Vida e Morte das Línguas
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Independentemente das definições e dos números que serão sempre ambíguos e aproximativos, uma coisa sabemos ao certo: as línguas francas, o inglês, o mandarim, o hindi, o castelhano, contribuem de tal modo para o entendimento geral que representam a morte das línguas, dos dialectos e dos falares locais. Mas um falante na Índia poderá facilmente comunicar no dia-a-dia em quatro ou cinco línguas, enquanto o Ocidente se orgulha de ser vagamente bilingue. Só a Papua Nova Guiné conta hoje com cerca de 800 línguas em vias de extinção. Na Indonésia, setecentas. Na Nigéria, quinhentas e vinte e duas. No mundo fala-se pouco mais de sete mil línguas, 40% delas em perigo, com menos de mil falantes.
Hoje falamos com Ricardo Salomão, especialista em Política da Língua, sobre a vida e a morte das línguas, a sua capacidade de adaptação, de apropriação de termos globais, a tradução das línguas umas nas outras, experiências de ressuscitação e as formas de agir pela manutenção da diversidade e da complexidade da comunicação, para que as línguas francas não matem as outras.