Romanos 12 - Episódio 7 - Alegrem-se com os que se alegram e chorem com os que choram - Introdução
Update: 2021-05-19
Description
hoje estamos chegando ao fim do estudo. A ordem que seguimos não é idêntica à dos versículos na carta, mas julgamos que seria melhor vermos os versículos 15 e 14 no final, por acreditarmos que eles contém as prescrições mais difíceis de serem cumpridas.
Grande parte dos outros versículos dizem respeito a ações. Vimos, por meio da abordagem um pouco mais aprofundada das palavras e dos seus significados, a parte mental e psicológica por trás dessas ações. Ainda assim, tratam-se de ações.
Nestes dois últimos versículos que vamos estudar, é tratada somente a resposta mental, que é muito mais difícil de se controlar. Ninguém consegue obrigar a sua própria mente a agir de determinada maneira, a não ser que ela já tenha passado por um arrependimento, uma transformação e esteja num estágio avançado da renovação.
Paulo instrui: Alegrem-se com os que se alegram e chorem com os que choram. (Romanos 12:15 )
Claramente, Paulo não fala: sorriam com os que se alegram, mas alegrem-se. Primeiramente, para que isso seja possível, não pode haver inveja no coração. Além disso, a real alegria só pode brotar numa pessoa com grande empatia, o que acontece somente quando passamos a odiar a maldade, sentindo pelos outros um real amor fraternal e sendo fervorosos no espírito, conforme o sentido que foi estudado no episódio 4: a vontade de trazer à tona o “melhor” de Deus, fervendo de interesse ou desejo, a ponto de a pessoa se tornar ardentemente apaixonada por essa ideia.
Essa alegria genuína reflete também aquele pensamento de que somos membros uns dos outros, interdependentes, em um só corpo.
O teólogo americano do seculo 19, Albert Barnes, explica que alcançado esse estágio, na alegria de um, todo o grupo se alegrará, com a alegria se expandindo sobre a face de toda a sociedade; e a união do corpo cristão tende a ampliar a esfera da felicidade e prolongar a alegria sentida. (Albert Barnes)
Agora, a segunda parte do versículo diz respeito à tristeza, em, não somente se entristecer à distância enquanto o outro chora, mas fazer parte da vida dele. Após ver que Maria chorava pela morte de seu irmão Lázaro, Jesus chorou.
Todos estamos sujeitos a aflições;
Pertencemos à mesma família.
Barnes ainda pondera quão triste seria um mundo sofredor se não houvesse ninguém que encarasse nossas mágoas com interesse ou com lágrimas. (Albert Barnes)
(Tempo)
Por fim, neste nosso estudo não exaustivo, temos o que considero o último estágio da transformação, o versículo 14:
Abençoem aqueles que perseguem vocês; abençoem e não amaldiçoem. (Romanos 12:14 )
Não fazer mal a uma pessoa é relativamente fácil, basta se conter e não agir. Se uma pessoa me fecha no trânsito, basta eu frear, respirar e continuar o meu caminho, não é necessariamente automática a reação ruim a uma situação desagradável.
Do mesmo modo, se um estranho me pede ajuda, sabendo eu da passagem de Hebreus 13:2, “Não se esqueçam da hospitalidade, pois alguns, praticando-a, sem o saber acolheram anjos”, racionalmente vou oferecer ajuda pois posso estar acolhendo anjos, o que me seria benéfico.
Fazendo uso das palavras de João Calvino: Paulo, “em breve [no versículo 19], [ele] dará instruções a respeito da retaliação dos ferimentos que possamos sofrer: mas aqui ele exige algo ainda mais difícil, que não devemos maldizer nossos inimigos, mas para desejar e orar a Deus para que todas as coisas sejam prósperas para eles, por mais que eles possam nos assediar e nos tratar cruelmente: e essa gentileza, mais difícil é para ser praticada, então com o mais intenso desejo, devemos lutar por ele; porque o Senhor nada ordena, no que diz respeito ao que ele não exige a nossa obediência ; nem é permitida qualquer desculpa, se formos destituídos daquela disposição, pela qual o Senhor teria seu povo para que fosse diferente dos ímpios e dos filhos deste mundo.”
Calvino continua: “Eu disse que isso é mais difícil do que deixar de se vingar quando alguém é machucado (continua...)
Grande parte dos outros versículos dizem respeito a ações. Vimos, por meio da abordagem um pouco mais aprofundada das palavras e dos seus significados, a parte mental e psicológica por trás dessas ações. Ainda assim, tratam-se de ações.
Nestes dois últimos versículos que vamos estudar, é tratada somente a resposta mental, que é muito mais difícil de se controlar. Ninguém consegue obrigar a sua própria mente a agir de determinada maneira, a não ser que ela já tenha passado por um arrependimento, uma transformação e esteja num estágio avançado da renovação.
Paulo instrui: Alegrem-se com os que se alegram e chorem com os que choram. (Romanos 12:15 )
Claramente, Paulo não fala: sorriam com os que se alegram, mas alegrem-se. Primeiramente, para que isso seja possível, não pode haver inveja no coração. Além disso, a real alegria só pode brotar numa pessoa com grande empatia, o que acontece somente quando passamos a odiar a maldade, sentindo pelos outros um real amor fraternal e sendo fervorosos no espírito, conforme o sentido que foi estudado no episódio 4: a vontade de trazer à tona o “melhor” de Deus, fervendo de interesse ou desejo, a ponto de a pessoa se tornar ardentemente apaixonada por essa ideia.
Essa alegria genuína reflete também aquele pensamento de que somos membros uns dos outros, interdependentes, em um só corpo.
O teólogo americano do seculo 19, Albert Barnes, explica que alcançado esse estágio, na alegria de um, todo o grupo se alegrará, com a alegria se expandindo sobre a face de toda a sociedade; e a união do corpo cristão tende a ampliar a esfera da felicidade e prolongar a alegria sentida. (Albert Barnes)
Agora, a segunda parte do versículo diz respeito à tristeza, em, não somente se entristecer à distância enquanto o outro chora, mas fazer parte da vida dele. Após ver que Maria chorava pela morte de seu irmão Lázaro, Jesus chorou.
Todos estamos sujeitos a aflições;
Pertencemos à mesma família.
Barnes ainda pondera quão triste seria um mundo sofredor se não houvesse ninguém que encarasse nossas mágoas com interesse ou com lágrimas. (Albert Barnes)
(Tempo)
Por fim, neste nosso estudo não exaustivo, temos o que considero o último estágio da transformação, o versículo 14:
Abençoem aqueles que perseguem vocês; abençoem e não amaldiçoem. (Romanos 12:14 )
Não fazer mal a uma pessoa é relativamente fácil, basta se conter e não agir. Se uma pessoa me fecha no trânsito, basta eu frear, respirar e continuar o meu caminho, não é necessariamente automática a reação ruim a uma situação desagradável.
Do mesmo modo, se um estranho me pede ajuda, sabendo eu da passagem de Hebreus 13:2, “Não se esqueçam da hospitalidade, pois alguns, praticando-a, sem o saber acolheram anjos”, racionalmente vou oferecer ajuda pois posso estar acolhendo anjos, o que me seria benéfico.
Fazendo uso das palavras de João Calvino: Paulo, “em breve [no versículo 19], [ele] dará instruções a respeito da retaliação dos ferimentos que possamos sofrer: mas aqui ele exige algo ainda mais difícil, que não devemos maldizer nossos inimigos, mas para desejar e orar a Deus para que todas as coisas sejam prósperas para eles, por mais que eles possam nos assediar e nos tratar cruelmente: e essa gentileza, mais difícil é para ser praticada, então com o mais intenso desejo, devemos lutar por ele; porque o Senhor nada ordena, no que diz respeito ao que ele não exige a nossa obediência ; nem é permitida qualquer desculpa, se formos destituídos daquela disposição, pela qual o Senhor teria seu povo para que fosse diferente dos ímpios e dos filhos deste mundo.”
Calvino continua: “Eu disse que isso é mais difícil do que deixar de se vingar quando alguém é machucado (continua...)
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