO Sunday Drops só é possível graças a duas das melhores soluções de software do Brasil: Salvy e Onfly.* Salvy A startup que está revolucionando a telefonia corporativa.* Onfly: A plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas.Resumo do episódio* O playbook “camelo”: por que começar enxuto, com unit economics positivos, é mais poderoso que perseguir unicórnios.* Seed-strapping e IA: como a inteligência artificial barateia o caminho de produto a receita.* A tese geographic alpha da Fluent Ventures e os setores-alvo (fintech, saúde digital e commerce enablement).* A velocidade das “cópias criativas” — de San Francisco para Jacarta, São Paulo e de volta.* O futuro do SaaS na era dos agentes de IA e a primazia de distribuição + dados.* Educação personalizada, cultura global e as lições que Alex ensina aos filhos sobre humildade e curiosidade.Principais insights para empreendedores & investidores* Camelo > Unicórnio: Resiliência financeira, gestão de burn e visão de longo prazo garantem opcionalidade de capital.* AI como equalizador: construir MVPs em horas reduz o número de rodadas necessárias e muda a economia do venture capital.* Geographic alpha: modelos vencedores serão locais — regulatório, operações e efeito-rede exigem execução “on-the-ground”.* Seed-strapping: uma única rodada pode levar a break-even; o VC precisará adaptar teses e cheques.* Distribuição é mote defensável: em IA, feature parity chega rápido; vantagem competitiva vem de canais e bases de dados proprietárias.* Educação e talento: personalização via IA pode reinventar a sala de aula, mas o papel do “professor-mentor” continua central.Call-to-actionCurtiu a conversa? Ouça agora no Spotify, siga o Sunday Drops e avalie o episódio para que mais pessoas descubram esses insights.Timestamps* (00:00) Boas-vindas & contexto do Sunday Drops* (01:41) TL;DR da trajetória global de Alex* (04:49) De unicórnios a camelos: o novo playbook* (08:42) Setores-chave e tese geographic alpha* (11:34) “Copycats” em modo turbo e inovação iterativa* (14:03) IA dentro do portfólio: 100 % das investidas já usam* (15:07) Seed-strapping: redefinindo a jornada de funding* (18:45) Distribuição, dados e a vantagem competitiva na IA* (21:50) Educação customizada & o futuro da aprendizagem* (25:07) A gentileza que moldou a carreira de Alex e encerramento This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
Fazia tempo que eu queria entrevistar o Lucas Vaz. Pouca gente o conhece, mas só o fato de ter um brasileiro com um fundo no Vale do Silício investindo em "softwares críticos" como energia e defesa já era curioso por si só. O Lucas é um mineiro que fez a vida nos Estados Unidos, país que escolheu para viver desde quando era adolescente, muito motivado pelas indignações com o Brasil.Seis dias após se formar na Universidade de Minnesota, ele se mudou para o Vale do Silício. Não tinha dinheiro nem contatos, mas sobrava ambição. E aqui entra a magia do Vale, ressaltada não só por ele, mas por vários brasileiros e imigrantes: o Vale é meritocrático. Se você gerar valor, ele voltará para você. A cultura local oferece oportunidades e acesso. Minha suspeita é que tivemos tanta gente que criou tantas coisas incríveis sem "ser" nada que lá as pessoas sempre imaginam que podem estar diante do próximo grande empreendedor ou investidor e também como forma de giveback a quem acreditou neles. Infelizmente não é assim no Brasil.Lucas foi investidor na Village Global, um dos principais fundos de VC early stage do mundo e em 2023, fundou a Ravelin Capital, que é um fundo de VC focado em investir em soluções de tecnologia críticas. Ele gosta de investir em setores como energia, defesa, satélites e tudo aquilo que tenha um impacto significativo para a sociedade. Na minha interpretação, ele carrega um sentimento de que VC investiu demais em aspectos "incrementais" e não transformacionais.Tive o prazer de gravar na casa do Lucas no novo setup móvel do Sunday Drops. A conversa foi uma aula e queria frisar alguns insights que sinto que todo mundo que é empreendedor ou investidor no Brasil deveria pensar. Antes de avançarmos, quero agradecer aos meus parceiros. O Sunday Drops só é possível graças a duas das melhores soluções de software do Brasil: A Onfly e a Salvy. * Onfly: A plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas. * Salvy A startup que está revolucionando a telefonia corporativa. Ok, agora vamos para os insights.O primeiro é o pensamento de "first principles". É assustador que, quanto mais inteligente a pessoa é, mais ela pensa em primeiros princípios. O conceito de primeiros princípios é autoexplicativo e refere-se a pensar nos fundamentos ao invés de suposições ou derivadas. Por exemplo, no nosso papo, comecei questionando se os investimentos que ele faz em empresas de hardware de alguma forma eram diferentes de software. Ele já responde que não, afinal qualquer empresa, seja hardware, software, padaria, deveria ser avaliada da mesma forma: pelos fluxos de caixa gerados. Esta forma de pensar vem em diversos momentos da conversa como nas perguntas simples que ele faz que mais demonstram se o empreendedor tem a visão de longo prazo: O que te trouxe a esse problema? Qual o segredo?O segundo insight é sobre complexidade e como ele afasta concorrência A interpretação é minha, ok? Tem uma palestra famosa do Peter Thiel que diz que "concorrência é para perdedores". É meio ofensivo, principalmente para alguém que escreve uma newsletter e tem 100.000 competidores rs, mas a ideia é que em mercados muito concorridos o retorno tende a ser medíocre. Lucas foge de mercados concorridos. Seus investimentos são em mercados "negligenciados" e com problemas muito difíceis de resolver. A complexidade é o diferencial. O terceiro insight é que todo investimento é, no fim do dia, uma equação. Você precisa identificar quais são as 2 ou 3 variáveis críticas que explicam o sucesso ou fracasso. O Lucas menciona que mais de 80% do tempo dele na análise é gasto pensando nisso. Investir é um quebra-cabeça. Isto me recorda os aspectos mencionados pelo Julio Vasconcellos no nosso episódio sobre o documento "What we have to believe”, que eles usam para enumerar as poucas variáveis que precisam acontecer para o investimento dar certo. O quarto insight é que, na média, software gera muito mais valor do que consegue capturar. Boa parte das empresas de software não geram tanto lucro e fluxo de caixa, e parte relevante disso é devido ao modelo de negócios. Oferecer uma solução e cobrar por assento gera um limite alto em termos de crescimento e captura de valor. Empresas têm atuado ao buscar serem integralmente verticais, o que significa pegar uma parte relevante do trabalho duro para executar. Um exemplo do portfólio da Ravelin é a Shinkei, que atua no mercado de processamento de peixe e, ao invés de somente ofertar o equipamento/software para terceiros, passou a ser a processadora.Se algum desses insights chamou sua atenção, você vai apreciar a conversa. Assista este episódio no Spotify, Youtube ou Apple Podcasts. Capítulos(0:00) Introdução (2:12) Quem é Lucas Vaz e como começou no mundo dos investimentos (4:50) A escolha por setores negligenciados: infraestrutura, defesa e robótica (8:35) O que é e por que importa (12:10) A diferença entre seguir o hype e construir uma tese sólida (15:45) Como ele pesquisa, valida e executa suas teses (19:30) O papel da convicção e o risco de pensar diferente (23:20) A visão sobre robótica integrada a software e automação física (27:05) Por que o Brasil ignora setores estratégicos e o que isso revela (30:40) Lições do Vale do Silício e críticas ao excesso de capital fácil (34:15) Histórias reais de investimentos fora do radar (38:10) O desafio de captar recursos pensando “fora da curva” (42:00) Geopolítica, defesa e o novo mapa de oportunidades (45:30) A importância de não romantizar o empreendedorismo (49:00) O futuro da tecnologia física e onde ele está apostando agora (52:20) Dicas para jovens que querem investir com propósito (55:00) Encerramento e reflexões finais sobre pensamento independente This is a public episode. 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A Transformação da IA: Inflexões e Novos Paradigmas"Posso dizer que criei um unicórnio? Mais especificamente, um modelo de IA unicórnio. Acabei de perceber que os downloads totais de um dos meus modelos no Hugging Face ultrapassaram 1 bilhão." Esta declaração de Jonatas Grosman revela o impacto global de um projeto criado por um pesquisador brasileiro que, apesar de ter desenvolvido um modelo usado em escala global, permanece relativamente desconhecido fora dos círculos especializados.Jonatas Grosman é cientista de computação e pesquisador brasileiro especializado em processamento de linguagem natural (NLP), Venture Partner da Lanx e formado na Baixada Fluminense, com passagens pelo Laboratório Nacional de Computação Científica e pelo Observatório Nacional antes de ingressar na PUC-Rio. Neste episódio do Sunday Drops, exploramos sua trajetória e visão sobre a inteligência artificial.Escute no Spotify, Apple Podcasts ou Youtube.Este episódio só é possível graças aos nossos parceiros:* Onfly: A plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas. (https://www.onfly.com.br/)* Salvy: A operadora que está revolucionando a telefonia para empresas. (https://www.salvy.com.br/startups)O Modelo Brasileiro com 1 Bilhão de DownloadsGrosman relata como criou um modelo de reconhecimento de fala durante seu doutorado, participando de uma competição da Hugging Face para transcrição de áudio. O que começou como uma disputa onde o prêmio era modesto – "uma caneca e uma camiseta" – resultou em um modelo que não apenas venceu na categoria do português, mas em vários outros idiomas."Considerando o tamanho desse modelo, este volume de downloads resultou em aproximadamente 1,4 exabytes de tráfego de dados (sim, você leu corretamente, exabytes, não terabytes ou petabytes)", comentou Grosman ao refletir sobre o alcance de sua criação. Este modelo hoje acumula mais de um bilhão de downloads e dezenas de milhões mensalmente, tornando-se um caso raro de tecnologia brasileira com impacto global em IA.O sucesso deste projeto demonstra como talentos de países em desenvolvimento podem criar tecnologias de ponta mesmo com recursos limitados, sugerindo a necessidade de políticas públicas que identifiquem e financiem projetos-sementes com potencial de escala internacional.O Fosso entre Academia e Indústria no BrasilUm tema recorrente na conversa é a desconexão entre a produção científica brasileira e sua aplicação comercial. Grosman observa que enquanto nos EUA existe um fluxo natural de talentos e ideias entre universidades e empresas de tecnologia, no Brasil há barreiras tanto culturais quanto estruturais. Ele menciona como professores de universidades públicas brasileiras frequentemente enfrentam restrições legais para empreender, diferentemente do modelo americano onde o trânsito entre academia e mercado é fluido.Esta rigidez regulatória que impede professores universitários de dedicação exclusiva de participarem em empreendimentos comerciais representa um gargalo significativo para a inovação brasileira, sugerindo a necessidade de reformas nos marcos regulatórios das instituições públicas de ensino.A Desmistificação do GPT e o Ciclo de HypeGrosman oferece uma análise histórica sobre a evolução dos modelos de linguagem, desconstruindo narrativas alarmistas. Ele relembra como a OpenAI causou apreensão ao não disponibilizar o GPT-2 publicamente por "riscos à humanidade", quando na realidade o modelo não era revolucionário. Já o GPT-3 representou um salto qualitativo real, capaz de enganar humanos em testes cegos. Este ciclo entre hype infundado e avanços genuínos continua a moldar a percepção pública sobre IA.Para investidores e formuladores de políticas, a capacidade de distinguir entre hype de marketing e avanços tecnológicos substantivos é crucial para alocação eficiente de recursos e regulamentação apropriada.Limites Atuais da IA: O Exemplo de CopérnicoUm dos momentos mais instigantes da entrevista surge quando Grosman responde a uma questão similar à famosa pergunta de Dwarkesh Patel: se treinássemos um LLM apenas com conhecimentos disponíveis até 1500, ele seria capaz de deduzir o modelo heliocêntrico de Copérnico? A resposta é provavelmente não, porque os modelos atuais são projetados para reproduzir padrões existentes, não para fazer saltos cognitivos revolucionários."A descoberta científica não é responder perguntas, é fazer perguntas que ninguém fez", observa Grosman. Esta limitação fundamental sugere que o futuro próximo da IA será como ferramenta potencializadora para cientistas humanos, não como substituta – uma perspectiva relevante para laboratórios de P&D que buscam equilibrar investimentos entre IA e pesquisa tradicional.Do Treinamento à Inferência: A Mudança de Paradigma EconômicoUm insight particularmente valioso é a análise de Grosman sobre como o paradigma econômico da IA está mudando. Conforme destacado no artigo "Inflexões e Paradigmas", estamos assistindo a uma estabilização na lei da escala. À medida que todos os dados do mundo foram processados dentro de supercomputadores, os resultados dos modelos não avançaram na velocidade anterior, chegando a um plateau.Ilya Sutskever, cofundador da OpenAI, comentou que a era de simplesmente escalar modelos está chegando ao fim. Sam Altman já antecipava em abril de 2023 que o progresso não viria em tornar os modelos ainda maiores, mas sim em fazê-los de forma inteligente. Estamos vendo uma mudança de foco do pré-treinamento para a inferência, onde o "test-time computing" permite que modelos gastem mais tempo "pensando" antes de responder, gerando resultados de qualidade superior com menos recursos computacionais.Esta mudança sugere oportunidades de investimento em tecnologias de otimização de inferência e infraestrutura especializada, mais do que em desenvolvimento de modelos fundacionais de escala ainda maior.A Transição do Mercado de TrabalhoGrosman adota uma visão historicamente informada sobre o impacto da IA no mercado de trabalho. Assim como a mecanização da agricultura ou a revolução industrial, a automação via IA provavelmente causará disrupção significativa seguida por reequilíbrio. Ele prevê crescimento na demanda por profissionais de tecnologia, especialmente em ciências da computação – observação também feita por Victor Lazarte – enquanto outras áreas encolherão sem desaparecer completamente.Grosman enfatiza a necessidade de políticas públicas para gerenciar esta transição, especialmente para trabalhadores mais experientes que enfrentam desafios maiores de requalificação. Organizações e governos precisam desenvolver programas de transição de carreira que considerem não apenas o desenvolvimento de habilidades técnicas, mas também as barreiras psicológicas e financeiras enfrentadas por profissionais deslocados pela automação.ConclusãoA conversa com Jonatas Grosman oferece não é nem utópica nem apocalíptica, mas pragmaticamente otimista. Como cientista que navegou com sucesso entre a academia brasileira e aplicações globais, sua perspectiva ressoa com especial autenticidade.Enquanto testemunhamos uma inflexão no desenvolvimento da IA, com a mudança de foco do pré-treinamento para a inferência e a democratização do acesso através de modelos open source, surgem novas oportunidades para inovação distribuída e soluções verticais especializadas. O tabuleiro está sendo redefinido, permitindo que times menores e mais focados criem soluções de nicho extremamente poderosas.Este episódio do Sunday Drops representa uma oportunidade rara de ouvir de uma voz brasileira autorizada sobre tecnologias que moldarão nosso futuro coletivo. Disponível no Spotify, Apple Podcasts e YouTube, a conversa completa oferece nuances adicionais para pesquisadores, investidores e formuladores de políticas interessados em construir pontes entre ciência de ponta e aplicações transformadoras. This is a public episode. 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Julio Vasconcellos e Victor Ramos são investidores no Atlantico, um dos principais fundos de Venture Capital da LatAm. A dupla criou o meu podcast preferido dos últimos 6 meses: o "Atrás do Retorno", no qual entrevistaram 12 dos maiores investidores brasileiros, desde lendas do Private Equity como Martin Escobari até figuras emblemáticas como o cofundador do Instagram, Mike Krieger.Fui para o Rio de Janeiro explorar as lições fundamentais extraídas das 12 entrevistas, e como esses aprendizados influenciam suas próprias decisões de investimento no Atlântico.Escute no Spotify, Apple Podcasts ou Youtube.Este episódio só é possível graças aos nossos parceiros:* Onfly: A plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas. (https://www.onfly.com.br/)* Salvy: A operadora que está revolucionando a telefonia para empresas. (https://www.salvy.com.br/startups)Insights1. A Visão 360° é mais importante que a análise isoladaPara Júlio, o maior aprendizado foi sobre a importância da visão holística: "Os melhores investidores têm uma capacidade muito boa de dar dez passos para trás e ver aquela situação, aquele empresário, aquela empresa, dentro de um contexto setorial e histórico". Isso contradiz a percepção comum de que investir é principalmente um exercício de modelagem e análise de setor específico. É mais arte, do que ciência. A visão ampla permite identificar padrões além dos dados imediatos, com vários entrevistados do podcast demonstrando interessante correlação entre excelência em investimentos e apreço por arte, música e literatura2. Lidando com a complexidade: síntese supera análiseA pergunta que eu estava mais interessado era entender como grandes investidores lidam com a complexidade do mundo.A resposta veio na prática interna do Atlântico. Há dois rituais:* Resumir a tese de investimento em uma página.* Construção do memo no qual a narrativa está em torno do “What we have to believe”, no qual poucas hipóteses são as mais importantes para o sucesso ou fracasso do investimento.3. Macro versus Micro: Decisões no Longo PrazoPraticamente todos os investidores entrevistados compartilharam a visão unânime de que o cenário macroeconômico tem impacto limitado no sucesso de seus investimentos de longo prazo. Florian Bartunek, Fersen Lambranho e outros grandes investidores convergiram neste ponto: embora o macro influencie prazos mais curtos, é o micro que determina o sucesso duradouro."O micro sempre ganha do macro", resume Júlio, observando que mesmo em tempos de instabilidade econômica, empresas excepcionais continuam prosperando.Isso contrapõe a preocupação obsessiva com fatores macroeconômicos que permeia muitas discussões sobre investimentos no Brasil. "A gente no dia a dia, na discussão do dia a dia, na leitura do dia a dia, a gente coloca muito peso no macro, na política. Mas quando você tem um horizonte de longo prazo, essas mudanças de seis meses, ou até de poucos anos, acabam desaparecendo."Até por isso que grandes empresas (e startups) são formadas em períodos turbulentos. O macro pode até afetar seu valuation e a liquidez do mercado, mas o seu produto, time e mercado é o que dita o seu destino. Macro é um bug, mas pode ser uma feature, afinal, volatilidade traz oportunidades e melhores preços para investir em empresas ou mercados de altíssima qualidade. 4. Intuição informada: um ativo subestimadoMartín Escobari, da General Atlantic, trouxe uma perspectiva que me fez pensar muito sobre a tomada de decisões baseada em "intuição informada", no qual a sua experiência passada com a pessoa, empresa, mercado, modelo de negócio te oferece informações “irracionais” de altíssimo valor para tomada de decisão. Por exemplo, é muito mais fácil ter intuição sobre pessoas que você conhece há anos versus aquelas que acabou de conhecer.No mesmo assunto de intuição, Andy Rachleff, citado por Júlio, afirmava que "nunca fiz um investimento que deu muito certo que eu não sabia nos primeiros 30 segundos."Essa intuição, contudo, não é mística, mas resultado de experiência acumulada. Júlio distingue: "A intuição sobre um tema ou situação que você não tem muita experiência, você deveria pesar menos. Se é sobre algo que você já viu muitas vezes, eu acho que deveria pesar mais, porque a intuição nada menos é do que um resumo do seu cérebro de um volume de informação infinito."5. Documentando erros: a cultura do aprendizadoNo episódio com Paulo Passoni, ele menciona uma prática particularmente impressionante: sempre que cometia um erro, documentava e enviava por e-mail para toda sua firma de investimento. Essa cultura de transparência sobre falhas emergiu como tema recorrente entre os grandes investidores."Todo mundo falou da naturalidade do erro, de que é comum você errar", observa Júlio. "Quase todos os entrevistados tinham aquela perspectiva de crescimento pessoal, aquele growth mindset... você sempre vê em toda oportunidade, inclusive nos grandes erros e fracassos, uma oportunidade de aprender e crescer." 6. O perigo do viés: o caso da NaturaEm um dos episódios mais impactantes, Luiz Orenstein da Dynamo compartilhou como o investimento de décadas na Natura criou um "apego" que dificultou enxergar sinais de alerta quando a empresa começou a enfrentar problemas. Esse viés congnitivo é particularmente crítico em venture capital, onde se tende a "torcer" muito pelo fundador ou pela tese.No Atlântico, eles combatem esse risco com processos estruturados: "A gente tem uma reunião periódica para revisitar as nossas decisões de investimento... e ali a gente tem uma estrutura comum para discussão e um dos temas que a gente tem é exatamente uma lista de viéses pessoais do time, positivos e negativos", explica Victor. Tornar explícitos os viéses diminui sua influência inconsciente.7. Falseabilidade: testando a robustez das tesesUma das técnicas mais poderosas importadas pelo Atlântico é o processo de "falseabilidade" da Dynamo Investimentos: "A ideia é que o analista que está defendendo e liberando aquela análise é responsável por construir o case. E o papel de todos os outros é tentar falsificar as premissas daquilo", explica Victor.Em vez de buscar confirmação, o time deliberadamente testa por que uma tese não funcionaria, garantindo que todos sejam incentivados a questionar e contestar as premissas. "Nesse processo, naturalmente, ou você identifica falhas ou você torna o teu racional muito mais robusto."8. O risco do "poder imperial"Luiz César Fernandes compartilhou uma lição valiosa sobre o chamado "poder imperial" - a tendência de líderes com grande concentração de poder pararem de escutar seus sócios ou equipe. Ele citou tanto sua própria experiência no Pactual quanto o caso recente da Americanas com Jorge Paulo Lemann, onde a concentração excessiva de decisões levou a falhas graves."Quando você tem um líder que talvez acredita demais na sua própria decisão, você tem um elemento ali quase que de arrogância e através disso você pára de escutar os seus sócios", observa Victor. Este risco é particularmente relevante para fundos e startups em crescimento, onde a dinâmica de poder precisa evoluir com a organização.9. Multidisciplinaridade: a chave para sociedades de sucessoA diversidade de perfis e habilidades emergiu como ingrediente crítico para sociedades bem-sucedidas. Victor cita o trio fundador do Pactual (Luiz César Fernandes, Paulo Guedes e André Jakurski): "Cada um deles tem uma personalidade muito diferente e agregando uma coisa essencial àquela sociedade inicial... O César como empreendedor e otimista, o Jakurski como gestor de risco, e o Paulo Guedes com a visão de longo prazo."Esse modelo de complementaridade, onde cada sócio traz um "superpoder" diferente, cria uma equipe cuja soma é maior que as partes individuais.10. Educando filhos: o poder do exemploEmbora o foco do podcast seja investimentos, Júlio frequentemente perguntava aos entrevistados sobre educação de filhos - um tema que revela muito sobre valores e princípios. A lição mais consistente que emergiu foi sobre a força do exemplo."A importância do exemplo é muito mais do que você faz, como você faz, os seus filhos verem você fazer aquilo. Isso sendo 1000 vezes mais importante do que o que você fala", reflete Júlio. "Se você quer criar filhos com ética, seus filhos vendo você tomar decisões difíceis que talvez não são as óbvias, que demonstram essa ética, é importante."O Equilíbrio entre Arte e CiênciaA expressão "a arte e a ciência de investir" serve como slogan do podcast, e essa dualidade permeia toda a conversa. É curioso a ênfase que os grandes investidores dão à arte ao invés da ciência.Essa observação reflete um padrão entre os entrevistados: os grandes investidores valorizam elementos aparentemente subjetivos - intuição, criatividade, pensamento multidisciplinar - tanto quanto, ou até mais que, análises quantitativas rigorosas.No mundo do venture capital, onde a assimetria de informação é inevitável e os métodos tradicionais de avaliação frequentemente falham, essa abordagem faz sentido. Como Júlio coloca: "Se você consegue encontrar de fato um produto ou serviço que encaixa com uma necessidade grande do mercado de uma forma muito única, o resto meio que se resolve."Obrigado Júlio e Victor pelo espaço. Recomendo ouvir o Atrás do Retorno. Capítulos: (0:00) Introdução e propósito do podcast (4:04) O maior aprendizado após 12 episódios (6:27) Dualidade entre complexidade e síntese (7:31) Como viés pode afetar decisões de investimento (11:14) Erros de omissão e a importância de revisitar decisões (15:05) Resumir uma tese de investimento em 1 página (17:07) Como identificar o fator-chave de sucesso (18:19) Macro versus micro na hora de investir (22:33) Filtrar o ruído no excesso de informação (26:01) Intuição como ferramenta decisiva (32:10) O que define um analista ou sócio excepcional (36:34) Os riscos da arrogância e do “poder imperial” (49:01) O que o podcast mudou no processo do Atlântico (51:08) Produzir conteúdo com profundidade e intenção (54:25) Como escolhe
E aí! Lucas Abreu aqui.Para este domingo, uma participação especial. O Thomaz é um jovem de 23 anos que desde a primeira interação me impressionou demais: inteligente, perspicaz e íntegro.Aos 23 anos, Thomaz articula com uma clareza o que ele chama de "Niilismo Financeiro" — um conceito que explica por que tantos jovens da Geração Z parecem ter abandonado os caminhos e valores tradicionais de construção de riqueza, carreira e vida. Alguns dados que vão te surpreender: imóveis custam 7,3x a renda anual (o maior índice da história), metade dos jovens ganham menos que seus pais na mesma idade, educação superior está 710% mais cara que há quatro décadas.Se você é líder, gestor, pai, mãe ou simplesmente alguém tentando entender por que essa geração parece operar sob regras completamente diferentes, este artigo é essencial. Não é um manifesto de vitimismo, mas uma análise lúcida que te fará mais empático e sábio. Espero que você goste o tanto quanto eu gostei.Fiz uma discussão em vídeo com o Thomaz sobre este artigo. Se preferir escutar ao invés de ler, acesse por aqui. Para mais, siga o Thomaz no LinkedIn e na sua newsletter. Assine o Sunday Drops abaixo e se junte aos mais de 10.000 empreendedores e investidoresEsta edição é apoiada pela Onfly. A Onfly é uma solução que está revolucionando a experiência de viagens corporativas e despesas, para as empresas e funcionários. Ela nasceu para atender pequenas e médias empresas, e agora também oferece o Onfly Corporate, uma solução personalizada para grandes contas, com atendimento dedicado e total personalização.O resultado? Mais controle, segurança, dados em tempo real e até 35% de economia nas viagens das empresas. Mais de 2.000 empresas confiam na Onfly. Saiba mais sobre como a Onfly pode ajudar sua empresa:Niilismo Financeiro — o que está por trás do silencioso Zeitgeist da Geração Z?"Uma verdade convencional pode ser importante – é essencial aprender matemática básica, mas isso não lhe dará uma vantagem. Não é um segredo.Então, quando você pensa sobre que tipo de empresa construir, há duas perguntas a fazer: Quais segredos a natureza não está lhe contando? Quais segredos as pessoas não estão lhe contando?"Peter ThielEste texto nasce de uma insatisfação.Como um Gen Z, percebo um silencioso espírito do tempo (o que alguns chamariam de zeitgeist) tomando conta da minha geração. É intangível e discreto, mas influencia como tomamos decisões, planejamos o futuro, nossas opiniões, apetite a risco, ambições.São poucas as pessoas que parecem enxergar esse movimento. Menos pessoas ainda já se preparam para antecipar as oportunidades que estão por vir.Justiça seja feita, esse não é um conhecimento trivial e de fácil acesso. Você dificilmente achará conteúdo sobre isso online, em aulas de faculdade, livros, ou em conversas cotidianas — afinal, este é um segredo.Aquele tipo que é imperceptível durante anos — mas, depois que te contam, se torna gritante e impossível de ignorar. Gera aquela pergunta “Era tão óbvio, como eu nunca percebi isso antes?”Esse segredo importa, porque é impossível construir o mundo em que você quer viver quando você sequer entende o mundo em que já está. E, para mim, já estamos vivendo esse segredo, apenas precisamos que alguém nos conte como chegamos até aqui.Você, com certeza, já viu matérias, podcasts, e até coaches tentando responder “como lidar com a Geração Z”. Normalmente, aliada a essa pergunta vem descrições como: impacientes, ansiosos, avessos ao trabalho duro, sempre em busca de um atalho.Isso não me irrita. De fato, lidamos com trabalho, dinheiro, relacionamentos, e ambições de maneira diferente de outras gerações. Não posso fazer nada sobre como as pessoas interpretam essa nova forma de lidar com o mundo.O que me incomoda, é a aceitação, sem qualquer inquietação, de definições rasas baseadas em uma enorme assimetria de pensamento — quando, na realidade, existe uma razão muito mais profunda para operarmos de forma tão diferente: a Geração Z está estrangulada.Se você faz parte dela, talvez se reconheça aqui:* Moradia consome mais da sua renda do que consumia dos seus pais ou avós;* Há 50% de chance que você ganha menos que seus pais quando tinham sua idade;* Educação superior de elite parece fora de alcance;* Você é mais pessimista e cético sobre o mundo do que seus pais ou avós;* Provavelmente você se casará mais tarde e terá menos amigos do que as gerações passadas.Isso não é vitimismo. É o status quo. Cada geração tem o seu. Este é o nosso.E então, o que você faz quando herda um mundo com desafios sem precedentes e com pouco sinal de melhora?Você procura alternativas — qualquer caminho que aumente suas chances de escapar dessa realidade sufocante.E aqui está a conclusão: as alternativas tradicionais para a mobilidade social estão quebradas.A Geração Z entendeu que empregos tradicionais — de colarinho branco, das nove às cinco — que permitiram aos nossos pais comprar uma casa, pagar educação e criar uma família, hoje mal nos permitem viver “from paycheck to paycheck”.Você com certeza já viu matérias sobre o boom das apostas esportivas, memecoins, prediction markets, mulheres jovens ganhando com OnlyFans mais dinheiro que diretores de empresas listadas, o fenômeno do WallStreetBets/GameStop, sonho dos jovens de ser influencer, founder em venture-track, micro SaaS, marketing digital, etc..Todos esses são apenas sintomas. O segredo não está aí.O segredo está na origem desses fenômenos — o desespero da Geração Z por alternativas que ofereçam retornos de 5:1, 10:1, 100:1. O que no mundo do Venture Capital chamariam de venture returns, mas aplicado à vida como um todo.Sim, eu concordo. Alguns caminhos acima são controversos. As pessoas fazem loucuras e toleram riscos questionáveis em busca de uma chance de mudar suas vidas. Tempos drásticos exigem medidas drásticas."De acordo com um novo estudo conduzido pela Qualtrics, 45% da Geração Z se consideram empreendedores digitais paralelos, definidos como pessoas que ganham renda adicional online, fora de seu trabalho principal. Isso inclui coisas como desenvolver conteúdo nas redes sociais, vender produtos no Etsy e Ebay, e crescer audiências pagas em plataformas como Substack e OnlyFans.Essa mudança em direção a ganhar renda online ocorre em um momento em que muitos jovens estão lutando para encontrar trabalho. De fato, mais de um terço (36%) da Geração Z diz que está lutando para encontrar um emprego corporativo, levando muitos candidatos endividados e altamente educados a compartilhar sua experiência nas redes sociais."Geração Z ganha seis dígitos como empreendedores digitais paralelos, novo estudo revela - Intuit Credit KarmaEntão, quando você ouvir “a Geração Z é impaciente” ou os “jovens não querem mais trabalhar duro" porque um garoto de 20 anos quer virar influenciador, founder, ou viver de escrever online, não é que ele está atrás de um atalho. Ele apenas está fazendo conta.Matemática 1: moradia mais distante do que nuncaO gráfico a seguir mostra o preço de imóveis versus a mediana de renda das famílias nos EUA ao longo do tempo.Pense nisso como "Se uma família média alocasse 100% da renda anual para comprar um imóvel, quanto tempo ela demorariam para comprar o imóvel?”* Baby Boomers aos 25 anos: imóveis custavam 4x - 4,6x sua renda anual;* Antigos Gen X (nascidos entre 1965 - 1975): mesmo cenário.* Já os mais jovens da Geração X (nascidos entre 1975 - 1980) e os primeiros Millennials pegaram a bolha imobiliária de 2008. Isso fez com que os preços atingissem 6.8x da renda anual média, a pior condição da história até aquele momento.* Apesar dos mid e late Millennials terem completado 25 anos em condições melhores que a parcela mais antiga de sua geração, toda a geração de Millennials, do mais antigo ao mais novo, viveram com imóveis custando +5x da renda anual média.A última vez que isso tinha acontecido foi durante a Segunda Guerra Mundial.Então, o COVID acontece, o Fed imprime trilhões de dólares, o Gen Z mais velho completa 25 anos em 2022 e os imóveis disparam para 6,5x — 7x renda anual. O dado mais recente é de Dezembro/2024: 7,3x — o mais alto que se há registro na história.Você consegue adivinhar o que acontece com a de % de jovens que moram com os pais e a mediana de idade de first-time homebuyers ao longo do tempo?Não acho que seja preciso induzir alguma reflexão. Você já pegou o ponto.Matemática 2: tire do emergente e dê ao incumbenteDe 1989 a 2023, a riqueza das famílias americanas aumentou 7x — $20 trilhões para $143 trilhões.Os beneficiados foram os ricos e as gerações mais antigas.Enquanto pessoas com mais de 70 anos aumentaram seu share da riqueza em ~60%, gerações mais jovens perderam 40%.Sob uma perspectiva de classe social, os quartis mais privilegiados da sociedade — top 0.1% e 1% — aumentaram seu share da riqueza total em 8 p.p. Enquanto isso, o quartil “popular” (50-90% e bottom 50%) viram seu share cair de 40% para 34%.Na prática, essa mudança significa +$8 trilhões de dólares mudando de mãos em três décadas.Pela primeira vez na história dos EUA, metade dos jovens de 30 anos ganha menos dinheiro do que seus pais aos 30.Sob uma perspectiva de qualidade de vida, globalmente, apenas 50% das pessoas entre 15 e 29 anos acreditam ter um padrão de vida melhor que seus pais. A América Latina é a segunda pior região, com apenas 45%.Mas, digamos que você é um jovem que quer escapar essas estatísticas.Você é inteligente e entende que os melhores retornos financeiros exigem tolerar riscos. Então, você se vê o mercado de ações como sua saída.Em 2005, o S&P500 valia 1.2k pontos. No mesmo ano, a renda média anual americana era de $35k.Em 2015, o S&P estava na casa dos 2k pontos, e a renda média anual em $48k.Em 2024, o S&P fecha nos 6k pontos e a renda média anual em $73k.Ou seja, enquanto o índice das maiores empresas do mundo valorizou-se 5x em duas décadas, a riqueza do cidadão médio americano aumentou apenas 2x.Outra forma de enxergar isso é a quantidade de pontos que você poderia c
Rodrigo Terron é a definição de “Pessoa Legal” (espécie em extinção). Ele não quer ser melhor do que ninguém, é muito aberto e têm uma pré-disposição quase que estranha de tentar ajudar. Ele representa uma geração de empreendedores tech que construíram seu caminho sem conexões privilegiadas ou o pedigree tradicional.De operador de telemarketing a fundador de múltiplas empresas, Terron é uma figura relevante do ecossistema tech nacional. Em seu mais recente episódio, ele compartilha sua trajetória desde a fundação da Shawee (posteriormente adquirida pela Digital House), passando pela turbulenta experiência como sócio da Los Grandes (organização de eSports), até seu atual empreendimento, a NewHack - uma plataforma de investimento, educação e fomento para fundadores técnicos.Escute no Spotify, Apple Podcasts ou Youtube.Este episódio só é possível graças aos nossos parceiros:* Salvy: A operadora que está revolucionando a telefonia para empresas. (https://www.salvy.com.br/startups)* Onfly: A plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas. (https://www.onfly.com.br/)Principais Insights1. Evento é uma festaTerron revela como transformou o modelo de hackathons da Shawee em um poderoso instrumento de networking e desenvolvimento de negócios. Ao invés de simplesmente executar eventos para clientes corporativos, a Shawee utilizava-os como plataformas estratégicas de relacionamento."Eu descobri que o hackathon era alguém, alguma corporação me contratando para organizar uma festa e eu decidi que ia para festa... eu decidia quem eram os participantes, os mentores, os jurados, os patrocinadores", explica Terron. O poder de organizar eventos é muito grande. Aplicação prática: Empreendedores devem enxergar eventos não apenas como produtos ou serviços, mas como ativos estratégicos de desenvolvimento de rede. A curadoria intencional de participantes e conexões pode gerar um "gatilho de gratidão" e estabelecer sua marca como mediadora de valor no ecossistema.2. Vender para B2B Um diferencial significativo da Shawee foi sua capacidade de entender e navegar pelas complexas estruturas de grandes corporações. Terron descreve como evoluiu de vender para apenas um departamento para criar estratégias multissetoriais dentro das empresas."Você tem que entender como o orçamento funciona. Quem é o dono do dinheiro ou dos dinheiros... Eu entrava no Itaú e o marketing me procurou. Mas eu falava: se eu fazer esse evento só com o dinheiro do marketing vai ficar pequeno, porque o marketing tem só 50.000. Vou procurar o RH também... Aí, quando atingia um resultado, eu virava e falava: 'Quem são os maiores gastos do Itaú de tecnologia? Vamos chamar eles pra ser parceiro.'" Navegar o B2B é uma ciência só e uma forma de amplificar o impacto de orçamento. Aplicação prática: Para empresas B2B, especialmente as que vendem para corporações, é importante mapear os centros de orçamento e construir estratégias para ampliar o escopo e valor de seus contratos. 3. O Paradoxo da Experiência Prévia em Novos MercadosApesar da expertise em tecnologia e construção de comunidades, Terron teve períodos complexos ao entrar no mercado de eSports com a Los Grandes. A falta de conhecimento específico do setor culminou em problemas significativos, incluindo uma dívida de 7 milhões de reais . "Um aprendizado grande é tomar cuidado para não entrar com muita intensidade numa coisa que você não conhece tão bem. Até então, na minha carreira, tudo o que eu ia fazendo tinha muito conhecimento. Eu fui para a indústria de eSports e não conhecia nada. Tomei boas decisões, mas tomei péssimas decisões."Aplicação prática: Quando explorando novos mercados, é preciso equilibrar a ambição com uma abordagem de descoberta disciplinada. Ter especialistas do setor e limites claros para investimentos iniciais é mandatório. Como o Terron disse, ele saiu de “milionário para endividado”. 4. Resiliência Operacional em Tempos de CriseA narrativa de quase-colapso e ressurgimento da Los Grandes oferece um estudo de caso sobre gestão de crise e comunicação transparente. Terron descobriu que manter canais abertos com credores e parceiros, mesmo em situações difíceis, foi fundamental para a recuperação. Um fornecedor relatou: "Sempre que você vinha fazer um call comigo, você me explicava tudo, você me dava contexto... Eu entendia por que o problema estava acontecendo. E cara, eu resolvi o meu problema, vocês resolveram, pagaram... Se você precisar de alguma coisa, eu trabalho com você sem medo."Aplicação prática: Comunicação é confiança. Contextualize os desafios, apresente planos claros de recuperação e mantenha relacionamentos intactos, pois estes serão essenciais para a reconstrução.5. A Tese do "Tech Founder" e a Democratização do Empreendedorismo TecnológicoCom a NewHack, Terron está criando um modelo de venture capital que desafia o perfil tradicional do empreendedor ideal. Seu foco está em desenvolvedores técnicos que identificam problemas específicos e os transformam em negócios, mesmo sem credenciais convencionais."A gente tá olhando para esse perfil do tech founder, que é o cara que está olhando para empreender em qualquer segmento do mercado, mas com uma perspectiva um pouco mais de base tecnológica... Tem um espaço para uma nova geração de empreendedores que ficaram um pouco menos óbvios."Capítulos(0:00) Introdução(2:10) A fundação da Shawee e a importância do Hackathon(7:15) Como vender para grandes empresas e navegar em corporações (12:30) O hackathon como estratégia de networking e posicionamento (18:00) A fusão com a Rocketseat e o desafio de escalar rápido (24:40) Profissionalização da gestão e estruturação de liderança (31:00) Venda da empresa e chancela como marco na carreira (36:30) Entrada no mercado de eSports e os erros cometidos (43:10) Crise, dívida milionária e como reverter o jogo (50:00) A força das conexões nos momentos de dificuldade (54:30) Reaprendizados e o peso da responsabilidade como founder (59:10) O nascimento do NewHack e a nova visão de negócios (1:03:00) Aprender fazendo: de volta à operação e ao conteúdo (1:08:00) Reflexões sobre timing, reputação e impacto This is a public episode. 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Luiz Ramalho é o fundador da Magie, um banco no WhatsApp (que sou heavy user). Ela atua sobre duas infraestruturas no cerne do dia-dia do brasileiro: o PIX e o WhatsApp, que alcança 92% da população. A Magie foi uma das primeiras experiências de “agente” no WhatsApp. Neste episódio, exploramos os fundamentos por trás da Magie, discutimos o papel da IA como infraestrutura conectiva e avaliamos por que o Brasil pode estar se tornando o maior laboratório de inovação em mensageria do mundo.Escute no Spotify, Apple Podcasts ou Youtube.Este episódio só é possível graças aos nossos parceiros:* Salvy: A operadora que está revolucionando a telefonia para empresas. (https://www.salvy.com.br/startups)* Onfly: A plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas. (https://www.onfly.com.br/)Principais Insights1) Engenharia de Interfaces entre Redes ExistentesA proposta da Magie vai além da automação: ela cria interoperabilidade entre redes estabelecidas. Como resume Ramalho: “Conectamos o WhatsApp ao PIX sem depender de nenhum dos dois fazer adaptações — apenas transformando texto em ordem de pagamento.” IA atua como ponte inteligente entre sistemas populares, mas isolados.Implicação: Soluções vão surgir não somente da construção de novas redes, mas da redução de fricção entre plataformas já massificadas. Contraposicionamento Estratégico com IncumbentesA Magie exemplifica o conceito de counter positioning, formulado por Hamilton Helmer do 7 powers: um modelo de negócio que players dominantes não conseguem adotar sem comprometer sua base atual de receita.Enquanto bancos incentivam o uso de seus próprios apps para maximizar cross-selling, a Magie opera nativamente no WhatsApp — onde os usuários já estão.Implicação: A diferenciação mais poderosa não está em tecnologia superior, mas também em modelos de negócios que criam dilemas estratégicos para incumbentes. Atendimento como diferencialDesde o MVP, a Magie operou pagamentos manualmente para entender padrões de uso antes da automação (João, co-founder, era a Magie rs). Hoje, para permanecer próximo dos clientes, eles mantém um grupo de WhatsApp com quase mil clientes ativos, e o próprio CEO responde diretamente aos usuários.Implicação: Atendimento não é apenas suporte — é um radar estratégico. O contato direto com o usuário revela problemas reais antes que eles se tornem estatísticas. O que parece pouco escalável pode ser o que mais escala inteligência. Falei sobre isto no artigo Como a Obsessão pelo Cliente Transforma Negócios. Nele tem o case da Magie. A Economia da Inteligência Tendendo a ZeroRamalho propõe uma provocação: “Assuma que o custo marginal da inteligência vai tender a zero, como aconteceu com a eletricidade.” Isso muda a lógica de produto: o foco não deve ser “o que automatizamos com ROI positivo hoje”, mas “quais conexões criaríamos se inteligência não custasse nada”.Implicação: Mapeie dois caminhos - um com as restrições de hoje, outro com abundância futura. As empresas que se posicionarem desde já para esse segundo cenário colherão vantagens desproporcionais.O Brasil como Arbitragem Estratégica em FintechCom menor competição, custos operacionais reduzidos e infraestrutura pública sofisticada (PIX, Open Finance), o Brasil oferece uma boas oportunidades. O país se consolidou como laboratório de mensageria — o WhatsApp atinge 92% da população, versus 42% nos EUA e 55% na Índia.Implicação: Fundadores brasileiros estão em posição única para exportar soluções baseadas em WhatsApp. Gestão de Risco em Plataformas MonopolistasConstruir dentro do WhatsApp trouxe adoção rápida à Magie, mas também riscos: limitações de design, regras opacas da Meta e ausência de suporte direto. “Você está jogando com as regras deles — e elas podem mudar a qualquer momento,” alerta Ramalho.Implicação: Produtos que dependem de plataformas dominantes devem desenvolver ativos próprios (marca, comunidade, dados), diversificar canais de aquisição e se preparar para mudanças abruptas.Inversão como Framework DecisórioInspirado por Charlie Munger, Ramalho aplica o princípio da inversão no desenvolvimento de produto: “Ao invés de perguntar por que a empresa vai dar certo, pergunto o que faria ela dar errado.” Essa abordagem expõe riscos ocultos e melhora a alocação de recursos.Implicação: Institucionalize a inversão como prática de planejamento. Forçar times a nomear falhas potenciais fortalece a antifragilidade de produtos e decisões estratégicas.Teste a Magie: https://magie.com.br/O WhatsApp como Ecossistema Global em FormaçãoO caso da Magie não é isolado. O Brasil abriga startups que transformam o WhatsApp em infraestrutura crítica:* ChatClass: Educação popular via WhatsApp* Felix Pago: Remessas internacionais sem fricção* BeConfident: Ensino de idiomas contextualizadoImplicação: O Brasil pode ser para o WhatsApp o que Israel foi para a cibersegurança. Fundadores que entenderem as dinâmicas locais e criarem produtos nativos para essa interface terão vantagem global conforme a adoção aumenta em outros países.Saiba mais neste artigo: Capítulos: (0:00) Introdução (3:10) Origem do nome Magie e a conexão com magia e Monopoly (6:00) Como a IA transforma áudios e mensagens em pagamentos (9:20) MVP manual e os aprendizados da fase inicial (12:00) Diferenciação contra grandes bancos(15:30) Estratégia de inovação e os dilemas dos incumbentes(18:45) O Brasil como terreno fértil para inovação(21:10) Obsessão por experiência do cliente (25:00) Open Finance e desafios técnicos com bancos (28:00) IA como infraestrutura para colar redes (31:40) WhatsApp como plataforma: vantagens e limites (36:10) O futuro da IA e o custo da inteligência caindo (40:00) Paradigmas de desenvolvimento com IA (43:50) Curadoria humana e aprendizado de máquina (46:00) Limitações e aprendizados de criar dentro do WhatsApp (49:00) O mito de "parceria com o WhatsApp" e conselhos para founders (51:00) A cultura de ajuda entre founders (53:00) Modelos mentais e a importância de pensar invertido (56:00) Considerações finais e convite para usar a Magie This is a public episode. 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