Jogar às cartas com o Diabo 4. Meia dúzia de mãos
Description
</figure>Quando encalhamos, torna-se difícil voltar a navegar. Principalmente sem a ajuda de alguém que sopre às velas e reme connosco.
Convém esperar pouco dos outros, por muito amigos que sejam. Uma vez fora de circulação, desaparecemos das suas agendas.
Imagem: Valerio Cioli, Alegoria da Escultura. Túmulo de Michelangelo. Ca. 1564-74
Durante três anos, sobram os dedos das mãos para contar as visitas. Quase todas uma única vez, uma ou duas de familiares ou colegas. Partilhei o dia a dia apenas com três companhias: a São, mulher, o Fernando, filho, e a Ana, empregada.,
Cuidar, desamparado, de um dependente deve ser duro. Dar-lhe o colo numa travessia que o arrasta para a eternidade, ainda pior. Uma experiência desgastante e demolidora das pessoas e respetivas relações.
Seguem os artigos Embarcados (08.08.2021), Abrigo (06.08.2021) e A tua mão (08.08.2021).
Embarcados
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<figcaption class="wp-element-caption">Ícaro. Recipiente de terracota. Grécia. Século V a. C. The Metropolitan Museum of Art.</figcaption></figure>Estás embarcado (Blaise Pascal). Por inteiro. Não pasmes! Ousa! Aposta! Perde-te! Renova! Sê trágico! Sê insensato! Arranha as asas! Rasga as fraldas do mundo! Somos pequenos, somos de uma pequenez infinita (Blaise Pascal).
Segue uma interpretação, original, despojada, das Bachianas nº5, de Heitor Villa-Lobos. Adiciono um vídeo da canção Hey You, dos Pink Floyd.
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<iframe loading="lazy" title="Pink Floyd - Hey You (1980) legendado" width="519" height="292" src="https://www.youtube.com/embed/MKQNiXdVa5g?start=2&feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen></iframe>
Abrigo
Ó visão, visão triste e piedosa!
Fita-me assim calada, assim chorosa…
E deixa-me sonhar a vida inteira!(Antero de Quental)
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<figcaption class="wp-element-caption">Branda da Aveleira, 2003.</figcaption></figure><figure class="wp-block-audio"></figure>
Verdi. La Traviata. Excerto.
A tua mão
<figure class="wp-block-image"><img loading="lazy" decoding="async" width="2339" height="1907" data-attachment-id="49658" data-permalink="https://tendimag.com/auguste-rodin-mains-damants-1904/" data-orig-file="https://i0.wp.com/tendimag.com/wp-content/uploads/2021/08/auguste-rodin.-mains-damants.-1904..jpg?fit=2339%2C1907&ssl=1" data-orig-size="2339,1907" data-comments-opened="1" data-image-meta="{"aperture":"0","credit":"","camera":"","caption":"","created_timestamp":"0","copyright":"","focal_length":"0","iso":"0","shutter_speed":"0","title":"","orientation":"0"}" data-image-title="auguste-rodin.-mains-damants.-1904." data-image-description="" data-image-caption="" data-medium-file="https://i0.wp.com/tendimag.com/wp-content/uploads/2021/08/auguste-rodin.-mains-damants.-1904..jpg?fit=300%2C245&ssl=1" data-large-file="https://i0.wp.com/tendimag.com/wp-content/uploads/2021/08/auguste-rodin.-mains-damants.-1904..jpg?fit=519%2C423&ssl=1" src="https://i0.wp.com/tendimag.com/wp-content/uploads/2021/08/auguste-rodin.-mains-damants.-1904..




