Siza Vieira: “O governo perdeu a mão no processo e não tem condições de aprovar a legislação laboral sem grandes alterações”
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Num país de pequenas e micro empresas, onde se torna impossível andar a contar o número de trabalhadores que aderiram à greve, governo e centrais sindicais fizeram o que sempre fazem na guerra dos números e todos sabemos que não foi nem oito, nem oitenta. Mas esta greve geral teve um teste de algodão a mostrar que foi um sucesso. A fórmula é do director do Público que nos lembra a mudança de posição do exímio leitor das massas. Se Ventura diz agora que “existem razões para um descontentamento generalizado” é porque a greve geral existiu mesmo. Porquê, pergunta o primeiro-ministro, parecendo ignorar que o seu governo tem em cima da mesa um ante-projecto de revisão da legislação laboral que mexe significativamente nas relações entre trabalhadores e empresas. Se dependesse de Luís Montenegro, a semana teria sido toda dedicada a discutir a medalha de mérito atribuída pela Economist.
Político que é político até nas greves que defende aparece para trabalhar e houve debate presidencial na televisão já depois de ter havido debate no Parlamento. Por cá, há ainda que voltar a assinalar o reaparecimento do Procurador-Geral da República que se veio queixar de si próprio e repetir que, por ele, nem sequer estava no lugar em que está.
Lá por fora, a coisa pia mais fino com o Documento de Estratégia Americana e a entrevista de Donald Trump ao Político. Tudo junto resume-se na estafada frase: o mundo está perigoso!
Venha daí para uma conversa entre Pedro Marques Lopes e Pedro Siza Vieira, com moderação de Paulo Baldaia e sonoplastia de João Luís Amorim.
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