A ascensão de mulheres em grandes corporações é um tema cada vez mais relevante no mundo dos negócios, contudo, ainda enfrenta obstáculos significativos, incluindo as limitações temporais às carreiras daquelas que conseguem crescer nas empresas.

Primeiramente, é crucial abordar a questão dos estereótipos de gênero e da desigualdade estrutural, dois fatores que desempenham um papel significativo na limitação da progressão de carreira das mulheres. Apesar dos avanços na igualdade de gênero, muitas organizações ainda demonstram uma preferência, consciente ou inconsciente, por líderes masculinos, baseada em preconceitos sobre o estilo de liderança e capacidades de gestão.

Além disso, a falta de representatividade feminina em posições de liderança resulta em um déficit de modelos de role e mentores para mulheres em estágios iniciais de sua carreira. Isso é agravado pela tendência de redes de networking serem dominadas por homens, criando barreiras adicionais para as mulheres que buscam construir conexões profissionais significativas. Questões como maternidade e responsabilidades familiares também são vistas como barreiras à progressão de carreira, com muitas mulheres enfrentando discriminação e preconceitos que questionam sua dedicação e capacidade de liderar eficazmente.

Para superar esses desafios, é essencial que as grandes corporações implementem políticas de inclusão de gênero e programas de mentoria destinados especificamente a apoiar o desenvolvimento profissional das mulheres. Além disso, promover uma cultura de trabalho flexível que reconheça e se adapte às necessidades diversas de todos os funcionários pode ajudar a mitigar as limitações temporais enfrentadas pelas mulheres. O compromisso com práticas de contratação e promoção equitativas, bem como o apoio à paternidade e maternidade, são passos fundamentais para garantir que as mulheres possam progredir em suas carreiras sem serem prejudicadas por suas responsabilidades fora do trabalho.

Em suma, enfrentar as dificuldades de ascensão e as limitações temporais nas carreiras de mulheres em grandes corporações requer um esforço concertado para mudar culturas organizacionais, políticas e práticas. Ao promover um ambiente mais inclusivo e equitativo, as empresas não apenas avançam na igualdade de gênero, mas também se beneficiam da ampla gama de perspectivas e habilidades que as mulheres trazem para a liderança e inovação.

A entrevistada da semana é Juliana Alganaraz, renomada executiva sênior com uma carreira de 28 anos em entretenimento e marketing. Ela é sem sombra de dúvidas uma líder visionária na América Latina. Destacada por sua capacidade de impulsionar o crescimento da receita e promover a inovação, ela se destaca como uma das 30 mulheres mais influentes do entretenimento global pela Variety.

Ex-CEO da Endemol Shine Brasil, Juliana conseguiu a façanha de aumentar sua receita em… atenção… 265%, expandindo os negócios de conteúdo digital na América Latina. Sua liderança foi fundamental na consolidação da Endemol e na condução da premiada série "A Ponte" para a HBO+, vencedora de um Emmy Internacional em 2023, sem contar sua passagem pelo Porta dos Fundos, como CEO!

Fundou sua empresa, a LaReina, em 2021, com foco em desenvolver, criar e potencializar o branding, as experiências e o storytelling de marcas e pessoas. Assim como produzir programas e conteúdos para streamings e televisão.

Com uma trajetória marcada por sucesso, e também alguns perrengues, Juliana Algañaraz continua a deixar sua marca no setor, combinando inovação, inclusão e resultados extraordinários.

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