O economista Nuno Garoupa, especialista em direito comparado, identifica as instituições como a principal razão do atraso português.

Será a posição geográfica, o catolicismo, as instituições, as elites extrativas e/ou a questão cultural que nos trouxe ao ponto de estagnação em que estamos?
O facto de sermos uma sociedade com baixa confiança inter-pessoal, de sermos um povo desconfiado, invejoso e com baixo capital social também ajuda a esta situação?

🎙️ Neste episódio do podcast “Conversas à Solta” da Associação LAD examinamos à lupa o actual contexto nacional, esmiuçando os eventuais factores que nos trouxeram a uma situação de total bloqueio da sociedade, de muito difícil resolução.
Quase 50 anos após o 25 de Abril podemos concluir que as nossas instituições estão incapazes de se regenerar e que somos uma sociedade conformista e conformada.
O excessivo poder dos partidos políticos e uma fraca sociedade civil são outros dos entraves à resolução do problema.
O descontentamento popular é notório seja pelo desinteresse, seja pelo voto de protesto.
Onde nos poderá levar este perigoso caldeirão?
Será possível sair desta situação sem dor?
Estará a sociedade disposta a isso?

Junte-se a nós nesta reflexão profunda sobre o país que temos, como somos, onde estamos, como aqui chegámos, como regeneramos as nossas instituições e quais os possíveis cenários futuros.

Bio: Nuno Garoupa nasceu a 18 de Maio de 1970 em Lisboa.
É Presidente da European Association of Law & Economics, professor de Direito na Universidade George Mason, nos Estados Unidos e titular da Chair in Research Innovation, Católica Global Law School.
Licenciou-se em Economia pela Universidade Nova de Lisboa, é mestre em Economia e em Direito (LL.M.) pela Universidade de Londres e doutor em Economia pela Universidade de York, no Reino Unido.
Assumiu funções no Conselho Executivo da American Society for Comparative Law (2021-2023), depois de ter presidido a Associação Espanhola de Direito e Economia entre 2017 e 2021. Foi professor na Universidade do Texas A&M (2015-2018), na Universidade de Illinois (2007-2015), na Universidade Nova de Lisboa (2001-2007) e na Universidade Pompeu Fabra de Barcelona (1998-2001).
Recebeu o prémio Julián Marías, pelo governo da Comunidade Autónoma de Madrid, em 2010. É autor de mais de 150 artigos científicos publicados em revistas internacionais.
Foi Presidente do Conselho de Administração da Fundação Francisco Manuel dos Santos entre 2014 e 2016 e é membro do seu Conselho de Curadores desde 2018.

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Esta conversa foi editada por: David Bio Fonseca.