O povo da Geórgia ajuda-nos a dar valor ao que damos por adquirido
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Os jornalistas do PÚBLICO João Ruela Ribeiro e Joana Gonçalves andaram nos últimos dias pela capital da Geórgia, Tbilissi, e trouxeram-nos lições sobre as lutas do seu povo por bens preciosos que damos por adquiridos.
Nas ruas, durante os protestos que se arrastam há semanas contra a decisão do Governo de suspender as negociações para a adesão à União Europeia, ou na casa da família de Ioane e de Ekaterina, sabemos que há no mundo quem lute pela democracia como quem luta por um bem vital. Quem arrisque penas de prisão, espancamentos ou a morte em nome da liberdade.
Os georgianos sabem pela memória e pelas lições da Ucrânia que democracia e liberdade são valores que os aproximam à Europa e os separam da Rússia. Ou, por outras palavras, que os aproximam de nós. Mesmo que alguns de nós, seja pela abundância, pela rotina ou pelo esquecimento duvidem da Europa e simpatizem com a Rússia. O que os enviados do PÚBLICO nos trouxeram nas suas reportagens é afinal a prova de que há milhões de pessoas que arriscam as vidas para terem o que os europeus têm.
É por isso impossível não simpatizar com esse povo com uma longa história e identidade que passou os últimos séculos subjugado pelo poder da Pérsia, da Turquia e, há 200 anos, da Rússia. A Rússia que os fez pagar em 2007 o duro preço de querem a democracia e a liberdade, invadindo-os e, como agora no Donbass ucraniano, ocupando a Abkásia e a Ossétia do Sul. Mas eles não desistem. Nas ruas de Tblissi, a bandeira da Europa é a bandeira da soberania popular, dos direitos civis e da liberdade que as eleições suspeitas de Outubro e as manobras do Kremlin se esforçam por matar.
João Ruela Ribeiro viveu isso nos últimos dias e conta-nos o que viu, sentiu e contou em várias reportagens que fez com a Joana Gonçalves.
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