O motor da violência policial
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Cara pessoa, a morte é o fim mais trágico do fenômeno da violência policial no Brasil. E só em 2019 foram 6.357 pessoas mortas pelas polícias no Brasil. Mas onde é que a violência policial começa? O episódio do podcast Cara Pessoa, mostra o ciclo vicioso deste fenômeno, que começa com as violações de direitos humanos dos próprios policiais e que gera violações de direitos humanos por parte das polícias. O sargento da Polícia Militar Elisandro Lotin e o tenente-coronel Adilson de Paes Souza explicam como gira esse motor da violência dentro das corporações. A advogada Thayná Yaredy, vice-presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB-SP, trata da vitimização de pessoas negras nas duas pontas dessa história: quem atira e quem morre. Fernanda Garcia fala da dor e indignação de quem sofre essa violência por representantes do Estado. Ela é irmã de Dennys Guilherme dos Santos Franco, de 16 anos, um dos nove jovens mortos em dezembro de 2019, durante uma ação policial num baile funk na favela de Paraisópolis, em São Paulo. O cientista político e relator da ONU, Paulo Sérgio Pinheiro, pioneiro nos estudos das polícias, explica por que o modelo atual serve às elites e gera um apartheid de fato. E Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revela como existe um sistema que, por um lado, incentiva o uso da violência letal por parte das polícias e que, por outro, promove a impunidade de ações criminosas das polícias.
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