#010 Refúgio
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E chegamos ao décimo COMPORTARE, um verbo que indica que modos portamos conosco diante dos outros. Se lhes fazemos bem, em que os agradamos ou desagradamos, por usos e costumes, aparência, por gestos, por modo de vestir-se, de falar e outras coisas.
Mas a pauta deste 10º episódio é o tema do REFÚGIO. O Brasil se diz acolhedor e é visto como uma espécie de Casa da Mãe Joana para quem chega aqui, sem muitas regras a cumprir, diferentemente do que acontece em outras nações.
Porque então, com tantos refugiados mundo afora, o Brasil recebe apenas 2% dos refugiados, segundo ONU. Há o equivalente à população de três Argentinas ou dez Holandas vagando pelo mundo em busca de refúgio. Cerca de 700 mil destas pessoas vivem no Brasil, a maioria de venezuelanos, seguidos por haitianos e cubanos. No total, o Brasil recebe refugiados de 163 países.
Cynthia Soares Carneiro, professora da USP e especialista no tema, destaca a vizinhança como forte causa de procurar refúgio. Não havendo país vizinho acolhedor, jogam-se ao mar, às vezes morrendo afogados, como tem acontecido na Europa ou sendo recusados de porto em porto e vivendo às custas da caridade de organizações internacionais.
Não raro foram erguidos muros físicos para separar-se uns dos outros. Às vezes dentro de um mesmo país, como o Muro de Berlim. Outras vezes, para impedir que os vizinhos entrem, como fez os EUA com o México.
Além de venezuelanos, o Brasil tem recebido atualmente milhares de refugiados, sobretudo do Leste europeu, como a Ucrânia, e do Oriente Médio, como palestinos, sírios, afegãos, libaneses e outros.