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A Teoria da Atlântida na África: Mitos, Mistérios e Mapas Perdidos

A Teoria da Atlântida na África: Mitos, Mistérios e Mapas Perdidos

Update: 2025-04-08
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A história está repleta de mapas curiosos que, em diferentes épocas, sugeriram terras inexploradas ou mesmo lendárias. O livro The Phantom Atlas é uma coletânea dessas representações cartográficas enigmáticas, incluindo ilhas fictícias, terras desaparecidas e contornos que confundiram exploradores por séculos.

Entre essas misteriosas representações, eu encontrei um mapa de 1803 feito por Bory de St-Vincent, que sugere uma possível localização da Atlântida próxima ao deserto do Saara. Com isso vamos aprofundar nessa toca do coelho hoje e falar de várias localizações possíveis, especialmente levando em conta o continente Africano.

 

A Teoria Clássica: A Atlântida no Atlântico Norte

A Atlântida, imortalizada nos escritos de Platão, continua sendo um dos mistérios mais instigantes da humanidade. Seria um continente perdido submerso no oceano? Uma civilização esquecida? Ou apenas um mito filosófico com propósitos alegóricos? Várias teorias foram propostas ao longo dos séculos, e cada uma delas busca conectar indícios dispersos para tentar revelar a verdade por trás da lenda.

A ideia mais difundida sobre a Atlântida é que ela estaria localizada no Atlântico Norte, entre a Europa, África e as Américas. O jesuíta Athanasius Kircher, no século XVII, foi o criador de um dos mapas mais famosos da Atlântida, posicionando-a no meio do Atlântico Norte. Kircher baseava-se nas descrições de Platão, que afirmava que a ilha estava "além das Colunas de Hércules", o que hoje identificamos como o Estreito de Gibraltar.
















































































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Muitas organizações esotéricas e escolas de mistérios também afirmam a existência da Atlântida nessa localização. Uma das hipóteses é que essa civilização ancestral avançada foi destruída por um cataclismo conforme a história contada por Solon e se espalhou pelos continentes hoje nas Américas, Egito e Oriente Médio e até mesmo pela Ásia.

Outros teóricos, como Ignatius Donnelly, no século XIX, e W. Scott-Eliott, no século XX, reforçaram essa teoria. Donnelly argumentava que a Atlântida era o berço da civilização e que seu afundamento ocorreu devido a uma catástrofe natural. Scott-Eliott, por sua vez, incorporou elementos teosóficos, sugerindo que a Atlântida foi lar de uma civilização avançada espiritualmente.
















































































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Em um dos seus livros, Scott-Eliott apresenta dois mapas da antiga Atlântida: um em seu auge e o outro próximo ao seu declínio onde crava a localização do território principal no mesmo lugar desses autores mais antigos. Teria sido uma influência direta do ramo teosófico ou puramente pesquisa?
















































































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A Teoria da Atlântida na África ou O Olho do Saara

Uma das hipóteses mais intrigantes dos últimos tempos associa a Atlântida ao Olho do Saara que é a Estrutura de Richat, na Mauritânia. Eu particularmente vi essa teoria pela primeira vez no canal Bright Insight há anos e, mesmo cético, achei intrigante. Recentemente ao comprar o livro The Phantom Atlas fiquei mais surpreso ainda quando vi que essa ideia não é nova: O geólogo e explorador francês Bory de St-Vincent propôs, em seu mapa de 1803, que uma parte da lendária Atlântida poderia estar na região norte da África.
















































































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O Olho do Saara é uma estrutura concêntrica de anéis, o que remete à descrição de Platão sobre a cidade de Atlântida, cercada por anéis de terra e água. Além disso, as medidas citadas por Platão são bastante coincidentes com a estrutura natural. Embora não haja evidências definitivas de que tenha sido uma civilização antiga submersa, a região apresenta sinais de ocupação pré-histórica, levantando questionamentos sobre a possibilidade de que lendas sobre uma grande cidade tenham se originado dali.

 

O Mapa de Herodotus

Mas, voltando bastante no tempo, vamos falar aqui também do Mapa de Herodotus, que foi também considerado “O Pai da História”. Datado do século V a.C., ele não menciona diretamente o continente perdido da Atlântida, mas é uma das primeiras representações geográficas a incluir o termo "Atlantes".
















































































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Em seus relatos sobre a Líbia (norte da África), Heródoto descreve um povo chamado "Atlantes", que habitava uma região próxima ao Monte Atlas. Segundo ele, os Atlantes eram um povo peculiar, vivendo no deserto e evitando consumir carne, o que gerou especulações sobre sua origem e possível ligação com narrativas posteriores sobre uma civilização avançada e perdida.

Essa menção é significativa porque marca uma das primeiras vezes que o nome "Atlantes" aparece registrado em um contexto geográfico. O nome da mítica civilização poderia, então, ter raízes nas descrições dos povos norte-africanos, reforçando a hipótese de que Atlântida pode ter sido baseada em relatos antigos sobre civilizações reais na antiguidade.

 

O Plato Project de George Sarantitis

Uma outra teoria incrível que vi recentemente é a de George Sarantitis, apresentada no Plato Project. O pesquisador propõe que Atlântida não era uma ilha localizada no oceano, mas sim um vasto território que englobava toda a África Ocidental. Segundo sua hipótese, o coração da civilização atlante seria a formação geológica conhecida como Olho do Saara (Guelb er Richat), localizada na atual Mauritânia.

Sarantitis argumenta que essa estrutura circular natural, corresponde à descrição de Platão sobre a cidade principal de Atlântida, que possuía um sistema de anéis concêntricos de terra e água. Além disso, ele sugere que o antigo "continente-ilha" (nesos) descrito por Platão pode ter sido uma referência à África Ocidental em um período anterior à desertificação do Saara, quando a região era muito mais fértil e propícia ao desenvolvimento de uma civilização avançada.
















































































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Louis Wolf