Defesa de Bolsonaro intensifica mobilização para reconquistar prisão domiciliar
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Em meio à turbulência política e jurídica gerada pela recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro já traçam estratégia para reverter a prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes.
A medida foi tomada após a divulgação de um vídeo e relatório apontando que Bolsonaro tentou, com um ferro de solda, abrir a tornozeleira eletrônica usada por ele enquanto estava em prisão domiciliar.
Segundo os relatos oficiais, o alerta de rompimento ocorreu por volta das 0h08 do dia 22 de novembro, quando os agentes do monitoramento detectaram sinal de avaria no dispositivo.
O ex-presidente, em vídeo gravado pela equipe do Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (CIME), admitiu que usou um ferro quente — posteriormente identificado como ferro de solda — para manipular o “case” da tornozeleira.
De acordo com o próprio relatório do CIME, a estrutura apresentou “sinais claros e importantes de avaria” e marcas de queimadura ao redor de toda a circunferência, no local de fechamento.
Para a corte, esses indícios reforçam um risco de fuga, sobretudo aliado à vigília convocada por apoiadores do ex-presidente nas proximidades de sua residência.
Foi com base nesses elementos que Moraes justificou a decisão de converter a prisão domiciliar em preventiva, alegando necessidade de “garantia da ordem pública”.
Segundo o advogado criminalista Marcelo Valdir Monteiro, durante entrevista no Jornal da Cruzeiro desta segunda-feira (24), a defesa de Bolsonaro deverá demonstrar ao STF a deterioração da saúde de Bolsonaro — afirmando que ele faz uso contínuo de medicamentos antidepressivos e ansiolíticos — para reforçar o pedido de retorno ao monitoramento eletrônico em casa.























