Funk brasileiro a dominar os tops em Portugal? #ComoAssim
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Em 2022, as duas músicas mais ouvidas no Spotify pelos portugueses foram "Dançarina" e "Galopa" - ambas do brasileiro Pedro Sampaio, um dos maiores artistas de funk brasileiro da actualidade.
Já no Verão de 2023, a música mais ouvida no Spotify em Portugal foi "Tá OK", de Dennis DJ com o MC Kevin o Chris, que recupera um dos ritmos clássicos do funk carioca: o "tamborzão".
Nos últimos anos, o funk brasileiro ganhou um lugar cativo nos tops nacionais. É cada vez mais comum encontrar bailes funk nas cidades portuguesas, coreografias que todos sabem dançar.
Mas nem sempre foi assim. Durante muitos anos, houve algum preconceito à volta deste estilo musical. Que o diga Rafael Henrique Victório, mais conhecido por DJ Farofa. Hoje, o brasileiro passa música funk muito frequentemente na cidade do Porto - incluindo em bares conhecidos por estarem no circuito da música alternativa.
Mas há nove anos, quando chegou a Portugal, as coisas não eram iguais. “Eu já passei por isso, curadores me convidarem e dizerem - 'eu quero música brasileira mas não quero funk'”.
Mas Como Assim? Como é que o funk passou de género desprezado a música adorada e celebrada também pelos portugueses?
Como é que letras que, noutros tempos, seriam condenadas por terem linguagem muito explícita, são agora normalizadas e repetidas pelos mais jovens, e até por crianças?
Para perceber isto, conversamos com a investigadora Juliana Bragança, autora do livro "Preso na Gaiola: a criminalização do funk carioca nas páginas do Jornal do Brasil" e com os DJs Farofa, Walabi e Zir Mut(e).
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