Cristina Tosi não tem dúvidas ao afirmar que a dor não é inimiga — é mensageira. Um sinal de que algo, dentro ou fora de nós, está pedindo cuidado, atenção e escuta. Médica anestesiologista por formação, ela sempre soube que a medicina vai além da técnica: é também um espaço de acolhimento e de sentido. Depois de mais de três décadas no serviço público, onde criou um dos primeiros ambulatórios de dor fora do meio universitário, Cristina percebeu que aliviar o sofrimento humano exigia um olhar mais amplo. Foi assim que se aproximou da psicologia junguiana, das terapias sistêmicas e das medicinas integrativas, construindo uma abordagem que une ciência e consciência. Hoje, à frente da Clínica Psicodor, ela atende pacientes e forma profissionais com uma escuta que atravessa o físico e alcança o simbólico. Porque, para ela, a dor pode ser o início de uma grande transformação. Neste papo com o podcast "45 Do Primeiro Tempo", Cristina Tosi compartilhou sua jornada, falou sobre os muitos rostos da dor — e os convites que ela traz — e foi categórica: “O corpo fala, mas nem sempre sabemos ouvir”.

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