O João poderia ser um adolescente como tantos outros - mas dispensando as questões existenciais próprias da idade – caso não afirmasse que um dos sonhos é ganhar dinheiro trancado em casa entre a cozinha a fazer brownies e a sala a escrever o terceiro livro, edição prevista para 2012 pela Gailivro.

Seguindo - não pela verdura, como escreveria o poeta, qual Inês segura - João ruma aos sonhos que parecem alcançáveis, ali, mesmo ao virar da esquina. Paixões tão díspares e presentes que o discurso entusiasta do João facilmente pode confundir-se com arrogância. Na verdade este jovem de 19 anos sabe o que quer e pretende lutar por isso, até ao dia em que bebendo o seu daikiri numa mansão algures no paraíso tropical, lembra que conseguiu tudo a pulso sem a ajuda da mama, Ana Paula Reis, a locutora de continuidade da RTP que permanece no imaginário de quem tem os anos 80 bem presentes na memória.

A face mais visível do João para já não são os bolos mas os livros. Para apreciadores de literatura do fantástico "O Filho de Odin" não passou indiferente nas prateleiras das livrarias. O autor aproveita os dois primeiros livros editados para homenagear algumas das suas referencias culturais. A crítica ladra e o João passa...com o ego cheio de certezas "ele não é mais bolos" como diria o personagem do Herman José - o tempo irá dar-me a sua razão - o João, é sim, também bolos...

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