O Prêmio Goether (1930)
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Neste episódio, apresento a leitura de O Prêmio Goethe (1930), composto pela Carta ao Dr. Alphonse Paquet e pelo Discurso na Casa de Goethe, em Frankfurt — textos em que Freud reflete sobre sua relação com Goethe, a psicanálise e o lugar do pensamento científico diante da arte e da genialidade.
Em tom ao mesmo tempo comovido e lúcido, Freud confessa: “Como até agora não fui mimado por homenagens públicas, arranjei-me de modo a poder passar sem elas.” No entanto, deixa transparecer a alegria genuína de receber o prêmio que leva o nome do homem que mais admirava entre os escritores alemães.
Em seu discurso, lê-se o tributo de um pensador ao outro: Freud aproxima Goethe de Leonardo da Vinci e reconhece em ambos o impulso de compreender as forças que movem a alma humana. “O trabalho de minha vida teve uma única meta: observar os distúrbios mais sutis das funções psíquicas de pessoas sãs e doentes.”
Ele reconhece em Goethe um precursor das ideias psicanalíticas — alguém que, muito antes de Freud, intuía os vínculos inconscientes, a força dos afetos primordiais e o papel dos sonhos: “Aquilo que não sabido ou não pensado pelos homens no labirinto do peito vaga durante a noite.”
Mais que uma homenagem, o texto é um diálogo entre dois gigantes — um poeta e um analista — sobre o enigma da criação, da culpa e da condição humana.
📖 Textos publicados nas Obras Completas de Sigmund Freud, Volume 18 – Companhia das Letras, tradução de Paulo César de Souza.
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