A pandemia atrasou a luta contra as práticas nocivas para as raparigas
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O combate às práticas tradicionais nefastas que prejudicam meninas e mulheres por todo o mundo é um lento caminho, que encontrou na actual pandemia mais um grande obstáculo. Neste P24, ouvimos Fatumata Djau Baldé, presidente do Comité Nacional para o Abandono das Práticas Tradicionais Nefastas à Saúde da Mulher e da Criança da Guiné-Bissau, Mónica Ferro, directora do gabinete do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), e Catarina Furtado, embaixadora de boa vontade do FNUAP há duas décadas e fundadora da associação Corações Com Coroa.
No relatório sobre o Estado da População Mundial 2020, que tem como título “Contra a minha vontade: desafiar práticas que magoam as mulheres e meninas e prejudicam a igualdade”, o FNUAP recorda que todos os dias, em média, 33 mil raparigas são obrigadas a casar; por todo o mundo, ao longo deste ano, mais de quatro milhões de meninas serão submetidas à mutilação genital; se não fosse a preferência por filhos homens em países como a Índia e a China, a população mundial poderia contar com mais 142 milhões de mulheres actualmente.
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