#134 E do fungo fez-se carne!, com Eduardo Sydney
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O mundo é dos fungos.
Eles estão em centenas de de alimentos e bebidas - leveduras, que são tipos de fungos, são indispensáveis para a produção de cerveja , vinho , saquê , uísque , cachaça, pão, queijo roquefort e camembert, ácido cítrico... Aquele shimeji na manteiga ou portobello recheado e outros cogumelos, são fungos.
A existência de liquens - associação de algas e fungos - permite a colonização de novos ambientes, já que estes organismos degradam rochas e auxiliam na formação do solo, propiciando o estabelecimento de novas espécies ao longo do tempo. Liquens, ainda, têm capacidade antibacteriana, e são utilizados como matéria prima na fabricação de corantes, perfumes finos, geleias.
E de micélio, você já ouviu falar?
Micélio, o “corpo” ou a “raiz” dos fungos, é formado por milhares de pequenos fios, as hifas. As hifas são redes que os fungos formam debaixo da terra e não apenas ajudam as árvores a buscar água, como também cria conexão entre elas, tornando possível, literalmente, alertarem umas as outras sobre possíveis perigos. Além de tudo isso, o micélio vem se tornando uma opção mega saudável de alimento análogo a carne - sim, análogo a carne!
Para conversar sobre a carne de micélio (ou, em inglês, mush based meat), nosso convidado é Eduardo Sydney. Engenheiro de formação e com dupla diplomação de doutorado (Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia pela Universidade Federal do Paraná e Engenharia de Processos pela Université Blaise Pascal - Clermont-Ferrand, França), Eduardo trabalha com desenvolvimento de biotecnologias para valorização de resíduos agroindustriais e, desde 2021, é diretor de tecnologia da Typcal, atuando no desenvolvimento de produtos alimentícios a base de micélio.