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Pergunta Simples
Author: Jorge Correia
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Vivam! O Pergunta Simples é um podcast sobre comunicação. Sobre os dilemas da comunicação. Subscreva gratuitamente e ouça no seu telemóvel de forma automática: https://perguntasimples.com/subscrever/ Para todos os que querem aprender a comunicar melhor. Para si que quer aprender algo mais sobre quem pratica bem a arte de comunicar. Ouço pessoas falar do nosso mundo. De sociedade, política, economia, saúde e educação.
187 Episodes
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Hoje falamos da mais profissional, eficaz e eficiente máquina de criação e gestão das expectativas: a política.
Usando as ferramentas da comunicação, os políticos de todo o mundo criam percepções favoráveis às suas causas.
São essas percepções que permitem um suporte da opinião pública para as posições e decisões que os políticos tomam no nosso nome.
E essa máquina das percepções obedece a regras e estratégias muito bem definidas.
Pelo menos assim era no tempo dos ‘media’ tradicionais.
Agora há um novo mapa a ser desenhado: o mundo alimentado pelas redes sociais.
Trocaram-se os editores e jornalistas por robôs e algoritmos.
E a comunicação política repensou a sua forma de fazer o que sempre fez: influenciar o pensamento da opinião pública.
Com um refrescado conceito chamado polarização. Não é novo. Mas está na moda.
Do telejornal às manchetes dos jornais.
Da voz na manhã da telefonia até aos programas de debate.
Do contacto direto com os cidadãos até à transmissão em direto de eventos criados precisamente para serem transmitidos.
E agora as redes sociais: o velhinho Facebook onde todos continuamos a estar.
O Twitter agora batizado de X, por onde correm as mais disputadas e virulentas discussões políticas e sociais. Ou mesmo o Instagram e o TikTok, lançados para criar atenção pela beleza da foto-autorretrato ou da dança da moda, entretanto transformadas em máquinas de ‘marketing’ directo.
Estes dois mundos são o palco do mundo moderno.
E quem deseja mandar no mundo, no planeta, do país, município, aldeia ou grupo sabe que tem de usar estes canais e criar receitas que nos agradem.
Este programa é sobre o cruzamento da arte da comunicação com o da política.
Numa frase: a comunicação política e a política na comunicação.
A convidada é Susana Salgado, investigadora deste campo do saber no Instituto das Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
Exploramos como os media e as redes sociais desempenham um papel crucial na maneira como as pessoas entendem a política e tomam decisões.
A conversa aborda temas como a polarização, o efeito dos algoritmos das redes sociais e o impacto dos preconceitos cognitivos, que criam uma espécie de “bolha” em que cada um de nós vive, condicionando como recebemos e interpretamos as mensagens políticas.
Um dos principais pontos de reflexão neste episódio é o impacto da comunicação polarizadora. Segundo ela, a política contemporânea tende a afastar os cidadãos do debate e a empurrá-los para os extremos, limitando a capacidade de entendimento e troca de ideias. Ela explora como, muitas vezes, os temas mais sensíveis ou “incómodos” são excluídos da discussão pública, não por falta de relevância, mas por uma espécie de censura social.
Isso faz com que pessoas que partilham de opiniões não convencionais sejam empurradas para a margem, onde encontram espaço em movimentos ou partidos mais radicais.
Esse fenómeno é reforçado pelas redes sociais, onde o anonimato e a liberdade de expressão permitem que as pessoas exponham visões mais extremas do que fariam em interações presenciais.
Nesta conversa aprendi muito sobre o conceito de criação de agendas públicas.
Em particular, como criar estratégias para colocar o nosso tema na agenda e criar percepções favoráveis ao nosso ponto de vista.
Criar agenda, enquadrar factos e apontar o foco de luz para o que mais no interessa.
Ou criar distrações para desviar a atenção geral para o que não nos interessa discutir.
Susana Salgado explica como estas estratégias ajudam a moldar as perceções dos cidadãos, enfatizando certos temas e desviando a atenção de outros.
Estes mecanismos são, segundo ela, particularmente eficazes para criar uma “máquina de perceções” onde o que ganha é visibilidade mediática, interpretada como sendo mais relevante, muitas vezes à custa de temas de interesse real para a população.
Real ou percebido como real?
Hoje vamos dançar.
A forma mais natural em que acertamos o nosso movimento ao ritmo dos sons ou até dos pensamentos.
Sim, hoje acertamos os passo na arte humana da dança.
Dos mais talentosos dos bailarinos ao mais descoordenado dos seres.
Eu pecador de confesso. E por isso convidei o actor, coreógrafo e bailarino Bruno Rodrigues para me ensinar sobre o movimento do corpo.
Sou o mais descoordenado dos seres a habitar sobre a terra.
Poderia dizer que tenho dois pés esquerdos, o que até poderia ser elogioso porque até se dá o caso de eu ser canhoto.
Por isso simplifico: não tenho jeitinho nenhum para dançar.
O que me angustia porque o meu sentido de ritmo é bom. Acho eu. Sinto que sim. Ritmo dentro da minha cabeça. Depois os braços e as pernas é que não acompanham. Parecem ter vida própria, lançando no espaço pernas e braços num louco, levemente assustador e definitivamente esquisito movimento.
E um dia conheci o Bruno.
Num evento experimental sobre o movimento.
E aprendi que todos temos uma espécie de biblioteca de movimentos. E nessa biblioteca estão os livros de instruções para nos mexermos. É só ler esses livros. Embora muitos de nós nem sequer nos atrevemos a pegar neles. Nos livros. Nas ancas, rótulas, ombros ou pescoço. Volto ao movimento.
Basta respirar, diz ele, o Bruno, e o movimento aparece naturalmente.
Esta conversa é sobre isso.
Sobre o movimento. Sobre a maneira como dançamos.
Na conversa saberemos como alguém descobre que a sua vocação, como experimenta e aprende sobre a arte da dança.
Hoje é coreógrafo, actor e formador na área do movimento.
Naturalmente falámos da maneira como o nosso corpo fala, como comunica.
E de como a dança pode ser uma ferramenta social de inclusão e partilha.
Aprendi que todos podemos dançar.
E sabemos dançar. À nossa maneira, mas é uma maneira tão certa como qualquer outra. Saia lá daí, da frente do espelho. E liberte-se.
Claro que depois há o bailado, como expressão plástica maior.
A expressão do belo e do sublime.
Afinal o uso do corpo para nos fazer sentir as emoções.
O corpo como espelho da alma.
O movimento e a dança como uma forma universal de nos entontarmos mutuamente.
De olhos nos olhos.
De mão na mão.
Num compasso certo dos pés que seguem num movimento síncrono. Isto nas danças a dois.
Mas também valem os grupos que dançam num concerto.
Ou até aquele que dança sozinho na praia, sem música, apenas ao ritmo dos pensamentos.
E tudo se move. E tudo dança. Até os planetas à volta do sol.
Ou o sentir. Ao ritmo dos batimentos do coração.
O ritmo primordial da dança da vida.
Da Química à Dança: O Início da Jornada
Inicialmente estudante de Engenharia Química, Bruno descobriu a dança por acaso, quando uma colega o convidou a experimentar uma aula. Essa experiência revelou-lhe um novo caminho, onde se sentiu verdadeiramente “em casa”. O que começou como uma simples curiosidade tornou-se rapidamente a sua paixão e carreira. No episódio, ele descreve o momento inicial, numa sexta-feira de outubro, que marcou o encontro com a dança. A sensação de “pertença” era tão intensa que ele a lembra com detalhes, incluindo as cores, os cheiros e a música daquela primeira aula.
A Dança Como Forma de Comunicação e Intervenção
Bruno vê a dança como uma linguagem universal, acessível a todos e não apenas a quem se dedica profissionalmente a esta arte. Para ele, todos dançam a partir do momento em que respiram, pois a base do movimento é a respiração. Ele explora a ideia de que a dança está presente nos pequenos gestos do dia a dia e que cada movimento entre duas poses ou “fotografias” forma uma coreografia única.
O Movimento do Corpo e a Relação com a Identidade
A entrevista toca em questões profundas sobre como o movimento expressa a relação de cada um consigo mesmo. Bruno reflete sobre a relação entre corpo e identidade, afirmando que a maneira como nos movemos espelha a nossa auto p...
O gesto é tudo. Ou quase tudo.
No mundo onde o silêncio quase absoluto reina é o gesto que nos liga.
Nesta edição falamos, ouvimos e gesticulamos.
Um mergulho no mundo na língua que as pessoas surdas usam para ouvir e falar. A língua gestual portuguesa.
Em cima de um palco, no cantinho da nossa televisão, numa aula na escola, numa consulta médica ou a responder num tribunal.
A vida dos intérpretes de língua gestual portuguesa é uma correria entre todos os lugares do país onde alguém que não ouve, não aprendeu falar ou até a ler e escrever, precisa de entender o mundo.
Conheci a Sofia Fernandes em cima do palco no auditório do IPO do Porto. Ela traduzia o que os vários participantes do evento diziam.
A rapidez do gesto é fascinante. Não só das mãos.
Todo o corpo participa. Gestos nos dedos, braços, ombros e a cara.
Sim, as expressões faciais estão sempre a dizer qualquer coisa.
A dizer o espanto, a dizer a alegria, a sofrer a tristeza.
Naquele palco ouvi-a depois falar de viva voz.
Da maneira como ajuda a comunidade das pessoas surdas a comunicar. A ouvir, se é que posso usar esta palavra, e a dizer o que quer. E o que ouvi não podia ficar só ali. Tinha de o partilhar convosco.
Esta conversa é sobre comunicação. Todas as conversas do Pergunta Simples são sobre comunicação. Mas esta tem um nível de complexidade difícil de entender para quem ouve. Para os ouvintes regulares do ‘podcast’.
Mas neste caso o programa não tem só áudio, ou vídeo, com legendas. Neste caso este episódio está também traduzido em lingua gestual graças à generosidade da Sofia. Pode ser visto em www.perguntasimples.com e nos YouTube desta vida.
Portanto, não só veio contar tudo o que sabe, como, no fim ainda teve de trabalhar.
Eu disse generosidade? Acrescento uma palavra: torrencial.
E eu aprendi como se diz com um só gesto a mais bela palavra do mundo
O QUE APRENDI NESTE EPISÓDIO
A interpretação é muito mais do que traduzir palavras. Entendi que a língua gestual portuguesa não pode ser feita palavra por palavra porque é uma língua com gramática própria e ‘nuances’ específicas. O trabalho do intérprete é captar o sentido e adaptar o que está a ser dito, principalmente em temas complexos ou pouco familiares.
Adaptar-se ao momento é essencial. Percebi que, em interpretações ao vivo, como num telejornal, o intérprete precisa de uma grande agilidade para adaptar o contexto e corrigir interpretações, quando necessário. Sofia explicou que, ao não perceber uma palavra ou perder uma parte da conversa, procura “proteger-se” e transmitir algo literal até conseguir encaixar o contexto completo.
A carga emocional nas interpretações delicadas. Nas consultas médicas ou em audiências judiciais, o intérprete é obrigado a usar a primeira pessoa, dizendo “eu”. Esta proximidade com a situação pode ser emocionalmente exigente, especialmente ao lidar com histórias de dor ou sofrimento.
A acessibilidade continua a ser uma grande barreira. A falta de intérpretes e de recursos acessíveis é evidente, e Sofia sublinhou a dependência que muitas pessoas surdas têm de amigos e conhecidos para fazer coisas simples, como ir ao médico ou tratar de assuntos burocráticos.
Conhecer o contexto é chave. Quanto mais o intérprete entende o contexto, melhor consegue interpretar com fidelidade. Por exemplo, Sofia menciona como recorre a amigos surdos para confirmar se usa os gestos mais adequados, tornando a interpretação mais rica e natural.
O impacto emocional e cultural do seu trabalho. A experiência de Sofia a interpretar um hino no estádio do Dragão revelou como momentos de grande visibilidade têm um impacto emocional e fortalecem a cultura surda. Percebi que a presença de intérpretes em momentos públicos dá poder à comunidade e fortalece a sua identidade.
A língua gestual portuguesa é uma língua própria, não uma “linguagem”. Aprendi que há uma diferença entre língua e linguagem: enquanto a linguagem gestual é mais...
Hoje é dia de falar de saúde, máquinas inteligentes e líderes inspirados.
Para o caso d ainda não terem notado as máquinas que falam connosco como se fossem humanas estão a invadir o nosso dia-a-dia.
Seja numa página de ‘internet’, na relação com o nosso banco ou com uma qualquer empresa que nos fornece um serviço.
Estes robôs são programados para serem simpáticos, perguntam muitas coisas e querem que carreguemos vezes infinitas em números no telemóvel ou que respondamos a mil perguntas.
E lá vamos andando.
São ainda bastante básicos e eu, confesso, quando fico sem paciência, repito para a máquina “quero falar com um ser humano.”
Ora esses robôs estão também aparecer na área da saúde.
E além deles há outros bastante mais espertos que conseguem organizar gigantescas quantidades de dados e até chegar a melhores conclusões que os humanos. Mas já la vamos.
Este é um episódio com Ricardo Baptista Leite, um jovem médico português que integra a lista da Fundação Obama dos mais promissores líderes mundiais do futuro.
Todos o conhecemos pelo seu percurso na política, mas agora trabalha no desenvolvimento e regulação da chamada “inteligência artificial”. Em particular na área da saúde.
A tecnologia acelera e a dita “inteligência artificial” carrega algumas das mais interessantes promessas de que o mundo será melhor. Ainda com alguns pontos de interrogação, mas já com um vislumbre do que pode ser o futuro onde homem e máquina se fundem para funcionar melhor.
Será o advento de uma nova espécie humana? Do homem biónico ou apenas do homem assistido pelas máquinas?
Já para não pensar na assustadora ideia onde as máquinas passam a controlar tudo ao arrepio da decisão humana.
Ricardo Baptista Leite traz-nos uma visão muito interessante sobre como a tecnologia pode transformar a nossa forma de viver e, sobretudo, o nosso sistema de saúde. Ele acredita que a inteligência artificial não é só mais uma moda, mas algo que pode realmente fazer a diferença na forma como diagnosticamos e tratamos doenças.
amos falar de como as máquinas, em algumas áreas, já superam os médicos humanos na precisão e na rapidez dos diagnósticos, como na radiologia.
E, ao mesmo tempo, exploremos os riscos. Será que esta tecnologia acabará por beneficiar apenas um pequeno grupo de pessoas, deixando muitos de fora?
Na conversa falamos sobre a necessidade de mudarmos ou adaptarmos o nosso sistema de saúde. Ele acredita que trabalhamos reativamente, ou seja, a tratar a doença depois de ela aparecer, que é preciso uma viragem para um modelo mais proativo, focado na prevenção e na promoção da saúde.
E sabem o que é curioso? O Ricardo acha que a inteligência artificial, se usada corretamente, pode ser a chave para essa mudança.
Mas a nossa conversa não se fica apenas pela tecnologia. A empatia é outro tema importante que abordámos. Sabiam que, num estudo recente, os assistentes virtuais, os robôs, os chatbots, foram considerados mais empáticos que os próprios médicos?
Sim, máquinas a mostrar mais empatia que humanos!
Isso diz muito mais de nós humanos do que da habilidade das máquinas.
Durante esta hora de conversa falámos muito sobre o futuro. Como ele vê a evolução dos cuidados de saúde com a introdução de tecnologias avançadas como a inteligência artificial?
E o mais importante, como garantimos que essas inovações são usadas de forma ética e justa,
TÓPICOS
Nomeação para a Fundação Obama
• Ricardo Batista Leite foi reconhecido como um dos futuros líderes pela Fundação Obama, integrando um grupo que aposta em mudanças sociais a partir das comunidades locais.
De político a especialista em inteligência artificial
• Ricardo Batista Leite fez uma transição da política para a área da inteligência artificial, explicando o potencial revolucionário desta tecnologia no setor da saúde.
A promessa da tecnologia
• Abordámos como grandes inovações tecnológicas nem sempre trazem benefícios para to...
Falar bem português e escrever em bom português é absolutamente crítico para comunicar na nossa língua.
E sim, calhou-nos uma língua complexa na rifa, difícil, cheia de palavras e regras.
Algumas até de difícil compreensão ou mesmo aparentemente contraditórias.
Deixem-me dar-vos o exemplo das vírgulas. Onde se põem as vírgulas.
Das várias fontes que consultei há, em princípio, 4 regras principais.
Mas depois são afinal 11 que até podem ser 15.
Se alguém tem outro número queira mandar uma mensagem ou deixar um comentário.
Mas o exemplo das vírgulas é tão fascinante que até há uma regra opcional.
Leio no ciberdúvidas que a frase 'Depois, vamos sair para jantar.' pode ter essa vírgula, ou, simplesmente, se quiser dar mais ritmo à frase, pode escrever sem vírgula 'Depois vamos sair para jantar.'
Esta é conversa sobre línguas, sobre pontuações e até sobre palavrões.
Que são umas palavras muito especiais.
Cada língua leva dentro de si a cultura de um povo.
Mas não só.
Sim o poeta Fernando Pessoa disse:
“Minha Pátria é minha língua.” Mas a frase continua assim:
“Pouco se me dá que Portugal seja invadido, desde que não mexam comigo.”
Dificilmente encontramos uma frase que nos defina melhor, ao longo da história.
Volto às línguas.
Elas não são actos de cultura e comunicação.
Foram nascidas e talhadas como arma política.
Os franceses não falavam francês. Os italianos também não falavam a língua com que os ouvimos hoje descrever as mais belas coisas do mundo.
E as palavras tem significados literais e simbólicos.
São as chamadas expressões idiomáticas.
O “prego” italiano não é para pregar tábuas nem pregar aos peixes. Será o nosso “de nada”
E o “Raconter de salades” não é contar saladas, mas sim “contar uma história.”
E a história tem muito peso nesta coisa das línguas.
Porque a língua foi um instrumento político de unificação de um estado.
E, portanto, imposto ao povo. Muitas vezes usando o fio da espada.
Com esse conceito da língua enquanto norma, levamos todos com a mil regras a cumprir. Mas as línguas continuam vivas, recebendo influências das outras ou dos nossos brilhantes pontapés na gramática.
Se o pontapé for numa pedra, com força, e de pé descalço, então também recorremos à língua. Usando os palavrões. Palavras escondidas no subsolo do nosso cérebro.
São tabu, mas aliviam as dores.
As palavras contam.
As que dizemos. As que alguém entendeu, ou desentendeu.
Há palavras de que gosto.
Pode ser pelo significado ou pode ser, simplesmente, pelo som que se produz ao dizê-la.
A minha palavra preferida é “óbvio”
Gosto do som e do significado.
É simples, mas obriga a uma definição de sons. Uma dança entre o B e o V.
E é obviamente uma palavra aberta logo na primeira letra.
Olhem, obviamente volto para a semana.
E vocemessês também.
É óbvio.
E agora dai-me licença para fechar este parlatório.
Ou deveria dizer palratório?
Quem é Marco Neves?
Marco Neves nasceu em Peniche e vive em Lisboa. Tem sete ofícios, todos virados para as línguas: tradutor, revisor, professor, leitor, conversador e autor.
Não são sete? Falta este: é também pai, com o ofício de contar histórias. É professor na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e diretor do escritório de Lisboa da Eurologos. Escreve regularmente no blogue Certas Palavras. Já publicou os livros Doze Segredos da Língua Portuguesa, A Incrível História Secreta da Língua Portuguesa e o romance A Baleia que Engoliu Um Espanhol. Publicou também um ensaio literário, José Cardoso Pires e o Leitor Desassossegado. Regressa às dúvidas e subtilezas da nossa língua com a Gramática para Todos: O Português na Ponta da Língua.
O que aprendi neste episódio*:
O Poder da Língua: Reflexões sobre Normas, Resistência Cultural e Transformações Linguísticas
A língua, mais do que um simples meio de comunicação,
Há dois tipos de comunicação especialmente difíceis e arriscados.
Porque são complexos, porque acontecem em conta-relógio e porque a audiência está particularmente sensível nesse espaço de tempo.
Esses dois tipos de comunicação, são a comunicação de crise e a comunicação de risco.
Trocando por miúdos, a comunicação de crise é aquela que temos de usar quando algo correu mal: um acidente, um incêndio, um qualquer evento onde existe um dano real ou potencial a pessoas, ou bens. Principalmente pessoas.
A comunicação de risco em saúde pública é aquela que todos beneficiamos aquando da pandemia de COVID-19.
Essa comunicação teve como face principal Graça de Freitas, médica de saúde pública e ao tempo diretora-geral da saúde.
Esta conversa é sobre a dificuldade de planear, reagir e responder de forma credível a uma das maiores ameaças que vivemos na nossa vida coletiva.
Um manual do uso da comunicação tem tempos sem livro de instruções.
Todos sentimos:
A incerteza era o dia-a-dia.
Quando chega a pandemia?
Quando chega o vírus?
Vai matar-me?
Como me salvo desta?
Lembram-se?
Era este o ambiente que todos vivemos quando percebemos que a anunciada pandemia chegou.
Vivemos o receio, o medo, a dúvida.
Vivemos a angústia de ficar presos em casa por decreto geral.
Das escolas que fecharam. Dos lares com dezenas de idosos doentes.
Com hospitais cheios. Com ambulâncias em marcha.
Isto foi o que todos vimos em casa.
Mas no olho do furacão pandémico, no centro de crise e resposta está Graça de Freitas. Não está sozinha, mas tem uma equipa muito curta.
A ela cabe-lhe conseguir consensos entre cientistas e boas explicações e prognósticos para os decisores políticos.
No meio de tudo isto há que explicar aos cidadãos o que está a acontecer, como nos protegemos, como vivemos com isto.
No tempo das redes sociais.
Onde a opinião do mais sabedor dos cientistas parece valer tanto ou menos que o cidadão dedicado à arte nacional da opinião gratuita sobre tudo.
Mas mesmo no centro de comando, onde toda a informação chegava, onde todos os pensadores filtravam e tentavam entender o mundo, mesmo aí, havia demasiada informação, demasiadas contradições e um avassalador relógio que corria mais do que qualquer evidência.
Mais do que nunca o teste à credibilidade das fontes é critico. Mas a rapidez da comunicação digital e localizada não podia ser ignorada.
A pandemia deveria ser por si só um objeto de estudo detalhado da comunicação de risco. Eu já comecei a ler esse livro.
A Comunicação em Tempos de Informação Imperfeita
Um dos temas mais fascinantes abordados neste episódio é o desafio de comunicar quando a informação está longe de ser completa ou perfeita. “A informação era imperfeita, os dados mudavam a toda a hora”, lembra Graça Freitas, explicando que, muitas vezes, as diretrizes que comunicava ao público eram baseadas em informação que podia ser revista ou até desmentida pouco depois. “O grau de imperfeição era grande”, confessa, num tom honesto que caracteriza toda a sua participação no podcast.
Este cenário reflete um dos maiores dilemas da comunicação em saúde pública: como ser honesto e transparente quando as certezas são escassas? Graça optou sempre pela clareza e pela sinceridade. Reconhece que, em muitos momentos, teve de comunicar incertezas e explicar o que ainda não se sabia. Este equilíbrio entre a informação e a cautela foi uma linha ténue que teve de trilhar durante todo o período pandémico.
Medo, Resiliência e o Lado Pessoal da Pandemia
Outro ponto alto da conversa é quando Graça Freitas reflete sobre o medo. No início, confessa, não teve tempo para sentir medo pessoal, pois estava absorvida em compreender o que estava a acontecer. No entanto, à medida que o número de casos aumentava, especialmente em Itália, e o mundo começava a fechar as suas portas, o medo tornou-se uma realidade inevitável.
O cérebro humano e o seu funcionamento.
A caixa onde guardamos as palavras, os sentimentos e os movimentos.
O cérebro enquanto caixa de comando e guardador de memórias e identidades.
O cérebro que se molda plasticamente para compensar danos, bloqueios e faltas de ar.
O cérebro do juízo e da consciência.
Da alma ou apenas como fundação biológica.
Faltam menos de 2 meses para ser eleito o novo presidente dos Estados Unidos.E a campanha segue a todo o vapor.Uma campanha eleitoral é por definição o momento em que candidatos e eleitores dialogam sobre o futuro de um país.Tempo para se conhecerem aqueles que querer governar e as expectativas dos cidadãos eleitores.
TÓPICOS / CAPÍTULOS
Abertura (00:00:00)
Campanha Eleitoral nos EUA (00:01:44)Discussão sobre a intensidade e profissionalismo das campanhas eleitorais nos Estados Unidos.
Polarização e Debates (00:02:59)Análise da polarização política e a importância dos debates entre candidatos.
Interesse dos Portugueses (00:04:10)Observação sobre o crescente interesse dos portugueses nas eleições americanas.
Preparação para o Debate (00:05:58)Germano Almeida fala sobre como se prepara para assistir aos debates.
Experiência de Acompanhamento (00:06:41)Germano compartilha a sua longa experiência de acompanhar a política americana.
Importância da Comunicação (00:08:09)Discussão sobre a relevância da comunicação e preparação para os candidatos.
Análise do Debate (00:09:07)Reflexão sobre o formato e a dinâmica do debate entre Trump e Kamala Harris.
Desempenho de Kamala Harris (00:10:47)Comentário sobre a performance e estratégia de Kamala no debate.
Diferença de Altura e Estratégias (00:11:07)Discussão sobre a diferença física entre candidatos e como isso impacta a perceção.
Preparação da Equipa (00:12:04)Importância da equipa de comunicação na preparação para os debates.
Comparação de Audiências (00:12:31)Análise das audiências dos debates e o desempenho dos candidatos.
Estratégia de Resposta de Kamala (00:13:24)Kamala usa estratégias de comunicação eficazes para responder a Trump.
Frases Impactantes (00:14:20)Discussão sobre a eficácia de frases curtas e diretas na comunicação política.
A comunicação de Trump (00:14:40)Discussão sobre a frase "you're fired" e a sua utilização em comícios por Trump.
Desempenho de Kamala Harris (00:15:20)Análise do desempenho de Kamala no debate e as suas estratégias de comunicação.
Otimização da comunicação política (00:15:58)Kamala se apresenta como uma candidata do futuro, distanciando-se da administração Biden.
Polarização e estigmatização (00:21:40)Exploração do medo do diferente e como isso afeta a perceção dos imigrantes.
Rumores e mitos urbanos (00:19:32)Discussão sobre como histórias inverosímeis sobre imigrantes ganham credibilidade.
Impacto da retórica de Trump (00:22:29)Reflexão sobre o discurso de Trump e as suas consequências na sociedade americana.
Medo e insegurança (00:24:25)Análise do medo relativamente aos imigrantes e a manipulação desse medo na política.
Retorno à fórmula de 2016 (00:27:02)Trump tenta repetir a sua estratégia vitoriosa de 2016, mas enfrenta desafios.
Perda de controlo da narrativa (00:27:48)Trump se mostra obcecado por multidões, revelando fragilidade na sua campanha.
Aumento de Participação (00:28:22)Discussão sobre o aumento de pessoas e donativos nas campanhas eleitorais.
Questões Económicas (00:28:32)A economia é um fator crucial nas eleições, especialmente após a crise inflacionária.
Desempenho Presidencial (00:29:20)Análise do desempenho do presidente relativamente à inflação e as suas causas.
Impacto da Pandemia (00:30:05)Como a pandemia afetou a economia e levou a uma inflação significativa.
Possível Segundo Mandato de Trump (00:30:57)Previsões sobre um possível segundo mandato de Trump e as suas implicações.
Mudanças na Administração (00:32:03)Discussão sobre a limpeza na administração caso Trump seja reeleito.
Política Externa e Ucrânia (00:32:53)Trump e suas possíveis políticas relativamente à Ucrânia e à Rússia.
Desafios para Kamala Harris (00:34:27)Os obstáculos que Kamala Harris enfrenta devido à sua identidade e primárias.
Eleitores Indecisos (00:35:55)Análise de eleitores indecisos e as suas perceções após os debates.
Busco a escuta perfeita.
Não a escuta do som, mas também essa.
Busco essa afinação perfeita entre a fala e o silêncio.
Onde cada respiração pode descobrir a raiz de uma dor de alma.
E onde a empatia é o instrumento que abre espaço à confiança obrigatória para que quem sofre possa falar, e quem ouve possa escutar.
Sigmund Freud inventou o sofá que fala.
O sofá onde todos nos podemos deitar para falar connosco próprios sabendo haver um psiquiatra, psicanalista ou psicólogo na cabeceira dessa cama existencial para nos ajudar nessa caminhada por entre sintomas, dores, desejos e desejadas ressurreições de alma.
Nesta edição vou guiado pelo psiquiatra que conheci como ouvinte há mais de 30 anos quando ficava colado à telefonia para ouvir o seu programa “O sexo dos anjos”
Um roteiro que começou por ser uma ideia de programa para falar de sexualidade, mas acabou por ser um manual sobre a natureza humana.
Portanto, conheci o homem da rádio muito antes do psiquiatra e do professor de antropologia médica.
Esta conversa poderia demorar 10 horas. Até poderia ser um diálogo em associação livre, mas escrevi demasiadas perguntas para tantas respostas.
É uma lição sobre como ouvir os outros, como praticar a arte da escuta e de aceitar e compreender o outro como ele é.
Falámos de diálogos, palavras e silêncios.
A empatia a par das nódoas negras e das grandes alegrias são provavelmente a única receita para a partilha entre seres humanos.
Compreender os outros implica-nos a todo o momento.
E as máquinas, capazes de calcular rapidamente e guardar acervos de informação gigantescos não tem alma.
Podem saber. Podem fingir. Mas nunca sentiram a palpitação dos grandes amores nem o sabor das lágrimas.
Nem sequer lágrimas de óleo ou taquicardias elétricas.
TÓPICOS:
Início (00:00:00)
Introdução ao Tema da Escuta (00:00:12)Discussão sobre a escuta e a importância da empatia na comunicação.
Apresentação do Convidado (00:02:27)Júlio Machado Vaz é apresentado como médico psiquiatra e influenciador.
O Programa "O Sexo dos Anjos" (00:02:50)Júlio fala sobre o seu livro e a história do programa de rádio.
Impacto do Programa (00:03:14)Discussão sobre a influência do programa na sexualidade e na sociedade.
Relação entre Rádio e Televisão (00:05:02)Comparação entre os meios de comunicação e as suas diferenças na recepção do público.
Censura nos Média (00:06:21)Júlio compartilha experiências de censura e a diferença entre rádio e televisão.
Mudança de Horário do Programa (00:07:16)Discussão sobre a mudança de horário do programa e o impacto na audiência.
Experiências de Censura (00:09:41)Relato sobre censura num programa de televisão, especialmente em relação à homossexualidade.
Fascículos Não Publicados (00:12:20)História sobre fascículos encomendados pelo jornal "Expresso" que nunca foram publicados.
Reflexão sobre a Vida (00:13:39)Júlio reflete sobre o envelhecimento e como as prioridades mudam ao longo do tempo.
Cuidado com a Manipulação (00:15:03)Discussão sobre a capacidade de nos enganarmos a nós mesmos e a diferença entre responsabilidade e culpa.
Consultório e Trabalho (00:15:46)Júlio fala sobre a sua rotina no consultório e o prazer que sente em continuar a atender.
Ritmo de Trabalho (00:16:56)Reflexão sobre a escrita e a falta de tempo devido à rotina intensa de trabalho.
Agendas Complicadas (00:18:04)Desafios de compatibilizar horários entre colegas para gravações e compromissos.
Visita Guiada à Agenda (00:19:07)Comentário sobre a complexidade das agendas de trabalho e compromissos.
Reorganização de Trabalho (00:19:32)Impacto das mudanças de horários na rotina de trabalho dos colegas.
Psicanálise e Trabalho (00:20:13)Reflexão sobre a importância do trabalho e a dificuldade de imaginar não trabalhar.
Dia Típico no Consultório (00:21:09)Descrição de como varia a rotina diária de atendimentos e a importância da escuta.
Ser adepto não é fácil.
Seguramente ser jogador de alta competição parece ser ainda mais difícil.
A linguagem dos corpos em movimento é muitas vezes mais honesta que as respostas nas conferências de imprensa.
Seja no mais belo dos movimento, seja no esgotamento desenhado nas caras dos jogadores ao minuto 120.
O selecionador e treinador de Portugal Roberto Martinez parece ser um bom comunicador. Mas o que diz parece não ligar com a realidade. O que me causa estranheza.
Martinez é claramente um bom comunicador na forma. Mas depois há o conteúdo.
Às perguntas difíceis responde desconversando.
É o modo "pergunta-me o que quiseres, respondo o que me apetecer."
A forma é sempre imaculada. O discurso todavia parece plástico.
As respostas são sempre de um optimismo extremo.
O jogo foi sempre magnifico. Os atletas insuperáveis e Ronaldo o maior de sempre e em todos os jogos.
E o raio da estatística, fria e calculista, insiste em contrariar o optimismo da fórmula de comunicação do treinador.
É uma boa lição para todos os comunicadores, Ou como não fazer. A boa estética de comunicação não basta. As mensagens tem que ter suporte na realidade. Só assim emprestam credibilidade ao discurso.
A menos que as teorias da pós-verdade tenham contaminado o futebol.
Ou será que o futebol de alta competição é o precursor dessa forma de ver o mundo.
Afinal no futebol o que hoje é verdade, amanha é mentira.
Mas não há só comunicação menos real.
Há excelentes surpresas também.
Jogadores como Vitinha, Palhinha, Bruno Fernandes ou Bernardo Silva falam a linguagem das pessoas reais. Explicam o que fizeram, o que sentem, os sonhos e as dores. Sem fingimentos, olhando nos olhos.
Vi o mesmo em Diogo Costa.
As palavras da sua fala pública ligam-se bem sua soberba prestação em campo.
4 defesas, 3 na ronda de penaltis que apurou Portugal para a próxima ronda do europeu.
Em busca de aprender um pouco mais sobre o fenómeno do futebol fui ouvir Rui Miguel Tovar. Jornalista, comentador e historiador do melhor desporto do mundo.
TÓPICOS & TEMAS
Inicio (00:00:00)
A importância da linguagem corporal (00:00:12)Discussão sobre a comunicação no futebol, destacando a linguagem corporal dos jogadores e treinadores.
A comunicação do treinador Roberto Martínez (00:01:32)Análise da comunicação do treinador, abordando a estética e o conteúdo de suas mensagens.
A surpreendente atuação do goleiro Diogo Costa (00:02:41)Destaque para a atuação surpreendente do goleiro Diogo Costa e sua comunicação autêntica.
A dinâmica do jogo entre Portugal e Eslovénia (00:03:38)Discussão sobre a dinâmica do jogo, incluindo momentos de tensão e reviravoltas.
O desenvolvimento de Rui Patrício (00:13:40)Discussão sobre a evolução do jogador nas mãos do treinador Paulo Bento e seu papel como herói no Euro 2016.
Diogo Costa e suas características (00:14:11)Análise das habilidades e atuação do goleiro Diogo Costa, incluindo sua capacidade de sair aos cruzamentos e habilidades com os pés.
O futuro de Diogo Costa (00:15:30)Questionamentos sobre a permanência do goleiro em Portugal e seu potencial para jogar em clubes europeus de alta categoria.
Desempenho dos treinadores portugueses (00:16:25)Reflexão sobre a presença de treinadores portugueses em competições de alto nível, como a Liga dos Campeões, e suas conquistas.
Análise das defesas de Diogo Costa (00:18:27)Discussão sobre as defesas do goleiro nos penáltis, destacando sua técnica e habilidade.
Estratégias de batedores de penáltis (00:20:19)Análise das declarações de Bruno Fernandes e Diogo Costa sobre as estratégias e intuições utilizadas na marcação e defesa de penáltis.
Marcadores canhotos de penáltis (00:22:53)Exploração da tendência de destros marcarem mais penáltis, com exemplos de jogadores canhotos que marcaram ou não marcaram penáltis.
Influência de Cristiano Ronaldo e sua mentalidade (00:24:25)Reflexão sobre a influência de...
Hoje é dia de falar do futebol enquanto máquina de marketing.
Já repararam em toda a publicidade espalhada pelos estádios do Europeu de Futebol?
E aquelas paredes de fundo carregadas de logótipos dos patrocinadores que aparecem atrás dos jogadores quando falam os jornalistas?
Pois é: são os sinais da gigantesca máquina de mostrar anúncios a todos nós.
Principalmente aos mais fervorosos dos adeptos.
Portugal já recebeu 13 milhões de euros como compensação pela sua participação no europeu.
Portugal, a federação portuguesa de futebol, bem entendo.
Cada vitória vale 1 milhão.
E o vencedor do europeu recebe um total acumulado de mais de 28 milhões de euros.
E de onde vem este todo dinheiro?
Principalmente da publicidade, do investimento das marcas e dos direitos de transmissão televisiva, radiofónica e imagens afins.
Claramente o ‘marketing’ gosta do futebol e o futebol gosta do ‘marketing’.
Olhemos por momentos para Cristiano Ronaldo.
Ele tem quase mil milhões de fãs nas suas redes sociais.
E mais do que um jogador Ronaldo é uma celebridade mundial.
Portanto, todas as marcas associadas ao jogador recolhem o benefício da gigantesca notoriedade que Ronaldo tem.
Basta ver a loucura nos estádios.
Com miúdos e graúdos a invadir o campo, durante os jogos, em busca de tirar uma foto com o herói.
Voltemos ao ‘marketing’.
Quis ouvir Daniel Sá, o diretor do Instituto Português de Marketing, o IPAM.
Para saber o que explica esta mútua paixão entre o ‘marketing’ e o desporto de alta competição.
O futebol, sempre o futebol.
Seja o ópio do povo ou uma boa desculpa para uma festa.
Foi assim em 2016 com a vitória de Éder e mais 10.
Ou na embriaguez coletiva de 2004 quando os gregos decidiram reinar em Lisboa.
Talvez essa emoção das massas explique a paixão do ‘marketing’ pelo futebol.
Conhecem melhor argumento para ajudar a comprar um produto ou serviço que a emoção?
Sim, somos todos muito racionais.
Mas como nos ensinou Damásio a emoção reina.
Chuta Ronaldo!
https://vimeo.com/958989523/0a6e625a9f?share=copy
Começou o Europeu de Futebol. O Euro 2024, jogado na Alemanha.
Uma boa oportunidade para seguir o percurso dos repórteres que seguem a competição.
Neste edição há grande fotografias.
Sim vamos saber tudo sobre o dia-a-dia de um fotojornalista num grande evento desportivo europeu.
TÓPICOS & TEMAS
Abertura - 00:00:00
O momento chave - 00:00:12 O apresentador introduz o contexto do episódio, destacando a importância das fotografias no futebol.
Experiências no Euro 2016 - 00:01:39 Miguel A. Lopes fala sobre sua experiência cobrindo o Euro 2016, incluindo a fotografia do golo de Éder.
Identidade e superstição - 00:03:06 Miguel A. Lopes explica a escolha de seu nome profissional e compartilha uma curiosidade sobre ser confundido com outro fotógrafo.
Preparativos e deslocamentos - 00:04:16 Miguel A. Lopes descreve os preparativos e deslocamentos necessários para cobrir os jogos do Euro 2024.
Motivação para cobrir o Euro - 00:05:32 Miguel A. Lopes explica por que escolheu cobrir o Euro 2024 e compartilha sua paixão pelo evento.
Fotografando o golo de Éder - 00:06:41 Miguel A. Lopes descreve o momento em que fotografou o golo de Éder na final do Euro 2016.
Contando a história do jogo - 00:10:01 Miguel A. Lopes discute a importância de contar a história do jogo através das fotografias.
Celebração após a final - 00:12:32 Miguel A. Lopes compartilha suas emoções e experiências após a vitória de Portugal na final do Euro 2016.
Fotografando a chegada da seleção - 00:14:32 Miguel A. Lopes descreve a energia e carga emocional ao fotografar a chegada da seleção portuguesa para o Euro 2024.
O fenômeno Ronaldo (00:14:41) A popularidade de Cristiano Ronaldo entre os imigrantes e o impacto nos jogos do Euro 2024.
A imagem de Cristiano Ronaldo (00:16:59) A representação de Cristiano Ronaldo como herói e a sua relação com a fotografia.
O trabalho do fotojornalista (00:18:12) Os desafios e limitações do trabalho de um fotojornalista durante os jogos e treinos do Euro 2024.
A busca pela foto perfeita (00:23:55) A importância de capturar momentos que contem a história do jogo e a preparação do fotojornalista para identificar os jogadores.
Preparação para fotografar (00:27:43) Discussão sobre a escolha de posição no estádio e estratégias para capturar as melhores imagens.
Posicionamento estratégico (00:28:24) Análise das vantagens e desvantagens de ficar em diferentes áreas do estádio para capturar os momentos importantes.
Planejamento do jogo (00:29:20) Decisões sobre o local ideal para fotografar e como evitar a duplicação de trabalho.
Fotografia remota (00:30:36) Explicação sobre o funcionamento das câmeras remotas e como são controladas durante o jogo.
Antecipação e preparação (00:31:47) Discussão sobre a importância da antecipação e sorte na captura de momentos únicos durante o jogo.
Fotografando os jogadores (00:35:05) Identificação dos jogadores mais interessantes de fotografar e suas características durante o jogo.
Expectativas para o Euro 2024 (00:36:14) Reflexões sobre a preparação e expectativas para a competição com base na experiência passada.
Interagindo com os treinadores (00:38:30) Comparação entre os treinadores e a interação fotográfica com eles durante a competição.
União da equipe (00:39:23) Observações sobre a coesão e espírito de equipe dos jogadores durante a competição.
Técnica fotográfica (00:40:11) Explicação sobre como focar e capturar imagens em meio a uma aglomeração de jogadores durante o jogo.
Fotografar jogos de futebol (00:41:07) Miguel A. Lopes fala sobre a técnica de fotografar jogos de futebol, destacando a importância de capturar os momentos mais emocionantes.
Desafios técnicos da fotografia esportiva (00:42:15) Discussão sobre os desafios técnicos de fotografar jogos à noite e durante o dia, com metade do campo na sombra.
Técnicas de foco e composição (00:43:09) Miguel A.
Hoje vamos voar.
Sim, seguimos no habitáculo de um avião, especialmente atentos a todas as trocas de palavras que por lá são ditas.
Entre pilotos, entre o avião e a torre de controlo ou entre o comandante todos nós que seguimos sentados no papel de passageiros.
Senhores passageiros, apertem os cintos, vamos descolar.
TÓPICOS & TEMPOS
00:00:00 Introdução - Introdução à carreira do Comandante Guedes na aviação civil.
00:03:20 (Primeira experiência de voar sozinho) - As emoções contraditórias ao voar sozinho pela primeira vez.
00:05:36 (Primeira grande emergência) - O incidente de emergência após a descolagem e a falta de experiência para lidar com a situação.
00:07:41 (Lidar com o medo durante uma crise) - A ausência de medo durante a crise e o impacto emocional após o evento.
00:10:46 (Reflexão sobre a responsabilidade) - O peso da responsabilidade de ter vidas sob sua responsabilidade e o alívio ao deixar de voar.
00:11:24 (Início do sequestro) - O relato do início do sequestro durante um voo de Lisboa para Faro.
00:13:27 (Estratégias durante o sequestro) - A importância de obedecer durante um sequestro e as estratégias adotadas para lidar com a situação.
00:15:44 (Síndrome de Estocolmo) - A relação estabelecida entre assaltante e assaltado durante o sequestro.
00:16:11 (Escolha de confiança e comunicação) - O Comandante Guedes fala sobre a escolha do sequestrador para se comunicar e a estratégia de negociação.
00:16:53 (Negociação e intervenção policial) - Discussão sobre as negociações com o sequestrador e a intervenção das forças de segurança espanholas.
00:19:06 (Resposta do governo português) - O papel do governo português na negociação e a recusa do pedido de resgate.
00:20:10 (Concessões e negociações) - A estratégia de fazer concessões e o papel dos pilotos em situações de sequestro.
00:21:07 (Empatia e negociação) - A importância da empatia e negociação para resolver a situação de sequestro.
00:22:16 (Negociações finais e resolução) - As negociações finais e a proposta para resolver o problema do sequestro.
00:24:09 (Desfecho e consequências) - As negociações finais, desfecho do sequestro e as consequências para o sequestrador.
00:28:43 (Conclusão e reflexão) - O que o Comandante Guedes aprendeu com o episódio do sequestro e o percurso do sequestrador após a libertação.
00:29:13 (O percurso do Comandante Guedes) - Comentários sobre a trajetória profissional e pessoal do Comandante Guedes, incluindo um episódio específico de superação.
00:30:16 (Confiança nos pilotos) - Discussão sobre a confiança dos passageiros nos pilotos, especialmente em relação à presença de mulheres no cockpit.
00:30:46 (Mulheres na aviação) - Reflexões sobre a entrada de mulheres no cockpit, desafios e características positivas observadas.
00:35:22 (Tecnologia na aviação) - Exploração do papel da tecnologia na aviação, incluindo a confiança nos sistemas automáticos.
00:36:22 (Conflito entre humano e máquina) - Discussão sobre a potencial tensão entre a experiência do piloto e a confiança na tecnologia.
00:40:10 (Confiança na tecnologia) - Reflexões sobre a confiança dos mais jovens na tecnologia e a sua disposição para voar em aeronaves sem pilotos humanos.
00:41:34 (Erro humano e responsabilidade) - Análise de um incidente específico em que houve um equívoco na comunicação entre pilotos e as consequências disso.
00:42:26 (Problemas Mecânicos na Aviação) - Discussão sobre problemas técnicos em aeronaves e a importância do controle e manutenção.
00:44:37 (Concorrência na Indústria Aeronáutica) - Comparação entre as empresas Boeing e Airbus e suas inovações tecnológicas na aviação comercial.
00:47:04 (Problemas na Boeing) - Análise dos problemas enfrentados pela Boeing, incluindo questões de segurança e concorrência.
00:49:58 (Desafios de Treinamento Militar) - Dificuldades no treinamento de pilotos militares e a adaptação a novas tecnologias e idi...
A linguagem tem um efeito sobre as pessoas.
E as palavras, mesmo que pareçam inócuas, entram na nossa cabeça e produzem uma influência.
Afinal, pensamos através das palavras. Os rótulos que metemos na realidade.
Palavras, imagens, gestos.
Tudo é comunicação.
Quando as palavras e as ações se conjugam para o mal, assistimos a crimes que dificilmente conseguimos perceber.
É nesse momento em que a justiça e a psicologia se juntam.
Para julgar e para entender as circunstâncias particulares desse crime.
Os crimes com motivações de ódio estão nesta grande caixa do horror humano.
Portugal pode estar a deixar de ser a exceção e a tornar-se mais um a ter de lidar com os fenómenos mais básicos da falta de respeito pela vida humana.
Esta edição é uma busca incessante à pergunta: porquê?
TÓPICOS & TEMPOS
00:00:00 Início
00:00:12 O efeito da linguagem na disseminação do ódioDiscussão sobre como as palavras e ações podem contribuir para crimes de ódio e a responsabilidade social associada.
00:01:30 Crimes de ódio em PortugalAnálise dos recentes casos de crimes de ódio em Portugal, incluindo propaganda nazista e violência contra pessoas vulneráveis e imigrantes.
00:02:38 Motivações por trás dos crimesExploração das possíveis motivações por trás dos crimes de ódio, incluindo a influência da ideologia totalitária nazista.
00:06:43 Aspectos políticos associados à violênciaDiscussão sobre a associação da violência com ideologias políticas e a responsabilidade política e social em lidar com esses crimes.
00:11:34 Comunicação, política e justiçaAnálise da interligação entre política, justiça e comunicação, e a influência da comunicação na disseminação de propaganda e ódio.
00:13:22 Desafios na comunicação da justiçaReflexão sobre os desafios da comunicação na área da justiça, incluindo a importância da precisão e autenticidade das informações.
00:15:26 Avaliação psicológica em casos de crimeDiscussão sobre a necessidade de avaliação psicológica em casos criminais para compreender a personalidade e motivações dos envolvidos.
00:16:02 O papel da avaliação psicológicaDiscussão sobre a importância da avaliação psicológica em casos criminais e a necessidade de psicólogos especializados.
00:19:04 A importância da individualização das penasExploração do papel da personalidade do arguido na fixação da pena e a necessidade de individualização das penas.
00:21:15 A análise do comportamento criminosoReflexão sobre a importância de compreender as razões e interações por trás de um crime e a necessidade de perguntas fundamentais.
00:24:10 A neutralidade da psicologia forenseDiscussão sobre a neutralidade da psicologia forense e seu papel em compreender os comportamentos criminosos.
00:26:25 A importância do diálogo entre psicologia e direitoExploração da necessidade de diálogo entre psicologia e direito, e a importância da comunicação acessível a todos os envolvidos.
00:30:08 Facilitando o diálogo entre psicologia e direitoDiscussão sobre a necessidade de guias para psicólogos e juristas e a importância do diálogo entre as duas áreas.
00:31:20 O papel do psicólogo no sistema judicialDiscussão sobre a importância do papel do psicólogo como perito em processos judiciais.
00:32:30 A interseção entre direito e psicologiaExploração da importância da interseção entre direito e psicologia na compreensão de casos criminais.
00:33:32 A evolução da abordagem à doença mental na justiçaAnálise da evolução da abordagem à doença mental na justiça ao longo do tempo.
00:37:10 A responsabilidade em casos de inimputabilidadeDiscussão sobre a responsabilidade de indivíduos com doenças mentais em casos criminais.
00:44:03 O impacto do discurso securitário na sociedadeAbordagem sobre o impacto do discurso securitário na sociedade e na mediatização do crime.
00:47:29 Manipulação da percepção da criminalidadeDiscussão sobre a manipulação e distorção da percepção da criminalidade na s...
As perguntas e as respostas fazem parte da nossa vida.
E são o motor fundamental para aprendermos coisas novas.
Esta edição é sobre os talentos que precisamos de ter para enfrentar o mundo onde nenhuma resposta explica tudo e todas as perguntas valem muito mais que essas respostas.
Afinal como aprendemos coisas novas?
A nossa maneira de aprender é um dos tópicos que mais investigação tem merecido nos últimos anos.
E com o advento do mundo volátil e sem certezas absolutas a única coisa certa é que precisamos de aprender sempre. Todos os dias. De forma contínua.
Mas não foi sempre assim?
Provavelmente sim. Mas agora o tema parece ter-se tornado um mantra das organizações e grupos mais inovadores.
TÓPICOS & TEMPOS
(00:00:00) - (00:03:42) - Introdução e Importância da Aprendizagem Contínua
Jorge Correia apresenta o ‘podcast’, focando na relevância do aprendizado contínuo num mundo incerto. Paula Marques é introduzida como especialista em novas formas de trabalho.
(00:03:42) - (00:07:24) - O Futuro do Trabalho e a Liderança
Discussão sobre o futuro do trabalho, enfatizando a necessidade de líderes que valorizam perguntas em vez de respostas rápidas.
(00:07:24) - (00:11:06) - Transformações no Trabalho
Análise das mudanças no ambiente de trabalho e como as organizações estão se adaptando para enfrentar novos desafios num contexto global volátil.
(00:11:06) - (00:14:48) - Identidade e Trabalho
Reflexão sobre a ligação entre trabalho e identidade pessoal, e o impacto da reforma nessa relação.
(00:14:48) - (00:18:30) - Tecnologia e Desemprego
Exploração do impacto da automação e tecnologia nos empregos e a necessidade de requalificação dos trabalhadores.
(00:18:30) - (00:22:12) - Educação e Preparação para o Futuro
Discussão sobre como o sistema educativo pode preparar melhor os jovens para um mercado de trabalho em transformação.
(00:22:12) - (00:25:54) - Desafios para a Juventude
Análise dos desafios que os jovens enfrentam ao escolher carreiras e como alinhar as suas paixões com as oportunidades de mercado.
(00:25:54) - (00:29:36) - O Papel das Perguntas no Desenvolvimento Profissional
Debate sobre a importância de fazer perguntas certas para o desenvolvimento profissional e pessoal num contexto de rápidas mudanças.
(00:29:36) - (00:33:18) - Impacto da Cultura Organizacional na Inovação
Análise de como a cultura organizacional afeta a inovação das empresas e a importância de cultivar uma cultura que valorize a curiosidade e aprendizagem contínua.
(00:33:18) - (00:37:00) - Conclusão e Reflexões Finais
Quis aprofundar o tema com Paula Marques uma investigadora da Nova SBE com a missão de investigar as formas de trabalho do futuro.
E de treinar os melhores líderes a fazer mais perguntas do que a dar respostas na ponta da língua.
Mas acima de tudo este episódio é uma navegação sem bússola nem mapa ao futuro do mundo.
Talvez a única fórmula com uma promessa de resposta é o uso intensivo das perguntas.
E eu a pensar aqui para os meu botões: “tu queres ver que eu afinal ainda tenho futuro com o perguntador?”
Venham daí. Oiçam, subscrevam, comentem.
Façam perguntas. Todas as perguntas do mundo.
Se houvesse uma partícula de deus da curiosidade infinita teríamos todo um mudo melhor.
Nessa partícula das perguntas, do que querer saber, estaria a nossa forma eterna de aprender.
No meu imaginário a partícula dos perguntadores criaria aquela centelha de brilho no olhar das crianças quando descobrem uma coisa nova.
E tu, ai desse lado, no conforto da escuta, já perguntaste algo, hoje, que exija uma nova e criativa resposta?
Então vai. Vai perguntar. É mágico e funciona.
Até para quem tem todas as respostas.
LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO
TRANSCRIÇÃO AUTOMÁTICA
00:00:13:14 - 00:00:37:18
Jorge Correia
Bem vindos ao Perguntas Simples a vosso podcasts sobre comunicação.
Senhor doutor, o que tenho eu?
Senhor doutor, o que me vai acontecer?
Em linguagem médica pedimos sempre um diagnóstico. O resumo da nossa condição.
E principalmente um prognóstico: com o que posso contar para o futuro.
Implicitamente as duas perguntas incorporam uma expectativa, um pedido de ajuda e uma esperança.
As duas perguntas resumem-se ao apelo: Senhor doutor "safe-me" lá desta maleita.
Claro que as respostas nem sempre são assim tão diretas e simples como gostaríamos.
TÓPICOS DE CONVERSA
Início (00:00:00)
A importância dos grandes números na saúde (00:00:12) Discussão sobre a relevância dos dados recolhidos pelo sistema de saúde e as perguntas a serem feitas.
Comunicação médico-paciente (00:01:25) Exploração da importância da comunicação na relação médico-doente e das perguntas frequentes feitas pelos doentes.
Motivação para ser médico (00:03:57) António Vaz Carneiro a compartilha a sua motivação para seguir a carreira médica.
Evolução da carreira médica (00:04:18) António Vaz Carneiro fala sobre a evolução das suas especialidades médicas ao longo da carreira.
Comunicação eficaz na prática clínica (00:06:50) Discussão sobre a importância da linguagem adaptada na comunicação médico-doente.
Prognóstico e envolvimento do doente (00:08:37) Exploração do envolvimento do doente no tratamento e a importância do prognóstico positivo.
Casos raros e avanços médicos (00:11:47) Relato de casos raros de recuperação de cancros avançados.
Relação entre doenças cardiovasculares e oncológicas (00:13:01) Análise da relação entre a diminuição de doenças cardiovasculares e o aumento das doenças oncológicas.
Importância dos grandes números de dados na área da saúde (00:14:26) Discussão sobre a disponibilização e interpretação dos dados clínicos para melhorar a prática médica.
Benefícios dos dados para os doentes (00:14:48) Exploração dos impactos positivos dos dados na melhoria do tratamento e cuidado dos doentes.
Utilização de dados clínicos na prática médica (00:15:10) Análise da disponibilidade e utilização de dados clínicos na prática médica diária.
Monitorização da qualidade dos dados clínicos (00:16:23) Explicação da importância da monitorização da qualidade dos dados clínicos e o seu impacto na prática médica.
Formação e educação baseadas em dados (00:17:35) Discussão sobre como os dados clínicos podem contribuir para a formação e educação médica.
Segurança dos dados clínicos (00:18:24) Exploração da segurança e proteção dos dados clínicos dos doentes.
Utilização de dados para a investigação científica (00:19:10) Análise do uso dos dados clínicos na pesquisa científica e na identificação de padrões de tratamento.
Medicina de precisão e personalização do tratamento (00:18:05) Discussão sobre a importância dos dados na personalização e precisão do tratamento médico.
Impacto da informação na prática clínica (00:24:13) Reflexão sobre como a informação influencia a prática clínica e o comportamento dos médicos.
Organização e utilização prática da informação (00:25:03) Exploração da importância da organização e utilização imediata da informação clínica na prática médica.
Inteligência Artificial e Medicina (00:26:32) Discussão sobre o papel da inteligência artificial na análise de grandes quantidades de dados biomédicos.
Erro Médico e Reflexão (00:29:12) Reflexão sobre erros médicos e a necessidade de corrigi-los, com o impacto emocional envolvido.
Informação e Desinformação na Saúde (00:31:09) Abordagem sobre a propagação de fake news na saúde e os perigos associados à desinformação.
Impacto da Pandemia na Saúde (00:34:02) Análise do impacto da pandemia na saúde, incluindo o abandono de tratamentos e a gestão dos sistemas de saúde.
Consequências Geracionais da Pandemia (00:38:24) Discussão sobre o impacto da pandemia na educação e desenvolvimento das crianças, com reflexão sobre as consequências a longo prazo.
Hoje falamos sobre a relação entre as empresas e os seus clientes.
A maneira como dialoga.
Se é que dialogam.
Olhando para um mercado, as empresas criam e vendem produtos.
E os consumidores compram e usam.
Mas esta relação é bastante mais complexa que a mera transação.
É uma relação emocional que vive de expectativas, de felicidades ou de amuos.
Salvará a comunicação esta relação?
O cliente tem sempre razão?
Ou o dito é apenas uma boa desculpa retórica para reparar algo que correu mal?
A relação com os clientes é um tópico capaz de encher muitos livros de conselhos e saberes.
Mas nem sempre a teoria e a prática se juntam.
Por exemplo, na forma como as organizações escutam ou descuram uma reclamação de um cliente.
Há canais para ouvir o cliente ou apenas um enfadonho endereço de correio eletrónico ou um asséptico formulário com promessa de resposta sem prazo nem compromisso?
Agora nesta relação empresa-cliente apareceram também os robôs automáticos com capacidade de responder às nossas perguntas.
E esse diálogo acaba muitas vezes na ligação a uma página de perguntas e respostas que por coincidência ou o meu azar pessoal, tem raramente a resposta que queria ter à minha pergunta.
E isso gera frustração. Por má comunicação. Por ausência de comunicação. Por lentidão no processo.
Em busca de boas respostas, mais felicidade, decidi gravar uma conversa com Gisele Paula que lidera o Instituto Cliente Feliz e o sítio web Reclame Aqui.
Portanto, cobre todas as possibilidades: a de tentar deixar o cliente feliz e de acolher a sua reclamação.
Ela defende que só ouvindo os clientes em permanência, de preferência até com conselhos de clientes dentro da organização, é que se pode evoluir.
E que em cada reclamação há uma boa oportunidade de melhorar.
De tornar o cliente feliz.
O tempo conta.
E as expectativas também.
Saber que as organizações nos ouvem e oferecem-nos mais do que produtos é um bom sentimento.
Que consideram o que dizemos, que reparam o que correu mal imediatamente e que mudam o rumo aceitando sugestões.
Só me sobra uma pergunta: se é assim tão óbvio porque raio de razão só as melhores empresa e organizações seguem a receita?
Temos de falar sobre isto.
TÓPICOS DE CONVERSA
A importância da satisfação do cliente (00:00:00) Giselle Paula destaca a relevância da satisfação do cliente para o crescimento e prosperidade dos negócios.
Trabalhando em três pilares (00:01:41) Giselle explica a necessidade das empresas trabalharem em três pilares: pessoas, processos e estrutura, para proporcionar uma experiência positiva ao cliente.
Ouvindo atentamente os clientes (00:04:04) Giselle fala sobre a importância de ouvir atentamente os clientes, inclusive quando estão insatisfeitos, e de encarar as reclamações como oportunidades de melhoria.
Criando um conselho do cliente (00:07:36) Giselle explica a criação de um conselho do cliente para trazer a perspectiva do cliente para o dia a dia da empresa.
A reclamação como oportunidade de melhoria (00:13:12)
Giselle ressalta que a reclamação é uma oportunidade para a empresa melhorar e uma forma de obter feedback valioso dos clientes.
Importância de ouvir reclamações (00:16:14)
Giselle destaca a importância de ouvir reclamações, mesmo que representem uma pequena parte dos clientes.
Desafios do uso de chatbots (00:18:20)
Discussão sobre o uso equivocado de chatbots e a importância de compreender quando os clientes desejam interagir com humanos.
Relação emocional com o cliente (00:20:09)
Giselle enfatiza a natureza emocional da relação com o cliente, mesmo em interações digitais.
Impacto do mau atendimento (00:21:36)
Destaque para o impacto negativo do mau atendimento, levando à perda de clientes e lucratividade.
Interseção entre tecnologia e interação humana (00:23:17)
Discussão sobre a importância de equilibrar a automação com a interação humana para atender às ...
Tirar uma fotografia para documentar um momento importante da vida é uma experiência que todos temos.
Antigamente apenas fazíamos fotografias de momentos mesmo muito importantes.
Como um casamento ou baptizado, como o baile debutante ou o militar fardado em idade de ir à tropa.
Era momentos raros. Tinham rituais próprios, que incluíam ir ao fotógrafo ou retratista profissional, vestir as melhores roupas e fazer os melhores penteados.
Era o tempo das fotografias analógicas. De chapa ou de rolo de película.
Tinham de ser reveladas antes de as vermos.
Hoje vivemos o tempo click digital. Rápido, preciso, visto logo que feita a foto.
Pronta para enviar, por mensagem ou rede social.
Mas há algo que não mudou. Mudaram os equipamentos e as tecnologias, mas a filosofia do fotojornalismo e a sua essência não mudou.
É estar no sítio certo, à hora certa, e fotografar, como testemunha, um acontecimento relevante para as nossas vidas.
Este programa é sobre essa arte do retrato da actualidade.
Da política à guerra, da intimidade da imagem pessoal aos grandes movimentos que nos interpelam.
TÓPICOS DE CONVERSA
Início (00:00:00)
Eleição do Presidente da Assembleia da República (00:04:38) João Porfírio fala sobre a eleição do presidente da Assembleia da República e a cobertura fotográfica do evento.
Relação com Aguiar-Branco (00:06:42) João Porfírio discute sua interação com Aguiar-Branco e a abordagem fotográfica durante a eleição.
Expressões e Emoções (00:08:51) João Porfírio fala sobre a busca por expressões faciais e corporais durante eventos políticos e eleições.
Técnica Fotográfica (00:11:31) João Porfírio explica sua abordagem à escolha de ângulos e posicionamento para capturar as melhores imagens durante eventos políticos.
Narrativa Fotográfica (00:13:53) João Porfírio discute a importância de capturar a perspectiva fidedigna das emoções dos políticos durante eventos políticos.
A sorte do fotógrafo (00:13:56) João Porfírio fala sobre um momento inesperado durante a cobertura de um evento político.
A presença de seguranças (00:16:35) Discussão sobre a presença de seguranças em eventos políticos e a influência na fotografia.
A imagem pública de Pedro Nuno Santos (00:18:17) João Porfírio comenta sobre a imagem pública e a personalidade do político Pedro Nuno Santos.
A imagem do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa (00:19:36) Análise da relação do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa com o público e a fotografia.
Neutralidade do fotógrafo (00:21:49) Discussão sobre a neutralidade emocional do fotógrafo em diferentes contextos de cobertura.
Fotografando a emoção (00:23:42) João Porfírio fala sobre a abordagem para capturar emoções em suas fotografias.
A guerra da Ucrânia (00:24:48) João Porfírio compartilha a sua experiência inesperada durante a cobertura da guerra na Ucrânia.
Preparação para a Ucrânia (00:25:13) João Porfírio fala sobre a decisão de ir para a Ucrânia antes da invasão e a urgência em chegar lá.
Entrando na Ucrânia (00:25:50) João Porfírio descreve a sua chegada à Ucrânia e a importância jornalística de entrar no país naquele dia.
Contratação de um Fixer (00:27:53) João Porfírio explica o processo de recrutamento de um fixer e os custos envolvidos na cobertura de guerra.
Vantagens de ser Português na Ucrânia (00:31:43) João Porfírio destaca as vantagens de ser português na Ucrânia e a empatia das pessoas em relação a Portugal.
Impacto da Guerra em Kiev (00:34:22) João Porfírio descreve a sensação de guerra em Kiev e as restrições impostas durante o recolher obrigatório.
Medo em Kiev (00:36:25) João Porfírio fala sobre o seu medo em Kiev e a sensação de segurança em comparação com outras regiões.
Edição e Omissão (00:38:51) Discussão sobre a seleção e edição de fotos em zonas de conflito, equilibrando informação e dignidade humana.
Crise de Refugiados (00:43:16) Comparação entre a crise de refugiados na Europa e a situação ...
Fazer uma marca é mergulhar fundo na organização que a carrega.
É por isso tudo menos cosmética.
Sim, a cosmética moderna, o ‘marketing’, aparece para embelezar a marca.
Mas o importante é o que está dentro.
No fundo, a marca é a expressão comunicativa da identidade.
Carlos Coelho tem um curioso método para decantar e libertar as marcas.
Ele vai, nalguns casos, literalmente, viver e dormir nas organizações ou entidades que o contratam.
Vai beber o ar que se respira. Cheirar o ambiente. Ouvir o ruminar das conversas.
Falar, ouvir, comer, beber, estar, fazer parte, entender, ver e devolver uma fotografia.
É com esse retrato que se funda marca.
E que cores tem essa fotografia: algumas óbvias e evidentes: que cultura tem aquela organização, empresa ou região. Que missão reclama para si. E como planeia realizar essa missão no mundo.
TÓPICOS DE CONVERSA
(00:00:00) Início
(00:00:12) A importância das marcas Discussão sobre a importância das marcas na identidade e filosofia de pessoas e entidades.
(00:01:24) O método de imersão de Carlos Coelho Descrição do método de imersão de Carlos Coelho nas organizações para compreender a sua cultura e identidade.
(00:02:40) Construção de marcas como edifícios e árvores Comparação da construção de marcas com edifícios e árvores, destacando a importância de pilares, raízes, imaginação e ambição.
(00:03:57) A criação e desenvolvimento de marcas Exploração da metáfora de edifícios e árvores para explicar o processo de criação e desenvolvimento de marcas.
(00:07:29) A intimidade com a marca Discussão sobre a importância de conhecer uma marca na intimidade, exemplificada com a experiência de dormir na livraria Lello.
(00:09:19) Os cinco pilares da estrutura de uma marca Exploração dos pilares de patrimônio, ideologia, imagem, ambição e imaginação na estrutura de uma marca.
(00:12:10) A importância da cultura na construção de marcas Discussão sobre a importância da cultura e identidade da organização na construção de marcas.
(00:14:36) A falta de imaginação nas empresas Abordagem da falta de imaginação e ambição nas empresas na construção de marcas.
(00:15:31) A importância da imaginação Discussão sobre a importância da imaginação e ambição na construção de marcas de sucesso.
(00:16:21) Imersão nas organizações Exploração do método de imersão nas organizações para compreender a sua cultura e identidade.
(00:17:37) Visão do futuro Reflexão sobre a importância de sonhar o futuro e a resistência em relação à imaginação.
(00:19:50) Liderança na imaginação Discussão sobre a importância de ser líder na imaginação para inspirar e inovar.
(00:24:20) Marcas políticas vs comerciais Comparação entre marcas políticas e comerciais e a importância da identidade e estrutura.
(00:28:13) Cosmética de comunicação Reflexão sobre a ineficácia da cosmética tática na construção de marcas fortes.
(00:28:56) Exemplo da TAP Abordagem sobre a resistência e resiliência da marca TAP ao longo dos anos.
(00:29:32) A relação com a marca TAP Discussão sobre a relação de confiança e exigência com a marca TAP.
(00:32:50) Marcas estrangeiras vs. marcas portuguesas Ênfase na preferência por marcas portuguesas e a importância de valorizar a marca Portugal.
(00:33:36) Reputação da marca Portugal Análise da reputação e visibilidade da marca Portugal e a dificuldade em monetizar essa notoriedade.
(00:35:47) Mentalidade em relação às marcas Discussão sobre a mentalidade em relação à valorização das marcas portuguesas e a necessidade de mudança.
(00:37:14) Desenvolvimento de marcas em Portugal Reflexão sobre a capacidade de Portugal em desenvolver marcas sólidas e duradouras.
(00:42:07) Desafios na construção de marcas coletivas Abordagem dos desafios e benefícios na criação de marcas coletivas em Portugal.
(00:43:05) Importância da marca e liberdade do consumidor Discussão sobre a importância da marca na garantia de qualidade e liberda...
Minuto 109.
Final do campeonato da Europa de 2016
Éder chuta e a bola entra na baliza francesa, tornando Portugal campeão.
Em Paris.
Nenhum destas linhas faz jus à emoção de ver em directo o momento.
Nem há emoção carregada na voz dos jornalistas e narradores desportivos dessa noite, no estádio.
É esse momento sublime da liturgia do relato de futebol que quero fotografar nesta edição.
TÓPICOS DE CONVERSA
O fascínio da bola e do futebol (00:00:12) Discussão sobre o fascínio da bola e do futebol na forma narrada, destacando a emoção do jogo.
Preparação e experiência de Nuno Matos (00:01:35) Nuno Matos partilha a sua experiência e processo de preparação para relatos de futebol, salientando a importância da relação com as fontes, a parte emocional na narração e a evolução das tecnologias utilizadas.
Preparação para uma competição (00:03:44) Nuno Matos fala sobre como se prepara para uma competição, incluindo o acompanhamento das equipas, treinos, lesões e a importância das fontes credíveis.
Relato de futebol e relação com as fontes (00:06:13) Discussão sobre a relação de confiança com as fontes e a importância do timing na divulgação de informações sensíveis, como a convocatória de jogadores.
Abordagem emocional no relato de futebol (00:08:30) Nuno Matos destaca a importância de ser informativo, descritivo e emocional no relato de futebol, transportando a paixão e a emoção do jogo para os ouvintes.
Momento mágico na história do futebol português (00:10:08) Nuno Matos recorda o momento-chave da história do futebol português, a final do campeonato da Europa de 2016, destacando a emoção e a importância desse momento.
Preparação Técnica (00:15:40) Discussão sobre a preparação técnica para relatos desportivos, incluindo problemas com a linha e soluções.
Relatos em Condições Adversas (00:16:04) Narrador partilha experiências de relatos em condições adversas e a importância da confiança e profissionalismo.
Ligação com os Ouvintes (00:18:11) Discussão sobre a importância da ligação com os ouvintes e a interação através das redes sociais.
Emoção na Narração (00:19:58) Exploração da relação emocional do narrador com os clubes e a seleção, e a importância da imparcialidade no jornalismo desportivo.
A Importância da Narração (00:21:09) Reflexão sobre a importância da narração desportiva e a responsabilidade de capturar momentos únicos.
Impacto do Desporto na Imprensa (00:22:42) Análise do papel do desporto na imprensa e o impacto dos narradores desportivos na vida das pessoas.
Momento Crucial no Futebol (00:25:36) Discussão sobre o momento crucial da lesão de Cristiano Ronaldo durante a final do campeonato europeu.
Entrevistas no Jornalismo Desportivo (00:28:04) Reflexão sobre a profundidade das entrevistas no jornalismo desportivo e a busca por ângulos diferentes.
Formação de Jornalistas (00:29:15) Análise da formação de jornalistas e a importância de procurar abordagens originais nas reportagens.
O problema da comunicação nos clubes (00:30:05) Discussão sobre a má comunicação dos clubes e a falta de disponibilidade dos jogadores e treinadores para falar.
Bernardo Silva e outros heróis do desporto (00:30:46) Elogio à capacidade de comunicação de Bernardo Silva e a importância de reconhecer heróis de outros desportos.
Mudança de paradigma na cobertura desportiva (00:32:11) Reflexão sobre a mudança na cobertura dos jornais desportivos e a necessidade de valorizar outros desportos.
Os treinadores no futebol português (00:33:01) Análise dos treinadores de futebol português, destacando as diferentes abordagens comunicativas de cada um.
Trabalho emocional e mental no futebol (00:36:09) Ênfase na importância do trabalho emocional e mental dos jogadores e treinadores no futebol.
Comunicação dos treinadores e seleção nacional (00:41:50) Discussão sobre a comunicação dos treinadores e a liderança na seleção nacional, com destaque para Roberto Martínez.
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Não consegui parar de ouvir e quando acabei comecei outra vez.