DiscoverPergunta SimplesA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL MUDARÁ A NOSSA SAÚDE? RICARDO BAPTISTA LEITE
A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL MUDARÁ A NOSSA SAÚDE? RICARDO BAPTISTA LEITE

A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL MUDARÁ A NOSSA SAÚDE? RICARDO BAPTISTA LEITE

Update: 2024-10-23
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Hoje é dia de falar de saúde, máquinas inteligentes e líderes inspirados.


Para o caso d ainda não terem notado as máquinas que falam connosco como se fossem humanas estão a invadir o nosso dia-a-dia.


Seja numa página de ‘internet’, na relação com o nosso banco ou com uma qualquer empresa que nos fornece um serviço.


Estes robôs são programados para serem simpáticos, perguntam muitas coisas e querem que carreguemos vezes infinitas em números no telemóvel ou que respondamos a mil perguntas.


E lá vamos andando.


São ainda bastante básicos e eu, confesso, quando fico sem paciência, repito para a máquina “quero falar com um ser humano.”


Ora esses robôs estão também aparecer na área da saúde.


E além deles há outros bastante mais espertos que conseguem organizar gigantescas quantidades de dados e até chegar a melhores conclusões que os humanos. Mas já la vamos.


Este é um episódio com Ricardo Baptista Leite, um jovem médico português que integra a lista da Fundação Obama dos mais promissores líderes mundiais do futuro.


Todos o conhecemos pelo seu percurso na política, mas agora trabalha no desenvolvimento e regulação da chamada “inteligência artificial”. Em particular na área da saúde.


A tecnologia acelera e a dita “inteligência artificial” carrega algumas das mais interessantes promessas de que o mundo será melhor. Ainda com alguns pontos de interrogação, mas já com um vislumbre do que pode ser o futuro onde homem e máquina se fundem para funcionar melhor.


Será o advento de uma nova espécie humana? Do homem biónico ou apenas do homem assistido pelas máquinas?


Já para não pensar na assustadora ideia onde as máquinas passam a controlar tudo ao arrepio da decisão humana.


Ricardo Baptista Leite traz-nos uma visão muito interessante sobre como a tecnologia pode transformar a nossa forma de viver e, sobretudo, o nosso sistema de saúde. Ele acredita que a inteligência artificial não é só mais uma moda, mas algo que pode realmente fazer a diferença na forma como diagnosticamos e tratamos doenças.


amos falar de como as máquinas, em algumas áreas, já superam os médicos humanos na precisão e na rapidez dos diagnósticos, como na radiologia.


E, ao mesmo tempo, exploremos os riscos. Será que esta tecnologia acabará por beneficiar apenas um pequeno grupo de pessoas, deixando muitos de fora?


Na conversa falamos sobre a necessidade de mudarmos ou adaptarmos o nosso sistema de saúde. Ele acredita que trabalhamos reativamente, ou seja, a tratar a doença depois de ela aparecer, que é preciso uma viragem para um modelo mais proativo, focado na prevenção e na promoção da saúde.


E sabem o que é curioso? O Ricardo acha que a inteligência artificial, se usada corretamente, pode ser a chave para essa mudança.


Mas a nossa conversa não se fica apenas pela tecnologia. A empatia é outro tema importante que abordámos. Sabiam que, num estudo recente, os assistentes virtuais, os robôs, os chatbots, foram considerados mais empáticos que os próprios médicos?


Sim, máquinas a mostrar mais empatia que humanos!


Isso diz muito mais de nós humanos do que da habilidade das máquinas.


Durante esta hora de conversa falámos muito sobre o futuro. Como ele vê a evolução dos cuidados de saúde com a introdução de tecnologias avançadas como a inteligência artificial?


E o mais importante, como garantimos que essas inovações são usadas de forma ética e justa,


TÓPICOS


Nomeação para a Fundação Obama


• Ricardo Batista Leite foi reconhecido como um dos futuros líderes pela Fundação Obama, integrando um grupo que aposta em mudanças sociais a partir das comunidades locais.


De político a especialista em inteligência artificial


• Ricardo Batista Leite fez uma transição da política para a área da inteligência artificial, explicando o potencial revolucionário desta tecnologia no setor da saúde.


A promessa da tecnologia


• Abordámos como grandes inovações tecnológicas nem sempre trazem benefícios para todos. Será que a inteligência artificial seguirá esse mesmo caminho?


Reformar o sistema de saúde


• Ricardo Batista Leite defende que é necessário transformar o sistema de saúde, passando de um modelo reativo, focado na doença, para um modelo preventivo e promotor da saúde.


O trabalho na Agência Global de Inteligência Artificial Responsável


• A missão de Ricardo Batista Leite na Agência Global é garantir que a inteligência artificial seja implementada de forma segura e inclusiva, trazendo benefícios para todos os cidadãos.


Privacidade e cibersegurança na saúde


• Com o avanço da inteligência artificial, surgem também desafios relacionados com a proteção de dados de saúde. Ricardo Batista Leite discute os riscos e as medidas necessárias para garantir a segurança digital.


Portugal como hub de inovação na saúde


• Ricardo Batista Leite vê Portugal como um potencial laboratório para novas tecnologias na saúde, atraindo investimentos e criando oportunidades no setor.


O poder da empatia no sistema de saúde


• A empatia e o humanismo são fundamentais nos cuidados de saúde, melhorando tanto a satisfação dos pacientes quanto os resultados clínicos. Ricardo Batista Leite explora esta questão em detalhe.


Voluntariado na guerra da Ucrânia


• A experiência de Ricardo Batista Leite como voluntário na Ucrânia, onde testemunhou o esforço para manter o sistema de saúde a funcionar em plena guerra.


Superutilização das urgências em Portugal


• Por que tantos portugueses recorrem às urgências hospitalares? Ricardo Batista Leite reflete sobre esta tendência e o que pode ser feito para mudar a perceção pública.


Inteligência artificial e diagnósticos médicos


• A inteligência artificial já supera o ser humano em áreas como a radiologia, mas Ricardo Batista Leite argumenta que a combinação entre máquina e humano é a chave para o futuro dos diagnósticos.


Máquinas mais empáticas que humanos?


• Um estudo revelou que, em termos de empatia, os assistentes virtuais foram avaliados como mais humanos do que os próprios médicos. Ricardo Batista Leite reflete sobre esta tendência preocupante.


Dilemas éticos da inteligência artificial


• Discutimos os dilemas morais que surgem quando uma inteligência artificial comete erros incompreensíveis. Ricardo Batista Leite defende que o ser humano deve sempre estar no circuito decisório.


Um sistema de saúde mais digitalizado


• Ricardo Batista Leite imagina um futuro onde a inteligência artificial gere consultas, diagnósticos e tratamentos, simplificando processos e reduzindo a burocracia.


Lições da pandemia


• Durante a pandemia de COVID-19, Ricardo Batista Leite regressou ao hospital para trabalhar na urgência, o que lhe deu uma perspetiva privilegiada sobre os desafios do sistema de saúde.


Voluntariado e a experiência na Ucrânia


• Ricardo Batista Leite partilha a sua experiência de voluntariado num hospital da Ucrânia, onde viu de perto os efeitos devastadores da guerra e a resiliência da população.


LER A TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO


00:00:00 :00 – 00:00:25 :20

JORGE CORREIA

Viva Ricardo Batista Leite, médico com formação em doenças infecciosas, agora dedicado à inteligência artificial e o seu uso dentro da área da saúde. Mas notícia dos últimos dias é que passaste a fazer parte do clube do senhor Obama como reconhecido uma das 36 personalidades como líder do futuro na área da saúde.


00:00:25 :20 – 00:00:27 :18

JORGE CORREIA

Som ou mais geral?


00:00:27 :20 – 00:01:17 :11

RICARDO BAPTISTA LEITE

Viva George e obrigado pelo convite. E o presidente Obama? E é da mulher também do presidente Obama. Michael é e é de facto um grupo de liderança, chamemos lhe assim e portanto, de âmbito geral, onde me encontro com várias pessoas que foram selecionadas pela fundação do casal Obama, desde pessoas do mundo corporativo a mundo das organizações não governamentais ao mundo da política e que são escolhidos de várias partes do mundo precisamente para fazerem parte desta família em quem a Fundação aposta do ponto de vista formativo, a dar competências de liderança para, por via daquilo que é o modelo para a mudança que eles definem, que aliás, eles chamam de a esperança para a mudança.


00:01:17 :12 – 00:01:18 :17

JORGE CORREIA

Como é que é essa mudança?


00:01:18 :19 – 00:01:35 :06

RICARDO BAPTISTA LEITE

É uma mudança focada muito na experiência do casal Obama, ou melhor, inspirada na experiência do casal Obama de mudança de base comunitária. Todos sabem que o presidente Obama, antes de ser político, era um organizador comunitário.


00:01:35 :10 – 00:01:44 :00

JORGE CORREIA

De grupos activistas que lá andava e junto da comunidade, à procura do problema da comunidade e também de activistas da comunidade para tentar resolver os problemas.


00:01:44 :02 – 00:02:27 :17

RICARDO BAPTISTA LEITE

Tentar mobilizar esforços, mobilizar as várias pessoas que poderiam fazer a diferença e mobilizar lhes para de facto mudarem a sociedade num determinado aspecto que fosse considerado como prioritário. E isso diz me muito pessoalmente. Toda a

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Jorge Correia