Relação entre humanos e animais foi afetada com práticas de controle de zoonoses
Update: 2025-05-29
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A pesquisadora Carolina Ribeiro Simon é autora de um estudo de mestrado desenvolvido na Faculdade de Arquitetura, Urbanismo e de Design (FAU) da USP que aborda o tratamento dispensado a animais no contexto das transformações urbanas na cidade de São Paulo, no controle de zoonoses. Carolina foi a entrevistada desta quinta-feira (29) no podcast Os Novos Cientistas. A pesquisa intitulada A relação humano-animal e o combate às zoonoses no imaginário urbano da cidade de São Paulo contou com a orientação do professor Vladimir Bartalini.De acordo com a pesquisadora, se por um lado o controle de doenças transmissíveis entre os animais e os humanos, as chamadas zoonoses, são essenciais para promoção da saúde pública, por outro, ele acaba por reforçar estigmas e práticas excludentes. “Principalmente quando essas ações de controle se fundamentam exclusivamente no medo do contágio ou na lógica da eliminação sem considerar, por exemplo, bem-estar animal ou contextos sociais e ecológicos envolvidos”, disse Carolina.
Carolina investigou como a negação da presença animal se disseminou no imaginário social em resposta às ações do poder público, desde a primeira metade do século 19, na cidade de São Paulo, quando se intensificou a preocupação com a saúde pública. “Tais abordagens acabaram alimentando posturas muitas vezes intolerantes, promovendo distanciamento e a desvalorização da vida animal, o que dificulta a construção de uma convivência urbana mais equilibrada, mais ética, mais respeitosa”, avaliou a pesquisadora.
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