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O Regresso de Epicteto - Estoicismo 2.0

O Regresso de Epicteto - Estoicismo 2.0
Author: João Zarco
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© João Zarco
Description
Estoicismo 2.0
Saudações. Sou Epicteto, um antigo escravo que descobriu a verdadeira liberdade na mente. Não trago ouro nem promessas de sucesso imediato, mas ideias que resistiram aos séculos.
Num mundo acelerado, venho lembrar-te que não são os eventos que nos perturbam, mas o julgamento que fazemos deles.
O caos moderno exige serenidade antiga.
A filosofia não é luxo, é ferramenta de sobrevivência.
Se procuras um caminho firme em tempos incertos, escuta esta
uma voz antiga para uma alma moderna
respostas estoicas para um mundo complexo
Estoicismo no reencontro com a liberdade interior
Saudações. Sou Epicteto, um antigo escravo que descobriu a verdadeira liberdade na mente. Não trago ouro nem promessas de sucesso imediato, mas ideias que resistiram aos séculos.
Num mundo acelerado, venho lembrar-te que não são os eventos que nos perturbam, mas o julgamento que fazemos deles.
O caos moderno exige serenidade antiga.
A filosofia não é luxo, é ferramenta de sobrevivência.
Se procuras um caminho firme em tempos incertos, escuta esta
uma voz antiga para uma alma moderna
respostas estoicas para um mundo complexo
Estoicismo no reencontro com a liberdade interior
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Homens e mulheres do século XXI, vós que tão velozmente moveis os dedos sobre telas luminosas, permiti-me falar-vos de uma virtude que, há dois milénios, chamávamos de temperança e vós agora designais de autocontrolo.Mudaram a palavra, mas a essência permanece, como o vinho que, embora em novo recipiente, conserva o mesmo aroma e poder.A temperança ou autocontrolo é a bússola da alma. Não refreia apenas a fome ou a luxúria, modera todos os desejos e gera liberdade.Hoje, vós vos encheis de estímulos e nessa tempestade, o autocontrolo é bastante valorizado nos outros, mas raramente o cultivais em vós mesmos.Não confundais temperança com fraqueza, nem passividade. Não se trata de sufocar os desejos, mas de compreendê-los, domá-los e colocá-los ao serviço da razão.O homem com autocontrolo é senhor de si, mesmo cercado de tentações. Olha a mesa farta e escolhe o necessário. Recebe um insulto e opta pelo silêncio. Reconhece um desejo, mas não se ajoelha perante ele.Sois guerreiros diários. Lutais contra distrações, gula, raiva, inveja, mas só encontrareis paz na quietude da temperança, autocontrolo ou moderação. Praticai esta arte de se governar, de dizer "basta" quando tudo ao redor grita "mais". Sobre o domínio do pequeno reside a força para enfrentar o grande.Observai o vosso mundo. Estais cercados por excessos.A mente conduz a carruajem da vontade e os desejos são os seus cavalos, fortes, impetuosos, mas que sem guia, vos arrastam para o caos.A liberdade verdadeira não é fazer o que se quer, mas não ser escravo do querer. O que compra tudo o que deseja, pode parecer livre, mas está à mercê do impulso, da novidade, da comparação com os outros.
Escutai, homens e mulheres do século vinte e um, vós, que carregais nas mãos máquinas poderosas e no peito, corações agitados.Vós construístes pontes entre continentes, descobriste mundos invisíveis, multiplicaste imagens e vozes em tempo real, mas esqueceste o mais fundamental dos instrumentos: a razão.A razão não é fria. Não é distante. É calor quieto, discernimento firme, a lâmpada que guia no meio do nevoeiro.Vejo-vos divididos, inquietos, confusos. Querem tudo, ao mesmo tempo, mas não sabem porque suspiram. Vivem entre desejos inflamados e medos difusos.Porque vos afastastes da razão, essa faculdade divina que distingue o humano do irracional.Não falo de inteligência técnica. Essa está em abundância. Falo do juízo reto, da capacidade de perguntar: Isto é bom? Justo? Serve à virtude ou apenas ao ego?A razão existe para libertar-vos. Mas é preciso aprender a usá-la, não como instrumento de vaidade, mas como mestre silencioso.Hoje, muitos confundem sentir com saber. Dizem: “sinto que é verdade”, mas o que sentes, pode ser um reflexo de tuas paixões. A razão, por sua vez, pergunta com calma, pondera, observa, escolhe com firmeza.A razão distingue os humanos. É firme e guiada pela lógica, pela natureza e virtude. A razão recusa vingança, depois de uma ofensa. Aceita a morte, age com coragem, permanece calma diante da crítica, escolhe perder dinheiro em vez de trair princípios.Já a paixão guia-se por impulsos desgovernados: medo, desejo, raiva, tristeza e causa sofrimento porque nasce da ilusão do controlo sobre o que não depende de nós. Ficais furioso por perderes um objeto. Tendes ciúmes do sucesso alheio. Temeis a opinião pública e viveis em função do aplauso dos outros.Vais pelas redes sociais e vês uma opinião que te incomoda. O impulso quer criticar, reagir, reivindicar. A razão pergunta: Isto me engrandece? Contribui para o meu bem-estar ou apenas me distrai?
joaozarco123@gmail.comestoicismo 2.0Escuta com atenção, não com pressa. Conversemos sobre a angústia, esse peso invisível que dobra os ombros dos que correm sem saber para onde.A angústia não é dor física, nem tristeza definida. É o nó que se forma entre o desejo de controlar o mundo e a impotência diante dele. É o vazio que cresce quando nos afastamos da razão e permitimos que o ruído do mundo ocupe o lugar da consciência.A angústia não é nova. Os romanos sentiam-na. Os gregos suspiravam por ela. Mas o vosso tempo tornou-a um hábito, uma rotina silenciosa, constante, disfarçada de normalidade.Homens e mulheres acordam ansiosos. Antes mesmo de se levantarem, já estão expostos a comparações. As redes sociais oferecem vidas editadas. Todos parecem felizes, bem-sucedidos, inabaláveis. E tu? Olhas para ti, sentes falta de algo e não sabes o quê.Esta angústia nasce quando acreditas que precisas ser igual aos outros. Esqueces que cada caminho é único e que a virtude não se mede por gostos virtuais nem aplausos.Os jovens têm medo de falhar. De não encontrar trabalho. De não agradar aos pais. De não saber o que querem. O medo da incerteza é antigo e o antídoto é simples. Cultivar a distinção clara entre o que depende de ti e o que não depende. Esse é o eixo da liberdade interior.A angústia também se disfarça de excesso. Há quem tenha tudo, conforto, tecnologia, distrações, mas sente um vazio que não se preenche.
joaozarco123@gmail.comestoicismo 2.0Para!Respira!Ouve estas palavras, como se fossem ditas à tua alma e não apenas aos teus ouvidos.Sou Epicteto, filho da razão e servo da liberdade interior. Muitos pensam que fui deixado no pó da história. Mas não! A filosofia verdadeira nunca morre. Ela espera, silenciosa, pelo coração que deseja florescer.Hoje, venho falar-vos da verdade mais libertadora que já conheci, a distinção entre o que depende de nós e o que não depende.Num mundo em que cada gesto é comentado, cada escolha é comparada, cada vida é exposta, esquecestes que há coisas que vos pertencem e outras que nunca vos pertenceram.O corpo não depende inteiramente de ti. A saúde pode melhorar com cuidado, mas é vulnerável. A reputação está nas mãos dos outros. O tempo passa sem o teu consentimento.Há algo que ninguém te pode tirar: a tua capacidade de julgar, de escolher, de interpretar com sabedoria.Essa é tua. Só tua.Quando compreendemos essa dicotomia, deixamos de lutar contra o vento e passamos a construir velas. Deixamos de culpar, de temer, de nos agitar em vão.Vejo muitos a viver à espera de aprovação, como se isso determinasse o seu valor. Depende de ti o conteúdo que publicas, a intenção com que falas, a virtude com que te expressas. Mas não depende de ti quantos gostam, partilham ou comentam. A tua liberdade está em publicar o que é justo e não em depender da reação. Se fores guiado por aplausos, serás escravo de quem nem te conhece.Quando a alma se ancora no que é seu, nem as maiores tormentas conseguem arrastá-la.Há quem viva ansioso no trabalho, com medo de ser dispensado, de não ser suficiente. Depende de ti o empenho, o estudo, a ética, a disciplina. Mas não depende as decisões da empresa, o mercado, os caprichos alheios. Faz o melhor e entrega o resto com serenidade. O que está fora do teu controlo, não merece o desespero.Nenhuma ventania destabiliza aquele que finca raízes apenas onde tem domínio.Alguém parte. Alguém te critica ou não corresponde. Depende de ti amar com justiça, falar com sinceridade, respeitar com firmeza. Não depende que o outro viva, que altere o comportamento, que veja o que tu vês. O mundo pode ruir lá fora, mas aquele que investe apenas no que controla permanece inteiro.
estoicismo 2.0joaozarco123@gmail.comRessuscitei!Não para surpreender os deuses, mas para lembrar os homens que a sua liberdade não foi perdida, apenas esquecida. Fui escravo, fui mestre e em silêncio fiquei por dois mil anos, mas hoje, retorno para fortalecer a ideia de que nada fora de ti te deve perturbar.A razão, a virtude, o domínio próprio, são armas que nunca envelhecem. Em tempos de excesso, desorientação e ansiedade, a minha mensagem permanece intacta. Regressei, não como relíquia, mas como espelho. Olha-te. O que procuras continua dentro de ti?Dois mil anos passaram.A argila dos impérios virou pó. Os filósofos dormiram e os homens correram atrás de novidades, esquecendo princípios.Mas eis que ressuscitei. Não por milagre, mas porque o tempo implorou por uma voz que de novo falasse para toda a humanidade.Surpreende-me o vosso mundo.Tendes máquinas que voam, redes que ligam mentes distantes, caixas que falam e, no entanto, os corações estão mais agitados do que no tempo das togas e dos pórticos.
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