Pedro Boucherie Mendes: “Os meus avós na Bélgica já tinham um portão que abria com telecomando, televisão a cores e gelados de pauzinho. Achava tudo aquilo espantoso! Nós aqui comíamos Tulicreme e lá já eu comia Nutella”
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Nasceu em 1970, em Angola, onde viveu seis meses. A família mudou-se para Braga, por causa do trabalho do pai, mas foi na Linha de Cascais, na Parede, que cresceu. O nome Boucherie, de origem belga, vem do lado materno. Em criança visitava os avós muitas vezes na Bélgica e recorda “dois mundos totalmente diferentes” - um com Tulicreme e o outro com Nutella. A infância foi passada na rua a comer nêsperas e a jogar à bola. Nunca votou à esquerda, nunca foi a comícios nem foi “jota”. Entrou para a Universidade no tempo em que os jovens lutavam contra o fim das propinas. Nunca foi a favor, e foi nessa altura que “apanhou” o “vírus anti-esquerda”. Com 21 anos já trabalhava como diretor de programas na rádio Marginal, mas foi em 2009 que ficou conhecido do público com a participação no júri dos “Ídolos”: "No programa tinha de ser exigente, fizemos aquilo muito bem, hoje nos concursos de musica só se interessam se o miúdo tem cancro ou se o pai morreu, é um género, a mim isso não me interessa". Pedro Boucherie Mendes, diretor de Conteúdos Digitais de Entretenimento da SIC, é o novo convidado de Bernardo Ferrão no Geração 70
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