Contas externas em setembro apresentam déficit recorde
Update: 2025-10-28
Description
O balanço de pagamentos registrou déficit de US$ 9,8 bilhões nas transações correntes, o maior para meses de setembro desde o início da série histórica e um crescimento de 32,4% em relação a 2024. O resultado negativo, superior ao déficit de US$ 7,4 bilhões registrado em setembro de 2024, foi totalmente coberto por um volume recorde de Investimento Direto no País (IDP), que somou US$ 10,7 bilhões no mesmo mês e foi recorde para o mês de setembro.
O aumento do saldo negativo foi influenciado principalmente pela redução do superávit da balança comercial de bens e pela ampliação do déficit em renda primária, embora parcialmente compensados por um menor déficit em serviços e um leve aumento do superávit em renda secundária. No acumulado de 12 meses até setembro, o déficit em transações correntes alcançou US$ 78,9 bilhões, equivalente a 3,61% do PIB, ampliando em relação aos 3,53% registrados em agosto e 2,23% no mesmo período do ano anterior.
A balança comercial apresentou superávit de US$ 2,3 bilhões, bem abaixo dos US$ 4,5 bilhões de um ano antes. As exportações de bens somaram US$ 30,7 bilhões, alta de 7%, enquanto as importações subiram expressivos 17,4%, totalizando US$ 28,4 bilhões, recorde da série histórica. O desempenho das importações foi influenciado por uma operação pontual de aquisição de plataforma de petróleo, no valor de US$ 2,4 bilhões, o que explica boa parte do aumento das compras externas.
Na conta de serviços, o déficit recuou 11,6% em relação a setembro de 2024, somando US$ 4,9 bilhões. A melhora veio principalmente da redução das despesas líquidas com transporte (-7,0%, US$ 1,4 bilhão) e com serviços de telecomunicação, computação e informação (-12,2%, US$ 735 milhões). Por outro lado, as despesas com propriedade intelectual aumentaram fortemente, 64,9%, alcançando US$ 1,2 bilhão, enquanto os gastos líquidos com viagens internacionais ficaram estáveis em US$ 1,3 bilhão, mantendo o mesmo patamar do ano anterior.
O déficit em renda primária somou US$ 7,6 bilhões, aumento de 14,1% frente a setembro de 2024. As despesas líquidas com lucros e dividendos, associadas aos investimentos direto e em carteira, totalizaram US$ 5,4 bilhões, acima dos US$ 4,3 bilhões de um ano antes. Já as despesas líquidas com juros ficaram em US$ 2,3 bilhões, levemente inferiores às de setembro de 2024.
Os investimentos diretos no país (IDP) totalizaram US$ 10,7 bilhões em setembro, o maior valor para o mês em toda a série histórica, superando os US$ 3,9 bilhões registrados no mesmo mês de 2024. No acumulado de 12 meses, o IDP chegou a US$ 75,8 bilhões, equivalentes a 3,47% do PIB, um aumento significativo frente aos US$ 69 bilhões (3,18% do PIB) observados em agosto.
O resultado do mês continua a mostrar uma deterioração das contas externas do país que, felizmente, no mesmo período, foi fortemente compensado pela entrada de investimento estrangeiro direto. Enquanto essa situação positiva da economia perante investidores internacionais prevalecer, as contas estarão sendo saldadas sem precisar recorrer ao uso das reservas internacionais.
O aumento do saldo negativo foi influenciado principalmente pela redução do superávit da balança comercial de bens e pela ampliação do déficit em renda primária, embora parcialmente compensados por um menor déficit em serviços e um leve aumento do superávit em renda secundária. No acumulado de 12 meses até setembro, o déficit em transações correntes alcançou US$ 78,9 bilhões, equivalente a 3,61% do PIB, ampliando em relação aos 3,53% registrados em agosto e 2,23% no mesmo período do ano anterior.
A balança comercial apresentou superávit de US$ 2,3 bilhões, bem abaixo dos US$ 4,5 bilhões de um ano antes. As exportações de bens somaram US$ 30,7 bilhões, alta de 7%, enquanto as importações subiram expressivos 17,4%, totalizando US$ 28,4 bilhões, recorde da série histórica. O desempenho das importações foi influenciado por uma operação pontual de aquisição de plataforma de petróleo, no valor de US$ 2,4 bilhões, o que explica boa parte do aumento das compras externas.
Na conta de serviços, o déficit recuou 11,6% em relação a setembro de 2024, somando US$ 4,9 bilhões. A melhora veio principalmente da redução das despesas líquidas com transporte (-7,0%, US$ 1,4 bilhão) e com serviços de telecomunicação, computação e informação (-12,2%, US$ 735 milhões). Por outro lado, as despesas com propriedade intelectual aumentaram fortemente, 64,9%, alcançando US$ 1,2 bilhão, enquanto os gastos líquidos com viagens internacionais ficaram estáveis em US$ 1,3 bilhão, mantendo o mesmo patamar do ano anterior.
O déficit em renda primária somou US$ 7,6 bilhões, aumento de 14,1% frente a setembro de 2024. As despesas líquidas com lucros e dividendos, associadas aos investimentos direto e em carteira, totalizaram US$ 5,4 bilhões, acima dos US$ 4,3 bilhões de um ano antes. Já as despesas líquidas com juros ficaram em US$ 2,3 bilhões, levemente inferiores às de setembro de 2024.
Os investimentos diretos no país (IDP) totalizaram US$ 10,7 bilhões em setembro, o maior valor para o mês em toda a série histórica, superando os US$ 3,9 bilhões registrados no mesmo mês de 2024. No acumulado de 12 meses, o IDP chegou a US$ 75,8 bilhões, equivalentes a 3,47% do PIB, um aumento significativo frente aos US$ 69 bilhões (3,18% do PIB) observados em agosto.
O resultado do mês continua a mostrar uma deterioração das contas externas do país que, felizmente, no mesmo período, foi fortemente compensado pela entrada de investimento estrangeiro direto. Enquanto essa situação positiva da economia perante investidores internacionais prevalecer, as contas estarão sendo saldadas sem precisar recorrer ao uso das reservas internacionais.
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