#611 - Devemos nossa liberdade ao Estoicismo
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#611 - Devemos nossa liberdade ao Estoicismo
O fato de a América existir é o argumento final de que o estoicismo não é apatia e que a filosofia não é mera teoria. Porque sem o estoicismo, é possível que não houvesse revolução, nem Constituição, nem Declaração de Direitos e nem Quatro de Julho.
Thomas Jefferson mantinha uma cópia de Sêneca em sua mesa de cabeceira. George Washington encenou uma reprodução de uma peça sobre Cato em Valley Forge no inverno de '77/'78 para inspirar as tropas (tendo lido os estóicos pela primeira vez quando adolescente). Patrick Henry copiou versos dessa mesma peça que agora creditamos a ele: “Dê-me liberdade ou dê-me a morte!” John Adams, Ben Franklin — quase todos os fundadores eram bem versados nas obras dos estóicos. É em parte o que lhes deu a coragem de fundar uma nova nação contra probabilidades tão incríveis, e em parte é o que estabeleceu os princípios que formaram essa nação e mudaram o mundo.
No centro do experimento americano estava a liberdade. No cerne do estoicismo, temos não apenas o amor à liberdade, mas as virtudes que contrabalançam essa liberdade: a justiça. Dever. Autocontrole. Honra. Altruísmo. Essas são as características exigidas não apenas naqueles dias sombrios da revolução, quando pegadas sangrentas de soldados famintos marcavam as neves em Nova Jersey e Nova York, mas também as características necessárias igualmente agora em momentos de prosperidade e abundância, divisão e distração.
Então, hoje, enquanto você está grelhando e relaxando com os amigos, lembre-se de que o conforto que você desfruta agora surgiu de uma filosofia que foi feita para abraçar o desconforto e fazer a coisa certa, custe o que custar. Lembre-se de que a vitória americana sobre os britânicos veio primeiro porque um grupo de estóicos americanos primeiro encontrou a vitória sobre si mesmos. Porque, apesar de toda a sua resignação estóica, esses homens e mulheres também acreditavam profundamente em seu próprio arbítrio e em seu próprio poder.
Sêneca disse: “O mais poderoso é aquele que tem a si mesmo em seu próprio poder”. Os Pais Fundadores construíram um país sobre essa base. Eles empregaram as virtudes estóicas como um martelo e um cinzel, como serra e prego, para dominar suas paixões, divisões, temperamentos, interesses e se esforçar para ser algo melhor – algo mais – do que eram remotamente capazes de ser nos anos de sua juventude colonial. .
Isso não foi fácil. Não era grátis. Mas eles abraçaram o desafio e nos desafiam, hoje, a fazer o mesmo.