Graça Freitas
Description
Nasceu no Huambo a 26 de agosto de 1957 e foi uma presença constante em casa dos portugueses nos tempos duros da pandemia, quando (quase) todos temíamos a propagação do coronavírus. A médica Maria da Graça Gregório de Freitas gosta de ser tratada por Graça - "quando muito Dra. Graça" - não tem planos para o futuro e só gosta de "olhar para o passado colhendo o melhor" que lhe aconteceu, mas sem se demorar muito "porque o passado é passado". O curso de Medicina foi a sua terceira escolha, embora nunca tenha tentado concretizar nenhuma das duas primeiras opções em que pensou. Terminado o liceu matriculou-se na Faculdade de Medicina de Luanda, onde frequentou o primeiro ano. O curso dos acontecimentos ditou a vinda da família para Lisboa e foi nesta cidade que concluiu a licenciatura e fez a especialidade em Saúde Pública. Define-se como uma servidora pública, diz que se deu bem com o Almirante Gouveia e Melo na gestão da pandemia, porque ele coordenava a logística e ela (ou os seus serviços) decidiam o que a ciência deve decidir: "Portugal está bastante bem servido nas suas instituições públicas e privadas. Temos capacidade instalada para fazer face a crises como a que aconteceu". Apesar do balanço do passado recente ser positivo, a Dra. Graça deixa um alerta: "A grande prioridade é prepararmo-nos para as grandes mudanças que iremos enfrentar. Temos pela frente um enorme desafio demográfico com a questão do envelhecimento. É preciso perceber como se comportam as pessoas perante mudanças tão rápidas, tentar perceber o que a sociedade quer, até onde está disposta a ir para defender a saúde pública. Devíamos ter tempo para parar e pensar, para aprender lições com esta pandemia de forma a podermos estar mais preparados para a próxima".
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